Dá uma vontade danada de não ler mais
jornal nenhum. Encerrar as assinaturas cuja única vantagem é permitem opinar
sobre dos assuntos, estes não merecem comentário por serem sempre a mesma
futricagem, crimes, baixarias, vulgaridades, roubos crimes e mortes. Não há
mesmo assunto que desperte interesse em opinar a respeito. O G20 e a política
que deveriam merecer atenção é a mesma arenga nojenta de sempre, sem qualquer
serventia. São promessas prá boi dormir. Vale a pena ler jornal? Não vale.
Tristíssimo país esse nosso! Até candomblé é assunto para ser noticiado. Embora
a crendice seja assunto a ser banido da sociedade em razão de fomentar a
ignorância, a mentira e a locupletação à custa da ignorância do populacho, como
outras crendices apesar de também negativas pelos mesmos motivos são toleradas,
deve-se tolerar do mesmo modo o candomblé e suas ramificações, infelizmente.
O ímpeto de não mais ler jornal algum
não decorre apenas da infantilidade dos assuntos religiosos, divindades
inventadas e os festejamentos a eles ligados que resultam em verdadeiro estouro
de manada rumo às lojas nos fins de ano, quanto, então se é obrigado a trocar
presentes e encher o bolso dos donos de loja. Tão enfadonhos e mesmo entediantes quanto estes
assuntos são aqueles referentes aos pegajosos “famosos” e “celebridades” cujo
ridículo causa asco.
No que se refere às autoridades,
então, nem é bom falar. Sua falta de compostura e moral fazem atuais como nunca
antes as palavras de Rui Barbosa que todos conhecem. A política foi tomada por
tamanha degradação moral e degenerescência que os assuntos a ela pertinentes
giram em torno de crimes contra o erário e à própria vida uma vez que poder das
chamadas facções criminosas supera o poder do Estado além de contar com sua
proteção. Até os intelectuais que deviam formar uma frente de batalha contra a cultura
do enriquecimento, da banalização da vulgaridade e da glorificação da putaria
televisiva que deturpa a noção de respeito e a sexualidade nos jovens no mundo,
com destaque para nosso país, vivem os intelectuais no mundo da lua. É estarrecedor
ler em Homo Deus que seu autor afirma que a humanidade vai alcançar a
imortalidade. É possível tamanha sandice em um intelectual do porte de Yuval
Noah Harari?
Em que mundo estamos e para onde irão
os que aqui ficarão acreditando na existência de deuses, demônios e que na vida
realmente há lugar para tantas alegrias? Não há não, minha gente! Alegria só
dura enquanto dura o vigor da juventude que aos poucos, juntamente com as
emoções vão se esvaindo como disse mestre Schopenhauer. Embora este filósofo
seja considerado pessimista, nenhum pessimismo existe nessa sua constatação de
exaurimento das emoções que nos movem à ação. Quem ultrapassou a idade
considerada para velhice como este rabiscador de garatujas sabe por experiência
que realmente as emoções vai se esvaindo à medida que passa o tempo. E, como ensinou
mestre Sócrates, uma vida não refletida não vale a pena ser vivida. Assim é que
a falta de reflexão sobre a vida leva as pessoas a deixar atrás de si um rastro
de maldades e sofrimentos no caminho de satisfazer o vício em ajuntar riqueza. No fim desse caminho está a debilidade que faz
precisar de cuidados especiais inclusive de quem lhe limpe as sujeiras que
também fazem parte da vida. Aí, então, de que serva imensa riqueza que ajuntou
senão para briga de herdeiros?