Uma pesquisa indagando o que
realmente salva vidas se dinheiro ou milagre, evidente que a resposta optaria
pelo milagre, tal é a falsidade a que foi conduzida a humanidade pela cultura
do venha a mim e os outros que se danem, enraizada profundamente na mente
humana de modo tão evidente que apesar da realidade de apenas por notícia se ter
conhecimento de salvamento por milagre, ao contrário, todos conhecem pessoas
que foram salvas pelo dinheiro, inclusive este rabiscador de garatujas que o
dinheiro de pagar um bom plano de saúde por duas vezes permitiu que médicos lhe
salvassem a vida. Mesmo diante de evidência irrefutável, ainda assim, todos,
absolutamente para todo mundo quando alguém de sua estima é salvo pela medicina
e recupera a saúde, é a deus que se atribui o trabalho feito pelas pessoas da
saúde.
Uma vida sem conhecimento não vale a pena ser
vivida, disse o filósofo. No entanto, conhecimento é o que povo não tem. E se
não tem não é por falta de capacidade de ter. É por lhe ser vedada a
oportunidade de superar a fase de povo adquirindo conhecimento porque isso é
prejudicial aos aproveitadores a quem serve o desconhecimento.
E é aqui onde se encontra a barreira
que impede o avanço da civilização. A partir do momento em que surgiu
agrupamento, também surgiu o aproveitador formas de ludibrio ou malandragem. O
historiador Burns conta que possivelmente os faraós e sacerdotes tivessem
origem no trigo. Isso porque ao observar que uma semente deixada prá trás
virava uma planta, quem observou logo arrumou um jeito de levar vantagem sobre
os demais.
O incentivo ao desconhecimento levou
mestre Paulo Freire à cadeia por aconselhar uma educação que desse conhecimento
ao povo. Portanto, sendo o desconhecimento do interesse dos donos do mundo e
dos governantes, tem-se que sob a égide do desconhecimento a vida só vale a
pena para pessoas de uma alegria tão efêmera que desaparece junto com a
insensatez da juventude. Vai daí que no mundo a vida só é agradável para quem
está enganado com a cor da chita porque todo o alvoroço dos requebramentos
cederá lugar a dores das mais diversas, que fazem gemer para sentar (lembram da
velha surda de Roni Rios? Pois é. E tem ainda muito mais: remédios, análises
laboratoriais e consultas médias a puxar de gancho.
Toda a desarrumação da sociedade
humana vem de um tipo de desconhecimento, o de dar ao dinheiro a importância
que ele tem como agente promotor de bem-estar social do qual depende o
bem-estar de cada um individualmente. Aqui está uma das milhões de maneiras
erradas de uso do dinheiro: na página 11 do livro O Pão Nosso de Cada Dia, do
batalhador por um mundo melhor Ladislau Dowbor, consta que nos Estados Unidos o
salário de um administrador de instituição parasitária da especulação
financeira corresponde ao salário de dezessete mil professores do ensino
primário, um trabalho que multiplica conhecimento enquanto o trabalho do
especulador multiplica crises, conclui mestre Dowbor.
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