Causa riso à larga comparar as bestas
que para a imprensa são famosas e célebres com a genialidade de um jovem
filósofo francês chamado Ettiénne de La Boétie. Apesar de ter vivido apenas 30
anos, usando sua extraordinária capacidade mental realizou nesse curto espaço
de tempo obras monumentais como DISCURSO DA SERVIDÃO VOLUNTÁRIA, que pode ser
acesso trecho suficiente para ficar conhecendo o sentido daquele grandioso
trabalho. Nesse ponto, ao lembrar de nossas “celebridades” e nossos “famosos”
novamente o riso interrompe o raciocínio.
Ah! Voltou a coordenação dos
pensamentos. A também intelectualíssima Marilena Chauí, que os “famosos” e as
“celebridades” leem diariamente e por isso mesmo conhecem a fundo o pensamento
de nossa filósofa, também ele escreveu um livro chamado CONTRA A SERVIDÃO
VOLUNTÁRIA que apesar de leitura algo complicada para quem não é de grandes
conhecimentos como este rabiscador de garatujas. Entretanto, a leitura das
páginas 13 e 14 apenas é suficiente para ficar conhecendo o pensamento de La
Boétie no tocante ao tema servidão voluntária, que para este matuto aqui não
faz sentido, e não faz porque apesar de viver a humanidade sob o jugo da
servidão, parece não estar correto dizer que esta servidão é voluntária porque
sua explicação está em ser fruto do desconhecimento. Ninguém haveria de se
submeter a uma servidão tendo consciência disso. Os escravos que tinham
conhecimento de sua servidão se rebelavam contra ela. Já os escravizados pelo
emprego acreditam-se tão livres quanto os pássaros uma vez que seu pensamento é
forjado pelos meios de comunicação de propriedade dos empregadores e
mantenedores da servidão. Vindo a malta festiva a ter conhecimento da
realidade, é certo que haverá cogitação a respeito de ser encontrado meio mais
inteligente de vida. Uma vida em que para ser famoso e célebre é preciso ser
como Ettiénne de La Boétie ou Marilena Chauí. Nunca como as toupeiras que
atualmente ostentam estes nobres títulos.
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