Falta um
Darwin que crie a teoria da evolução comportamental a fim de mostrar à
humanidade o porquê de ser ela tão infeliz e tão burra que nem sabe ser
infeliz. A História mostra grande descompasso entre a evolução espiritual e a
evolução física. Observando o comportamento do homem conforme nossa história
através dos tempos, temos que a capacidade de pensar possibilitou aos bichos
que viriam a ser nós nos possibilitou superar os outros bichos na capacidade de
sobreviver porquanto a sobrevivência dependia da atividade de matar, e os
pré-humanos começaram a usar instrumentos em vez de apenas os membros e dentes
como faziam os outros bichos. É importante considerar a particularidade de que
matar era imprescindível para que se pudesse viver. Assim, diz a História,
primeiro, descobrimos que podíamos lançar pedras. Depois, aumentamos o poder de
lançar lançando em vez de apenas pedras, varas pontiagudas cuja ponta fazíamos
no fogo, o que a tornava mais dura que o normal. A partir daí, à medida que
aumentava a capacidade cerebral e a experiência, aperfeiçoávamos cada vez mais
a capacidade de matar, aperfeiçoamento esse do qual nunca nos separamos. Ao
chegar à modernidade, o desenvolvimento cerebral e a experiência que nos
permitiram desenvolver a capacidade de curar, de produzir alimentos e de nos
transportarmos confortavelmente de um lugar para outro se fez acompanhar também
do desenvolvimento da capacidade de matar. Gigantescos aviões transportam
toneladas de bombas e as despejam sobre cidades onde estão seres humanos
considerados inimigos, inclusive crianças cujo discernimento não lhes permite
ser inimigas de ninguém, ou aviões minúsculos, controlados à distância, sem
necessidade de piloto, que disparam armas mortíferas capazes de cuspirem
milhares de balas por minuto prá cima dos inimigos e das crianças.
A
necessidade de comer e defender que exigia o comportamento de matar foi
substituída pela necessidade de ajuntar bens materiais. Assim, não se mata por
comida, mas se mata por riqueza. Se havia motivo para a necessidade de matar
por comida, é dispensável a necessidade de matar por riqueza por ser a riqueza
não só dispensável à vida, mas também impediente à boa qualidade de vida.
Observando os lugares onde há maior quantidade de riqueza percebe-se que as
pessoas de lá talvez sejam mais infelizes do que as pessoas dos lugares onde
não haja montanhas de riqueza.
Estaremos
em melhores condições se em vez de riqueza cultivarmos a solidariedade que até
por instinto existe entre os irracionais, juntando-os em manadas. Se os adultos
têm a mentalidade consolidada em comportamentos antissociais indispensáveis à
formação das riquezas, cabe à juventude substituir a cultura do enriquecimento
pela da harmonia e da solidariedade porque a estultice do comportamento bélico
sempre desprezou a ideia de comportamento pacífico. Na página 518 e na 521 do
livro História da Raça Humana, Henry Thomas conta que no século XIX o maluco
beleza Leon Tolstoi, amante da paz, fundou uma escola para camponeses. Como
ensinasse sobre a realidade de ser a paz mais conveniente à vida, a escola foi
fechada pela polícia e Tolstoi aconselhado a deixar os camponeses em paz com
sua ignorância. Os filhos, estes viravam as constas sempre que Tolstoi lhes falava
da fraternidade humana.
Embora
tenha sido sempre assim, assim não deve ser para nosso próprio bem, principalmente
para o bem das inocentes criancinhas que passeiam nos carrinhos de compra nos supermercado
ao lado de imensas garrafas de refrigerante, empurrados por pais estúpidos.
Inté.
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