Se o mesmo fato gera opiniões
contrárias da justiça, não fica evidente que a justiça não merece crédito e que
vivemos num mundo de ilusões como os habitantes da caverna de Platão? Se as
ilusões pertencem ao mundo infantil, não significa que os adultos têm
mentalidade de criança e que por isso não conseguem organizar uma sociedade que
não seja tão imperfeita que tanto se mata quanto se morre por ideais inclusive
religiosos? Ou o motivo das mortes atribuídas a ideais o são na verdade
motivadas pelo ideal apenas de poder e riqueza?
Esta última hipótese, como demonstraram
o Santo Tribunal da Inquisição e as milenares disputas ferrenhas e sangrentas
por cargos que manipulam riqueza parecem ser o que melhor explica o morticínio
tanto nas guerras quanto por atiradores especializados em matar contratados por
adversários dos pretendentes a um posto na administração pública onde há
dinheiro a puxar de gancho como mostra a vida faustosa dos líderes políticos e
do Papa
Também há muito sobre o que se
meditar sobre a necessidade do aparato de segurança em torno de um chefe de
estado que se exercesse com correção o trabalho de civilizar os governados
haveriam de receber respeito, estima e profundo apreço da parte deles.
Não há na verdade motivo para
vivermos tão mal como vivemos. E é fácil constatar a realidade de não podermos
viver de outro modo senão mal. Para tanto, nada mais é preciso do que observar
que na política autoridades deixam os palácios rumo à cadeia. No engodo da
religião corre rios de dinheiro e, socialmente, as pessoas mais desqualificadas
intelectualmente são tão valorizadas que são elevadas à fama e celebridade.
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