Meditar sobre a vida é filosofar. Apesar
de ser uma coisa simples, que dá bons resultados, e que para ser executada
basta ser capaz de pensar por exemplo em como podemos depender da economia se a
economia depende do agriiuzinesse se o agribiuzinesse depende de veneno? Infelizmente,
para a malta de frequentadores de igreja, axé e futebola filosofar é algo que
além de inútil e complicado, é assunto para intelectual. Em Princípios
Fundamentais de Filosofia o Grande Mestre do Saber Politzer disse que
capciosamente tornaram a filosofia tão maldosamente ardilosa quanto a proposta
de um cego que tendo de lutar com alguém propusesse que lutassem num ambiente
escuro. Tamanha distorção se deve justamente aos intelectuais, quando não
levados pela Prostituição da Consciência, por força da necessidade que eles têm
de complicar as coisas simples. Vai daí que no concernente a meditação sobre
como se viver bem de nada servem os Best-Sellers dos intelectuais e a
melosidade dos elogios que sobre eles fazem outros intelectuais nas orelhas de
calhamaços imprestáveis, entre eles o amontoado de 598 páginas do livro denominado
ERA DOS EXTRMOS, do intelectualíssimo Eric Hobsbawm. É de se observar que a
fotografia do autor na orelha da contracapa do livro indica tratar-se de débil
mental em recuperação. Certo livro de intelectual sobre filosofia levanta a
seguinte questão: Você está ao lado de uma alavanca que muda o trajeto de um
trem desembestado, cujo sistema de freios está danificado, e que esmagará cinco
pessoas que se encontram sobre os
trilhos por onde vai passar o trem. Se você mover a alavanca, o trem mudará de
rumo para outra linha sobre a qual há apenas uma pessoa, de modo que você teria
de optar em matar cinco ou matar uma pessoa só. O que você faria? Por que se
preocupar em decidir entre matar cinco ou matar um se não é necessário matar
nenhum? Aí está a bobagem a que se dedicam os intelectuais. Esta baboseira tem
absolutamente nada a ver com o procedimento necessário para levar a uma vida de
boa qualidade.
No livro inútil acima citado são
encontradas coisas assim: “... um mundo onde passado e futuro parecem estar
seccionados do presente”. Ora bolas, como seccionados? Passado,
presente e futuro são fases da mesma história triste da estupidez humana. Como
bobagem pouca é pouca bobagem, lá também está o seguinte: “Suponhamos que que
a Primeira Guerra Mundial tivesse sido apenas uma perturbação temporária...”.
Como supor ter sido temporária? Se não fosse temporária, não se falaria em fim
da Segunda Guerra Mundial porque até hoje estaria rolando horrorosa matança de
jovens por outros jovens convencidos de haver necessidade daquela estupidez.
Comprar livros torna-se tão
necessário quanto comprar uísque, com a diferença de não se poder saber se o
livro é bom ou ruim. Junto com este livro ruim aqui referido também comprei
mais três porcarias: A RALÉ BRASILEIRA, DE Jessé de Souza, COMO A DEMOCRACIA CHEGA AO FIM, de David Runciman e COMO AS DEMOCRACIAS MORREM, de Steven Levitsky e Daniel Ziblatt. No primeiro destas
três últimos encontramos bobagens como a da página 41: “... para que
possamos compreender o sucesso de construção de uma identidade nacional no
Brasil...”. Ora, como se falar em sucesso de identidade se o brasileiro não
passa de reles imitador, invejoso de culturas estrangeiras? O próprio autor tinha
acabado de reconhecer esta realidade na página anterior, a página 30 ao
declarar: “Nós, brasileiros, nunca nos comparamos com a Bolívia, com a
Guatemala, ou mesmo com a Argentina. Nós nos comparamos obsessivamente com os
Estados Unidos”. Ao deixar de nos comparar com nossos irmãos latinos para
nos compararmos com americanos das bundas brancas é por incorrermos na
observação do grandessíssimo jornalista
Mauro Santayana: “Os brasileiros se sentem tão extasiados ante as coisas do
estrangeiro quanto se sentiram os índios ante o espetáculo da chegada dos
portugueses em suas naus”. Voltando ao livro ruim, entre suas inúteis 506
páginas temos na página 303 a repetição do que rola no meio inculto dos
frequentadores de igreja, axé e futebola de ser o pouco investimento em
educação que impede o Brasil de ser um país rico e desenvolvido. Em primeiro
lugar isto é uma grande idiotice porque no conceito da cultura da economia
capitalista não se pode ser rico sem ser desenvolvido e vice-versa. Em segundo lugar
tem-se que ter tranquilidade em vez de ser rico deve ser o objetivo primeiro
visto que os países mais ricos são também os mais intranquilos. Por fim, em
terceiro lugar, a realidade é que o tipo de educação ministrada pela cultura
capitalista do enriquecimento a qualquer custo vai no sentido oposto da
tranquilidade à qual não se chega sem que se tenha a indispensável desenvoltura
para a meditação sobre a vida, coisa da qual o sistema educacional capitalista foge
como o diabo foge da cruz por conta do justificado medo de que se se tornarem
capazes de raciocinar os frequentadores de igreja, axé e futebola superariam a
fase de manada e descobririam ser possível viver de modo muito melhor do que
vivem sendo os recursos públicos corretamente aplicados em vez de serem
desperdiçados e roubados. Como isto vai de encontra à malandragem dos políticos
que montam o sistema educacional, estimula-se o ensino religioso e exorciza-se
o sistema sugerido por Paulo Freire que defendia inclusão de matéria que
estimulasse a capacidade de raciocinar da criançada. Sobre tamanha distorção é
que deveriam os intelectuais dedicar sua preciosa capacidade.
Os dois últimos livros também inúteis
Como A Democracia Chega Ao Fim e Como As Democracias Morrem, em que gastei um
dinheiro que estaria melhor aplicado em uísque, giram em torno da ascendência de
governos autoritários sobre governos democráticos e baboseiras outras como a do
título “Como Morrem as Democracias” porque as democracias não podem morrer se
já nasceram mortas. É uma “natimorta”, como dizem os advogados para dizer da
criança que nasceu sem vida. E nem podia mesmo existir como administração
pública eficiente porquanto deixando a cargo da inculta massa bruta de povo a responsabilidade
pela escolha dos administradores públicos resulta na escolha de quem gasta mais
dinheiro com festa e propaganda e que depois
terão de devolver a seus patrocinadores várias vezes o valor não só da
grana gasta nos festejamentos, mas também para sua própria conta bancária e vida
faustosa e perdulária nos palácios e falcatruas mil.
Parece caber a um Zemané mostrar à
humanidade que ela não precisa ser infeliz como é. Basta substituir por
pensamentos próprios os pensamentos maldosamente engendrados nos laboratórios infernais
da religiosidade e dos ricos donos do mundo maldosamente espalhados pela imensa
multidão pelos seus baba-ovos destas duas classes terrivelmente antissociais,
os papagaios de microfone, que em troca da despensa abastecida conduzem a
manada humana para um destino de cabisbaixismo ante a escravidão determinada pelos parasitas
sociais do sistema financeiro que se arvoraram a donos do mundo contando com a
indiferença dos outros donos por direito.
Assim é que em lugar de meditar sobre
matar cinco ou matar um, medite sobre o que disse Mark: “Os filósofos se
limitam a analisar o mundo quando o necessário é mudar o mundo”. Medite sobre o
resultado da Lava Jato e depender de empresários o bem-estar social. Medite
sobre o que disse o filósofo: “A verdadeira felicidade custa pouco, quando é
cara é porque não presta”. Medite sobre o que disse outro filósofo: “Duas mãos
trabalhando são mais úteis do que milhares de mãos postas em oração”. Medite
sobre ter o destino decidido por falsos líderes. Enfim, medite... Inté.
Nenhum comentário:
Postar um comentário