Os livros de filosofia são unânimes
em afirmar que filosofar nada mais é do que meditar para chegar a conclusões.
Mas se é assim, e é assim que é, as conclusões a que chegaram os filósofos em
suas meditações não tinham como não têm por objetivo a preocupação com a qualidade
de vida dos estúpidos seres humanos uma vez que nenhuma meditação já foi
direcionada no sentido de aprimorar o comportamento destes seres levados
intencionalmente à bestialidade capaz de superar a brutalidade das feras que se
matam é porque a natureza lhes deixou esta condição de sobrevivência. Por vezes
e apenas por vezes se contra alguma referência como a de Sócrates relacionada à
qualidade de vida na afirmação de que a vida não refletida não vale a pena ser
vivida. Mas, há alguém que reflita sobre a vida? Esta observação do filósofo não
é observada por ninguém, principalmente pela juventude que tem o poder de mover
montanha, mas que justamente por causa desse imenso poder precisa ser envolvida
no pão e circo a fim de não perceber a realidade de completos idiotas que a
envolve e que não deve aparecer uma vez que para bancar o idiota é preciso
desconhecer esta realidade. A esse mesmo respeito disse Honoré de Balzac haver
duas histórias a que nos contam, uma história mentirosa e falsa e outra
história, a verdadeira, onde se encontra a realidade dos fatos.
A falsidade da primeira história
mencionada por Balzac pode ser percebida por quem aprendeu as lições que a vida
dá de graça. São exemplos desta falsidade e podem ser percebidos de várias
maneiras desde que não se esteja submetido à idiotia do comportamento infantil
de adultos que tiveram fixada no cérebro tamanha importância às brincadeiras
que chegam a se matar em função do resultado de determinada brincadeira.
Se os bares estão cheios de homens
vazios como disse o poeta Vinícius de Morais, estes homens vazios só demonstram
interesse por assuntos também vazios de alguma importância no que concerne à
vida. Jamais passaria pelo pensamento dos homens vazios o porquê da grande
importância das tais celebridades e dos tais famosos, pessoas tão destituídas
de capacidade meditativa que assim como os homens vazios também se acham
realmente merecedoras do valor e da riqueza que o pão e circo lhes dá para
utilizá-los como chamarizes que desviam dos homens vazios o interesse pelo futuro
de seus filhos cujo destino é se tornarem também vazios.