O doutor Marcelo
Gleiser deu uma cagada tão grande que sujou cinco capítulos do seu livro
CRIAÇÃO IMPERFEITA, dedicados à apologia à religiosidade que tanto mal faz à
humanidade como fomentadora da ignorância que lhe serve de sustentação. E não
há necessidade de se recorrer aos volumosos catataus de intelectuais para se
saber que deus só existe na cabeça da malta humana. Que quanto mais desprovido
de conhecimento, mais religioso se é. Uma viagem imaginária regressiva no tempo
mostrará esta realidade a quem quer que disponha de um mínimo de inteligência
porque vai passar por tantos intérpretes da vontade de deus como Zenão e seu
estoicismo, Epicuro e o epicurismo, Evêmero e o evemerismo, Pirro e o
ceticismo, Orfeu e o orfeismo, Zaratustra e o Zoorastrismo, etc., etc., donde
se conclui que ao contrário do que as pessoas pensam, deus é criação do homem.
Prosseguindo a viagem,
percebe-se que a religiosidade vai ficando cada vez mais forte à medida que
também vai ficando mais forte o desconhecimento ou ignorância. Por mais burro
que seja o viajante, perceberá nas Indulgências e no Tesouro de Merecimento a
origem do estelionato de vender feijão santo. Mais adiante, isto é, mais atrás,
verá o povo adorando governantes, e mais atrás ainda verá os sacerdotes egípcios
ameaçando seus deuses se não julgassem o morto que lhes tinha pago com o mesmo
critério usado pela quinta turma do STF.
Se depois de se
constatar que a religiosidade prospera junto com a ignorância, afirmar
necessidade de religião seria o mesmo de se afirmar necessidade de ignorância.
Portanto, está certo Nietzsche em condenar a religiosidade e errado o doutor
Gleiser que faz apologia dela.
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