domingo, 1 de dezembro de 2024

ARENGA 767

 

Certa vez a imprensa noticiou que o presidente francês, general Charles de Gaulle, passou para o acervo público um extraordinário brilhante que recebeu de presente. Pois bem, certa vez, esse mesmo general, homem merecedor de respeito e estima pela sua seriedade, disse que o Brasil não é um país sério. Se ninguém por aqui ficou envergonhado com isto, é porque realmente não somos um país merecedor de respeito como mostram os fatos. Nesse exato momento, num ridículo de chamar a atenção, a imprensa se divide entre notícias de crimes praticados por autoridades e notícias sobre um tal de pacote do governo. Governo sério toma medidas por meio de pacote? Lembra o antigo golpe do paco.

Tudo por aqui faz ver o quão distante estamos da seriedade que a vida exige. Se a França teve um De Gaulle, a Itália um Garibaldi como heróis, no Brasil um chofer de carro de corrida é seu herói e escoiceadores de bola são os libertadores das republiquetas de banana.

Como se não bastasse, nossa justiça é acusada por alguém de seriedade comprovada de comportar bandidos de toga e nosso ex-presidente diz contar com o presidente americano para se eleger novamente para presidir o Brasil. Então, é o presidente americano decidindo outra vez o destino do Brasil e do Chile?

Nesse momento pipoca lá fora um foguetório dos diabos em função de mais uma das brincadeiras com as quais os escoiceadores de bola libertarão a américa.

Tudo isso lembra as palavras de mestre Nietzsche de que ao adquirir conhecimento o homem paira soberano sobre tudo aquilo que faz a alegria da turba alegre e festiva. Haverá realmente na vida motivo para tanta alegria, foguetórios, requebramentos de quadris? Merecerão realmente fama e celebridades nossos “famosos” e “celebridades”? Por que não somos o país sério para dar exemplo do mundo de falsos líderes? Teriam D. Pedro I e D. Leopoldina que deixou sua pátria para se casar com ele lutado ambos por um Brasil como é hoje? 

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