sexta-feira, 12 de julho de 2024

ARENGA 757

 

A figura de um Chefe de Estado é apenas decorativa. Nenhum governante tem ingerência sobre o poder socialmente nefasto daqueles que apesar de chamados de poderosos terão o mesmo fim daqueles a quem com a maior indiferença do mundo os tomadores dos recursos fazem padecer sofrimentos desnecessários. Para os desalmados ajuntadores de riqueza isso de solidariedade humana nada significa uma vez que a pobreza tem origem na incapacidade dos pobres de ficarem ricos. E assim os monstros de cuja boca escorre baba de dragão transferem para os pobres uma culpa que é sua. Não ocorre aos ajuntadores de riqueza que no planeta não há recursos materiais para que todos sejam ricos e nem que sendo os pobres que fazem a riqueza dos ricos, quem faria a riqueza dos pobres? Não se fica rico sem haver um monte de trabalhadores produzindo aquilo que Marx chamou de Mais Valia. A razoabilidade, pois, está em não haver excessivamente nem ricos e nem pobres, mas um equilíbrio que permita a todos viver sem sofrimentos evitáveis, o que não está na alçada de nenhum governo impor uma vez que o único poder que existe no mundo, o poder do dinheiro, estando aprisionado em mãos dos ridículos poderosos não pode ajudar quem precisa de ajuda.  O vício em ajuntar dinheiro é mais dominante que o vício em qualquer droga. Seus malefícios em vez de prejudicar apenas o viciado, prejudica toda a sociedade porquanto porque sua satisfação exige um povo longe da realidade, vitimado uma privação cruel e desnecessária atribuída a divindades. Dentro da cultura do venha a mim e os outros que se danem, aproveitadores da manutenção do povo na ignorância da realidade é uma barreira só transponível por esclarecimento, o que a política do sistema educacional evitando a todo custo, resulta em doutores com a mesma crendice que o verdureiro da feira, o que se explica no fato de ter sido negada a ambos o conhecimento da verdade.   

O poder que infelicita o mundo foi reconhecido por quem entende do assunto, o presidente americano Theodore Roosevelt, de acordo com o que diz a genial Cristina Martín Giménez na pág. 17 do livro O Clube Secreto Dos Poderosos: “Por trás do governo aparente está entronizado um governo invisível que não deve lealdade nem reconhece responsabilidade alguma perante os cidadãos”.

Este governo invisível a que se refere o presidente americano, que sentiu na pele seu poder, é simplesmente a vontade dos viciados em dinheiro em manter o mundo permitindo que eles aufiram nos infernos fiscais fabulosas somas na agiotagem. Assim é que ou os cidadãos tomam paternidade na direção dada ao mundo por viciados em fortunas ou seus descendentes conhecerão o armagedon. Endireitar o mundo não é impossível e nem é invisível esse poder escondido atrás do poder de fato. Se não é visto é porque o poder do mal que manda no mundo evita sua visão. Quando Jornal respeitável como Folha de São Paulo do dia 11/07/2024 publica convite de um tal de Junno para se juntar a uma rainha, Xuxa, e a coroa Ivete Sangalo para formação de um trio praticante de sexo a três, é a materialização do poder maligno que o doutor Roosevelt diz ser invisível. É impedindo que o povo evolua espiritualmente, mantendo-o ligado em baixarias, que se impede sua elevação mental e percepção de ser vítima inocente de uma maldade imensurável. Diz-se com muita propriedade que quem é do chão não quer colchão. Mantendo o povo em nível de chão, ele não exigirá colchão. Simples assim. Pessoas interessadas em pessoas de tão baixa espiritualidade que a fim de se manterem no noticiário expõem baixos instintos à juventude de orgias sexuais jamais se interessarão em assuntos mais relevantes. Daí ter Humberto Eco afirmado que quem controla os meios de comunicação controla o mundo. Se o mundo vai mal é porque os meios de comunicação mantêm o povo absorto em sordidez e tamanha irracionalidade que a juventude é convencida de haver honra em matar outros jovens em nome da pátria ao passo que objetivo da pátria é a maior felicidade que puder dar à juventude.

Por tudo isso é que eleições, na verdade, têm importância nenhuma se o povo não burla as más intenções dos governantes e busca o esclarecimento salvador. Governos só existem para bobagens como conceder ou negar aumentos, mas nenhuma capacidade de tem para fazer o que realmente é preciso ser feito a fim de limitar os sofrimentos aos ainda inevitáveis. Não obstante esta realidade, as eleições tanto em nosso país, quanto as eleições americanas, alvoroçam a papagaiada de microfone. O que nenhum papagaio de microfone sabe é da semelhança entre eleições e casamento. Assim como no casamento é o homem que escolhe a mulher para casar, mas é a mulher que escolhe o homem para escolher ela, a mesma coisa acontece na eleição. Embora seja o povo quem escolhe os mandatários, são os ricos donos do mundo que escolhem os mandatários para o povo escolher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário