Na sociedade onde tempo é dinheiro,
felicidade passa longe. Um jovem, vítima daquela cultura de Midas, acaba de
disparar tiros contra uma igreja onde era celebrada louvação a deus, matando e
ferindo outros jovens. Absolutamente nada é capaz de convencer a malta humana
de que a única proteção que existe está na justiça social. À toda prova, na
humanidade não há lugar para mais estupidez se organizou uma sociedade tão
desestruturada que permite a completos imbecis se apossarem de exorbitantes
quantidades dos bens materiais que a todos devias servir, ficando a grande
maioria na penúria, muitos inclusive sem ter sequer o que comer, enquanto
notícias dão conta da vida faustosa de falsos líderes elevados ao poder pela
própria população que paga altíssimo preço pela ação contra si mesma.
As boas orientações da parte de quem
como Ulisses escapou do feitiço do canto da sereia emitido pelo pão e circo,
são atropelados pelos enfeitiçados que, inclusive desenvolveram uma espécie de
fobia contra a possibilidade de viver melhor do que se vive porque uma
sociedade na qual poucos têm mais do que precisam e muitos nada têm jamais que
poderá chegar a bom termo se pessoas desesperadas pelas necessidades não
satisfeitas tendem a agir desesperadamente, dando origem aos conflitos que se
espera inutilmente encontrar solução em um deus inexistente.
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