sexta-feira, 1 de setembro de 2023

ARENGA 695

 

Duas citações de dois grandes pensadores aqui mencionados por ordem cronológica e não pela importância dos pensamentos por serem ambos tão importantes que se postos em prática pelo festeiro e religioso povo brasileiro, principalmente, (supondo que brasileiro se presta senão para festa, igreja e futebola), a materialização destes dois pensamentos fariam desta infeliz pátria de deus um exemplo de civilidade e bem-estar social para o selvagem resto do mundo onde civilização significa ter muito dinheiro. Citaremos primeiro o pensamento de Marx, menosprezado por não ter sido escoiceador de bola, quando disse que em vez de análises o mundo carece é de mudança. Isto é algo que se a massa bruta de povo pensasse por si em vez de ter os pensamentos feitos pelo ópio colorida do televisão, extirparia do mundo sua exuberante estupidez de inverter para maus os bons costumes de forma tão inadmissivelmente deturpada que uma menina por ter matado os pais está na imprensa como celebridade.

Em seguida ao pensamento do grande Marx vem o pensamento de outro estudioso dos problemas humanos, Rodolfo Stavenhagen. Seu pensamento para nossa estudo está citado na página 13 do livro Formação do Capitalismo no Brasil, de Ladislau Dowbor, e que é o seguinte: “O desenvolvimento econômico, reconhecemo-lo cada vez mais, não é um problema técnico, mas político”.

Aí está! Está tudo aí. Misturando estes dois pensamentos num só, é quanto basta para a visão de um caminho menos estúpido para levar a humanidade a destino menos infeliz do que uma sociedade na qual predomina uma desigualdade de seres naturalmente iguais que uns têm demais e outros, de menos. Sociedade alguma estruturada sob tamanha disformidade tem necessariamente de ser tão infeliz que apesar de muito se falar sobre seus erros, repudia-se a sensatez de se pensar em corrigi-los como sugeriu Marx.

A necessidade de mudança é imprescindível pelo seguinte motivo: a felicidade (bem-estar social) está na dependência do desenvolvimento econômico, que depende da política, como disse nosso segundo pensador. Sendo assim, e é assim que é, se a política no mundo inteiro tem por função zelar pelos interesses dos mais ricos, sem que se mude tamanha distorção, estará a humanidade eternamente condenada à infelicidade que ainda é maior nas sociedades saídas mas tarde da condição de colonizadas e onde a coisa ainda é pior uma vez que seus políticos têm sempre a polícia nos calcanhares e o povo, vivendo para festas, está mais longe de saber que pode pensar.

 

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