sexta-feira, 17 de março de 2023

ARENGA 667

 7 – Quem fala em Estado Mínimo presta um desserviço tão grande à sociedade quanto presta um excelente serviço aos gananciosos ajuntadores de riqueza que precisam da conivência do Estado para cometerem as arbitrariedades sem as quais seria impossível açambarcar fortunas imensuráveis como se fossem viver para sempre. Esta prática deixa atrás de si um rastro de miséria, fome e cadáveres, principalmente de crianças desnutridas. Fingindo ignorar as consequências do comportamento antissocial de levar vantagem para acumular riqueza é que os defensores de um Estado mínimo ou paternalista (para os ricos) fazem malabarismos mentais para justificar a cultura de “Ao mais capaz, tudo, ao menos capaz, amargar derrota pela incompetência”. Tal cultura despreza totalmente o que seja “fazer aos outros o mesmo que gostaria que os outros lhe fizessem” e que vindo a ser posta em prática ter-se-ia alcançado a verdadeira civilização de que até o momento só se ouve erradamente falar. Para existir civilização é preciso haver justiça, mas o que se tem são injustiças praticadas por aqueles que os analfabetos políticos encarregam de zelar por ela. Pode haver maior injustiça do que “salvar” com dinheiro do povo instituições financeiras em suas falcatruas?

A esse respeito, disse Ruy Barbosa: "Os piores de todos os crimes, os que mais atacam a moral pública e depõem contra a civilização de um povo, são as violências contra a lei pelos a quem ela incumbiu de sua guarda". (lembrado pelo escritor e filósofo Vinícius Bittencourt em seu grandioso livro Falando Francamente). E nesse sentido teria dito Cardenal De Retz: “Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”.

A humanidade permanece estagnada na mesma mentalidade de quando ainda éramos primitivos disputando meios de sobrevivência porquanto atualmente também multidões se dispersam mundo afora buscando sobreviver.

 

 


     

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