Um jornalista mais “ligado” observa
que a tragédia do Rio Grande do Sul desperta para a realidade de que algo deve
ser feito a respeito de desastres climáticos. De fato, a continuar assim, todos
vão para um grande brejo inclusive os Midas que deram causa à catástrofe que agora
se apresenta com maior vigor, mas que começou quando os países hoje ricos iniciaram
sua busca por riqueza. A malta festiva de sempre continua na alegria de débil
mental sem dar atenção para a possibilidade de vir o infortúnio que ora atinge nossos
irmãos gaúchos chegar também para todos nós.
A inviabilidade da vida no planeta
foi no que deu deixar o destino do mundo em mãos de líderes paus mandados dos
ricos e avarentos donos do mundo capazes de vender a própria mãe se com isso
sua conta bancária for aumentada de mais um bilhão para que por meio da
agiotagem do cassino financeiro mundial se transforme em dois, em três, num sem
conta de bilhões como queria o liberalismo e como quer o neoliberalismo.
A salvação do mundo está num
despertar para a realidade de que a selvageria do ser humano exige rédea curta nesses
bichos parecidos com gente. Como disse
mestre Vinicius Bittencourt, em Falando Francamente, a convivência dos humanos se
assemelha a um zoológico onde animais domésticos convivem livremente com ferozes
predadores. Daí a preocupação desse cantinho de pensar com o futuro das
crianças que pais irresponsáveis despejam nesse mundo satânico sem cogitar da
possibilidade de vir o mundo a se encontrar em situação ainda mais feroz do que
hoje para quem não nasceu com o dom do banditismo que já supera o poder do
Estado e do qual é impossível deixar de ser vítima quem não conta com a
proteção que paga para autoridades inúteis.
Outro ponto sobre o qual este
cantinho de pensar não descuida é da inviabilidade da situação humana. Embora
pessoas de sensibilidade social apontem correções para o que está errado, que
na verdade é tudo, mas de nada adianta indicar a direção se a humanidade em
nada difere da jumenta de Balaão na recusa a prosseguir rumo à civilização.
Apesar de ser o poder dos tais
poderosos que se assenhorearam do mundo e mantém a humanidade a seu serviço, tal
poder funciona graças à uma organização tão perfeita que os escravizados mostram
simpatia pela condição de escravos creditando serem livres, mas livres apenas
para escolher que carro, celular ou televisão comprar, mas não para deixar de
comprar e nem de saber o motivo pelo qual não pode deixar de comprar.
A humanidade se encontra em tamanha
brutalidade que enquanto seres humanos choram, outros, indiferentes e alegres,
têm motivos para festejar ignorando haver uma força satânica que por meio dos
instrumentos de comunicação os torna tão idiotizados que dão mais atenção a
esportes do que à qualidade de vida.