terça-feira, 2 de dezembro de 2025

ARENGA 857

 

É perder tempo sonhar com um mundo civilizado dentro de uma cultura onde os mais merecedores de prestígio são aqueles de menor nível intelectual e cujo mérito está em atividades que demandam massa muscular como acontece com os animais destinados ao açougue. Animais estes que sem interferência humana viveriam tranquilos e felizes em suas sociedades selvagens. Daí ser possível afirmar que sendo os humanos incapazes de formar uma sociedade superior se autocondenam ao tipo de vida medíocre em que vivem as bestas humanas digladiando entre si numa contenda eterna em busca de mais riqueza do que necessário.

De nada vale ao ser humano a racionalidade se não faz uso dela e nem mesmo entende de razão porque se entendesse concluiria ser tão necessário cuidar de si e dos seus quanto cuidar da sociedade em que vivem. Em vez disso, entretanto, o que é que acontece? Entregam muito mais dinheiro do que é necessário a outros seres humanos para que cuidem dos assuntos sociais, e é só. Envolvem-se tão absolutamente em infantilidades, incapazes de perceberem ser a realidade social totalmente diferente do esperado, como não podia deixar de ser, uma vez que aqueles a quem deram montanhas de dinheiro, tendo recebido a mesma orientação de vida recebida por todos, também foram convencidos da falsidade de ser menos importante a vida social ante a importância de cuidar de si e dos seus, daí as constantes notícias de desvios de verbas públicas.  

Fala-se atualmente em ministrar educação políticas à criançada como se política fosse uma coisa e outra coisa fosse a ausência de egoísmo que caracteriza o líder verdadeiro impossível de existir dentro da cultura do venha a mim e os outros se vê depois. De tal comportamento resulta uma sociedade onde o trabalho de quem trabalha é desfrutado por apenas pessoas que por terem nascido de pais ricos recebem um tipo de educação que lhes torna convencidos de estar na riqueza o caminho para se viver bem. Como não há quem não queira viver bem, todos correm atrás de riqueza. Como é mais fácil fazer mais riqueza quem é rico, o resultado é o que temos aí: a total impossibilidade de felicidade ante a realidade de um por cento dos seres humanos com noventa e nove por cento da riqueza existente. A crença de haver paz na riqueza é tão falsa quanto a de um deus criador de tudo haja vista que o povo do país mais rico e religioso do mundo, os americanos do norte, não raro é infelicitado por ataques terroristas.

 

   

terça-feira, 4 de novembro de 2025

ARENGA 856

 

Se for aplicado o “bandido bom é bandido morto” de quem nada sabe sobre a arte do bom viver a exemplo do jovem deputado Nikolas Ferreira, muito pouca gente restaria viva nesse país dito não sério por um homem sério como o General Charles de Gaulle. O bom senso estabelece com propriedade duas opções para quem transgredir as normas estabelecidas para garantir a segurança da vida social. Mas aí é que a coisa pega porque há inclusive entre quem estabelece estas regras muitas pessoas que as transgridam uma vez que as notícias na imprensa são tão fartas em noticiar perseguição a autoridades que o órgão legislativo já cogitou de se proibir tal perseguição, de modo a que as autoridades delinquentes pudessem estar a cavalheiro no tocante a ação policial.

A causa da desarrumação social no mundo será incontrolável enquanto tiver cada indivíduo por objetivo a posse de muito dinheiro por ser este um modo de pensar de tamanha falsidade que os bem sucedidos nesse mister, e que o fazem por terem sido levados pela educação antissocial engendrada pelos mesmos ajuntadores de riqueza, estão forçados a crer ser a incapacidade o problema de quem não tem sucesso em também ser rico, sem que lhes ocorra não haver no mundo riqueza bastante para que todos sejam ricos.

Quem acertou em cheio a respeito da desarrumação social foi mestre Rousseau ao afirmar que para se viver em sociedade cada indivíduo deve abrir mão de parte da sua liberdade pessoal em favor da ordem social, o que jamais acontecerá entre seres tão brutos quanto ainda são os seres humanos, levados por seu próprio sistema educacional à insensibilidade no tocante à certos comportamentos sem os quais se torna impossível haver a devida harmonia encontrada em sociedade civilizada ainda inexistente na face da terra como provam as guerras, a religiosidade, o barulho das alegrias e do constante fazer quinquilharias se o barulho transtorna normalidade psíquica. Outro fator que depõe a favor da incivilidade humana é o excesso de apreço dispensado a vulgaridades elevadas à condição de celebridades e famosos. Cabe ao tipo de educação dada às crianças a responsabilidade por tudo aquilo que tem servido de orientação para a sociedade dos humanos nada tem a ver com vida civilizada.

 

 

 

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

ARENGA 855

 

Os livros de filosofia são unânimes em afirmar que filosofar nada mais é do que meditar para chegar a conclusões. Mas se é assim, e é assim que é, as conclusões a que chegaram os filósofos em suas meditações não tinham como não têm por objetivo a preocupação com a qualidade de vida dos estúpidos seres humanos uma vez que nenhuma meditação já foi direcionada no sentido de aprimorar o comportamento destes seres levados intencionalmente à bestialidade capaz de superar a brutalidade das feras que se matam é porque a natureza lhes deixou esta condição de sobrevivência. Por vezes e apenas por vezes se contra alguma referência como a de Sócrates relacionada à qualidade de vida na afirmação de que a vida não refletida não vale a pena ser vivida. Mas, há alguém que reflita sobre a vida? Esta observação do filósofo não é observada por ninguém, principalmente pela juventude que tem o poder de mover montanha, mas que justamente por causa desse imenso poder precisa ser envolvida no pão e circo a fim de não perceber a realidade de completos idiotas que a envolve e que não deve aparecer uma vez que para bancar o idiota é preciso desconhecer esta realidade. A esse mesmo respeito disse Honoré de Balzac haver duas histórias a que nos contam, uma história mentirosa e falsa e outra história, a verdadeira, onde se encontra a realidade dos fatos.

A falsidade da primeira história mencionada por Balzac pode ser percebida por quem aprendeu as lições que a vida dá de graça. São exemplos desta falsidade e podem ser percebidos de várias maneiras desde que não se esteja submetido à idiotia do comportamento infantil de adultos que tiveram fixada no cérebro tamanha importância às brincadeiras que chegam a se matar em função do resultado de determinada brincadeira.

Se os bares estão cheios de homens vazios como disse o poeta Vinícius de Morais, estes homens vazios só demonstram interesse por assuntos também vazios de alguma importância no que concerne à vida. Jamais passaria pelo pensamento dos homens vazios o porquê da grande importância das tais celebridades e dos tais famosos, pessoas tão destituídas de capacidade meditativa que assim como os homens vazios também se acham realmente merecedoras do valor e da riqueza que o pão e circo lhes dá para utilizá-los como chamarizes que desviam dos homens vazios o interesse pelo futuro de seus filhos cujo destino é se tornarem também vazios.

 

arenga 854

 

Diz o historiador que a indiferença das autoridades francesas ao desmantelamento da política resultou na grande revolução começada em 1789 e que terminou com o surgimento de um baixinho encapetado que, como diz o mesmo historiador, sua falta de escrúpulos o talhava para ser bom político. Nosso momento político só não é igual porque a diabrura dos baixinhos daqui resulta nos Anões do Orçamento. Mas há muita semelhança.

Depois de sempre terem sido indiferentes, coniventes e promotores do desmantelamento da política, permitindo que os criminosos sem direito de exercer esta profissão chegassem a açambarcar o poder de também cobrar impostos da população e formar como forma o Estado imensa riqueza, vendo-se desprestigiadas as autoridades, sobretudo correndo o risco de perderem a doce vida para os bandidos, resolvendo acabar com a concorrência que as ameaçava e mandaram um monte de policias baixar o cacete prá cima da bandidagem, resultando num tremendo alvoroço da papagaiada de microfone em torno da morte de cento e vinte e duas pessoas durante os dois dias de conflito quando se sabe que no Brasil a cada dia são assassinadas mais do que isso, entre as quais trabalhadores e pessoas também honestas e cumpridoras do dever de cidadão.

O certo é não haver motivo de espanto ante a desarrumação da sociedade humana em qualquer parte do mundo se é impossível haver uma igualdade de opinião no sentido de que todos devem ter direito a uma vida digna. Portanto, havendo indiferença quanto à qualidade da vida social, impossível será não haver situações como a atual. Daí, talvez, quem pode dizer não ter razão a turba ignorante, festiva de lavadores de escadas de igreja, comedores de hóstias e admiradores de “famosos” e “celebridades”?          

   

sábado, 27 de setembro de 2025

ARENGA 852

 

A desistência da ampliação da imunidade parlamentar com a PEC da blindagem só explicável por se tratar de Brasil onde o bom senso e a sensatez nunca prosperaram, prova que nem tudo está perdido como pensa a quase totalidade dos políticos. Embora a rejeição da permissão para delinquir à vontade não significa a redenção da política, não deixa de ser um passo nesse sentido que ao menos serve pra justificar valer a pena a esperança em uma sociedade menos má. Mas, que ninguém se engane, o fato de ter havido unanimidade na desaprovação da excrescência da PEC da blindagem não significa um senado realmente preocupado com a lisura que se espera de quem age em nome da sociedade. A realidade é bem outra porque senadores há que votaram como votaram forçados pela opinião pública, deixando claro a realidade mencionada por Rousseau de que a força impôs os primeiros grilhões e a covardia os perpetuou.

Na verdade, entretanto, o que faz a massa ignorar seu poder e conviver satisfeita com os grilhões, em vez de ser por covardia, é por desconhecer a existência de um poder, o poder da mídia, que apesar de exercido por um pequeníssimo número de pessoas em relação ao total das pessoas da humanidade, graças à facilidade com que o cérebro pode ser manipulado e a posse de quase toda a riqueza do mundo, usando dessa riqueza fabulosa estas poucas pessoas montaram um esquema diabólico do qual fazem parte as várias modalidades de brincadeiras como futebola, carnaval, corrida de carro, lavagem de escadas de igreja, copa do mundo, e muito mais, que absorvem a atenção do povo com tamanha eficiência que salvo gatos pingados a ninguém mais ocorre um despertar para a realidade de estar tudo tão errado que é grande o número de suicídios, cânceres e jovens alucinados matando colegas de escola.

O muito falar sobre tradição, principalmente na tradição da democracia, por exemplo, deve merecer grandes reflexões a respeito uma vez ter sido pela tradição que nos encontrarmos em festa e na alegria dos campeonatos, mas tudo isso acontecendo  à beira de um abismo.

    

 

terça-feira, 16 de setembro de 2025

ARENGA 851

 

Em virtude de não haver costume de se escrever livros com apenas quatro ou cinco páginas é que os escritores discorram por várias centenas de páginas que na verdade, de tanto tergiversar, acaba dificultando compreender melhor a mensagem do autor. Rousseau, por exemplo, em DO CONTRATO SOCIAL, discorre por quarenta e oito páginas no último capítulo quando apenas o título desse capítulo denominado QUE A VONTADE GERAL É INDESTRUTÍVEL, suscita uma verdade que se observada ao pé da letra esclareceria quem lesse o livro onde se encontra o maior problema que impede a humanidade de organizar uma sociedade civilizada. Substituindo o “indestrutível” de mestre Rousseau, de modo que o título do capítulo fosse A VONTADE GERAL É CAPAZ DE REMOVER MONTANHAS ou A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS”, por ser realmente do povo que emana todo o poder de quem manda no mundo esquecidos desta esta realidade salvo quando a massa deixa de lado a festividade e se manifesta com cara de poucos amigos.

Como sabe quem observa a vida e a humanidade, dos dois poderes o bem e o do mal, este último supera o primeiro com larga vantagem, bastando para se chegar a esta conclusão observar que a criminalidade (poder do mal) se sobrepõe ao poder das autoridades (supostamente poder do bem) e nem podia ser de outra maneira visto que o poder do mal se fundamente em riqueza material enquanto que o poder do bem se fundamenta em divindades, orações, lavagem de escadas de igrejas e pedidos do Papa em prol da paz.

   

 

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

ARENGA 850

 

Nos livros consta que os gregos da antiguidade definiam filosofia como um interesse muito grande em aprender sempre mais sobre o mundo e a humanidade para que desse aprendizado se se concluísse por um modo de se viver da melhor maneira possível. É mais do que evidente que o desejo inteligente de se viver bem em coletividade, com qualidade de vida, tal desejo se perdeu no caminho percorrido desde caçadores e coletores até o presente quando à matança por brutalidade ajuntou a outra forma de matança por meio de doenças resultantes da agressão à natureza e pela fome.

Mas também pode ser que o motivo pelo qual o antigo desejo de viver bem não tenha vingado porque sendo a filosofia exigente da atividade de raciocinar, e sendo que tal atividade, como afirmavam os pensadores gregos, requer vontade aprender, de adquirir conhecimento, e sendo ainda que o único conhecimento a despertar interesse do elemento asqueroso povo e sobre futebola e axé, ambiente em que o raciocínio não pode alçar voos mais altos do que o solado do sapato, pode ser também por este motivo que em lugar de viver bem vive-se tão mal.

É impossível haver raciocínio em quem em vez fazer o que deve ser feito fica a esperar por um deus considerado de infinita bondade que de uma só tacada matou afogada toda a humanidade com exceção apenas de Noé, seus filhos, suas noras e uma bicharada cuja sujeira só não matou também a família de Noé porque a história tanto quanto tudo em que as pessoas acreditam não passa de mentira.

domingo, 14 de setembro de 2025

ARENGA 849

 

Ao ouvir um “vá com deus” quando me despedia de um renomado médico, realmente conhecedor da ciência médica, e para onde também irão os jovens esbanjadores da vitalidade que o tempo sozinho se encarrega de corroer, naquela ocasião, como em muitas outras, não pude evitar mais um dos muitos momentos de tristeza que sempre me ocorrem quando tenho a atenção voltada para a generalização do analfabetismo político que uma vez implantado na mentalidade da juventude por um sistema educacional que foge da realidade como o diabo foge da cruz, tal sistema molda de forma antissocial a personalidade dos seres humanos fazendo deles nada mais do que ganhadores de dinheiro que nem desconfiam do que seja a realidade da vida, realidade esta que levou Honoré de Balzac a afirmar haver duas histórias sobre a humanidade: a história que aprendemos e outra história que de tão falsa chega a ser vergonhosa.

Aconteceu com a sociedade humana que em sua trajetória rumo ao futuro foi assaltada por interesses antissociais que não podendo prevalecer às claras escorraçaram a verdade e em seu lugar colocaram uma história obscura que de tão falsa chaga a ser vergonhosa por distorcer cinicamente a realidade da vida de modo a pôr a humanidade em tamanho estado de letargia mental que não poderá superar o engodo em que se encontra por se tratar de uma trama tão bem urdida que os próprios enganados se colocam contrariamente a qualquer outro tipo de vida que não a da dependência de um deus que apesar de nunca ter existido existe até para doutores, que dizer então para a massa festiva de carrinhos ordinários que anunciam terem sido presentes de deus.

Portanto, estando vedado pela mentira o caminho que leva à verdade e a uma sociedade civilizada, todos os “é preciso fazer isto e aquilo” provenientes de pensadores inconformados com o estado de falsidades podem ser resumidos num único “é preciso” que é ser preciso antes de qualquer outra coisa batalhar arduamente para iluminar a mente humana com a luz da verdade.  

   

sábado, 13 de setembro de 2025

ARENGA 848

 

Apesar de muito se falar em organização social, o que existe é uma desorganização social. Vaja-se, por exemplo, o também muito falar mal de governo autoritário se governo existe exatamente para impor autoridade sobre a gandaia antissocial de baderneiros por natureza e deseducação social. Quando se é jovem, a falta de uma orientação voltada para incutir nos jovens a necessidade e apreço pela vida em sociedade visto tratar-se de seres gregários os humanos, a falta de tal educação resulta em uma juventude preocupada apenas com o que se refere à vida individual, quando, na verdade, a vida de cada um dos seres humanos depende da forma de organização social.

Mas não há que se pensar em sociedade civilizadamente organizada se a humanidade não consegue ultrapassar a qualidade de aglomeração de bestas humanas que se estraçalhem entre si por conta de tamanha irracionalidade. Ser contra autoridade de governante e o mesmo que ser a favor de uma polícia preparada para só agir de modo educado. Governo existe exatamente para impor autoridade sobre os muitos que por falta de orientação na infância se insurgem contra a ordem indispensável à organização social. O

que acontece é que por ignorar a vantagem de sociedade civilizada até então desconhecida da humanidade, a autoridade dos governantes tem visado fins diametralmente opostos aos de assegurar o bem-estar social, como provam os gastos astronômicos nas guerras e a posse de outras somas astronômicos por Midas avarentos, riquezas que jamais poderiam ser desviadas para fim diferente de correta administração pública.

Quando o governo age na perseguição do objetivo para o qual foi instituído, suas autoridades precisam ser tão taxativas em suas ações a ponto de não serem admitidas contestações porque a ser assim o que se tem é a bagunça de uma autoridade dizer uma coisa e outra contestar por ter interesse contrariado.           

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

ARENGA 847

 

Se o mesmo fato gera opiniões contrárias da justiça, não fica evidente que a justiça não merece crédito e que vivemos num mundo de ilusões como os habitantes da caverna de Platão? Se as ilusões pertencem ao mundo infantil, não significa que os adultos têm mentalidade de criança e que por isso não conseguem organizar uma sociedade que não seja tão imperfeita que tanto se mata quanto se morre por ideais inclusive religiosos? Ou o motivo das mortes atribuídas a ideais o são na verdade motivadas pelo ideal apenas de poder e riqueza?

Esta última hipótese, como demonstraram o Santo Tribunal da Inquisição e as milenares disputas ferrenhas e sangrentas por cargos que manipulam riqueza parecem ser o que melhor explica o morticínio tanto nas guerras quanto por atiradores especializados em matar contratados por adversários dos pretendentes a um posto na administração pública onde há dinheiro a puxar de gancho como mostra a vida faustosa dos líderes políticos e do Papa

Também há muito sobre o que se meditar sobre a necessidade do aparato de segurança em torno de um chefe de estado que se exercesse com correção o trabalho de civilizar os governados haveriam de receber respeito, estima e profundo apreço da parte deles.

Não há na verdade motivo para vivermos tão mal como vivemos. E é fácil constatar a realidade de não podermos viver de outro modo senão mal. Para tanto, nada mais é preciso do que observar que na política autoridades deixam os palácios rumo à cadeia. No engodo da religião corre rios de dinheiro e, socialmente, as pessoas mais desqualificadas intelectualmente são tão valorizadas que são elevadas à fama e celebridade.

 

 

 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

ARENGA 846

 

Todos os livros sobre a história da humanidade trazem uma infinita variedade de pensadores e seus pensamentos que em nada modificaram no comportamento humano a selvageria dos primeiros tempos. humana pior a cada dia não obstante fala-se até em sociedade líquida e modernidade sólida, mas não se percebe estar-se falando para quem só entende de futilidades, razão pela qual a humanidade não pode ser diferente da aberração que é seres racionais capazes de progredirem materialmente a ponto de vencer as adversidades naturais, mas que, no entanto, sendo incapazes de vencer as adversidades pessoais comuns à vida em sociedade, despende cada grupo em aparato bélico recursos suficientes para erradicar fome e violência por meio de educação e uso da razão.

Como, entretanto, encontrar razão em esperar que seres divinos inventados pelo medo de fenômenos naturais então incompreensíveis? Não percebem estar perdendo tempo e esforço aqueles que buscam orientar no sentido de melhor caminho para a humanidade se nela mora o espírito da servidão que faz ser do chão e por isso mesmo não querer colchão? Servos, plebeus e empregados tem sido a vida serviçal e feliz dos seres humanos há tanto tempo que já se acostumaram e se insurgem contra a ideia de viver de um modo no qual a reflexão já exercida pelos antigos gregos ocupe a maior parte do tempo despendido em alegrias para as quais, na realidade, não há tanto motivo como se acredita.   

   

terça-feira, 2 de setembro de 2025

ARENGA 845

 

O intelectualíssimo doutor Jessé de Souza escreveu um chamado BRASIL DOS HUMILHDOS, no qual afirma que os brasileiros não são o que é dito sobre eles, inclusive por inclusive por Sérgio Buarque de Holanda. O fato chamou a atenção do cantinho de pensar trazendo à realidade que a experiência resultante da observação da vida aliada a alguma leitura ainda que não tanto quanto o necessário para se fazer um intelectual é capaz de render mais capacidade de interpretar a atividade de viver do que apenas a intelectualidade. Acontece que no mundo dos intelectuais não há espaço para as coisas simples que estão à vista. Quem nos dera não fossem nossos conterrâneos um povo tão inferior que as notícias na imprensa giram exclusivamente sobre crimes de todos os tipos, inclusive contra pessoas vulneráveis. Costa que o brasileiro foi o único povo a roubar a Cruz Vermelha. Aqui já aconteceu de deputado trabalhando como parlamentar de dentro da cadeia.

No pequeno grandioso livro O QUE OS DONOS DO PODER NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA, de Eduardo Moreira, consta que os brasileiros não estão nem aí para bilhões de reais que pagam em taxas aos bancos, mas que se levantam contra um aumento de alguns centavos na tarifa do ônibus. A altíssima religiosidade e o grande número de farmácias por si só expressam o quanto longe de alguma civilização está nossa sociedade onde o pão e circo encontra espaço livre para promover o maior número de feriados e de festas.

Enfim, os intelectuais estão tão longe da realidade que mestre Platão acreditava na existência de deus, atitude tão sem pé nem cabeça quanto as orações do para pelos infelicitados no tremor de terra do Afeganistão.    

  

 

 

sábado, 30 de agosto de 2025

ARENGA 844

 

Na sociedade onde tempo é dinheiro, felicidade passa longe. Um jovem, vítima daquela cultura de Midas, acaba de disparar tiros contra uma igreja onde era celebrada louvação a deus, matando e ferindo outros jovens. Absolutamente nada é capaz de convencer a malta humana de que a única proteção que existe está na justiça social. À toda prova, na humanidade não há lugar para mais estupidez se organizou uma sociedade tão desestruturada que permite a completos imbecis se apossarem de exorbitantes quantidades dos bens materiais que a todos devias servir, ficando a grande maioria na penúria, muitos inclusive sem ter sequer o que comer, enquanto notícias dão conta da vida faustosa de falsos líderes elevados ao poder pela própria população que paga altíssimo preço pela ação contra si mesma.

As boas orientações da parte de quem como Ulisses escapou do feitiço do canto da sereia emitido pelo pão e circo, são atropelados pelos enfeitiçados que, inclusive desenvolveram uma espécie de fobia contra a possibilidade de viver melhor do que se vive porque uma sociedade na qual poucos têm mais do que precisam e muitos nada têm jamais que poderá chegar a bom termo se pessoas desesperadas pelas necessidades não satisfeitas tendem a agir desesperadamente, dando origem aos conflitos que se espera inutilmente encontrar solução em um deus inexistente.

 

 

 

 

 

   

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

ARENGA 843

 

Em meio à turba festiva, e de uma alegria de débil mental, porquanto os acontecimentos indicam um amanhã tristemente imprevisível embora as autoridades até aqui inúteis alardeiam terem chegado à fonte que vem abastecendo o banditismo que assola a sociedade. Afirmam que a ponta do fio da meada da criminalidade está no comércio de combustíveis e que esta descoberta permite dar um basta à criminalidade que disputa dom os esportes o negócio mais rentável a atrair a juventude. Mas, o certo é que para menor infelicidade de quem pensa, no meio à turba barulhenta, não tão raro assim, aparece quem lança luzes sobre a cegueira reinante com a qual convivemos.

São pessoas que lançam ideias que dão origem a novas ideias, e assim, despertados por uma ideia e saltitando de uma para outra, são os pensadores levados a navegar num oceano de ideias e pinçar aquelas que deixam marcas que se seguidas exercerão influência positiva para a sociedade. Ricardo Castilho, por exemplo, na orelha do livro Filosofia do Direito, nos brinda com a ideia de que o direito objetiva a regulamentação da vida em sociedade, resolvendo conflitos, e que o faz enfrentando um eterno dilema que é a compreensão das inter-relações sociais da forma como são e o estabelecimento de diretrizes que possibilitem transformar estas inter-relações sociais naquilo que deveriam ser.

E então? Uma vez sabendo que a sociedade não dá certo sem que os relacionamentos entre seus integrantes sejam compatíveis com vida social, cabe, pois, adequar estes relacionamentos tornando-os capazes de organizar uma sociedade ideal para se viver.

 

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

ARENGA 842

 

Na baixa fase atual de desenvolvimento mental do ser humano, só teria isolamento o homem que segundo mestre Nietzsche menciona em Humano demasiado humano, ao qual deixaram de interessar tudo aquilo que interessa à turba festiva que como formigas percorre o mundo matando e morrendo por alegria e riqueza uma vez que tal homem teria de isolar da sociedade em que vive composta de brutamontes espirituais incompatíveis com o mínimo de refinamento que caracteriza quem por ter adquirido conhecimento é alçado a tal superioridade em relação às pessoas comuns que a convivência com elas causa um mal-estar de doença.

Desta forma, tendo o ser humano natureza gregária, haveria vantagem em ser espiritualmente superior ou deveria tal homem quedar-se ao nível dos brutamontes onde não seria atormentado pela infelicidade do desejo que apesar de impossível ser encontrado num ambiente de bárbaros sua ausência martiriza quem evoluiu espiritualmente e não encontra espaço entre as alegrias dos ignorantes aos berros de gol e pipocar de foguetórios.

 

terça-feira, 26 de agosto de 2025

ARENGA 841

 

A filosofia do direito afirma que a lei tem por objetivo assegurar que haja justiça. Por que, então, tantas leis convivem com tanta injustiça? Ninguém parece estranhar que a realidade passa longe daquilo que nos é dito como realidade. É dito que os governos têm por objetivo a organizar a sociedade que se deixada sem a guarda de uma autoridade para impor respeito o que se teria seria a desorganização generalizada tamanha é a brutalidade humana. Entretanto, que tipo de organização social há na sociedade humana que não obstante a plêiade de autoridades a humanidade tem em vez de sociedade, um amontoado de bichos papões movidos por tamanha ferocidade e ignorância que destroem as condições de vida para fazer uma riqueza da qual não desfrutará jamais porque a faina na busca de riqueza não lhes permite lembrar que seu prazo de validade expira antes disso.

Aos monstros de unhas de tamanduá, de cuja boca corre baba de dragão, que têm cifrões em vez de pupilas e que trocariam a mãe por mais um milhão na especulação do inferno fiscal, a tais protegidos por satanás dinheiro á a única coisa que importa. Como não se pode ser civilizado e ajuntar riqueza ao mesmo tempo, tendo tais monstros se assenhoreado do destino mundo com o poder que o dinheiro lhes confere, tem-se consequentemente a situação de infelicidade em que se encontram os seres humanos onde os que se acreditam felizes são privados de tranquilidade uma vez que o relógio de ponto está à espera.

E a infelicidade rondará os seres humanos enquanto durar sua vida de falsidades posto que a mentira nada constrói de positivo. Mas, com a maior das certezas pode-se afirmar que assim como passaram as fases históricas que foram sucessivamente substituídas por novos tampos, também este tempo de falsidades dará lugar a um novo tempo de se espera seja de predomínio da verdade de que não pode haver civilização numa sociedade na qual uns morrem por comer demais e outros por nada comerem.   

 

 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

ARENGA 840

 

A parte jovem da humanidade tem só duas opções que são: discordar da liderança de velhos indiferentes à segurança de seu futuro, ou então perecer pelas garras da louca sanha do desenvolvimento ilimitado a que se refere mestre Ladislau Dowbor no livro A ERA DO CAPITAL IMPRODUTIVO. Ali ele traz a teoria de Malthus para a economia de modo compreensível e eficiente ao questionar uma realidade que até então tem conseguido ser disfarçada pelos economistas lambe-ovo dos Midas que colocam riqueza acima de tudo, inclusive da vida. Mestre Ladislau simplesmente menciona a realidade indiscutível de que o ilimitado crescimento econômico vai se fazer acompanhar pelos limitados recursos naturais demandados para assegurar a interminável produção de bens necessários para atender a uma demanda cada vez maior e perdulária e inexistência desta possibilidade pode ser constatada pelo apodrecimento dos rios, o envenenamento e redução dos lençóis freáticos, esgotamento da fertilidade dos solos que são a fonte da vida, enfim, como não se perceber estarmos no caminho errado, e principalmente que a maior prejudicada, a juventude permanece alheia a um destino trágico?

Cabe observar que a pressa e a correria caracterizam o comportamento humano atual. O avião, o trem e o carro e o telefone mais veloz como se a humanidade quisesse chegar mais rápido a um destino trágico.

 

 

 

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

ARENGA 839

 

A sociedade humana não tem como ser menos infeliz enquanto tiver seu destino aos cuidados de homens que trazem a necessidade de riqueza no inconsciente e que passa para o consciente, orientando suas ações, uma necessidade tão grande ide que por mais riqueza que se tenho ajuntado, nunca é o bastante para o pequeno tempo de vida.

Sem que seja erradicado do ser humano o equívoco de ser o dinheiro panaceia para felicidade, jamais dará certo que a totalidade dos humanos, desconhecendo esta realidade, produzam a riqueza do mundo e a e entreguem a outros seres humanos na esperança de que seja empregada no atendimento de suas necessidades. A avidez de cão faminto pela chegada desta riqueza às suas mãos aparece na disputa ferrenha das eleições que já chegaram à incompreensível posição de usar da riqueza que o povo produz para custear as despesas com propaganda enganosa destinada a iludir esse mesmo povo com sorrisos e falsas promessas. De tanto iludir, aos poucos, foi ficando à mostra a ilusão que deixou de ser possível às autoridades virem a público aberto sem serem apupadas moralmente.

Assim como a sabedoria da boa lei recomente educação para o criminoso em vez de punição, o mesmo acontece com a falsa liderança cuja falsidade é incutida a partir do nascimento acompanhado de ritos religiosos falsos num mundo orientado por falsidades, sendo a maior delas o convencimento que a riqueza nas mãos de falsos líderes seja empregada em benefício da humanidade tão alheia da realidade que é indiferente aos gastos astronômicos com o belicismo cuja razão também se encontra na educação defeituosa da criança. Desta educação resultou uma infeliz sociedade humana dividida e enganadores e tão enganados que embora de comportamento mais chegados a satanás, todos se dizem cristãos.

  

terça-feira, 12 de agosto de 2025

ARENGA 838

 

“Uma perda irreparável” “Nossas condolências à família enlutada” são as babaquices ouvidas sobre a morte de alguém. Entretanto, como ser lamentável ou perda a “dica” preciosa que a natureza nos dá a fim de nos preparar contra as muitas adversidades que ela mesma nos imporá na estrada que leva à morte que para os frequentadores de igreja, axé e futebola significa o fim de tudo? Na verdade, não é o fim de coisa nenhuma, a morte e a vida convivem tão pacificamente que o corpo de um adulto é feito por novas células que substituíram as que morreram e foram descartadas. Pensar sobre a humanidade, faz concluir que os seres humanos exalam estupidez por todos os poros. O tempo é a única coisa que separa os bichos pelados de duas patas autuais dos bichos peludos seus ancestrais nos quais até Ariano Suassuna demonstra estupidez quando diz não acreditar sermos descendentes deles.

Apenas a quantidade dos bichos pelados nos separa dos bichos peludos que já ultrapassam a casa dos oito bilhões numa algazarra e alvoroço superior à de revoada de periquitos, onde os vários tipos de poluição e a destruição da fauna e flora cujo resultado é preparar o inferno para onde os antigos diziam que tudo ira se acabar.

 Se a princípio os grupas consistiram apenas em pais e prole, passaram a imensas aglomerações ironicamente tratadas por civilizações onde o mérito mais é destreza nas pernas para os homens, bundões e peitões para as mulheres, atributos que transformam os possuidores em ricas celebridades.

domingo, 10 de agosto de 2025

ARENGA 837

 

Mestre Paulo Freire sugeriu que educação incluísse no currículo método capaz de desenvolver nos jovens capacidade de raciocinar. A sugestão custou ao mestre perseguição política que o expulsou do país. Se nenhum dos poucos jovens que conhecem o fato é capaz de alcançar-lhe a significação, a causa é justamente a incapacidade de raciocinar porque dela os algozes da humanidade fogem como o diabo foge da cruz. Mas, e por que haveria de querer evitar o desenvolvimento da capacidade de raciocinas a educação proposta pela política, se o raciocínio leva ao conhecimento e à elevação espiritual sem os quais a sociedade se mantém na mediocridade mental de considerar riqueza material desenvolvimento social? O resultando de tal comportamento, a afirmação de que tempo é dinheiro, erro tão monumental que a sociedade mais rica e que inventou tal idiotice nada em riqueza e nem por isso está livre da tormenta de ser assediada por um pouco do seu ouro.

A necessidade de ser superior ao povo legou aos inventores de deus e a todos os demais falsos líderes da humanidade o direito de usufruir de exuberante padrão de vida advindo da incapacidade de percepção dos impedidos de raciocinar e concluir poderem eles mesmos fazer o trabalho de seus enganadores que também enganam a si mesmos porque a sociedade ideal para eles é uma sociedade como a religião que não admite especulações a respeito dos princípios sobre os quais se fundamenta. Tal sociedade tem como destino a incivilização e a brutalidade eternas.

Ao escorraçar junto com Paulo Freire seu ideal de estimular o raciocínio nos jovens seus algozes  tornou a juventude indiferentes a especulações sobre o funcionamento da mecânica da vida, exatamente  como querem os parasitas da humanidade, exploradores que não dão aos jovens um minuto sequer para pensar em coisas menos rasteiras do que orações, futebola, axé, “famosos” e “celebridades”.

Uma vez alheia à necessidade de raciocinar, a juventude segue pela estrada da vida sem se interessar para onde está indo. O pavor à palavra morte, por exemplo, demonstra ignorância absoluta da realidade de ser a vida tocada por emoções que vão umas dando lugar a outras até não restar mais nenhuma para algum estímulo. É por isso que se perde o interesse pelas bonecas, os velocípedes, os carrinhos, as bicicletas, as motos, os carrões, os iates. As emoções, no dizer perfeito de Schopenhauer, vão se esvaindo até não haver mais interesse por coisa nenhuma. Não havendo nada em que se interessar, resta um caco jogado de lado a dar o trabalho de precisar de quem o ajude nas necessidades íntimas que se fazia com total independência. Nesse momento, ó juventude desatenta, a ideia de morte representa repouso absoluto longe da algazarra próprio dos ignorantes.          

 

     

sábado, 2 de agosto de 2025

ARENGA 836

 

Quando escreveu o livro A servidão Voluntária, assunto ao qual se dedica também Marilena Chauí no livro Contra a Servidão Voluntária, certamente que o jovem Etienne de la Boétie, autor do primeiro livro citado acima, não obstante a grandiosidade do trabalho deixado para a posteridade em apenas trinta e três anos de vida, certamente lhe faltou a maturidade necessária para concluir que a servidão não é voluntária. É imposta à humanidade por parasitas que predam de modo tão sofisticado que as pessoas não sabem estar sendo vítima de parasitas.

Este é um assunto que apesar de já ter sido tratado neste cantinho de pensar, é de tamanha importância que não deixa de merecer incansável recorrência principalmente pelos senhores pais, posto que dele depende o futuro das gerações vindouras.

O ser humano nunca foi livre. Se a princípio eram obrigados a enfrentar perigos a fim de poder comer para que pudessem continuar vivos, mais adiante, na estrada da vida, a fim de conseguirem estas mesmas coisas passaram a depender de pessoas ricas denominadas empresários que lhes deem um emprego por maio do qual produz tão grande riqueza que seus exploradores se assemelham aos deuses do Olimpo. São tão grandes os recursos materiais de que dispõem estes parasitas que dariam para lhes assegurar um milhão de vidas faustosas se não tivessem de morrer muito antes disso, realidade de que eles não têm tempo de perceber tamanha e a ocupação em descobrir maios de ter mais riqueza.

Veja-se, por exemplo, os doutores. Se eles que são doutores acreditam-se homens e mulheres livres, que dizer, então, da grande massa de pobres diabos mentais a levar escadas e encher igrejas, terreiros de axé e futebola?

Boétie não teve tempo de observação suficiente para perceber que a adesão do povo às ideias de seus exploradores é que permite a servidão que só existe justamente pelo desconhecimento desta realidade de servir uma vez que para as pessoas elas são livres, na verdade livres para escolher a igreja onde buscar proteção enquanto que os recursos de lhes assegurar o que buscam na igreja são usados em armas sofisticadas e bilhões de homens que também se acham livres mas que no entanto vão para campos de batalha convencidos de valer a pena matar morrer pela glória pátria. Não de seus algozes.

     

ARENGA 835

 

Para o Yahoo notícias não passamos todos de arrematados i fofoqueiros idiotas interessados em saber a causa da separação de certa “celebridade”, no valor do carrão ou da mansão de determinada “celebridade”. É o pão e circo na satânica atividade de manter lá em baixo a mentalidade do povo que nem desconfia ter nascido para fazer papel de bobo. Num filme, depois de ouvir de seu amigo que ele está trabalhando para uma rica empresa, comentou: “Ah, então trabalha para os donos do mundo?” e a resposta foi a seguinte: “E quem não trabalha?”

   

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A primeiríssima preocupação das pessoas, desde as primitivas, sempre foram consigo mesmas e a primeiríssima delas sempre foi com a preservação, o que equivale a dizer COMIDA, ABRIGO, PROTEÇÃO. Nesse sentido, cuidando pessoalmente da obtenção destes recursos, os grupos primitivos foram mais eficientes do que a sociedade contemporânea que passou a depender de empresários preocupados unicamente em acumular riqueza explorando a humanidade como demonstrou a Odebrecht.

 

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Fui a uma solenidade de entrega de diploma aos recém formados médicos de 2025 entre os quais havia um sobrinho. Não se podia imaginar encontrar outra coisa que não um ambiente compatível com a nobreza do evento. Entretanto, o que lá vi foi tamanha algazarra que em nada diferençava o ambiente daquele centro de cultura de um campo de futebola. As mesmas cornetas barulhentas e irritantes, no lugar de música, o mesmo tum, tum, tum não menos irritante do que as cornetas. As cadeiras tinham o estofamento exposto e a gritaria própria de ambiente de povo era tão insuportável que me retirei sem aplaudir o ato solene quando meu sobrinho recebesse o canudo. Embora e evento não ocorresse aqui em minha cidade de Vitória da Conquista nenhuma diferença faria se fosse aqui ou em Salvador ou em qualquer cidade brasileira uma vez que no Brasil fama e celebridade se mede pela habilidade dos pés ou capacidade de expor “as partes”.  

 

 

     

    

segunda-feira, 21 de julho de 2025

ARENGA 834

 

A princípio, o hábito de pensar tão enraizado nessa minha cabeça quanto a religiosidade em quem não tem cabeça me fazia crer que para meu país não havia solução e que tinha de ser como é. Entretanto, o mesmo hábito fez crer que para a humanidade é que não existe solução. Passada a pureza da inocência de criança, cada ser humano recebe dos poderes das trevas uma vara de condão com poderes satânicos. Onde quer que pise essa tal de “obra divina” é trazendo malefícios consigo. Não obstante a qualificação de SAPIENS e de cristã, esta raça peçonhenta se encontra a anos luz tanto de sabedoria quanto dos ensinamentos de cristo. O “Sapiens” lhe cai tão bem quanto a “celebridade” e a fama das personalidades do Yahoo Notícias também laureadas pela papagaiada de microfone.

A inclinação humana para o mal ultrapassa sua própria sociedade e afeta os habitantes dos mares. As baleias encalham nas praias e os golfinhos emitem sons de sofrimento não suportando o barulho produzido pelos seres humanos. Não precisa ser oceanógrafo ou biólogo para imaginar a enormidade da distância a que se propaga as explosões ocorridas nos oceanos.

O ser humano não se contenta apenas em infelicitar seus semelhantes e a si mesmos. Infelicita também os animais para lhes dar forma diferente da que a natureza lhes deu.

A salutar atividade comercial de colocar à disposição das pessoas aquilo de que elas necessitam, foi transformada pela avareza humana em fonte de extorsão tão desmedida que quanto maior for a procura por algo cuja necessidade também seja maior, independentemente da condição social de quem precisa daquele bem, maior é o preço cobrado por quem vende. Da mesma forma, a atividade de produzir coisas que a desculpa de proporcionar emprego privilegia de tal modo ricos empresários que lhes é permitido pagar menos imposto do que o cidadão comum. Definitivamente, a humanidade tem de ser infeliz em sua alegria de débil mental.  

 

 

 

 

 

  

sábado, 12 de julho de 2025

arenga 833

 

Não é por leitura de intelectuais que alcança o entendimento do motivo pelo qual a humanidade ainda não pode deixar de ser infeliz se é ninguém menos do que o intelectualíssimo Yuval Noah Harari quem afirma a sandice de que os seres humanos alcançarão a deidade e a imortalidade. Se apenas um deus foi causa da mortandade registrada da bíblia, o livro mais vendido e menos lido no mundo porque até analfabetos o compram como panaceia contra males, no dia seguinte àquele em que a humanidade passasse a ser feita de deuses não haveria de restar um só deles vivo.

E o que dizer da afirmação de mestre Yuval de se chegar à imortalidade? Se até o momento o número de imortais se resume à velharia cuja farra e à base de chá da Academia de Letras que deixou de ter conhecimento literário como chave que abre sua porta de entrada, no momento em que todos os seres humanos fossem eternos o peso da quantidade desses bichos ainda mais brutos que os bichos do mato superaria a força da gravidade e o planeta despencaria no infinito. Aliás, em Falando Francamente o grande pensador Vinicius Bittencourt argumenta sobra se interessaria a um (raríssimo) ser humano inteligente recomeçar a mesma vida desde o começo ao se aproximar o momento da morte.

sexta-feira, 11 de julho de 2025

ARENGA 832

 

Ao deixar o destino do mundo, que também é o seu, a cargo de alguns seres humanos educados na cultura do venha a mim e os outros que se danem, a humanidade comete o erro de buscar sua própria infelicidade esperando que ao serem investidas na nobreza do cargo de liderar uma sociedade, tal investidura se faça acompanhar da nobreza de caráter exigida pelo cargo, no que erra fragorosamente como mostram as guerras que provam a impiedade e que por si sós mostram tratar-se de pessoas de caráter ainda inferior do que os que de arma em punho, também buscam poder e a opulência em que vivem os falsos líderes às custas dos liderados.

Todo ser humano precisa saber o que respondeu ao imperador Alexandre o grande um pirata por ele questionado sobre a atitude de assaltante. “A única diferença que há entre o que faço e o imperador Alexandre faz é que eu dispondo apenas de um pequeno navio e alguns homens, sou chamado de bandido enquanto que o imperador, dispondo de um grande exército com que atacar e pilhar é glorificado como O GRANDE”.

É lapidar a verdade que estas palavras encerram. Buscar na História a história da riqueza das nações ricas leva a saques assassinatos, muita violência, impiedade, estando por traz de tudo isso ganância, necessidade desnecessária de riqueza e poder, o que obtêm sem o menor resquício de remorso ou possibilidade de retaliação legal por são quem fazem as leis e corrompem a justiça.

A maldade aparece na pompa em que vivem os falsos líderes às custas do povo muitas vezes carente do mínimo indispensável. São palácios, aviões, iates milionários ou bilionários que provam a ausência de capacidade de liderança porque a simplicidade é um dos muitos atributos nobres do verdadeiro líder.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

ARENGA 831

 

Sei poucas coisas, na verdade. Mas do sei muito pouca gente sabe. Tenho visto pessoas inteligentes e até doutores que fora as especialidades constantes de seus diplomas, pensam exatamente como pensam os analfabetos e esse foi meu primeiro despertar para o fato de haver algo errado na vida. A princípio, quando ainda sabia menos do que sei hoje esta realidade me intrigava. Cogitava com meu travesseiro: “coisa mais esquisita, sô, como pode um doutor ter as mesmas ideias do analfabeto? Com a convivência de universitários meus colegas, aos poucos fui percebendo que ser inteligente e estudioso, certamente que leva a ser um bom profissional. Entretanto, quanto mais dedicação aos estudos profissionais, menos aprendizado da realidade da vida e mais inocência quanto a esta realidade à qual não se chega senão por meditação, vontade de ter conhecimento do assunto Te esforço próprio porque a verdade da vida é escondida debaixo de sete chaves que é para ninguém aprender.

Qual o interesse nisso? Questionaria o excelente, mas analfabeto da escola da vida o competentíssimo doutor ao qual procurar fazer entender que o mundo tem dono e que nunca foi do povo. Que o povo sempre foi serviçal dos donos do mundo. Eles enganam o povo fazendo-o crer que a democracia é o ideal porque é um regime político no qual o governo governa para o povo. Até dizem ser a democracia uma forma de administração pública na qual o povo escolhe livremente os administradores e os substitui quando saem da linha indicada pela constituição. Mas se toda constituição diz que todos são iguais perante a lei e se o advogado reprovado em concurso para juiz de primeira instância que virou ministro da mais alta corte de justiça, segundo Merval Pereira, votou pela prisão domiciliar para ladrões ricos alegando que por serem acostumados a uma vida de luxo não deveriam se misturar com a ralé no xadrez, onde é que fica a igualdade perante a lei?

Saibam, senhores doutores, que dependemos mesmo na verdade é da política para a qual os senhores não dão a mínima e até mesmo confessam não gostar dela, da política. Mas, como disse alguém que sabe da sua importância: “o mal de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta”. A esta verdade podemos acrescentar: E COMO GOSTA!

 

 

sábado, 5 de julho de 2025

ARENGA 830

 

A imprensa noticia que percebendo não aguentar o embalo durante toda a noite ao chegar aos trinta anos de idade, a juventude está mudando seus hábitos idiotas de jogar fora a vitalidade para outros hábitos igualmente idiotas: embalos sem álcool com encerramento mais cedo. É de se imaginar o quanto distante está a juventude daquilo que virá depois dos sessenta ou mais para os muitos que chegarão lá uma vez que o organismo se adapta para suportar a carga de veneno que a cultura da necessidade na verdade desnecessária de riqueza nos obriga a ingerir. Nada além de estupidez justifica a atitude de quem infelicita seus semelhantes para obtenção de riqueza e terminar numa cadeira de rodas enquanto aquilo que acumulou é dissipado por pessoas estranhas, geralmente genros.

Desconcertante também é o modo de vida individual da humanidade uma vez que não vive senão em coletividade, tipo de vida no qual inexiste lugar para individualismo. Na realidade, os seres humanos não têm ainda se comportado de outro modo que não buscando sua própria infelicidade. Conclui-se por esta realidade observando que do aprendizado das crianças não pode resultar em seres capazes de encarar a atividade de viver com a seriedade necessária. Embora acreditando-se livres, os seres humanos, como disse mestre Rousseau, vivem agrilhoados por toda parte, obrigados a se comportarem como crianças, sem preocupação com o futuro como se crianças fossem.

Erra fragorosamente a humanidade em ter duas falsidades como norte de suas vidas: deus e riqueza. Se de deus só se ouve falar e cuja existência foi inculcada na criança inocente à qual é negada peremptoriamente a oportunidade de perceber tratar-se de engodo deliberadamente arquitetado para desviar sua atenção da verdade de ser responsável pelo seu próprio destino que nunca foi o de servir aos parasitas que sempre usufruíram de vida regalada à custa de quem trabalha como tem sido desde sempre sem que esse tal de deus se digne de pôr ordem na casa.

Quanto à segunda ilusão humana da necessidade de riqueza, percebe-se que o maior acúmulo de riqueza se faz acompanhar dos maiores transtornos até mesmo à demência de querer conhecer To infinito que continuará desconhecido de seres tão estúpidos que são incapazes até mesmo de viverem em harmonia entre si.          

     

ARENGA 829

 

Embora não sendo o que pretendia o autor, na página 233 do interessante livro Homo Deus, mestre Yuval Noah Harari esclarece o motivo pela qual a humanidade jamais poderá deixar de ser infeliz: diz ele que diante de questões como quem deve governar, que medidas econômicas devem ser postas em prática, enfim, tudo aquilo de que depende nossa qualidade de vida, não se consulta deus nem intelectuais porque se consulta-se o povo. Desta realidade se deduz que falta à humanidade uma cabeça pensante para dizer como proceder. Deus não passa de mentira e intelectuais vivem no mundo da lua, distantes da realidade de ter sido o mundo tornado propriedade privada dos Midas para os quais tranquilidade pode ser encontrada na riqueza.

Ante realidade tão decepcionante de contar com a opinião do povo, elemento tão estúpido que festeja enquanto o mundo está entre enchentes e incêndios, como se nada estivesse acontecendo de estranho, numa alegria imbecil de débil mental, como deixar a mercê de tais tipos de débeis mentais o destino da humanidade sem banir do dicionário a palavra felicidade?    

 

     

quarta-feira, 2 de julho de 2025

ARENGA 828

 

Sem maiores cogitações e nem estudos a respeito, o modo como vive a humanidade denuncia uma dose cavalar de estupidez. Podendo viver bem, não dá a mínima para a realidade não só de viver mal, mas também para o fato de que esse mal é maior a cada dia. Recursos materiais são as necessidades preponderantes para se viver bem como mostra o jovem talentoso Eduardo Moreira, quando, para melhor entendimento do que ensina, dá o exemplo de um grupo humano que ao chegar a determinado lugar tem por primeira preocupação para ali se acomodar de providenciar meios que lhe assegurem a vida e a comodidade. Decorridos séculos desde a época em que os seres humanos eram obrigados a se deslocar em busca destes recursos e não obstante havê-los em quantidade suficiente para a segurança de todos, o que aconteceu foi que poucas pessoas se apossarem destes bens em quantidades tão exorbitantemente além de suas reais necessidades que muito pouco e mesmo nada deixaram para as outras pessoas.

É nessa falta de preocupação com o equilíbrio social onde pode ser encontrada a possibilidade de poder a humanidade poder viver melhor do que vive. Pior de tudo é ter sido erigida em cultura a prática de impossibilitar que todos possam usufruir dos bens materiais indispensáveis a uma vida sem os sofrimentos provenientes da falta deles. É como se as pessoas abastadas num surto demoníaco de perversidade decidissem deliberadamente privar as demais pessoas da possibilidade de viver melhor.

Entretanto, sendo as pessoas despossuídas em número tão grande em relação àquelas que lhes impedem melhor qualidade de vida, cabe aos que vivem mal começar a pensar se isto está certo, se realmente tem de ser assim.  

ARENGA 827

 

Considerando a densidade populacional, o Brasil é o país com maior número de presidiários encarcerados do mundo. Não é redundância o “presidiários encarcerados”, porque há outro tanto de criminosos fora do cárcere a desfrutar do produto dos crimes praticados contra a sociedade.

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Na imprensa de 02/07/2025, hoje, notícia dando conta de ser bandido o único caminho para a juventude uma vez que a atividade criminosa já disputa de igual para igual (ou quase isso) a obtenção de renda com quase duzentos bilhões de reais ao ano. Como a economia tradicional se encontra em estado de estagnação e o banditismo cada vez mais atuante porquanto conta com bandidos de toga, logo não restará outra alternativa para sustentar a família senão ingressando na prática de ilicitudes.

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Assim é que embora muito se fale em criminalidade sexual, a sociedade do banditismo muito contribui para esta prática vez que a exibição das “partes” leva à fama, celebridade e riqueza.

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Se, como afirma a malta de frequentadores de igreja, axé e futebola esse tal de deus é brasileiro, é preciso expatriá-lo para menor tristeza e sofrimento no futuro de nossa pobre, idiota imbecil e alienada juventude futucadora de telefone.

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A papagaiada de microfone a serviço dos ricos dia que o aumento de taxa do IOF vai pesar em nosso bolso quando, na verdade, só vai atingir quem tem dinheiro em aplicação financeira. O que a medida deve fazer é livrar os pequenos poupadores e jogar pesado com os parasitários agiotas do cassino financeiro. 

 

 

 

domingo, 22 de junho de 2025

ARENGA 826

 

Ganha um doce o futucador de telefone que souber o motivo pelo qual o filósofo, escritor e mais um montão de qualidades positivas, ou seja, uma celebridade diferente das celebridades da papagaiada de microfone, de nome Humberto Eco, disse que quem controla os meios de comunicação controla o mundo. Como previsto, ninguém da mentalidade de povo foi capaz de alcançar o significado das palavras do grande mestre não obstante, com raríssima exceção, se encontrar absolutamente toda a trupe humana controlada pelos meios de comunicação.

Por este motivo é que as pessoas dotadas de desenvoltura espiritual devem se recolher eu seu cantinho de elevação mental, de modo a ficar longe da turba desprezível e barulhenta sem a menor noção de que a vida social se assemelha à vida de uma família tão unida que o sofrimento de um dos seus membros afeta os demais.

Para a malta barulhenta, entretanto, embora crianças amarguem grandes sofrimentos no meio a guerras pela busca de poder e riqueza, pipocam festas e foguetórios numa indiferença monstruosa como se lhe fosse prazeroso o martírio do semelhante.

Embora nada adiante, saiba malta desprezível, que o filósofo disse que ao seguir o berrante da mídia, soprado pelos papagaios de microfone, a soldo dos ricos donos do mundo, as multidões desprezíveis nem mesmo sabem que podem pensar sobre o quanto espetacular é o tamanho de sua estupidez.

       

    

domingo, 1 de junho de 2025

ARENGA 825

 

Ninguém vai dizer qual é mau lugar. Diz terrivelmente enganada a ministra Marina Silva. Ah! Minha cara ministra, o quanto lhe falta de experiência de vida para saber o quanto poderíamos viver melhor se realmente ninguém pudesse impor sua vontade sobre a vontade de pessoas boas como a senhor. Infelizmente, minha cara ministra, não é assim por que sendo o poder do mal superior ao poder do bem, existe uma força maligna diante da qual quem exerce liderança ou passa para o lado do mau para fazer maldades ou é impedido de fazer o bem.

Do pequeno ao grande, não passamos todos de paus mandados sem vontade própria a seguir o som do berrante soprado por esse poder demoníaco que se apossou da vontade dos seres humanos e os faz convictos de que a atividade de viver se resume a ganhar dinheiro, reproduzir e festejar. É por conta desse poder maligno que a vida não merece ser encarada com a seriedade devida. Representantes de satanás encarregados de promover alegria anula nos seres humanos a possibilidade de alguma luz que lhes ilumine um caminho de harmonia, paz e tranquilidade.

Assim é que sob o poder imensurável dos maus, não há lugar no mundo para os pacíficos e bem intencionados que desejam para os demais o que desejam para si. Taxados de comunistas pelos representantes do mal, depois de escorraçados, sobre apenas lugar no mundo para aqueles influenciados pelo poder satânico que determina o destino do mundo. A senhora, cara ministra, é um exemplo de nossa submissão. Embora tendo o trabalho e a vontade de assegurar a preservação ambiental, por muito que se esforce nesse sentido, os representantes do mal lhe impedem o sucesso. Tanto o governo do qual a senhora faz parte quantos todos os demais governos do mundo têm rabo prezo nas forças malignas. Poucos são aqueles que descobriram a ponta do fio da meada com a qual é tecida a malignidade da vida social. Os demais, iludidos com a cor da chita seguem rumo onde não faltam alegrias e sofrimentos. Não é por ter aprendido que a vida não é como se acredita ser, e que todas as alegrias e festejamentos escondem uma realidade sombria para as crianças de hoje que se justifica o preceito bíblico de que adquirir conhecimento é adquirir tristeza. É melhor a realidade do que a falsidade.  

 

 

  

sábado, 31 de maio de 2025

ARENGA 824

 

O rei Salomão não tinha tanta sabedoria assim. As experiências das quais se se gaba em Eclesiastes. No capítulo 2 desse livro, versículos 14,15 3 16, se mostra indignado com o fato de acontecerem ao sábio as mesmas coisas que acontecem ao tolo “COMO PODE O SÁBIO MORRER COMO O TOLO MORRE?”. Esperar que a natureza dispense tratamento especial para o sábio equivaleria a admitir inteligência na natureza, o que está fora de qualquer cogitação. Inteligência divina é nada mais do que mais uma das muitas idiotices que impede a humanidade de evoluir mentalmente. Erram os seres humanos de modo colossal acomodando-se na inércia de um paquidermismo rançoso que os mantém atrelados à mentalidade de seus antepassados distantes que pensavam poder se comunicar com árvores, montanhas, rios ou pedras.

Tão equivocados estão os seres humanos que se dividiram em explorados (todos que trabalham) e exploradores (todos que parasitam o resultado do trabalho dos explorados). E estão todos equivocados porque tanto os que trabalham descansarão debaixo da terra depois de tanto trabalhar e, do mesmo modo, os que depois de tanto explorar. Terão, assim, o mesmo fim tanto dos tolos de um lado quanto do outro lado uma vez que só há tolos nessa história.

domingo, 25 de maio de 2025

ARENGA 813

 

Nas páginas 194 e 195 do grandioso livro Homo Deus, de mestre Yuval Noah Harari, há prova suficiente de que a falta de sintonia com a realidade, que é a causa da infelicidade humana, é mais facilmente alcançada pela observação, análise e conclusão a respeito do comportamento humano através dos tempos do que buscando nos best sellers dos intelectuais. No exemplo aqui referido mestre Yuval diz que a ciência sempre precisou de ajuda da religião para criar instituições humanas viáveis e que não há um método científico para determinar como os humanos devem se comportar. Tais afirmações não fazem sentido fora do mundo da intelectualidade. O comportamento para se viver em sociedade é justamente contrário ao estabelecido pela cultura atual do venha a mim e os outros que se danem. Precisa método científico para nos mostrar coisa tão simples? Basta o senso comum que nos indica ser indispensável seguir a recomendação de Cristo para tratar o próximo como gostaria de ser trato. Este é que é o método de comportamento sem o qual a sociedade é a parafernália denominada pelos intelectuais de exclusão, muita riqueza ao lado de muita pobreza, famintos, violência, ignorância, alegria de débil mental, enfim, infelicidades para puxar de gancho, e tudo em função do egoísmo e da falta de preocupação com a vida social em detrimento da exuberante preocupação com a vida individual apenas, individualismo decorrente do fato de não ter ainda ocorrido aos seres humanos a realidade de já terem deixado para trás a fase de bichos e passado para uma que apesar de ainda ter muito de bicho, já tem também algo o bastante de capacidade de raciocínio para que se comporte de conformidade com vida comunitária.

Ainda sobre a inutilidade dos intelectuais para a compreensão de como viver sem os transtornos de que os seres humanos de tão calejados já se acostumaram, temos na página 194 citada acima a representação de um papa trocando por dinheiro o direito de ir para o lado deus depois de haver morrido. Enquanto permanecer mentalidade pequena o bastante para comprar isenção de pena pelos pecados é por ainda haver predominância do lado de bicho sobre o de gente. Apesar de ver algo de positivo na religião, o mesmo autor diz que a luz da ciência desfez a escuridão da religião de modo que o mundo se tornou mais secular e mais próspero. Nada de positivo pode haver na ignorância, e só a cegueira mental impede ver que tanto maior for a ignorância, maior também será a religiosidade. Há uma epidemia criada em laboratório do diabo que ataca a humanidade e a impede de encarar a realidade.

      

  

    

    

 

 

 

  

 

 

  

 

sábado, 24 de maio de 2025

ARENGA 812

 

Porque será que ninguém estranha a exorbitante importância que os meios de comunicação atribuem às coisas de nenhuma importância?

Porque os salários das pessoas incultas da televisão somam várias vezes o salário do professor?

Por que será que os adultos estão brincando de bonecas feito crianças?

Por que haverá tanto ódio e tristeza nas crianças que em vez de estudar e brincar elas matam seus colegas ou cometem suicídio sem que os futuros pais se mostrem preocupados com tamanho absurdo?

Por que será que apesar de sua grandiosidade, a importância da administração pública foi tão diminuída que seus cargos máximos são ocupados por pessoas perseguidas pela polícia?

Por que, afinal, ninguém se incomoda com estas coisas absurdas que atordoam nossa sociedade?

É justamente porque ninguém se incomoda que acontecem tais coisas.  Quem não se sente mal em viver num ambiente de nenhuma preocupação com desenvolvimento mental nem o mínimo sequer de civilidade uma vez que toupeiras intelectuais são consideradas celebridades e as intimidades de alcova são motivo de fama e enriquecimento, evidente é que tal sociedade está a clamar para que os responsáveis pela sua condução revejam seu papel de líderes que nunca foi parasitar os liderados para ostentar riqueza à custa do trabalho deles.

O fato de nenhuma sociedade contar com verdadeira liderança deve-se tão somente à herança atávica do comportamento dos bichos que já fomos e que ainda não deixou a personalidade dos seres humanos, salvo raríssimas exceções. E sendo assim, não é de se esperar que a investidura em cargo importante além da troca de atividade troque também a personalidade defeituosa do investido. Portanto, não é com revoluções que as sociedades podem ser civilizadas porque muito sangue já encharcou muitos solos e a barbárie nunca foi superada.

terça-feira, 20 de maio de 2025

ARENGA 811

 

Não é por vir de filósofo que suas afirmações deixam de merecer meditação a respeito do que eles dizem. O “penso, logo existo”, por exemplo, do filósofo René Descartes, deixa crer que pensar é condição para existir, portanto, não existiria o que não pensa. No entanto, quando não havia sapatos, muitos dedões arroxeados testemunharam que pedras existem apesar de não pensar.

É atribuída ao filósofo Confúcio o seguinte: “O que você sabe, sabe; o que você desconhece, desconhece. Esta é a verdadeira sabedoria”. Onde é que há sabedoria em afirmar que alguém sabe o que sabe e que desconhece o que desconhece?

Santo Anselmo teria afirmado que “Basta pensar em deus para sabermos que ele existe”. Entretanto, pensar em algo não torna esse algo realidade porque apesar de famintos não pensarem em outra coisa senão em comida, continuarão famintos.

Se não é de hoje que a humanidade anda na contra mão da vida, assunto sobre o qual esse cantinho de pensar insiste em martelar dia e noite, a solução de seus problemas se deve ao resultado de um trabalho muito bem arquitetado que resulta na condução do cérebro para a direção errada.

Entre todos os “é preciso fazer isso e aquilo”, ouvidos da parte de intelectuais, a única coisa que realmente é preciso fazer, mas que falta quem o faça, é despertar a humanidade do torpor em relação à atividade de viver a que foram levados os seres humanos.

Se, como diziam os antigos, cabeça vazia é oficina do diabo, a última criação e acolhimento dos bebês reborns pelos seres humanos significa que o pão e circo evolui de modo extraordinário, para não faltar ferramentas na oficina de Satã para envolver as mentes vazias da estúpida raça humana.