quinta-feira, 11 de setembro de 2025

ARENGA 847

 

Se o mesmo fato gera opiniões contrárias da justiça, não fica evidente que a justiça não merece crédito e que vivemos num mundo de ilusões como os habitantes da caverna de Platão? Se as ilusões pertencem ao mundo infantil, não significa que os adultos têm mentalidade de criança e que por isso não conseguem organizar uma sociedade que não seja tão imperfeita que tanto se mata quanto se morre por ideais inclusive religiosos? Ou o motivo das mortes atribuídas a ideais o são na verdade motivadas pelo ideal apenas de poder e riqueza?

Esta última hipótese, como demonstraram o Santo Tribunal da Inquisição e as milenares disputas ferrenhas e sangrentas por cargos que manipulam riqueza parecem ser o que melhor explica o morticínio tanto nas guerras quanto por atiradores especializados em matar contratados por adversários dos pretendentes a um posto na administração pública onde há dinheiro a puxar de gancho como mostra a vida faustosa dos líderes políticos e do Papa

Também há muito sobre o que se meditar sobre a necessidade do aparato de segurança em torno de um chefe de estado que se exercesse com correção o trabalho de civilizar os governados haveriam de receber respeito, estima e profundo apreço da parte deles.

Não há na verdade motivo para vivermos tão mal como vivemos. E é fácil constatar a realidade de não podermos viver de outro modo senão mal. Para tanto, nada mais é preciso do que observar que na política autoridades deixam os palácios rumo à cadeia. No engodo da religião corre rios de dinheiro e, socialmente, as pessoas mais desqualificadas intelectualmente são tão valorizadas que são elevadas à fama e celebridade.

 

 

 

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