INVESTIGAÇÃO SOBRE FILHO DE LULA VAI PARA VARA DE JUIZ ANTI-LAVA JATO E
FAVORÁVEL À DEFESA DO PETISTA. Esta
notícia na imprensa é uma aberração do ponto de vista do ordenamento jurídico. Entretanto, apesar do inusitado, nem esta e nem outras
notícias desse tipo causam indignação na opinião pública preocupada
exclusivamente com vulgaridades. Assuntos que dizem respeito ao futuro dos
descendentes passam longe do interesse da massa bruta de povo que certamente
está cuidando da fantasia do próximo carnaval ou qual a oração mais eficiente
contra a doença. Daí que não é só um grande número de igrejas e farmácias, (uma
em cada esquina no Brasil), que denunciam o baixo nível mental de um povo. Também
o conteúdo das notícias na imprensa denuncia o baixíssimo nível mental deste povo
brasileiro de triste memória que é ainda mais povo do que qualquer outro povo
do mundo. A notícia acima, por exemplo, apesar de irrelevante para o povo,
revela o seguinte impasse: se a imparcialidade dos magistrados é requisito
indispensável no julgamento, esta notícia dando conta de ser o juiz favorável
ao acusado dispensa totalmente o julgamento por já ter sido previamente
anunciado seu resultado. Evitando o julgamento “faz-de-conta” ou de brincadeirinha,
evita-se o custo para a sociedade. Este é o retrato do Brasil e do povo
brasileiro cuja qualidade é tão inferior que moradores de apartamentos não
podem voltar sua atenção para leitura porque são atropelados por tropel
semelhante ao de cavalos e arrastar de móveis vindos de apartamentos vizinhos,
comportamento semelhante ao de irracionais indiferentes à presença de pessoas
no cumprimento de suas necessidades.
Outra notícia que traz dentro de si um mundo de
inconsequências sociais é a do congelamento de salários dos empregados sugerida
pelo ministro milionário Paulo Guedes diante da crise causada pela doença que
apavora o mundo, embora sejam os ricos os responsáveis pelo mal em função da
ganância de riqueza que fez inviabilizar a vida no planeta. Desta forma, são
eles, os ricos, que devem arcar com o sacrifício. Mas o que se tem é que o
ministro joga no lombo dos já desgraçados assalariados o peso da
responsabilidade por tamanho custo, como se a doença fosse diminuir as despesas
dos pobres em vez de aumentá-las. Não é à toa que o historiador Edward Mc Nall
Burns diz na página 530 do primeiro volume de História da Civilização Ocidental
que os governos despóticos substituíram as obrigações feudais por tributação.
Embora os frequentadores de igreja, axé e futebola ignorem, o servilismo
caracteriza a sociedade contemporânea do mesmo modo que era a característica da
Idade Média.
Outra
notícia também reveladora do fabuloso índice de ignorância pública é a de ter a
“celebridade“ Xuxa doado um milhão de reais ao SUS para ajudar no combate à
doença. O caráter positivo que pobres coitados mentais encontram nesta notícia
decorre da incapacidade de alcançarem a realidades e viverem num mundo de
falsidades. As circunstâncias pelas quais as ridículas “celebridades” se tornam
riquíssimas significam desperdício do dinheiro usado pelo pão e circo para remunerar
regiamente suas marionetes. Toda a dificuldade monetária, além do mau uso,
decorre também e principalmente do direito absurdo que permite aos Reis Midas
do mundo o contrassenso social materializado no direito contrário ao bom senso e
contrário à sociabilidade de ajuntarem imensas fortunas individuais. Tanto está
errado ser permitido a grande riqueza individual como também a vida folgazã das
marionetes do pão e circo, as inúteis “celebridades” uma vez que o dinheiro
para estas inutilidades tanto quanto para os Midas, principalmente os dos
bancos, é tirado da sociedade, Dinheiro, além de não dar em árvores, esse é um dinheiro
que vai deixar de atender as necessidades comunitárias e passa a ter a única
função de servir para que pobres diabos mentais ostentem um orgulho na verdade
ridículo porque a ignorância social dessa gente pobre de espírito e rica de
dinheiro não lhes permite enxergar nada além do próprio nariz empinado por se
acharem realmente importantes quando, na realidade, são extremamente prejudiciais
ao grupo que forma a sociedade humana.
Embora tal
cultura existe desde que se tem notícia de sociedade humana no mundo,
modernamente a cultura do ajuntamento de riqueza particular é conhecida por
neoliberalismo, cultura tão antissocial que em matéria publicada no jornal Le
Monde Diplomatique Brasil, a filósofa Nancy Fraser afirma não mais se legitimar
o neoliberalismo que orienta os governos ditos democráticos que administram a
maior parte da população do mundo.
Mais uma
notícia reveladora de a quantas anda o atraso mental do brasileiro é a notícia de
haver gente censurando o ministro Ricardo Lewandowski por ter sido contra a
liberação ainda mais generalizada dos venenos do agribiuzinesse. Ora, se o
Brasil, subserviente como tem sido desde suas origens, tem permitido o uso
indiscriminado de venenos na agricultura do agribiuzinesse produtor de cânceres,
absolutamente nada justifica a insensatez ou burrice de censurar o ministro
Lewandowski por ter tomado talvez a única decisão que beneficia em vez de
prejudicar a sociedade como é de seu feitio. Já Thomas Paine advertia que os
male sociais ficam ainda mais insuportáveis quando resultam da ação de quem tem
o dever de evita-los. Se aquele ministro efetivamente tem demonstrado usar do
cargo para interesses escusos, a atitude de proibir o uso alarmante de veneno
para satisfazer a sede incontida de riqueza dos ricos do agribiuzinesse merece
aplauso em vez de condenação.
A enganação
que envolve a humanidade não teve início com Maquiavel, como se supõe. Ele apenas
tornou púbico um fato que vem desde que no mundo existe sociedade humana e
notícia da magia dos feiticeiros que interpretavam nas tribos primitivas a
vontade do “corpo sombra” (mortos que apareciam em sonhos). Daí, evoluiu para a
enganação que fazia crer haver um deus em cada rei. Mais tarde, passou pela
necessidade de deixar fortunas a cargo de sacerdotes a fim de que estes
provessem na vida depois da morte as necessidades materiais das almas dos
mortos. Evoluiu para a enganação da venda que o papa fazia de passagens para
desfrutar das delícias do reino celeste ao lado de deus por meio do comercio
das indulgências. Depois, pelo comércio na Idade Média da madeira da cruz em
que teria sido crucificado Jesus Cristo, que segundo o historiador Edward McNall
Burns a igreja vendeu quantidade suficiente para construir um navio. Continua,
modernamente, com a venda de interpretação da vontade de deus pelos
representantes dele nos estabelecimentos comerciais denominados templos
religiosos cuja participação na má política dos maus políticos é recompensada
com isenção de imposto sobre suas imensas fortunas.
Como mais
cedo ou mais tarde a verdade aparece inexoravelmente, perde força a cultura
implantada pelos meios de comunicação a serviço dos Midas no cérebro dos seres
humanos que os convence de estar certo o que está errado como por exemplo
deixar seu destino a cargo de terceiros e envolver-se unicamente na tarefa de
produzir os recursos necessários à sociedade além de prover com prodigalidade
as necessidades dos seus enganadores.
Não é menos
condenável a indiferença dos intelectuais quanto ao verdadeiro problema que
aflige a humanidade: não só a necessidade de combater a ojeriza às atividades
meditativas entre os jovens, mais também deixarem os intelectuais também se
envolver nos embustes. Na página 188 do livro Homo Deus, do intelectualíssimo
Yuval Harari está dito não ser verdade que a religião seja superstição. Como
não ser superstição a religião? Tamanha inconsequência tem como resultado
confundir em vez de esclarecer. Se superstição é crença na existência do
inexistente, não há como distingui-la da religião porque todas as religiões afirmam
a existência de um deus que nunca existiu. Inté.
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