Não saber que dispõe de inteligência
é o único problema da humanidade e não, como se supõe, vários problemas:
economia, educação, pobreza, saúde. Tudo isso desemboca na incompatibilidade
entre humanidade e ações inteligentes. Se estamos mal em vez de estarmos bem é
por conta de ações desinteligentes como manter milhões de homens em arma em vez
de viver em paz. Um comentário no jornal a respeito da notícia de um jogador de
futebola a perseguir uma bola prá cima e prá baixo dentro do campo tendo no
braço um relógio de onze milhões de reais é algo assustador para quem aprendeu a
realidade da vida. A este absurdo alguém comentou dizendo nada haver demais porquanto
o dono do dinheiro tem direito de gastá-lo como quer. Quem é mais desprovido de
inteligência o que nada vê de anormal no fato ou seu protagonista do relógio de
onze milhões? Tanto um quanto o outro refletem o modo de pensar das pessoas que
fazem o povo. Impedidos de fazer uso da inteligência, são incapazes de perceber
o que há por trás do fato aparentemente simples de um jogador de bola merecer
tamanho reconhecimento da sociedade a ponto de não saber o que fazer com tanto
dinheiro. Falta discernimento a estas pessoas para alcançar o que realmente
ocorre para que executores de brincadeiras se tornarem bilionários enquanto
salvadores de vida e educadores dificilmente consegue algum deles em toda uma
vida de trabalho de grande responsabilidade juntar um só milhão.
Aquela pessoa para quem nada há de
anormal nas imensas riquezas de praticantes de brincadeiras e que representa a
mentalidade do povo brasileiro não tem noção de que todo dinheiro existente vem
do trabalho de quem trabalha, isto é, o próprio povo. Incapaz de alcançar o
motivo pelo qual o trabalho de um executor de atividade esportiva rende tanto
que de Zés ninguém viram empresários fartamente abastados e engravatados
esquecidos do tempo de pé rapado.
Este incansável cantinho de pensar tem
um objetivo que apesar de impossível de alcançar, não desiste de tentar deixar para
a juventude apalermada algo do aprendizado e observação da vida por quase
oitenta e oito anos, aprendizado este que levou à conclusão de que da
supervalorização de brincadeiras é como os parasitas do mundo mantêm o povo ligado
em coisas de nenhuma importância a fim de não se ligar no que tem importância,
ou seja, saber o por quê de tamanha desarrumação. Uma pesquisa nesse sentido
vai chegar à realidade de haver riquezas aos montes com poucos e montes de
pobreza com muitos desvalidos da vida, situação que por ser incompatível com
atitudes inteligentes, eliminou-se a inteligência nos seres humanos fazendo-os
crer serem mais importantes as brincadeiras do que bisbilhotar sobre a
possibilidade de ter uma vida melhor do que tem.
Assim, para encerrar esta “prosa”,
vai a observação de haver um intenso e custoso trabalho para evitar que o povo saiba
ser o real e único detentor do poder. É nossa lei maior que o diz no art. primeiro,
parágrafo único da Constituição Federal (Todo Poder Emana do Povo).
Mas então, sendo o povo que tem o
poder, por que não e exerce? Simplesmente porque parasitas não só usurparam o
poder do povo, mas também vem iludindo a masse de indigentes mentais há
séculos. A verdade só pode ser alcançada através da observação e comparação do
que se aprende com a realidade e brincadeira nunca foi realidade para merecer a
importância que lhe é dada.
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