A humanidade está organizada de modo a
impossibilitar o desenvolvimento espiritual que possibilite chegar a uma
sociedade civilidade. Se, como disse mestre Platão, acertadamente, que da
educação ministrada às crianças resultam as personalidades dos adultos, o que
aprendemos em criança são apenas mentiras e mais mentiras tendo por
carros-chefe religiosidade e enriquecimento. É por acreditar ser o
enriquecimento o mérito maior que se deve ter em vista, que ninguém faz nada em
benefício de sua sociedade. Se alguém descobre algo que beneficia a sociedade,
a ideia de riqueza é que prevalece. A falsa ideia de não ter motivo para se
preocupar com vida social é a regra que prevalece entre os seres humanos, no
entanto, sem que haja bem-estar coletivo também não há para as pessoas
individualmente porque os indivíduos não podem estar bem se a sociedade estiver
mal como acontece se a riqueza coletiva estiver sem usada para benefício de
poucos e não de todos. É algo tão simples que os economistas a serviço da
cultura da riqueza privada complicam intencionalmente. Se no mundo não há
riqueza bastante para que sejamos todos ricos, é insensato que apenas alguns sejam
exageradamente ricos porque o excesso de riqueza de poucos tem por consequência
a falta de riqueza para muitos. Como pessoas levadas ao desespero pela carência
reagem desesperadamente, do acúmulo de riqueza privada resulta em desestabilizar
a vida social justificando a afirmação de Thomas Hobbes de ser o homem o lobo de
si mesmo.
Como se vê, os seres humanos vivem independe
de ações inteligentes resultantes de momentos de reflexão. Não obstante dotados
de inteligência bastante para ir ao fundo do mar e às alturas do céu os seres humanos
vivem por viver, como os irracionais. E pode parecer implicância de ateu, mas com
a proibição de se discutir os mistérios de deus, a religiosidade contribui
grandemente com o hábito nocivo da desnecessidade do raciocínio, artimanha com
a qual procura fugir da impossibilidade de justificar os absurdos com os quais ilude
o povo.
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