Ao ouvir um “vá com
deus” quando me despedia de um renomado médico, realmente conhecedor da ciência
médica, e para onde também irão os jovens esbanjadores da vitalidade que o
tempo sozinho se encarrega de corroer, naquela ocasião, como em muitas outras, não
pude evitar mais um dos muitos momentos de tristeza que sempre me ocorrem
quando tenho a atenção voltada para a generalização do analfabetismo político
que uma vez implantado na mentalidade da juventude por um sistema educacional que
foge da realidade como o diabo foge da cruz, tal sistema molda de forma
antissocial a personalidade dos seres humanos fazendo deles nada mais do que
ganhadores de dinheiro que nem desconfiam do que seja a realidade da vida,
realidade esta que levou Honoré de Balzac a afirmar haver duas histórias sobre
a humanidade: a história que aprendemos e outra história que de tão falsa chega
a ser vergonhosa.
Aconteceu com a
sociedade humana que em sua trajetória rumo ao futuro foi assaltada por interesses
antissociais que não podendo prevalecer às claras escorraçaram a verdade e em
seu lugar colocaram uma história obscura que de tão falsa chaga a ser
vergonhosa por distorcer cinicamente a realidade da vida de modo a pôr a
humanidade em tamanho estado de letargia mental que não poderá superar o engodo
em que se encontra por se tratar de uma trama tão bem urdida que os próprios
enganados se colocam contrariamente a qualquer outro tipo de vida que não a da
dependência de um deus que apesar de nunca ter existido existe até para
doutores, que dizer então para a massa festiva de carrinhos ordinários que
anunciam terem sido presentes de deus.
Portanto, estando
vedado pela mentira o caminho que leva à verdade e a uma sociedade civilizada,
todos os “é preciso fazer isto e aquilo” provenientes de pensadores
inconformados com o estado de falsidades podem ser resumidos num único “é
preciso” que é ser preciso antes de qualquer outra coisa batalhar arduamente
para iluminar a mente humana com a luz da verdade.
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