domingo, 30 de maio de 2021

ARENGA 591

 

Embora economistas de real valor e que não têm rabo preso no poder muito contribuam na luta contra a desigualdade social ao apontar injustas distorções que possibilitam a espoliação criminosa por aproveitadores inescrupulosos, tal contribuição não vai diretamente ao foco do problema. Porém, diferentemente dos economistas, filósofos e papagaios de microfone que em troca da despensa abastecida enaltecem o perverso capitalismo que vigora no mundo, afirmando, inclusive, ser conveniente haver menor interferência do estado na economia e que o melhor governo é o menor governo, de forma a haver liberdade de auto regulação pelo mercado, canalhice que permite aos avarentos Midas extorquirem ao bel prazer tanta riqueza quanto exige usa insaciável sede de ouro. Outros economistas, entretanto, aqueles que não têm a consciência prostituída como Thomas Pickety, Eduardo Moreira, Joseph Stiglitz e outros mais, contradizem as opiniões emitidas em troca de pagamento. O doutor Stiglitz, na página 10 do seu grandioso livro O Mundo Em Queda Livre, põe abaixo esta a babaovista e diz que até o laureado doutor Alan Greenspan, sumo pontífice da teoria do governo mínimo, passou a admitir ser equivocada. Na mesma página 10 o economista afirma que deixar os mercados ao bel-prazer da insaciável ganância dos grandes grupos econômicos parasitários seria tão estúpido quanto colocar a raposa para tomar conta do galinheiro. Esta verdade foi desnudada pela Lava Jato ao desnudar a canalhice da Odebrecht. Ao contrário da estultice de deixar a economia ao sabor dos monstros ajuntadores de riqueza, como também reconhece o doutor Stiglitz na página 70, os mercados exigem ação enérgica do governo. E quem senão um governo forte, máximo, exercido por homens que mijam na parede, (expressão de minha querida e saudosa prima Auta Rosa), seria capaz de ações enérgicas contra a sacanagem destes Monstros de cuja boca escorre baba de dragão? Governos mínimos, submissos aos monstruosos Reis Midas do mundo só agem energicamente quando é contra o povo. Aí, atiçam soldados que embora também do povo, de cassetete em punho, distribuem porrada prá cima da multidão tanto indefesa quanto imbecil.

Quando o doutor Stiglitz diz da necessidade de controle dos mercados, sobretudo do financeiro, ele mata a cobra e mostra o pau (o que matou a cobra) porque consta da página 177, referindo-se à crise imobiliária americana de 2008 que afetou o mundo, o seguinte: os banqueiros (devia ter dito os malditos banqueiros) em vez de serem responsabilizados pelos estragos que causaram, receberam bilhões de dólares. (Nós cá do cantinho de pensar fazemos a seguinte observação: de onde saíram estes bilhões de dólares, senão do povo que aprova o capitalismo e odeia o velho e sábio Marx? Contudo, não obstante a injustiça e a brutalidade da cultura individualista capitalista do venha a mim e os outros que se danem, realidade que levou o extraordinário Celso Furtado a dizer que a arbitrariedade e a violência tendem a dominar o mundo dos homens (lembrado por Paulo Batista Nogueira Júnior na página 386 de seu grandioso livro O Brasil Não Cabe No Quintal De Ninguém), pois, ainda assim, apesar de tamanho descalabro, por puro preconceito, isto é, um conceito que se faz antes de conhecer a realidade sobre a qual se opina contrariamente, as pessoas refutam ideias socialistas. Haja saco!   

  

    

sábado, 29 de maio de 2021

ARENGA 590

 

        A mesma atenção que os pais dedicam para arrumar a vida futura de seus inchadim deveria merecer a qualidade de vida que o futuro reserva para eles, mas não é o que acontece. Embora de nada vale abastecer uma conta bancária como garantia de tranquilidade dos filhos se em volta deles estão dezenas de outros filhos famintos que logo serão centenas ou milhares dispostos a usar de violência para não morrerem de fome e que, caso permaneça a indiferença, o desprezo do perigo que esta situação representa, quanto mais dinheiro tiver alguém, maior perigo estará correndo.

        Se do ponto de vista social, não se justifica o comportamento dos pais, o mesmo ocorre quando se pensa nos recursos naturais. Em cento e vinte e um anos a população do mundo passou de um para oito bilhões, e se com esses oito bilhões já escasseiam os recursos naturais com apodrecimento das águas, do ar e desertificação dos solos, fica praticamente impossível haver tranquilidade daqui a mais cem anos quando as mulheres tiverem despejado para correr o planeta, de suas imensas barrigas, os frutos do instinto de reprodução provenientes desses oito bilhões de agora.  Nem devem os pais omitirem de suas preocupações a respeito dos filhos a realidade sombria da exorbitância de garotos e garotas condenados pela estupidez humana a uma vida de cães vadios cuja humilhação pela exibição de imensas riquezas vai aos poucos transformando estas criaturas em feras capazes de matar até por causa de um um pão. Por um celular, já se mata.

Falta planejamento se a sociedade se divide em um grupo que desfruta da produção sem produzir e outro que produz sem desfrutar. Se se trata de seres que podem raciocinar, logicamente dever-se-ia buscasse uma situação em que todos se beneficiassem das conquistas que aumentam a comodidade e bem-estar. Se a selvageria humana não permite a igualdade total como é de se desejar, pelo menos deve-se refutar esta desigualdade brutal entre as classes de ricos parasitários e pobres parasitados.

Desde que começou a existir, este cantinho de pensar vem insistindo na necessidade de se pensar sobre a atividade de viver, indevidamente negligenciada, principalmente por intelectuais que tergiversam inutilmente sobre sexo dos anjos, mas nada que ajude a desbastar as arestas da estupidez humana. Um exemplo dado pelo intelectualíssimo doutor Raimundo Faoro no livro Os Donos do Poder, que começa desta maneira: “Nich nur der Vernunft von Jahrtausenden – auch ihr washnsinn bricht an uns aus. Gefarlich is es, Erbe zu sein.

Aquilo de que se faz necessário é em linguagem simples, acessível, procurar atrair a a humanidade para a realidade de viver uma irrealidade. Da distorção vivida quando toupeiras, verdadeiras antas desprovidas do mínimo de intelectualidade viram “celebridades” enquanto que as verdadeiras celebridades são ignoradas.   

quarta-feira, 26 de maio de 2021

ARENGA 589

 

  O complexo de vira-lata do brasileiro que Paulo Nogueira Batista Júnior menciona na capa do livro O Brasil Não Cabe No Quintal De Ninguém, faz com que o brasileiro seja capaz de exagerar no cumprimento da tarefa inglória constante de Mateus 5:39 para oferecer o outro lado da cara à tapa depois de ter apanhado de um lado. Tal procedimento vai de encontro à dignidade de homens tipo Zumbi e Spartacus que também se recusam a se vergar e submeter-se ao jugo que por ser degradante não condiz com a personalidade do homem que tem dignidade por premissa maior. Da mesma forma, mulheres como Leila Diniz entre tantas outras cujo caráter recusou a submissão imposta por deus em Gênesis 2:16. Infelizmente, porém, da luta das feministas resultaram “celebridades” de tamanha vulgaridade indescritível que suas bundas abundam no Yahoo Notícias.

Dificilmente pode ser encontrado outro povo com tamanha propensão a sujeitar-se à humilhação do que o brasileiro cuja paixão pelas coisas do estrangeiro ultrapassa o ridículo demonstrado pelo comunicador José Luiz Datena repetindo exaustivamente a palavra aligato para se referir a um jacaré. E tamanho espalhafato sobre o aligato se devia ao fato de que jacaré em inglês e aligator cuja pronúncia seria algo semelhante a E-LI-GUEI-TOR. Outra demonstração do ridículo do brasileiro que o Datena expõe com perfeição está no “slow motion” para dizer movimento lento ou câmara lenta. 

Há inclusive a história de um ministro brasileiro que beijou a mão de um presidente americano. Não é à toa que o grande jornalista Mauro Santayana em monumental artigo denominado A Crise Da Razão Política E A Maldição de Brasília diz que o brasileiro sente pelas coisas do estrangeiro a mesmo deslumbre que os índios sentiram perante a visão dos portugueses e das caravelas. Tudo aqui é só ridículo. A palavra caravelas, por exemplo, lembra um ministro ridículo que com o dinheiro do povo ridículo fez uma caravela ridícula para navegar até Porto Seguro nas comemorações da data do descobrimento, mas que não saiu do lugar e ficou por isto mesmo como sempre acontece nesta terra que por ser a pátria de deus, o ministro que afundou uma nota preta do povo na caravela foi castigado. Ah, se foi. Os curitibanos o castigaram com o cargo de prefeito de sua capital Curitiba.

O complexo de vira-lata do brasileiro é tão exuberante que na rádio CBN da Rede Globo há um programa intitulado “Young Professional” e na Rádio Bandeirantes de São Paulo há outro programa intitulado Brasil com Z. Em nossa capital Salvador há dois prediozinhos iguais denominados Trade Center e pelo menos aqui em nossa Cidade de Vitória da Conquista há prédios de apartamentos denominados Maison du Soleil, La lune, Maison du Soleil, Diamond Residence, condomínio Green Ville, entre outras demonstrações de preferência ao linguajar de gringos em detrimento de seu vernáculo. 

Mas a subserviência do brasileiro demonstrou se ilimitada quando as forças armadas nacionais obedecendo ordens do governo americano em sua paranoia anticomunista protagonizaram o golpe de estado de 1964 e escorraçaram o presidente João Goulart, torturaram e mataram jovens brasileiros. O entusiasmo de Evaristo Ferreira da Veiga e Barros que  o levou a escrever o BRAVA GENTE BRASILEIRA. OU FICAR A PÁTRIA LIVRE OU MORRER PELO BRASIL, morreria outra vez de desgosto se visse em que resultou a bravura dos homens que morreram defendendo um Brasil independente que hoje induz suas criancinhas a festejar o Halloween e aprender como aprendem as crianças americanas a temer ideias que pregam igualdade que apesar de recomendadas por Cristo, são hoje excomungadas como socialistas.  

A imbecilidade, entretanto, não é privilégio nosso posto que mundo afora multidões carregam nos braços rufiões em busca de mamar nas tetas de cargos eletivos. Contudo, por aqui, onde as coisas ruins são superiores às de qualquer outro lugar, é maior o alvoroço em torno de candidatos porque além dos rufiões locais a papagaiada de microfone também baba o saco de rufiões estrangeiros e comentam alvoroçadamente sobre a possibilidade de vir a ser fulano ou beltrano o rufião desse ou daquele país, principalmente dos Estados Unidos. 

Nossa pátria não merece destino se a natureza o brindou com exuberância da beleza e grandes riquezas que foram levadas, deixando pobreza em seu lugar. É injusto que os descendentes daqueles que deram a vida por um futuro glorioso de nossa pátria tenha sido convertido num povo de ladrões e, como disse Rui Barbosa, um povo que desconhece o nobre sentimento de honra, moralidade, caráter, e onde as nulidades viram celebridades enquanto celebridades são vilipendiadas a exemplo de Celso Furtado e Paulo Coelho.

Mas isso há de mudar. Nossa juventude haverá de se conscientizar antes de qualquer outra juventude do mundo que também se encontram presas em ardilosas armadilhas engendradas pelos proxenetas do sistema financeiro mundial do qual resulta muita riqueza para pouquíssimos e muitíssima pobreza a causar toda esta desordem.


  

 

domingo, 23 de maio de 2021

ARENGA 588

 

Ninguém melhor do que o inteligente jovem engenheiro, economista e escritor Eduardo Moreira para confirmar o que sempre alegamos aqui nesse cantinho de pensar: por motivo tão claro quanto água limpa no meu copo de cristal de tomar Blue Label, é impossível aprender a realidade da vida nas universidades fundamentas na cultura capitalista, motivo esse que é nada mais do que ser a irrealidade da vida a base da cultura capitalista. É por isto que Eduardo Moreira foi de brilhantemente inteligente e feliz ao titular seu livro  O QUE OS DONOS DO PODER NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA. Pronto! Tá tudo aí. A humanidade ainda não descobriu outra  maneira de cuidar da administração de sua sociedade senão entregando cada grupo em que se divide a sociedade humana fabulosas riquezas a determinadas pessoas para que arquem com o custo da administração pública. Constatada esta realidade, pode-se dizer que o mesmo ocorre com um estabelecimento comercial ou uma fazenda onde se engordam bois prá vender, com a diferença, e é aqui onde se encontra o porquê afirmamos estar no título do livro de Eduardo Moreira acima citado o motivo pelo qual em absolutamente nenhuma das muitas universidades do mundo capitalista se aprende a realidade da vida. 

Ao compararmos a administração da riqueza pública com a administração do estabelecimento comercial ou da venda de bois gordos, que elemento é imprescindível para o sucesso destas duas últimas atividades? Bingo para quem disse OS OLHOS DO DONO DO ESTABECIMENTO COMERCIAL E DA FAZENDA porque sem haver efetiva fiscalização, haverá inevitavelmente roubo de pequena monta a princípio, mas que irá crescendo se continua a falta de fiscalização, e serão de grande monta com a certeza de não haver fiscalização.

Embora não seja verdade que o ser humano se mau por natureza, é verdade que o ser humano é o resultado do que lhe é ensinado. E o que é que se ensinam às crianças no mundo capitalista senão apego à riqueza e desprezo pelo altruísmo?  Não pode tal cultura dar origem ao verdadeiro líder. Nenhum ser humano no qual se incutiu a cultura da vantagem para o mais forte ensinada pelo Frankenstein da bunda branca Henry Kissinger pode se tornar um Cristo ou mesmo um Ghandi. Como esperar que a criança educada para amar riqueza possa administrar fortunas sem delas lançar mão dinda que indevidamente? É, pois, no esperar que seres humanos educados para ter riqueza por objetivo maior da vida administrem corretamente a riqueza do mundo é onde está o grande erro da humanidade do qual resultam seus males maiores: guerras, fome, violência, destruição da natureza cuja consequências é a torrente de doenças que haverão de se tornar incontroláveis que hospedarão na população desassistida e chegará aos poderosos graças à falta de visão que faz deles grandes imbecis.

Na página 45 do livro referido o autor se refere ao comportamento de ficar de braços cruzados enquanto os administradores da riqueza pública se locupletam. Considerando que esta administração pública é feita contra o povo, ele compara a aprovação do povo à cultura capitalista de administração pública a uma aprovação por parte de bactérias a um sabonete capaz de dizimar bactérias. Não é outro o comportamento adotado pelo povo seguindo orientação de falsos líderes. O jovem escritor chega a exclamar “incrível!”. É realmente incrível que o povo passe necessidade enquanto os falsos líderes têm vivem nababescamente com o resultado do seu trabalho.

Entretanto, sabendo-se como se sabe da facilidade com que o cérebro pode ser conduzido, razão pela qual disse um sábio que a propaganda é a arte de explorar a estupidez humana (melhor diria a arte de conduzir o cérebro humano), na página 44 o escritor explica o comportamento por ele mesmo tido como incrível nas seguintes palavras: “O capitalismo sobrevive somente em função da propaganda que faz dele o que não é”.

Aí está! Se as mais famosas universidades do mundo estão encarregadas de ensinar que é aquilo que não é, estão proibidas de ensinar o que realmente é. Isto é, a realidade da vida. 



sábado, 15 de maio de 2021

ARENGA 587

 

          Considerando inexistir ser vivo isento da necessidade de consumir, não pode ter futuro a sociedade humana se permite apenas a uma minoria ter direito de consumir e o nega à maioria dos seres humanos. A esta inconsequência é acrescido o agravante de serem os que não têm direito a consumir justamente aqueles que produzem tudo que consomem aqueles a quem é concedido o direito de consumir, mas que nada produzem, resultando deste despropósito uma situação de parasitas e parasitados. Está, pois, evidente a improbabilidade de segurança para o futuro da atual sociedade composta de hospedeiros e parasitas. E o que há de mais inusitado em tudo isso é que nem os parasitas e nem os parasitados podem deixar de ser o que são por terem sido educados desde o berço para acreditar que a melhor forma para se viver é sendo. empregador ou empregado. 

Não é estranho ou mesmo inconcebível que os diversos ramos da religiosidade que juram basearem-se em infinita bondade e sabedoria divinas sejam unânimes em aprovar tão injusto modelo de sociedade? Por que será que intelectuais escrevem, dão entrevistas, ganham prêmios por contribuírem com o desenvolvimento mental e material da humanidade, mas não levantam esta questão? Que os humanos não tenham ainda evoluído espiritualmente o suficiente para organizar uma sociedade civilizada é compreensível. Mas, é incompreensível que essa tal de divindade à qual a humanidade atribui poder e sabedoria bastantes para ser capaz de criar o universo e tudo que nele existe não fosse capaz de impor ordem à sociedade humana, permitindo que a injustiça se sobreponha à justiça. Religiosos têm mil e um argumentos para explicar esta situação, mas como ela não pode ser explicada por ser mentira, inventaram a desculpa de não se dever especular sobre os mistérios divinos porque quando se pensa a respeito percebe-se não passar de embuste a começar pelo nome deus que segundo ele mesmo declara em Êxodo 3:14, ser seu nome Eu Sou e não deus. Além disso, se em Números 5: 3,4, a divindade manda expulsar os leprosos do lugar onde diz habitar, como ser de infinita bondade e morar no céu?

Não é utopia, mas, realidade que mundo não tem de ser ruim como é. Não tem de haver pobreza, fome, guerras, destruição da natureza, e a maioria dos sofrimentos podem ser evitados desde que os seres humanos procedam de modo a fazer estas coisas acontecerem. Se não acontecem é por faltar uma cultura que transmita de uma geração para outra a necessidade de se trabalhar nesse sentido. Desta forma em algumas gerações chegar-se-á a uma sólida convicção de ser necessário mudar o mundo, como afirmou o velho Marx. Estabelecida tal convicção, o caminho estará aberto para um mundo melhor e juventude tão menos infeliz que nenhum jovem terá necessidade de suicidar. 

 


segunda-feira, 10 de maio de 2021

arenga 586

Nosso país está em meio a um tsunami de corrução, desfaçatez, falta de vergonha e honradez, autoridades de araque rendidas ao chamamento do suborno sem o menor constrangimento como no caso Gilmar Mendes/Jacó Barata.  É o que aparece com frequência tanto na imprensa quanto  em livros como O Ben$ Que O Políticos Fazem, O Partido Da Terra, O Mensalão, na Operação Lava Jato, no apartamento da Graça, em Salvador, Bahia. em cuecas, meias, pastas 007, e até entre nádegas de autoridade foi encontrado dinheiro roubado. O “PÁTRIA AMADA BRASIL”, da propaganda do governo, expressa a mesma falsidade que o “AMOR ROXO” declarado por uma bela, gostosa e formosa jovem a um velho muxibento, pelancudo, implicador, ranzinza, reacionário, ciumento, mas que apesar de todas estas qualidades tenha o defeito de ser milionário. Vive esta sociedade de carneiros de Cristo de um modo que envergonharia o próprio Cristo. O brasileiro deve ser o povo mais fácil de se engabelado da humanidade. A exuberância de suas terras férteis aos poucos vai se exaurindo ante a avareza dos Midas ao agribiuzinesse que aumenta a cada safra de grãos que levam consigo água e nutrientes para o exterior onde serão transformados em ração para engordar bois a serem devorados por gringos das bundas brancas. Apesar da falta que farão às gerações futuras tanto a fertilidade do solo quanto a água exportadas junto com os grãos para virar carne e encher as imensas barrigas brancas dos gringos, ao povo é indiferente é dito por papagaios de microfone a soldo dos Midas tratar-se prática benéfica à sociedade esta estupidez faraônica. Entrincheirados atrás do argumento falso do emprego quando a verdade é haver desemprego pela mecanização e automação no processo de produção, colheita e armazenamento, sabujos da cultura da riqueza para poucos e pobreza para muitos passam um mar de falsidades que o povo engole com a mesma facilidade com que se tapeia criança chorona.

   



 

 

 

 

 

  

segunda-feira, 3 de maio de 2021

ARENGA 585

 

Na página 18 do livro O Filho do Homem, de François Mauriac, informa que deus prometeu bem-aventurança aos mansos e a humanidade acredita piamente nisso. Ao mesmo tempo, a humanidade acreditar que houve um homem nascido de uma mulher virgem por milagre de deus, a quem foi dado o nome de Jesus Cristo, e que sofreu horrores por pregar mansidão, paz e harmonia entre os seres humanos. Tamanha contradição não significa que os seres humanos não raciocinam se acreditam em coisas tão opostas que uma exclui a outra? Contradição é a praia da vida dos humanos. 

Ao mesmo tempo em que se informa que a mulher deve ser virtuosa, tem-se a realidade de desfrutarem de melhor  padrão de vida as  mulheres não virtuosas que recheiam peitos e bundas com silicone e os exibe ao público ao tempo em que protagonizam ocorrências incompatíveis com virtude. 

Informa-se que para comer o pão o correto é que seja adquirido com trabalho capaz de fazer suor na cara. Entretanto, a realidade é se dar muitíssimo melhor quem come o pão que custa o suar da cara alheia. 

Informa-se que depois da morte as pessoas bem-comportadas (aquelas que não contestam por viverem na pobreza construindo a riqueza dos ricos) terão vida dourada ao lado de deus. Entretanto, o Papa e Edir Macedo que são unha e carne com deus evitam esta beleza de vida lançando mão da desculpa de não poder embarcar sem antes ter sido chamado. 

Informa-se que a sociedade capitalista é ideal porque permite ao mais apto crescer na escala social. Entretanto, não sendo a sociedade formada só de mais aptos, e tendo os menos aptos as mesmas necessidades dos mais aptos, a competição resulta no que afirma Joseph Stiglitz na página 389 do livro O Mundo Em Queda Livre, no seguinte teor: “O crescimento não é sustentável nem do ponto de vista ambiental e nem social tal o individualismo desabrido que erodiu o sentido de comunidade e leva a uma exploração selvagem de indivíduos inocentes e desprotegidos”.

Informou o comentarista Datena ao falar sobre um crime pavoroso que o homem sem deus é capaz de tudo. Entretanto, como observou Vinicius Bittencourt no livro Falando Francamente, o descrente não mata, não esfaqueia, não queima e nem explode bomba na multidão como fazem os crentes em nome do seu deus.

Ariano Suassuna informou estar errada a Teoria de Darwin porque sendo inteligente o homem, não pode resultar da evolução de um bicho de espécie inferir. Entretanto, a identidade entre o homem e o bicho inferior no comer, descomer, matar e reproduzir prova que Darwin tem razão. A inteligência decorreu da evolução da atividade cerebral.

Informa-se ser conveniente o governo democrático porque os governados escolhem seus governantes. Entretanto, são os ricos que escolhem os candidatos que o povo vai escolher para governar.

Informa-se ser necessário contribuir com esmola para mitigar a fome do faminto. Entretanto, não há necessidade de haver faminto porque há recursos de sobra no mundo.    

Informa-se que desenvolver a economia é o modo pelo qual se promove o bem-estar social. Entretanto, o desenvolvimento econômico destrói a natureza para produzir a riqueza dos Midas do mundo.

Informa-se que as autoridades exercem a administração pública para assegurar ordem e justiça à sociedade. Entretanto, todos os crimes praticados em consequência de pobreza decorrem dos crimes praticados pelas autoridades.

Portanto, trata-se de uma sociedade de conto de fada. 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

igrejas, o axé e o futebola existem justamente para impedir o aprendizado sobre o malogro que permite a atividade de viver espertalhões parasitarem as demais pessoas.