A
desordem implantada nesse belo país sem sorte é capaz de fazer pessoa da melhor
qualidade moral e intelectual dizer coisas que analisadas à luz da lógica se
tornam sem sentido. Uma desordem monumental é o fato de um colegiado composto
por pessoas sabidamente desonestas como Sarney, segundo o livro Honoráveis
Bandidos, órgão que é comandado por Renan Calheiros, réu em processo crime de
lesa pátria, sabatinar ou arguir um homem da estatura moral e saber jurídico do
doutor Luis Roberto Barroso, para verificar se ele é competente para ser
ministro do Supremo Tribunal Federal deste país de que já deu prova estimar, ao
contrário dos que vão verificar se ele pode ou não ocupar o cargo, porque estes
já deram provas de agirem contra os interesses do pais e do povo. A coisa está
uma misturada tão ruim que desonestos julgam os honestos. Quem se vê em meio a
tantas sandices acaba se atrapalhando de alguma forma como aconteceu com o
doutoríssimo Luis Roberto, logo Ministro do STF, caso os senadores em conluio
com outras áreas do governo não decidam lá colocar um politiqueiro, como
acontece às vezes. Em meio a tanta loucura, o raciocínio acaba se atrapalhando.
Num pronunciamento feito no jornal O Globo de 25/5, o nosso ministro (se o
senado deixar) afirma que as decisões políticas devem ser tomadas por quem tem
voto. Absolutamente correta a afirmação para um ambiente de pessoas capazes de
não votar em alguém por que aparece ao lado de jogador de futebola e bastante
esclarecida a ponto de fazer ouvido de mercador para os falsos profetas que
demonizam líderes verdadeiros e endeusam os falsos líderes, só numa sociedade
assim é que alguém que merecesse receber votos seria por ter as qualidades para
bem exercer o cargo para o qual se escolhe pelo voto. Entretanto, em se
tratando de uma sociedade de imbecis capazes de fazer um tremendo panavoeiro
para saber se Neymar vai para a Espanha, que dia vai, com que namorada está
trepando, o que gosta e o que não gosta de comer ou beber, enfim, uma sociedade
composta de idiotas requebradores de quadris e frequentadores de igrejas votam
em pessoas comprovadamente incompetentes para cargos políticos, embora
competentíssimos nas atividades que exercem, mas a habilidade que os fez
grandiosos é diferente da habilidade política. Aconteceu recentemente quando um
número enorme de pessoas deram um montão de votos a Romário, que sabe tudo
sobre futebola, e Tiririca que é realmente um talentoso humorista. Assim,
apesar de terem votos, e muitos, não podem tomar decisão política porque sua
atividade não inclui entrosamento com a ciência política. A afirmação do doutor
Barroso encaixa perfeitamente numa sociedade composta por homens e mulheres
incapazes de seguir o rumo do som do berrante das lojas, mas não funciona numa
sociedade composta por manada.
Mais adiante, fala o doutor Barroso
na necessidade de reforma política. Também seria verdade absoluta se tivéssemos
um congresso composto de políticos no lugar dos politiqueiros que temos. Com a
boca retorcida pelo costume do cachimbo da corrupção, os congressistas só
legislam contra o povo. Estão propondo uma lei que impede o Ministério Público
de investigar os crimes por eles praticados e outra lei propondo que as
decisões de Joaquim Barbosa cuja biografia indica competência, capacidade de
trabalho e honestidade sejam submetidas à apreciação do presidente da Câmara
dos Deputados, cujas biografias estão piores que pau de galinheiro. De uma
reforma política feita pela politicagem não pode surgir uma política porque a
genética de uma é diferente da genética da outra. Uma notícia de jornal nos dá na
prática a dimensão desse fato e a diferença entre a índole da politicagem e a
da política. Esta notícia dá conta da aprovação de uma lei que obriga os
hospitais do SUS a atender doentes de câncer dentro de sessenta dias, o que
desnuda a índole da politicagem porque está mais para molecagem propor que um
doente de câncer tenha de esperar sessenta dias para obter um atendimento. Além
disso, dadas as condições de deficiência dos hospitais e o aumento de doentes,
esta lei equivale àqueloutra que proibia passar mais de trinta dias sem chover.
Este é o verdadeiro espírito da politicagem: fazer de conta que se está
fazendo. Na índole da política, entretanto, nenhum doente de qualquer doença
ficaria sem atendimento imediato e eficiente como o que atendeu Dilma e Lula
sem precisar prazo ou preocupação com a conta a pagar. Ainda observando o
pronunciamento bem fundamentado e de ótimas intenções do doutor Barbosa, nosso
ministro (se o senado deixar), afirma que o Poder Judiciário só deve intervir
na política quando das decisões da política resultar afronta à Constituição
Federal. De novo, por viver no mundo das sandices, o grande jurista ao fazer
tal afirmação parece não ter reparado que nossa Constituição já se acostumou às
afrontas e nem liga mais prá nada. Confrontando-se o que tem o povo e o que lhe
foi prometido no artigo quinto da Constituição, tem-se uma idéia do quanto está
desmoralizada nossa pobre constituiçãozinha. Além do mais, é preciso ousar como
faz o doutor Joaquim Barbosa, e como devemos fazer todos, além do que dizem os
regimentos de conduta, porque eles foram feitos unicamente em benefício de quem
nos inferniza a vida, de modo a que este povo abobalhado precisa ser chamado à
atenção para evitar os já quase inevitáveis sofrimentos para as futuras
gerações.
A fala do ministro (se o senado
deixar) é animadora porque se ele conta com uma sociedade capaz de escolher
seus líderes é porque ele batalhará por ela não só pela fala ao jornal, mas
também pelo seu passado de homem honrado e homens honrados não se sentem bem em
meio à politicagem, mundo no qual os cães de guarda dos ricos ladram
desesperadamente de todos os lados mensagens deturpadoras da verdade, como, por
exemplo, a tentativa de encobrir a importância do que diz o doutor Joaquim
Barbosa. Como o povo em vez de pensar por si mesmo recebe os pensamentos já
prontinhos vindos das capciosas pregações preparadas no laboratório dos ricos e
passadas para a cuca das pessoas pelos falsos profetas remunerados da política
e da religião. O resultado desta pregação é a situação em que nos encontramos
de intranquilidade, de quase sem água e, de uma ora para outra poderemos estar
na situação de também sem comida porque ocorrendo um desses fenômenos de seca
ou enchente calamitosas que destruam as plantações, o espaço de tempo até a
colheita de nova safra superará a capacidade de abastecimento para suprir a
necessidade de tanta gente. Se o povão abestalhado não acordar para estes
profetas assaláriados, sua velhice vai continuar sendo chorar na televisão. O
alardeamento que fazem os falsos profetas em torno do aumento de poder
aquisitivo, do emprego, e coisa e tal, não passa de falta de vergonha na cara
de quem fala e de estupidez na cabeça de quem ouve e não pensa a respeito. Só a
indiferença para com os assuntos sérios devido à imbecilização repassada pelos
vários meios de comunicação, principalmente um tal de “plim plim”, envolvem as
pessoas em tantas bobagens que elas se tornam incapazes de cuidar de coisas
sérias como perceber a verdade de que o povo, realidade, está à míngua. O
ocorrido ainda esta semana em alguns estados, entre eles Rio e São Paulo,
mostra perfeitamente a situação de pobreza do povo porque muitos enfrentaram
horas de fila para se beneficiarem da isenção de imposto sobre o combustível de
abastecer suas motocicletas. Só pobre fica nesse castigo apenas para não ter de
pagar o imposto sobre o combustível de uma moto. Depois de esvaziados os sacos
nós proseia mais. Inté.
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