quinta-feira, 10 de julho de 2025

ARENGA 831

 

Sei poucas coisas, na verdade. Mas do sei muito pouca gente sabe. Tenho visto pessoas inteligentes e até doutores que fora as especialidades constantes de seus diplomas, pensam exatamente como pensam os analfabetos e esse foi meu primeiro despertar para o fato de haver algo errado na vida. A princípio, quando ainda sabia menos do que sei hoje esta realidade me intrigava. Cogitava com meu travesseiro: “coisa mais esquisita, sô, como pode um doutor ter as mesmas ideias do analfabeto? Com a convivência de universitários meus colegas, aos poucos fui percebendo que ser inteligente e estudioso, certamente que leva a ser um bom profissional. Entretanto, quanto mais dedicação aos estudos profissionais, menos aprendizado da realidade da vida e mais inocência quanto a esta realidade à qual não se chega senão por meditação, vontade de ter conhecimento do assunto Te esforço próprio porque a verdade da vida é escondida debaixo de sete chaves que é para ninguém aprender.

Qual o interesse nisso? Questionaria o excelente, mas analfabeto da escola da vida o competentíssimo doutor ao qual procurar fazer entender que o mundo tem dono e que nunca foi do povo. Que o povo sempre foi serviçal dos donos do mundo. Eles enganam o povo fazendo-o crer que a democracia é o ideal porque é um regime político no qual o governo governa para o povo. Até dizem ser a democracia uma forma de administração pública na qual o povo escolhe livremente os administradores e os substitui quando saem da linha indicada pela constituição. Mas se toda constituição diz que todos são iguais perante a lei e se o advogado reprovado em concurso para juiz de primeira instância que virou ministro da mais alta corte de justiça, segundo Merval Pereira, votou pela prisão domiciliar para ladrões ricos alegando que por serem acostumados a uma vida de luxo não deveriam se misturar com a ralé no xadrez, onde é que fica a igualdade perante a lei?

Saibam, senhores doutores, que dependemos mesmo na verdade é da política para a qual os senhores não dão a mínima e até mesmo confessam não gostar dela, da política. Mas, como disse alguém que sabe da sua importância: “o mal de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta”. A esta verdade podemos acrescentar: E COMO GOSTA!

 

 

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