sábado, 5 de julho de 2025

ARENGA 830

 

A imprensa noticia que percebendo não aguentar o embalo durante toda a noite ao chegar aos trinta anos de idade, a juventude está mudando seus hábitos idiotas de jogar fora a vitalidade para outros hábitos igualmente idiotas: embalos sem álcool com encerramento mais cedo. É de se imaginar o quanto distante está a juventude daquilo que virá depois dos sessenta ou mais para os muitos que chegarão lá uma vez que o organismo se adapta para suportar a carga de veneno que a cultura da necessidade na verdade desnecessária de riqueza nos obriga a ingerir. Nada além de estupidez justifica a atitude de quem infelicita seus semelhantes para obtenção de riqueza e terminar numa cadeira de rodas enquanto aquilo que acumulou é dissipado por pessoas estranhas, geralmente genros.

Desconcertante também é o modo de vida individual da humanidade uma vez que não vive senão em coletividade, tipo de vida no qual inexiste lugar para individualismo. Na realidade, os seres humanos não têm ainda se comportado de outro modo que não buscando sua própria infelicidade. Conclui-se por esta realidade observando que do aprendizado das crianças não pode resultar em seres capazes de encarar a atividade de viver com a seriedade necessária. Embora acreditando-se livres, os seres humanos, como disse mestre Rousseau, vivem agrilhoados por toda parte, obrigados a se comportarem como crianças, sem preocupação com o futuro como se crianças fossem.

Erra fragorosamente a humanidade em ter duas falsidades como norte de suas vidas: deus e riqueza. Se de deus só se ouve falar e cuja existência foi inculcada na criança inocente à qual é negada peremptoriamente a oportunidade de perceber tratar-se de engodo deliberadamente arquitetado para desviar sua atenção da verdade de ser responsável pelo seu próprio destino que nunca foi o de servir aos parasitas que sempre usufruíram de vida regalada à custa de quem trabalha como tem sido desde sempre sem que esse tal de deus se digne de pôr ordem na casa.

Quanto à segunda ilusão humana da necessidade de riqueza, percebe-se que o maior acúmulo de riqueza se faz acompanhar dos maiores transtornos até mesmo à demência de querer conhecer To infinito que continuará desconhecido de seres tão estúpidos que são incapazes até mesmo de viverem em harmonia entre si.          

     

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