domingo, 6 de abril de 2025

ARENGA 806

 

Vivemos numa sociedade onde a irracionalidade supera a das demais sociedades do mundo. Em meio a uma crescente violência que já não permite a quem sai de casa ou se dispõe a viajar de carro não sabe se chegará em paz ao destino ou se retornará vivo para casa, a preocupações dos pais em relação aos filhos continua sendo com um futuro que talvez a violência impeça de existir. A sociedade permanece totalmente alheia às consequências de tão obstante exasperadora realidade como se ela não pudesse vir a nos alcançar. No jornal Folha de São Paulo, psiquiatra recomenda as vantagens do equilíbrio emocional. É possível ser emocionalmente equilibrado quando se está com medo? Ou será esta recomendação baseada na falsa presunção de se estar a salvo embora os jornais dão notícias de horrores acontecendo com outras pessoas?

A História mostra que diversas mudanças ocorreram durante o trajeto da humanidade da pré-história à atualidade sempre que uma classe poderosa em função de riqueza se tornava insatisfeita com a administração da sociedade e, com o poder do dinheiro, comprava opiniões e conseguia reverter a situação do momento para outra de acordo com seus interesses que nunca forram os interesses da grande maioria ou povo, nascido com a marca do conformismo e da obediência gravadas na alma. Embora incorra em desobediência e inconformismo por ocasião de mudança social, a participação do povo sempre teve a estupidez da violência e não da inteligência por base, de modo que depois da refrega, ele sempre volta à obediência e ao conformismo numa atitude digna de comiseração uma vez que sua incapacidade de perceber a realidade começa desde o nascimento seguido de batismo, crisma, primeira e segunda comunhões, festa de aniversário, Papai Noel e seus presentes para criança obediente e seu ridículo rôrôrô. Dependendo todas estas coisas de dinheiro e nada de humanismo e segundo a observação de mestre Platão de que os primeiros aprendizados formam a personalidade do adulto, fica evidente que o livre arbítrio do povo aponta para as fantasias crendice apenas e nada mais. Daí ser justificada a aptidão popular para jogos e brincadeiras feito crianças.  

     

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário