domingo, 23 de maio de 2021

ARENGA 588

 

Ninguém melhor do que o inteligente jovem engenheiro, economista e escritor Eduardo Moreira para confirmar o que sempre alegamos aqui nesse cantinho de pensar: por motivo tão claro quanto água limpa no meu copo de cristal de tomar Blue Label, é impossível aprender a realidade da vida nas universidades fundamentas na cultura capitalista, motivo esse que é nada mais do que ser a irrealidade da vida a base da cultura capitalista. É por isto que Eduardo Moreira foi de brilhantemente inteligente e feliz ao titular seu livro  O QUE OS DONOS DO PODER NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA. Pronto! Tá tudo aí. A humanidade ainda não descobriu outra  maneira de cuidar da administração de sua sociedade senão entregando cada grupo em que se divide a sociedade humana fabulosas riquezas a determinadas pessoas para que arquem com o custo da administração pública. Constatada esta realidade, pode-se dizer que o mesmo ocorre com um estabelecimento comercial ou uma fazenda onde se engordam bois prá vender, com a diferença, e é aqui onde se encontra o porquê afirmamos estar no título do livro de Eduardo Moreira acima citado o motivo pelo qual em absolutamente nenhuma das muitas universidades do mundo capitalista se aprende a realidade da vida. 

Ao compararmos a administração da riqueza pública com a administração do estabelecimento comercial ou da venda de bois gordos, que elemento é imprescindível para o sucesso destas duas últimas atividades? Bingo para quem disse OS OLHOS DO DONO DO ESTABECIMENTO COMERCIAL E DA FAZENDA porque sem haver efetiva fiscalização, haverá inevitavelmente roubo de pequena monta a princípio, mas que irá crescendo se continua a falta de fiscalização, e serão de grande monta com a certeza de não haver fiscalização.

Embora não seja verdade que o ser humano se mau por natureza, é verdade que o ser humano é o resultado do que lhe é ensinado. E o que é que se ensinam às crianças no mundo capitalista senão apego à riqueza e desprezo pelo altruísmo?  Não pode tal cultura dar origem ao verdadeiro líder. Nenhum ser humano no qual se incutiu a cultura da vantagem para o mais forte ensinada pelo Frankenstein da bunda branca Henry Kissinger pode se tornar um Cristo ou mesmo um Ghandi. Como esperar que a criança educada para amar riqueza possa administrar fortunas sem delas lançar mão dinda que indevidamente? É, pois, no esperar que seres humanos educados para ter riqueza por objetivo maior da vida administrem corretamente a riqueza do mundo é onde está o grande erro da humanidade do qual resultam seus males maiores: guerras, fome, violência, destruição da natureza cuja consequências é a torrente de doenças que haverão de se tornar incontroláveis que hospedarão na população desassistida e chegará aos poderosos graças à falta de visão que faz deles grandes imbecis.

Na página 45 do livro referido o autor se refere ao comportamento de ficar de braços cruzados enquanto os administradores da riqueza pública se locupletam. Considerando que esta administração pública é feita contra o povo, ele compara a aprovação do povo à cultura capitalista de administração pública a uma aprovação por parte de bactérias a um sabonete capaz de dizimar bactérias. Não é outro o comportamento adotado pelo povo seguindo orientação de falsos líderes. O jovem escritor chega a exclamar “incrível!”. É realmente incrível que o povo passe necessidade enquanto os falsos líderes têm vivem nababescamente com o resultado do seu trabalho.

Entretanto, sabendo-se como se sabe da facilidade com que o cérebro pode ser conduzido, razão pela qual disse um sábio que a propaganda é a arte de explorar a estupidez humana (melhor diria a arte de conduzir o cérebro humano), na página 44 o escritor explica o comportamento por ele mesmo tido como incrível nas seguintes palavras: “O capitalismo sobrevive somente em função da propaganda que faz dele o que não é”.

Aí está! Se as mais famosas universidades do mundo estão encarregadas de ensinar que é aquilo que não é, estão proibidas de ensinar o que realmente é. Isto é, a realidade da vida. 



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