Como será o futuro da
geração web? A única certeza que se pode ter a respeito é que tendo como
instrumentos de trabalho ferramentas como “WhatsApp” “on-line”, “escâner”,
“browser”, “modem”, “link”, “site” “policast”, e mais uma infinidade de outros
bichos desconhecidos de gerações anteriores, a geração web terá de ser
diferente delas porque os instrumentos de trabalho exercem influência sobre a
atividade cerebral. Esta realidade foi observada por Nietzsche e um amigo seu
quando o primeiro passou a escrever à máquina em vez de à mão, como sempre
fazia. Teve, então, a atenção despertada por seu amigo também escritor para o
fato de ter percebido alguma alteração no estilo do filósofo e sugeriu a
possibilidade de se dever a mudança ao fato de ter passado a usar máquina de
escrever. Recebeu de Nietzsche a seguinte resposta: “Você tem razão. Nosso
equipamento participa na formação dos nossos pensamentos”. (Página 35 do livro
de Nicholas Carr, O QUE A INTERNETE ESTÁ FAZENDO COM OS NOSSOS CÉREBROS, tendo
por subtítulo A GERAÇÃO SUPERFICIAL.
Entretanto, esse
cantinho de pensar tem a petulância de discordar do subtítulo juventude
Superficial por acreditar que a tecnologia em si mesma não seja responsável
pela superficialidade mental que ataca com ferocidade a juventude atual. O uso
da tecnologia, sim, é que pode ser prejudicial. Se a tecnologia moderna fez dos
jovens futucadores de aparelhos eletrônicos, zumbis desligados da realidade a
ponto de se submeterem pacificamente às ideias medievais que estão
inviabilizando as condições de vida no planeta, o que é realmente um grande
problema, deve o fato ser atribuído a viver a humanidade uma falsidade tão
extraordinária que as pessoas mais desimportantes de sua sociedade são consideradas
as mais importantes, enquanto que as mais importantes são odiadas a ponto de
serem crucificadas, queimadas ou
condenadas a ingerir cicuta.
É tão espetacular a falsidade em que vivem os
seres humanos que apesar de acreditarem na vantagem da paz e da harmonia,
presenteiam as crianças com brinquedos que imitam armas e as induzem a ter por
heróis personalidades cuja habilidade é matar e destruir. Tal é a banalização
da violência que filmes sobre crueldade são anunciados como entretenimento.
Portanto, é o modo como
se usa a tecnologia que pode fazer mal. Sendo seus recursos empregados para
transformar brutamontes em cidadãos, resultará em benefício em vez dos
malefícios provenientes de serem as inovações usadas para produzir riquezas
individuais como mostra o pensador François Morin no livro A Hidra Mundial:
“... as autoridades judiciárias dos Estados Unidos, britânicas e a Comissão
Europeia têm multiplicado as investigações e as multas que demonstram que
vários desses bancos – especialmente onze deles (Bank of América, BNB Paribas,
Barclays, Citigroup, Credit Suisse, Deustsche Bank, Goldman Sachs, HSBC, JP
Morgan Chase, Royal Bank of Scotland, UBS) organizaram de forma sistemática
acordos de formação de quadrilha”.
Sendo os líderes
políticos que estabelecem as regras no mundo obedientes a quadrilheiros e,
portanto, submetidos à vontade de criminosos, tal situação não pode ser
atribuída à tecnologia, mas, sim, ao modo como ela tem sido usada.
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