sábado, 1 de fevereiro de 2025

ARENGA 781

 

Causa riso à larga comparar as bestas que para a imprensa são famosas e célebres com a genialidade de um jovem filósofo francês chamado Ettiénne de La Boétie. Apesar de ter vivido apenas 30 anos, usando sua extraordinária capacidade mental realizou nesse curto espaço de tempo obras monumentais como DISCURSO DA SERVIDÃO VOLUNTÁRIA, que pode ser acesso trecho suficiente para ficar conhecendo o sentido daquele grandioso trabalho. Nesse ponto, ao lembrar de nossas “celebridades” e nossos “famosos” novamente o riso interrompe o raciocínio.

Ah! Voltou a coordenação dos pensamentos. A também intelectualíssima Marilena Chauí, que os “famosos” e as “celebridades” leem diariamente e por isso mesmo conhecem a fundo o pensamento de nossa filósofa, também ele escreveu um livro chamado CONTRA A SERVIDÃO VOLUNTÁRIA que apesar de leitura algo complicada para quem não é de grandes conhecimentos como este rabiscador de garatujas. Entretanto, a leitura das páginas 13 e 14 apenas é suficiente para ficar conhecendo o pensamento de La Boétie no tocante ao tema servidão voluntária, que para este matuto aqui não faz sentido, e não faz porque apesar de viver a humanidade sob o jugo da servidão, parece não estar correto dizer que esta servidão é voluntária porque sua explicação está em ser fruto do desconhecimento. Ninguém haveria de se submeter a uma servidão tendo consciência disso. Os escravos que tinham conhecimento de sua servidão se rebelavam contra ela. Já os escravizados pelo emprego acreditam-se tão livres quanto os pássaros uma vez que seu pensamento é forjado pelos meios de comunicação de propriedade dos empregadores e mantenedores da servidão. Vindo a malta festiva a ter conhecimento da realidade, é certo que haverá cogitação a respeito de ser encontrado meio mais inteligente de vida. Uma vida em que para ser famoso e célebre é preciso ser como Ettiénne de La Boétie ou Marilena Chauí. Nunca como as toupeiras que atualmente ostentam estes nobres títulos.

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