sábado, 22 de março de 2025

ARENGA 802

 



    Por ser objetivo único deste cantinho de pensar a tentativa talvez inútil de mostrar à juventude a realidade por ela tão desconhecida que a leva não só a aceitar, mas também compartilhar com os muitos tipos de aberrações da cultura atual como considerar diversão a monstruosidade de transformar em diversão a brutalidade de serem dois seres humanos levados a trocar socos até que morram das consequências da prática brutal ou levados a disputar velocidade em carros preparados para esta finalidade, com objetivo de banalizar a violência de tal forma que passa a ser apresentada como boa a notícia de que o número de assassinatos caiu de cem para noventa quando na realidade não deve haver assassinato algum. Sendo a cultura da violência resultado de viver apenas por viver, como os bichos, mas sem refletir sobre a vida, prática da qual resulta em sofrimento, daí a insistência desse cantinho de pensar no assunto tratado pelo filósofo Stephen Law sobre a diferença entre aquilo em que se acredita SER aquilo que realmente É. A lição ensinada por mestre Stephen, se aprendida, incentiva a prática da reflexão.

    Já vimos na prática a diferença entre verdade e falso no exemplo de alguém certo de que o elefante é um animal cor de rosa, quando, na verdade, não é porque é cinzento. Assim é que para este alguém a crença de ser cor de rosa o elefante é apenas crença, mas não é conhecimento. Aprendemos, pois, nesse exemplo, que uma crença pode não ser conhecimento.

    O que vem a seguir no ensinamento do mestre pode despertar a crença de ser a filosofia complicada e sem importância para a qualidade de vida, o que não é verdade como veremos nesta outra reflexão do mestre. Vimos em publicação anterior que no exemplo do elefante a crença não é conhecimento por ser uma crença falsa. Nessa outra reflexão o mestre veremos que mesmo uma crença verdadeira não basta para ser conhecimento. Calma aí porque não há complicação nisso e vamos ver porque não há: supondo que um jurado (preconceituoso) seja levado à crença de ser culpado o réu em julgamento apenas pelo modo esquisito como ele se veste. Esta crença pode ser verdadeira porque o réu pode ser realmente culpado. Entretanto, a conclusão do jurado não se baseou em conhecimento (como se tivesse presente ao crime cometido). O modo de se vestir não basta para ser o conhecimento da culpabilidade. Este é um tipo de prosa sem aspas. Veremos mais do mesmo em outra oportunidade. Mas, pense nisso, quem passa por aqui.

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