Esta arenga começa lembrando aos
desocupados que pintam por aqui o início da introdução do livro O LIVRO DA
FILOSOFIA e termina fazendo-lhes três perguntas. A introdução começa
assim:
“A
filosofia não é apenas atividade de pensadores excêntricos, como popularmente
se pensa. Filosofia é o que todos fazemos quando estamos livres de nossas
atividades cotidianas e temos uma chance de nos perguntar o que é a vida e o
universo”.
Dito isso, passemos à arenga:
“Não soube me conter diante de tanto
poder e tanta força política”. Declarou Sergio Cabral à justiça quando não foi mais
possível esconder os crimes que cometeu com espantosa facilidade entes de ser
alcançado pela Lava Jato perseguida pelos cavaleiros negros mambembes do STF debaixo
da barba da imprestável juventude futucadora de telefone.
A declaração do Cabral traz à mente Marx
e Zé Simão. Se Marx observou que os filósofos se limitam a analisar o mundo,
quando o que o mundo precisa é de mudança em vez análises, o Zé Simão observou
que o Brasil é o país da piada pronta. Estas duas observações se encaixam como
luva na estapafúrdia declaração do governador ladrão cuja malandragem desbancou a famosa malandragem do carioca é mostrada num minucioso e perfeito
trabalho do escritor Tom Cardoso no livro SE NÃO FOSSE O CABRAL, de leitura
extremamente necessária para quem superou a fase bruta de povo. E as conclusões
de Marx e Zé Simão se encaixam na declaração do ladrão também protegido pelo
vergonhoso STF por ser necessário mudar, como disse Marx o atual sistema de
administração pública de entregar a ladrão para administrar a riqueza de prover
a sociedade de organização e bem-estar uma vez que isto, como disse o Zé Simão,
é piada. Honestidade em político é tão difícil quanto chifre em cabeça de
cavalo.
Sendo políticos os gestores da
administração pública, significa que a sociedade está num beco sem saída. Daí
ter Millôr Fernandes dito que o Brasil pode dar origem a um mundo inteiramente
novo porque caos é o que não falta por aqui.
Vejamos alguns resultados da
minuciosa pesquisa do Tom Cardoso que mostram o verdadeiro objetivo dos
políticos mais estimados pelo povo:
1 – Um senhor chamado Fernando
Cavendish, tinha uma empreiteirazinha mixuruca em Pernambuco chamada Delta. Ao conhecer
o governador do Rio, Sergio Cabral, uniu os dois a mesma propensão à avareza,
inescrupulosidade e irresistível paixão por fortuna e poder, nascendo destas
más qualidades forte empatia e grande amizade da qual resultou que a
construtorinha de nada se transferiu para o Rio, onde, às custas dos cariocas
“espertos”, se transformou numa baita construtora que concorria com a Odebrecht
em riqueza e canalhice.
2 – Tendo a primeira-dama carioca manifestado
ao governador desejo de ter determinado anel de requintada joalheria de Paris
que custava R$800.000, o governador levou lá seu inseparável amigo Cavendish,
mandou que ele comprasse o anel e devolveu várias vezes o valor por meio de
lambanças nas obras para as Olimpíadas e Copa do Mundo que tanto embevecem a
malta de de frequentadores de igreja axé e futebola. De olhos arregalados,
respiração presa e tensa, a turba acompanha com sofreguidão o papagaio de
microfone quando brada euforicamente como lha mandam os arautos do pão e circo: que corte perfeito! Chapéu ni um! Ni dois! Que beleza! Passe
perfeito! Driblou um, driblou outro, atenção, chutou, é gooooooool! É quando parte da
turba explode numa euforia ridícula enquanto a outra parte morde os beiços de
inveja e raiva.
3 – Nas farras pagas pelos “espertos”
cariocas, o governador se jactava de dormir com um pijama oferecido pela
Emirates Airlines, confeccionado com micro cápsulas de algas marinhas que, além
de estimularem a circulação sanguínea, evitavam a desidratação da pele.
4 – A mulher do governador comprava
durante o folguedo das viagens plenas de mordomias, em quantidades industriais,
os caríssimos sapatos Christian Loubortin cujo destaque está no solado vermelho
que para ser visto nas reuniões ela dava um jeito de arribar o pé vez em
quando.
5 – Criticado pela malandragem de
renunciar em favor de ricos empresários fabulosa quantia de R$50 bilhões, Cabral justificou o
ficou justificado que seguia modelo implantado por Lula e Dilma que renunciou a
R$60 bilhões de 2011 a 2014. O que acontece com um povo tão estúpido que é indiferente a perdão de dívida de impostos para ricos empresários enquanto trabalhadores são fiscalizados pela Receita Federal?
Jô Soares NÃO costumava dizer É UM ESPANTO? Pois o verdadeiro espanto é que para o povo quanto maior a canalhice do político, de maior apreço ele desfruta. Os livros OS DONOS DO MUNDO, SE NÃO FOSSE O CABRAL, O
CHEFE, PRIVATARIA TUCANA, HONORÁVEIS BANDIDOS, O ESPETÁCULO DA CORRUPÇÃO, A
FACE OCULTA DA CORRUÇÃO, PARTIDO DA TERRA, OS BEN$ QUE OS POLÍTICOS FAZEM,
entre muitos outros, mostram com clareza ofuscante a espantosa realidade de ser
a atividade política exercida por marginais. Aceitar isto vai de encontro a
qualquer bom senso visto depender da política a qualidade de vida. Na página 25
do livro Se Não Fosse O Cabral, Tom Cardoso cita interessantíssimo caso de
um governante da pequena nação asiática de Brunei que mora numa mansão com
1.788 quartos e garagem para cinco mil carros. E tamanho absurdo não é contestado por quem paga a conta. De onde será que sai tanta conformação?
Finalmente, é hora das perguntas.
Seria bom dar uma olhadinha lá em cima no texto da introdução mencionada. Eis
as perguntas:
Primeira: Nas horas em que não estão
no labor de produzir riqueza para outros desfrutar, pensará o povo sobre a
vida?
Segunda: Até quando os malandros
terão motivos para rir?
Terceira: Se em consequência de suas
ações ou omissões os políticos são responsáveis por tantas lágrimas, o riso
deles não indica deformação de caráter que os desqualifica para líderes?
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