A figura de um Chefe de Estado é
apenas decorativa. Nenhum governante tem ingerência sobre o poder socialmente
nefasto daqueles que apesar de chamados de poderosos terão o mesmo fim daqueles
a quem com a maior indiferença do mundo os tomadores dos recursos fazem padecer
sofrimentos desnecessários. Para os desalmados ajuntadores de riqueza isso de
solidariedade humana nada significa uma vez que a pobreza tem origem na
incapacidade dos pobres de ficarem ricos. E assim os monstros de cuja boca
escorre baba de dragão transferem para os pobres uma culpa que é sua. Não
ocorre aos ajuntadores de riqueza que no planeta não há recursos materiais para
que todos sejam ricos e nem que sendo os pobres que fazem a riqueza dos ricos,
quem faria a riqueza dos pobres? Não se fica rico sem haver um monte de
trabalhadores produzindo aquilo que Marx chamou de Mais Valia. A razoabilidade,
pois, está em não haver excessivamente nem ricos e nem pobres, mas um
equilíbrio que permita a todos viver sem sofrimentos evitáveis, o que não está
na alçada de nenhum governo impor uma vez que o único poder que existe no
mundo, o poder do dinheiro, estando aprisionado em mãos dos ridículos poderosos
não pode ajudar quem precisa de ajuda. O
vício em ajuntar dinheiro é mais dominante que o vício em qualquer droga. Seus malefícios
em vez de prejudicar apenas o viciado, prejudica toda a sociedade porquanto porque
sua satisfação exige um povo longe da realidade, vitimado uma privação cruel e
desnecessária atribuída a divindades. Dentro da cultura do venha a mim e os
outros que se danem, aproveitadores da manutenção do povo na ignorância da
realidade é uma barreira só transponível por esclarecimento, o que a política
do sistema educacional evitando a todo custo, resulta em doutores com a mesma
crendice que o verdureiro da feira, o que se explica no fato de ter sido negada
a ambos o conhecimento da verdade.
O poder que infelicita o mundo foi
reconhecido por quem entende do assunto, o presidente americano Theodore
Roosevelt, de acordo com o que diz a genial Cristina Martín Giménez na pág. 17
do livro O Clube Secreto Dos Poderosos: “Por trás do governo aparente está
entronizado um governo invisível que não deve lealdade nem reconhece
responsabilidade alguma perante os cidadãos”.
Este governo invisível a que se
refere o presidente americano, que sentiu na pele seu poder, é simplesmente a
vontade dos viciados em dinheiro em manter o mundo permitindo que eles aufiram
nos infernos fiscais fabulosas somas na agiotagem. Assim é que ou os cidadãos
tomam paternidade na direção dada ao mundo por viciados em fortunas ou seus
descendentes conhecerão o armagedon. Endireitar o mundo não é impossível e nem
é invisível esse poder escondido atrás do poder de fato. Se não é visto é porque
o poder do mal que manda no mundo evita sua visão. Quando Jornal respeitável
como Folha de São Paulo do dia 11/07/2024 publica convite de um tal de Junno
para se juntar a uma rainha, Xuxa, e a coroa Ivete Sangalo para formação de um
trio praticante de sexo a três, é a materialização do poder maligno que o
doutor Roosevelt diz ser invisível. É impedindo que o povo evolua
espiritualmente, mantendo-o ligado em baixarias, que se impede sua elevação
mental e percepção de ser vítima inocente de uma maldade imensurável. Diz-se
com muita propriedade que quem é do chão não quer colchão. Mantendo o povo em
nível de chão, ele não exigirá colchão. Simples assim. Pessoas interessadas em
pessoas de tão baixa espiritualidade que a fim de se manterem no noticiário
expõem baixos instintos à juventude de orgias sexuais jamais se interessarão em
assuntos mais relevantes. Daí ter Humberto Eco afirmado que quem controla os
meios de comunicação controla o mundo. Se o mundo vai mal é porque os meios de
comunicação mantêm o povo absorto em sordidez e tamanha irracionalidade que a
juventude é convencida de haver honra em matar outros jovens em nome da pátria
ao passo que objetivo da pátria é a maior felicidade que puder dar à juventude.
Por tudo isso é que eleições, na
verdade, têm importância nenhuma se o povo não burla as más intenções dos
governantes e busca o esclarecimento salvador. Governos só existem para
bobagens como conceder ou negar aumentos, mas nenhuma capacidade de tem para fazer
o que realmente é preciso ser feito a fim de limitar os sofrimentos aos ainda
inevitáveis. Não obstante esta realidade, as eleições tanto em nosso país,
quanto as eleições americanas, alvoroçam a papagaiada de microfone. O que
nenhum papagaio de microfone sabe é da semelhança entre eleições e casamento. Assim
como no casamento é o homem que escolhe a mulher para casar, mas é a mulher que
escolhe o homem para escolher ela, a mesma coisa acontece na eleição. Embora
seja o povo quem escolhe os mandatários, são os ricos donos do mundo que
escolhem os mandatários para o povo escolher.
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