Como será o
Brasil daqui a cem anos é manchete de reportagem em jornal de hoje. Com a falta
de qualidade de seu povo, certamente terá retornado à condição de colônia.
Brasileiro é o povo mais imprestável para qualquer coisa que não seja roubar e requebrar
quando ouve algum som até do canto de pássaro. Tendo sido desde sempre
considerado normal o roubo, no que diz respeito ao roubo do dinheiro público
(do povo), certa vez, em meio à bandalheira costumeira, surgiu um juiz durão
que condenou vários desses ladrões à prisão. Ah, meu senhor, prá que que esse
juiz foi fazer isso? Ergueram-se alvoroços de todo lado. Absurdo dos absurdos.
Protestavam os ladrões e seus apaniguados. Isto é o fim! Empresário nenhum vai
mais investir por aqui! Mas, como oeste juiz durão e mais um outro que também
não estava para brincadeira, no Rio de Janeiro, haviam condenado e eles tinham
foro privilegiado (artimanha para proteção de criminoso rico) os casos foram
para na mais alta corte de justiça cujos juízes são ironicamente escolhidos por
políticos, Condenados alguns dos criminosos, um dos juízes que havia sido
reprovado para juiz de primeira instância e que não obstante esse fato foi
guindado pela política a juiz de última instância, sugeriu trocar por multa a pena
de prisão de criminosos do colarinho branco alegando que as prisões brasileiras
são de tão baixa qualidade que não têm condições de receber gente acostumada ao
conforto (sobre isso, ver Merval Pereira no livro O Mensalão).
Atualmente,
em nosso desgraçado país, na imprensa quase não sobra espaço para outros
assuntos que fora notícias sobre crimes, anulações de provas contra criminosos sob
os mais estapafúrdios argumentos enquanto que a criminalidade toma conta da
sociedade cabendo às autoridades, como se não fossem as responsáveis por tudo
isso, apresentar condolências e solidariedade às famílias enlutadas. Sol a
pino, ruas movimentadas, posto policial, absolutamente nada disso inibe a ação
do crime que preenche as páginas dos jornais diariamente.
O
brasileiro além de desprovido de conhecimento, de honradez e de tudo que
caracteriza alguém em quem se posse encarar com respeito por se tratar de
alguém de respeito, é também de uma preguiça monumental. Vejam os senhores que afim
de evitar cadáveres pelas ruas do país por fome e outras misérias, às custas de
quem paga impostos, o governo criou um programa de esmolas com as quais os
preguiçosos podem ter pelo menos como evitar a morte famélica. Pois bem, em vez
de trabalhar para juntar à esmola do governo alguma renda que lhe
proporcionasse melhor condição de vida, simplesmente se contenta em viver de
esmola mergulhando na ociosidade absoluta, o que a história de dois preguiçosos
cada um numa rede, quando um deles pergunta ao outro se ele tem remédio para
mordida de cobra porque está vindo uma cobra na direção deles.
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