domingo, 6 de novembro de 2022

ARENGA 658

 

            Lendo a orelha da primeira capa do livro Economia Da Desigualdade, de Thomas Piketti, ocorreu-me que intelectuais são tão desligados da realidade que quase se assemelham à ralé festeira e religiosa de quem a capacidade de raciocinar não se eleva além da sola do sapato. Lembram o que disse o filósofo Vinicius Bittencourt: “os escritores costumam partir do nada, percorrer o vácuo e chegar a lugar nenhum. Daquela leitura se depara com as seguintes perguntas que parecem coisa de criança:

            Primeira pergunta:

            A desigualdade é consequência da concentração do capital nas mãos de poucos?

            Como admitir de quem tem desenvoltura intelectual bastante para escrever aquele texto dúvida quanto a esta realidade? Se em função de desmedida avareza e ignorância absoluta do que seja vida em sociedade um punhado de Bezos e Hangs açambarcaram para si sós a riqueza que o escritor chama de capital, nada ficando para as demais pessoas, evidente que esta posse socialmente condenável que o escritor chama de concentração é a causa da desigualdade que infelicita milhões de pessoas no mundo.

            Até o momento, com muita festa, religiosidade e mil e uma formas de campeonatos que papagaios de microfone se encarregam de anunciar alvoroçadamente em troca da despensa abastecida pelos gatos pingados concentradores a fim de evitar que a turba alegre descubra suas malandragens, é desse jeito que eles têm conseguido esconder a injustiça de que são vítimas as multidões festivas.

            O filósofo Jessé de Souza levantou esta questão quando na página 15 do livro Brasil Dos Humilhados, pergunta: Por que existe o interesse em esconder como funciona o mundo social? Bravos, doutor Jessé. O interesse em esconder como funciona o mundo social é para que a turba alegre e festiva de pobres diabos mentais futucadores de telefone, sem saber, seja extorquida pelos Bezos e Hangs do mundo.

            Mas, como sabe quem lê História, já aconteceu por várias vezes de o desconforto dos espoliados fazê-los esquecer das festas e se ligarem na realidade de não passarem de paspalhos produzindo imensa riqueza para desfrute de parasitas. Nestas ocasiões, o despertar destes pobres diabos para a dura realidade de suas vidas desperta neles tamanha revolta que, enfurecidos, protagonizam um pega-prá-capar dos diabos.

            Segunda pergunta:

            É possível reduzir a desigualdade através de investimento em educação?

            É, sim, claro que é. Mas não a educação que interessa aos concentradores de renda porque eles ensinam justamente as duas mentiras que mantêm a humanidade satisfeita na condição de serviçal deles: uma destas mentiras é deixar o destino a cargo de um deus inexistente porque disto resulta que as pessoas se tornam dóceis e submissas ao destino traçado por seus algozes. A outra mentira que a educação dos exploradores ensina é amor à riqueza. Mestre Platão ensinou que o rumo indicado pela educação da criança determina a personalidade do adulto que ela vai ser. Portanto, da educação dos exploradores que ensina estas duas mentiras resultam dois tipos de adultos: os que buscam inutilmente nas igrejas proteção contra seus males e os que dispondo de dinheiro público não resistirem à tentação de roubar para enriquecer.

            Terceira pergunta:

            O sistema Tributário moderno será capaz de promover uma distribuição de renda ou é preciso uma grande reforma?

Esta, então, é de infantilidade própria de frequentador de igreja, axé e futebola metido a sabido em conversa de boteco. O sistema tributário moderno em nada difere do sistema tributário de 1789, na França, que foi um dos muitos motivos do descontentamento que resultou na Revolução Francesa, quando, então, os privilegiados da época, os parasitas do clero e da nobreza, não pagavam imposto assim como também não pagam os parasitas modernos das igrejas e das empresas.

            Sendo o dinheiro o único meio de socorrer as aflições decorrentes da pobreza, e sendo a tributação o processo de obtenção desse dinheiro, evidente estar na tributação a possibilidade de haver a distribuição de renda necessária para atender as necessidades das pessoas. Porém, nunca, que isto acontecerá na cultura capitalista em que o peso da tributação além de recair sobre os pobres, o dinheiro arrecadado é roubado e esbanjado pelas “autoridades” em mordomias infindáveis.

            Por estas e muitas outras é que, como se dizia no meu tempo de menino, parafraseando com intelectual, quando eles não cagam na chegada, borram na saída se até mestre Castro Alves falou bobagem ao protestar contra a escravidão da chibata que deu lugar à escravidão do emprego ao bradar aos quatro ventos em alto e bom som: “Ó Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?” Clamando por ação de deus em socorro dos escravos, quando, de acordo com vários versículos do parágrafo 21 de Êxodo, deus se mostrou adepto da escravidão.

O certo é que se valoriza a intelectualidade tão exageradamente como prova a grande discussão a respeito do que Einstein pensava a respeito de deus como se dependesse da opinião dele para saber que deus nunca existiu fora da bola que a malta ignara tem no lugar onde gente tem cabeça.

  

 

 

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Arenga 657

No dia 6 de maio de 1997 a Companhia Vale do Rio Doce foi vendida por 3,3 bilhões de dólares. Em 2008 o valor da empresa era de 196 bilhões de dólares.

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O Brasil importou 30 usinas da URSS. Destas, apenas uma foi instalada, mas não funcionou e uma década depois continuava em Uberlândia que nem uma carcaça fantasma; as outras 29 nem sequer foram deslocadas dos trapiches dos portos onde deterioraram e foram vendidas como ferro-velho.

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o secretário de Estado (americano) Dean Rusk consultou Gordon (embaixador dos Estados Unidos no Brasil) sobre uma estratégia política para a escolha de um presidente para o Brasil”

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No dia nove de agosto de 2022, três procuradores da república foram condenados pelo Tribunal de Contas do Brasil a devolver aos cofres públicos dois milhões e oitocentos mil reais, sendo o motivo da condenação vingança por terem os procuradores perseguido bandidos que foram obrigados a devolver mais de vinte bilhões de reais roubados deste pobre país de triste sorte e povo.

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No dia 30 de outubro de 2022 foi eleito mais uma vez presidente do Brasil um ex-operário e sindicalista que anos atrás já tinha sido presidente prometendo banir a corrupção do meio de um povo acostumado a políticos ladravazes. Tão acostumado que canalhas da pior espécie segundo a imprensa ensinam canalhice a seus filhos e passam para eles cargos eletivos como se fosse hereditário em vez e elegível pelo povo.

Entretanto, como no brasileiro o instinto de rato é mais forte do que no rato, aproveitando-se do cargo, o ex-operário roubou mais do que qualquer outro ladrão antes dele que de pau-de-arara que era quando chegou a São Paulo vindo de Pernambuco com uma mão na frente e outra atrás, tornou-se multimilionário patrocinando os escândalos monumentais mostrados no livro O Chefe. Depois de condenado em duas instâncias judiciais e trancafiado como deve ser todo ladrão, vergonhosamente, teve a condenação anulada por ministros do STF tão desprovidos de envergadura moral para o cargo que são chamados de canalhas e temem aparecer em público.

Vergonhosamente e por motivos escusos como é tudo nesse país de triste sorte e povo, como também por birra com o atual presidente, um militar de baixa patente que por ser tão desqualificado intelectualmente quanto seu adversário ladrão, é como gosta o povo alegre apesar de sofredor. Assim é que os cavaleiros negros mambembes indignamente ocupando cargo que exige nobreza de caráter que lhes falta ajudaram o ladrão a novamente se eleger presidente.  

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Ante tais notícias na imprensa, o que leva o povo deste país de triste sorte a ser o povo mais alegre e festivo do mundo? Seria uma alegria de débil mental? Lembrando Millôr Fernandes, que país é este? Aqui, pessoas das mais desqualificadas intelectualmente como escoiceadores de bola, ridículos cantadores medíocres e mulheres infinitamente mais vulgares do que as que tem atividade sexual por profissão merecem maior valor do que quaisquer profissionais por mais altamente qualificados que sejam.  Embora a nenhum jovem futucador de telefone ocorra interesse a respeito desta questão, sem que seja revelado o motivo pelo qual se vive tamanho descompasso será totalmente impossível a realização do sonho de viver bem, comum a todos indistintamente, de rico a pobre, de letrado a analfabeto.

Nesse momento, foguetório pipoca em comemoração à eleição do ex-prediário e dois dias antes foguetórios pipocaram em saudação à vitória num campeonato de futebola, e daqui a mais dois meses alegria de carnaval explodirá país afora, não obstante as notícias com as quais iniciamos esta prosa.

Passada a ressaca das alegrias, qual não o desapontamento dos bobos alegres com a vida quando lhes chegar a inevitável necessidade de hospitais, intervenções cirúrgicas e medicamentos, se os recursos para tais providências estão sendo desbaratados debaixo de suas barbas alegres e indiferentes?

 

 

 

sábado, 29 de outubro de 2022

ARENGA 656

O comportamento de quem se encanta com uma árvore e esquece de ver a floresta equivale ao comportamento dos filósofos e intelectuais sobre a infelicidade humana. Embevecidos em mergulhos filosóficos ou literários, passa-lhes desapercebida a realidade de que os seres humanos são infelizes por sua omissão em decidir sobre seu destino, deixando-o erradamente a cargo de falsos líderes religiosos e políticos. Convencê-los de que estão sendo induzidos a tal erro para que assim ignorem ser vítimas de enganadores que os tornando incapazes de traçar melhores caminhos por onde caminhar obrigam-nos a caminhar pelos caminhos por eles indicados e que levam a guerras, fome, doenças e troca da natureza por dinheiro nunca suficiente para satisfazer uma incontrolável avareza. Apesar de ser inegável o erro em que incorrem os seres humanos, convencê-los de que estão errados é tão impossível quanto convencer uma besta da necessidade de lhe tratar um ferimento.

De nada adiantará tentar civilizar a humanidade sem antes da tentativa não se atentar para o ensinamento de mestre Rousseau de não se poder ser claro com quem é desatento. Ante de tão clara realidade, ninguém mais indicado que filósofos e intelectuais para o trabalho de trazer para a realidade da vida a atenção dos seres humanos que por artimanhas do tinhoso está grudada exclusivamente em igreja, axé e futebola. Sem fazer que a humanidade seja convencida de comportar-se de modo a causar sua própria ruína é impossível aos seres humanos realizar o sonho de uma vida sem as atribulações que os atormentam.

Sem isso, nenhum valor têm livros sobre o pensamento de fulano e beltrano, principalmente de pensadores de tempos de antanho porque em tais tempos o conhecimento girava em torno de uma realidade menor. René Descartes, por exemplo, laureado pensador do século XVI, afirmava ser possível provar a existência de deus, o que se deve ao fato de à medida que se recua no tempo e é menor o conhecimento, é mais forte a crença da existência de deus, verdade facilmente verificável quando se observa que pessoas de menor ou nenhuma desenvoltura intelectual são as que conversam com estátua, compram feião milagroso e escrevem foi deus que mim deu em carrinhos baratos que indicam tratar-se de quem a luta pela sobrevivência impede aprender com a história das religiões a verdade sobre elas. É comum incultos escoiceadores de bola voltando os olhar para o céu, fazer de deus um torcedor ao atribuir a ele o sucesso de sua jogada.

As verdades que com o passar do tempo tomam o lugar das falsidades, aos poucos vão enfraquecendo a fé inabalável até vir a religiosidade a se tornar mitologia. A mesma fé no deus que o povo tem na bola de futebola onde devia ter cabeça era voltada para cultuar Thor, Odin, Mercúrio, Apolo, os irmãos Prometeu e Epimeteu, Minerva, Atena, Afrodite e tantos outros e outras deuses e deusas que atualmente são entretenimento literário do mesmo modo como serão as divindades que atualmente merecem a mesma atenção que já mereceram aquelas divindades.

Assim é que a busca por melhor forma de vida estará mais bem representada por quem tem os pés no chão do que por filósofos e intelectuais porque mestre Friedrich Hegel, no século XVIII, afirmou que não se aprende nada com o estudo da história se estudando História é como se percebe que a humanidade tem sido tão estúpida a ponto de estar a um passo de se autodestruir. Mas os Intelectuais contemporâneos, do mesmo modo, incorrem em divagações inúteis do ponto de vista da necessidade da mudança implorada de joelhos pelo bom senso. Na orelho do livro Era Dos Extremos, o intelectualíssimo Eric Hobsbawn, face aos tormentos do século XX, afirma ser como se passado e futuro estivessem seccionados do presente. Dá impressão de que assim como papagaios de microfone e cientistas de politicagem falam porque disto depende a despensa abastecida, também intelectuais escrevem por profissão. Como parecer que passado e futuro podem estar separados do presente se o presente foi moldado pelo passado e moldará o futuro? Com a mesma falta de lógica é que mestre Hobsbawn se refere como dourados os anos 1950/60 porque o capitalismo teria sido responsável por extraordinária expansão econômica. Ora, com o respeito necessário a tão ilustre personalidade, no final da página 172 e começo da 173 de História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman, o velho e sábio Marx assim se referiu ao capitalismo: “Se dinheiro vem ao mundo com uma mancha congênita de sangue numa das faces, o capital vem pingando sangue da cabeça aos pés, de todos os poros, sangue e lama”.

Para frequentadores de igreja, axé e futebola que torcem o nariz para Marx, para os que sabem ler, que leiam o que diz sobre capitalismo o historiador americano no livro História da Civilização Ocidental, página 692: “... fábricas, particularmente as de tecidos, eram piores do que prisões. Tinham janelas pequenas que em geral se conservavam fechadas a fim de manter a humidade necessária à manufatura do algodão. A atmosfera viciada, o calor sufocante, a falta de higiene, a par de horários intoleráveis, reduziam inúmeros operários a pobres criaturas macilentas e minadas pela tísica, arrastando bom número deles ao alcoolismo e ao crime ... em Manchester, um oitavo das famílias da classe operária vivia em porões. Outras amontoavam-se em miseráveis habitações coletivas, com até doze pessoas a morar num só quarto...”. Não há, pois, como haver algo de positivo para boa qualidade de vida se pessoas são tratadas com tamanha crueldade, além de que a riqueza produzida pelo trabalho da classe trabalhadora vai servir para engordar contas, papadas e barrigas dos avaros Midas do mundo para os quais há quem não precisa comer. Afinal, o capitalismo começou aprisionando e transportando negros africanos em porões doentios de navios para vender na Europa.  

terça-feira, 25 de outubro de 2022

ARENGA 655

 

Grandes são as alegrias e festejamentos nos quais a juventude desgasta boa parte do vigor que lhe faltará mais tarde quando os tempos de festas derem lugar a tempos em que os escoiceadores de bola, cantadores de bobagens, celebridades, famosos de araque e reis de pau oco passarem a ter menor valor do que os profissionais de saúde. Antes da chegada dos tempos de remédios, consultas médicas e hospitais, fervilha nos espetáculos circenses incontrolável massa de desavisados como formigas e moscas fervilham em torno de mel derramado. É tão grande a falta de lógica em tudo isso que figuras ridículas de nenhum valor que não sejam vulgaridades despontam como celebridades e famosos para um povo enganado para consagrar a tais tipos um valor que eles não têm. É totalmente inaceitável em nome de civilidade que a opinião de tipos intelectualmente desprezíveis possa ter valor político, e mais inaceitável ainda sua pretensão de ocupar o mais algo cargo da administração pública, o de presidente da república. Totalmente injustificável que habilidade em brincadeiras confira maior reconhecimento da sociedade do que habilidade de profissionais altamente qualificados para prestar relevantes serviços à comunidade como os que por duas vezes salvaram minha vida. É graças a eles que posso continuar tentando levar à juventude mensagens de alerta para a necessidade de procurar novos caminhos por onde caminhar porque estes pelos quais tem caminhado vai lavá-la inevitavelmente a desastre de proporções desconhecidas e terríveis.

Não se trata de ser pessimista. Mas a alegria não pode ser duradoura se logo mais adiante a tristeza espera pelo momento de substituí-la. Assim, encurtar as rédeas da tristeza torna mais robusta a alegria. E para isto basta meditar sobre se a vida no momento histórico em que vivemos está realmente a oferecer maiores possibilidades para alegria ou para tristeza. Alguma reflexão sensata sobre esta questão levará à conclusão de que a alegria atual é induzida por uma instituição oriunda do império romano chamada pão e circo. Engendrada por parasitas para manter a humanidade a seu serviço, seres avaros de extrema maldade, inspirados por satanás, aproveitando da facilidade com que as pessoas podem ser induzidas para o bem ou o mal, optaram pelo mal, e por meio de infinita rede de comunicação levam toda a humanidade a se envolver com atividades lúdicas em detrimento dos assuntos realmente importantes. Desta forma, vêm estes seres incompatíveis com vida social tendo êxito absoluto em manter todas as demais pessoas fora do seu grupelho de insaciáveis ajuntadores de riqueza estar correto serem elas mantidas na condição de serviçais de sua avareza, tralhando para que eles usufruam desse trabalho em troca de recompensa suficiente apenas para não faltar a vitalidade necessária ao serviço de fazer funcionar suas máquinas de fazer riqueza. Tornar importantes assuntos de nenhuma importância é como o pão e circo dos parasitas tem sucesso absoluto na arte maligna de anular a inteligência latente nos seres humanos, alienando-os de interesse por assuntos tão relevantes como a inviabilidade de futuro para seus filhos em função da corrosão impiedosa dos recursos dos quais depende a vida de nosso planeta.

Mas esta alienação tem também por objetivo o analfabetismo político que leva frequentadores de igreja, axé e futebola a fazer as piores escolhas para os cargos públicos importantes, resultando da má escolha tamanha deterioração da tão importante ação política que dela depende tanto o bem-estar social e individual quanto a própria vida. Pois, não obstante tamanha importância, das más escolhas devidas ao analfabetismo político resultou em ter sido a política assenhoreada por bandidos perigosos que contam com proteção da justiça.

quarta-feira, 4 de maio de 2022

ARENGA 654

 

Depois da religiosidade, entre as muitas outras falsas crenças nas quais se fundamenta o comportamento humano desponta a excelência da democracia como a segunda mais prejudicial. Embora pudesse ser benéfica à humanidade, a democracia é prejudicial. E não pode deixar de ser devido ao estado mórbido de ignorância que a religiosidade impõe aos seres humanos de forma tão avassaladora que praticamente anula no homem a capacidade de raciocinar e o torna tão inocente que é capaz de conversar com estátua e comprar feijão milagroso. Como poderiam seres tão ingênuos fazer uma escolha acertada para que as vantagens da democracia pudessem se materializar? Por esta razão é que para o bem da juventude os pais não devem prescindir de meditar profundamente sobre como evitar continuar transmitindo para os filhos o que aprenderam dos avós deles uma vez que deste aprendizado resultou a infelicidade das guerras, destruição da natureza, doenças, fome, violência e putaria televisiva invadindo os lares, transtorno mental levando jovens à depressão e suicídio além de tamanha estupidez que a meditação é considerada desperdício uma vez que tempo é dinheiro.

Se há implicância deste cantinho de pensar quanto à religiosidade, e realmente há, é uma implicância tão justificável quanto a de quem implicasse em não beber o veneno que lhe fosse oferecido. Não se pode prescindir de mudança se o mundo se encontra a mercê de um sistema financeiro que por meio de um estelionato legalizado se aproveita da falta de conhecimento de quem procura resguardar suas economias da inflação para lhes roubar livremente, mau exemplo aprendido da religiosidade que vendendo falsas promessas arranca imensa riqueza de pobres diabos que escrevem foi deus que mim deu em seus carrinhos ordinários. Nem é diferente com a política que de responsável pela organização da sociedade humana passou a ser responsável por sua desorganização vez se encontrar a sociedade humana em tamanha desordem que um por cento dos seres humanos detêm maior riqueza do que os noventa nove por cento restantes.  

É, portanto, boa ação implicar contra os males dessa trilogia satânica sistema financeiro/religiosidade/má política que desde sempre se nutre do desconhecimento a fim de desfrutarem seus líderes de vida faustosa de tripa forra. Enquanto a religião convence o ser humano de ser deus o responsável por seu destino, a má política disso se aproveita para dar expansão à maldade natural do ser humano ainda não civilizado para engendrar uma política tão má que entra em conluio com o sistema financeiro criminoso e o resultado são levas de necessitados infernizando a vida de quem ainda não precisa se marginalizar para tomar-lhe o que consegue ter a duras penas. Tudo é falso no mundo. Uma pergunta cala na consciência de quem superou a fase triste de povo: estará a humanidade condenada à infelicidade?

Não! Não é o que acontece. Se assim tem sido é por falta de interesse em viver a realidade em vez de se contentar com as mentiras de sempre que têm entre os males delas decorrentes o de eliminar a vantagem que poderia proporcionar ao bem-estar social o instituto da democracia de que tanto falam papagaios de microfone e cientistas de politicagem, mas que só não acontece em virtude de ser o eleitorado incapaz de distinguir entre falso e verdadeiro para que pudesse não se deixar iludir com falsas promessas e fazer melhor escolha entre a plêiade de malandros que se apresentam com intuito inconfessável. Como não é esse o caso, e a escolha é decidida por quem está mais interessado na cor da fumaça na chaminé do Vaticano, em saber com que “famoso” determinada “famosa” está trepando, ou se a bola passou do lado ou entre as pernas do goleiro, o resultado é se ter ladrão responsável pelo erário.

Embora com o tempo seja inevitável o despertar para a realidade, este despertar tem sido retardado propositadamente para que se perpetue este estado mórbido de indolência mental que tanto beneficia aproveitadores desavergonhados e perversos. No dia 02/05/2020, às cinco horas da manhã, na rádio Bandeirantes AM de SP, que desempenha o baixo papel de arauto do pão e circo, papagaio de microfone dizia de lá que Alagoas tem políticos importantes como Renan Calheiros e Artur Lyra. Quer dizer, então, que político que carrega a pecha de ladrão é importante? E ninguém se incomoda com tamanha inversão de valores? Por que o papagaio de microfone diz ser importantes dois políticos que respondem por roubo, mas não mencionou Heloisa Helena que não enriqueceu na política? Desta forma, sendo a preferência pela má política, estaremos concordando em viver numa sociedade de gatunos na qual não há lugar para verdade, moralidade e honradez. A malandragem é tão clara que a faculdade de escolha, a periodicidade e o direito de substituição do eleito que mija fora do penico, corolários dos arautos da democracia, caem por terra se do direito de escolha resultam ladrões no poder, da periodicidade e do direito à substituição resulta a reeleição e o continuísmo da locupletação. Se a cultura em voga no mundo do venha a mim e os outros que se danem tem a locupletação por finalidade, evidente é a impossibilidade de haver administração pública correta sem que o interesse do povo não seja trazido de deus e do pão e circo para o problema de estar o bem-estar social fundamentado numa tal de economia política a respeito da qual, na página 18 do livro Novas Confissões De Um Assassino Econômico, de John Perkins, é dito o seguinte: “... é importante notar que a palavra capitalismo se refere a um sistema econômico e político em que comércio e indústria são controlados por proprietários privados e não pelo Estado”. Aí está algo capaz de esclarecer a razão do descompasso humano. Sendo lucro ilimitado e a qualquer custo o combustível do proprietário privado, deixar que a usura desses degenerados mentais jogue solta sem que o Estado lhes encurte as rédeas resulta no descalabro de haver quem possua riqueza para viver mil vidas ao lado de quem morre de fome, o que, inevitavelmente, levará ao desastre.

Ou haja um trabalho que revertendo o efeito do pão e circo traga para a administração da riqueza pública o interesse do povo ou instalar-se-á o caos para infelicidade das criancinhas de hoje porque a realidade vivida é a seguinte: quando empresários (dos quais depende a economia da qual depende o bem-estar social) de determinado setor, como acontece nesse momento com o setor de combustíveis resolvem substituir por modelos mais novos seus iates e comprar novos para os filhos, adquirir jatinhos, celulares, automóveis, helicópteros e mansões mais luxuosos e modernos, se para fazer isso precisam aumentar em vinte por cento o preço de seu produto (combustível, como acontece nesse momento), aumentam-no em cinquenta por cento, provocando o tremendo alarido do ídolo de pau oco de uma juventude oca, Roberto Carlos. Infindáveis mexericos da papagaiada de microfone e cientistas de politicagem se alevantam então em grande alvoroço. Afirmam alguns deles não haver motivo para tamanho aumento; dizem outros ser o combustível mais caro do mundo e de qualidade mais inferior, enquanto garantem outros que a responsabilidade é da Rússia e para outros é do chuchu ou do pimentão. Passado o alvoroço e as imensas filas para encher o tanque de carrinhos ordinários onde se lê foi deus que mim deu e acostumado o povo com o aumento de cinquenta por cento, tomando Romanée Conti e mamando caviar Beluga em novos e esplendorosos iates, mansões com carrões na garagem e luxuosos helicópteros nos helipontos, os empresários retiram os trinta por cento excedentes do aumento e a malta ignara de frequentadores de igreja, axé e futebola respira aliviada e satisfeita enquanto a papagaiada de microfone e cientistas de politicagem fazem nova festa para enaltecer a democracia cuja política teria trazido tamanho benefício ao povo.

Vamos encerrar essa “prosa” sobre a impossibilidade de poder a instituição democracia funcionar bem lembrando que ela se fundamenta na faculdade de poder escolher a quem eleger, o que corresponde ao direito de decidir quem deve ir para o trono da vida dourada proporcionada pelo cofre do erário que garante tripa forra em devorteios mundo afora e riqueza para levar prá casa. Mas, como ensina Fábio Konder Comparato, na página 13 de A OLIGARQUIA BRASILEIRA, a decisão só é legítima quando não é influenciada por sedução. Portanto, será ilegítimo o direito democrático se a escolha é influenciada pela sedução da arte de explorar a estupidez humana, a propaganda, que a custo de cinco bilhões pagos a malandros habilidosos na arte de seduzir, conhecidos por marqueteiros, induzem o eleitorado a votar em fulano ou beltrano.

E assim é que entramos pelo pé de pinto e saímos pelo pé de pato e meu senhor mandou dizer prá contar mais quatro. 

 

 

terça-feira, 26 de abril de 2022

ARENGA 653

 

Os pedidos de medidas protetoras do meio ambiente pela juventude francesa ao ora reeleito presidente e a esperança insistentemente presentes na imprensa em novidades de melhores condições com um advento de pós-capitalismo são tão inúteis quanto as orações do Papa pela paz no mundo. Tais esperançosos parecem desconhecer a triste realidade de ser tão grande o poder dos parasitas acomodados na situação atual que nada será mudado se o povo que tem o poder de fazer a mudança não tá nem aí para mudança nenhuma. Algum dia será dada razão a esse cantinho de pensar quanto à sua afirmação de que sem mudar o elemento asqueroso povo para a condição de gente, nada mudará.    

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Na coluna Opinião do jornal Estado de São Paulo, a matéria intitulada ATACAR A DEMOCRACIA É CRIME, dá notícia de que a PGR e o STF afirmam que a imunidade parlamentar não inclui agredir a democracia e o livre funcionamento das instituições. Pensam estas autoridades entre aspas estar se dirigindo a completos idiotas? Para começo de conversa, a imunidade parlamentar é uma excrescência à qual uma autoridade que merecesse respeito, em vez de a ela se referir com naturalidade, condená-la-ia como artimanha de evitar que bandidos ricos fossem para a cadeia. Em segundo lugar, a democracia é atacada por estas mesmas autoridades entre aspas ao atuarem aberta e despudoramente em proteção do banditismo que se assenhoreou da política. É, pois, com cinismo que tanto a PGR quanto o STF fingem defender uma democracia tão mambembe quanto os integrantes destas instituições. A que raio de democracia se referem, se o próprio STF jogou no lixo o princípio constitucional de serem todos iguais perante a lei ao dizer cinicamente no julgamento do Mensalão que bandidos grã-finos não devem ir para as mesmas cadeias imundas lotadas de bandidos pobres? Não havendo cadeias luxuosas no país, tais bandidos devem voltar para suas casas, concluem os cavaleiros negros mambembes do STF, certamente para que pudessem desfrutar do dinheiro roubado da sociedade, o que efetivamente tem ocorrido.

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O “é preciso”, tão comum na imprensa, só não é mais cansativo e nauseante do que o “eu acho” da papagaiada de microfone e cientistas de politicagem. Quem acha não tem certeza e ciência não admite dubiedade. Tem de ser taxativa. Um cientista estará condenado ao ridículo se disser que acha que os pulmões são responsáveis pela oxigenação do sangue ou que fumar os impede de realizar seu trabalho.

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Na assembleia estadual paulista, antiga terra da garoa e atual terra do orgulho gay, um deputado declara que uma sua colega será reeleita porque o fato de ter tido a bunda apalpada em plenário por outro deputado chama atenção do eleitorado e renderá voto por conta da bunda manuseada. Quer dizer, então, que a mentalidade desse eleitorado se encontra em tamanho estado de mediocridade que tem putaria por meritória? Para que putaria assuma a divina sublimidade a que faz justiça é preciso que a mulher esteja participando prazerosamente e entre quatro paredes. Se, não em público, muitíssimo menos num local onde se acredita merecer a nobreza da responsabilidade de elaborar as leis que regulamentam o comportamento social. Mas, da cultura do venha a mim e os outros que se danem a putaria faz parte das instituições, inclusive a da família quando diante da televisão. na Suíça, segundo notícia no jornal O Estado de São Paulo, banqueiro é preso por envolvimento fraudulento em clube de strip-tease. Ao praticar putaria em público, os legisladores paulistas dão péssimo exemplo aos jovens que os substituirão.

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Na sociedade brasileira, aculturados apresentadores de programas chulos de televisão e ex-presidiários se apresentam com chance de vitória a candidatos aos mais importantes cargos políticos. Tamanha é a esculhambação que o escritor e jornalista da Folha de São Paulo, Ruy Castro, em matéria intitulada O JOIO E O JOIO, numa alusão à história de separar do trigo a impureza (o joio), com faro de bom jornalista e capacidade de encaixar humor em assunto sério, o que torna agradável a leitura, atributo de grandes escritores a exemplo de Machado de Assis, Eça de Queiroz, Zé Saramago, e mais gatos pingados, disse o Ruy que o joio vai acabar pedindo separação. Realmente, a falta de compostura das autoridades entre aspas chega a níveis tão alarmantes que pessoas honradas acabarão pedindo separação da escória que por ter transformado em banditismo as ciências política e econômica se fizeram merecedoras de impropérios de baixíssimo calão tanto da parte do povo quanto entre as próprias autoridades entre aspas. Não resta dúvida quanto a ter a política se tornado uma grandessíssima esculhambação, debaixo das barbas de uma juventude tão submissa aos desmandos que é jovem apenas de corpo.

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Na página 59 do livro JANGO E O GOLPE DE 1964 NA CARICATURA, do historiador brasileiro Rodrigo Patto Sá Motta, consta que João Goulart era acusado de demagogo e de ser um político inescrupuloso e capaz de explorar o sentimento de frustração dos pobres em benefício próprio. No entanto, sendo os líderes políticos responsáveis pela administração pública que por sua vez é culpada por se encontrar o mundo em tamanha petição de miséria que pipocam guerras, bombas, rajadas de metralhadora, facadas, alastram-se pobreza, doenças, violência, apodrecem as águas, o ar se torna irrespirável e os alimentos se tornam cancerígenos, e sendo os líderes religiosos responsáveis pela religiosidade que por sua vez é responsável por tamanho atraso mental que leva as pessoas a conversar com estátua e comprar feijão milagroso, é de se concluir logicamente que as qualidades negativas atribuídas ao coitado do Jango (de saudosa memória se comparado com que temos hoje) também estão presentes tanto nos líderes políticos quanto nos religiosos.

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Nas páginas 78 e 79 do livro A Coroa, A Cruz E A Espada, de Eduardo Bueno, consta que no Brasil Colônia eram proibidos os livros, as universidades, a imprensa, debates culturais, e que a inteligência brasileira era controlada pela Companhia de Jesus. Estudantes leem isto sem que lhes ocorra ter por objetivo estas coisas manter no ar a peteca do atraso mental e do conformismo à servidão pela ação nefasta dos jesuítas de triste memória, que custaram ao genial Marquês de Pombal pela nobreza de escorraçá-los, ser escorraçado pela louca e beata D. Maria I. Cabadaí tem gente que diz ser exagero desse cantinho de pensar afirmar não só de ser maior a religiosidade onde também é maior a ignorância, mas também de ser a religiosidade aliada da má política que leva vantagem com o conformismo ao sofrimento proveniente da cultura do venha a mim e os outros que se danem.

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Respeitar a religiosidade corresponde a ser indiferente aos males que por ignorância vitimam a humanidade. A religiosidade, a exemplo do que fez Nietzsche, deve ser combatida em nome do incremento espiritual necessário ao advento da civilização, portanto, da harmonia social. Uma vez que solidariedade é imprescindível à vida comunitária, não estaria sendo solidário quem se negasse a levar algum esclarecimento a nossos irmãos tão desprovidos dele que desperdiça seu minguado dinheiro contribuindo para riqueza de pastores safados pagando dízimos ou comprando bíblias pensando que elas representam proteção. Assim, em termos de civilização, procede melhor quem combate a religiosidade. Não fazer isso proceder como alguém que se negasse a avisar alguém de se encontrar sob ameaça de perigo até então desconhecido por este alguém sob ameaça. Por falta de convencimento é que a humanidade se encontra ameaçada de ficar sem os recursos naturais dos quais depende sua existência. E tudo fica ainda pior quando se sabe que o convencimento da religiosidade, fonte da ignorância, é passado de pai prá filho desde que se tem notícia da invenção de deus. Dos males decorrentes deste procedimento não escapam nem as pessoas de ambientes de grandes conhecimentos literários e intelectualidade, a exemplo do conselho que o grande economista e autor de vários livros esclarecedores, Joseph E. Stiglitz, na página 390 do já citado livro O Mundo Em Queda Livre, diz ter recebido de seus pais na adolescência, quando cogitava de qual profissão adotar mais tarde: “Use a cabeça que deus lhe deu para decidir” ter-lhe-iam dito seus pais. Se até entre pessoas tão nobres em conhecimento a falsa ideia de deus predomina, que dizer, então, ente o rebotalho que escreve “foi deus que mim deu” em carrinhos ordinários. A esta realidade acresce o agravante de serem tais pessoas ignorantes que por meio do voto elegem gente até por ter tido a bunda apalpada. A ignorância deve ser combatida, nunca respeitada.

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 Na página 34 do livro Se Não Fosse O Cabral, de Tom Cardoso, consta que ao ser criticado por receber propina em troca de isenção de imposto o governador marginal adorado pelos “espertos” cariocas alegou estar seguindo o procedimento do governo petista que entre 2011 e 2014 concedeu principalmente para o setor automotivo renúncia fiscal no valor de sessenta bilhões de reais. Cabadaí vem prá cá com essa conversa fiada de dizer que na cultura do venha a mim o objetivo da economia não seja prejudicar o pobre e beneficiar o rico, realidade confirmada também na página 13 do livro O Mundo Em Queda Livre, de Joseph E. Stiglitz, onde declara o respeitadíssimo economista (o mesmo cujos pais incutiram a mentira deus) hoje ensina ao mundo que entre os anos 1970 e 2007 ocorreram cento e vinte e quatro crises do sistema financeiro em países em desenvolvimento, resolvidas todas elas pelo governo. E de onde sai o dinheiro que o governo passa para os ricos agiotas do sistema financeiro quando em crise senão dos mais pobres do povo uma vez que os ricos sonegam impostos? Prá todo canta que se volte, lá está o velho e sábio Marx a lembrar zombeteiramente: Eu não avisei que o mundo precisa ser mudado?

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 Nas páginas 73 e 133, do livro Os Onze, de Felipe Recondo e Luiz Weber, constam, respectivamente, as seguintes declarações: do ministro do STF Luiz Fux de dever a Sergio Cabral sua nomeação para o cargo de ministro do ridículo STF. Do ex-ministro também do ridículo STF Nelson Jobim, de dever a Fernando Henrique Cardoso a sua nomeação para aquela “Suprema Corte”. Sendo notórios tanto o mau caratismo do político quanto que quem com porcos se mistura farelos come, não é o caso de se perguntar onde teria ido parar a exigência constitucional de reputação ilibada e notório saber jurídico para que alguém pudesse ocupar tal cargo?

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Ainda sobre o STF, quando, segundo consta das páginas 238 e 239 do livro O Mensalão, de Merval Pereira, ministros do STF, supostamente guardiões da Constituição Federal, sob argumentos deslavada e cinicamente tendenciosos, procederam claramente de modo a evitar a prisão de ladrões do colarinho branco, não estariam esfarrapando o cansativamente repetido respeito à constituição insistentemente martelado pela papagaiada de microfone e cientistas de politicagem?

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Na página 20 do livro A Ditadura Escancarada, de Elio Gaspari, consta que apenas no segundo semestre de 1970 explodiram 140 bombas nos Estados Unidos e que em 197l, na Irlanda, detonaram-se mais de mil bombas, e as forças de segurança perderam 59 homens em combate. Isto não significa ser uma grande bobagem falar em povo civilizado e nem faz repensar a ojeriza ao velho Marx por afirmar que o mundo carece de modificação?

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Tanto embuste a envolver a humanidade faz lembrar Honoré de Balzac e sua afirmação de haver duas histórias: a história oficial, mentirosa, aquela que nos insinuam, e a história secreta, na qual se encontram as verdadeiras causas dos acontecimentos, uma história vergonhosa. Diz o sábio autor de A Comédia Humana, título que devia ter sido antecedido da expressão A Ridícula. Sendo mentirosa a história que nos contam e na qual baseamos o comportamento, é o caso de buscar a história verdadeira para ter nela a base do comportamento vez que comportamento baseado numa história falsa resulta em uma juventude tão mediocremente alheia à realidade que é incapaz de perceber ter sido induzida a se conformar na condição de eterna hospedeira de parasitas de todos os tipos.

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Para confirmar que no mundo tem bobo prá tudo, o livro recém-lançado LAVAGEM CEREBRAL, para o qual abundam injustificados elogios, principalmente pela precocidade do autor que aos 34 de idade já devia saber que nem todos os leitores do mundo são tão bobos a ponto de não serem capazes de distinguir entre mentira e verdade. O livro resulta de aprendizado na escola do Frankenstein americano da bunda branca Henry Kissinger que ensina ser ideal a competição, falsidade desmentida pelos primitivos que percebendo ser melhor a cooperação, abandonaram o isolamento e formaram comunidades, comportamento natural mais sábio do que o comportamento atual do venha a mim e os outros que se danem. O livro considera lavagem cerebral o que na verdade é limpar os efeitos danosos da lavagem cerebral que convenceu a humanidade de ser certo o que é errado, foi legalizada a violência dos assassinatos em campos de batalha para proveito de irresponsáveis chefes de estado que festejam em rodas elegantes vitórias de subordinados, jovens que foram convencidos a considerar inimigos outros jovens que apesar de nenhum mal lhes ter feito, estraçalham-se mutuamente em campos de batalha. Na página 13, entre bobagens de todos os tipos, o autor se mostra horrorizado porque um professor argumentou não haver imoralidade em sacrificar nascituros deficientes. Tal ideia, apesar de natural no reino animal, realmente causa espanto. Entrementes, não espanta aos medíocres lambe-botas divinas o sacrifício no mundo inteiro de milhões de fetos no estado mais avançado, quando crianças, por desnutrição e doenças dela decorrentes, em função de estar o dinheiro de evitar tamanha monstruosidade dormindo inutilmente em mãos de parasitas graças ao sistema injusto que o "jovem" balzaquiano escritor procura justificar. Na página 21 deste "maravilhoso" livro nas declarações de intelectuais constantes de suas capas, o autor repudia a maldade terrorista que matou civis nas Torres Gêmeas, ignorando ou fingindo ignorar os inúmeros civis que seu país matou e mata mundo afora para tomar petróleo. Além disso, estaria a matança justificada desde que se transformasse civis em militares? Na página 23, condena o escritor Paul Ehrliche, segundo a Wikipédia considerado pai da quimioterapia, por ter comparado o Holocausto ao bombardeio atômico do Japão. Diz o "precoce" escritor de 34 anos ser absurdo comparar a morte de seis milhões de inocentes no Holocausto com a ação militar que ao lançar a bomba teria salvado centenas de milhares de vidas americanas e japonesas. A verdade, entretanto, é de ser tanto condenável uma ação quanto a outra porque também eram inocentes muitos japoneses mortos pela bomba atômica. E assim, de bobagem em bobagem ou de maldade em maldade, o livro inverte as coisas e, como tantos outros, considera verdade o que é falsidade porque a verdade verdadeira sobre a cultura aprovada pela escola do Frankenstein americano da bunda branca é desmentida por economistas que se preocupam com o futuro da juventude a exemplo do já citado Joseph E. Stiglitz que na página 388 do livro também já citado O MUNDO EM QUEDA LIVRE, afirma o seguinte: “...o crescimento rápido que atingimos não é sustentável, nem do ponto de vista ambiental nem do social; em que não agimos em conjunto, como uma comunidade, para atender nossas necessidades comuns, de certa forma porque o individualismo desabrido e o fundamentalismo do mercado erodiram qualquer sentido de comunidade e levaram a uma exploração selvagem de indivíduos inocentes e desprotegidos e a uma crescente divisão social. Ocorreu uma erosão da confiança – e não apenas nas nossas instituições financeiras. Ainda há tempo para curar essas feridas”.  Na mesma linha de insustentabilidade do tipo de sociedade defendida pela escola do Frankenstein conterrâneo do prematuro escritor de 34 anos, nosso economista Ladislau Dowbor afirma na página 127 do livro A ERA DO CAPITAL IMPRODUTIVO que os infernos fiscais manejam um quarto a um terço do PIB mundial, o que significa que esta parcela resultante do trabalho de quem trabalha vai servir para especulação de parasitas, comportamento só justificável pelos próprios parasitas. E ainda desmentindo o ideal da competição, o também nosso economista Eduardo Moreira, na página 27 do seu pequeno grandioso livro DESIGUALDADE, mostra que entre nós um por cento dos donos de terras concentram mais de cinquenta por cento das terras cultiváveis e que um por cento mais rico possui mais reservas acumuladas do que os noventa por cento mais pobres, uma verdadeira catástrofe social. Conclui o economista.    

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Para encerrar a “prosa” sobre a “prosa” do prematuro escritor balzaquiano que por inexperiência ou por ter a consciência prostituída mostra-se adepto da cultura antissocial do venha a mim, nas páginas 31 e 36, ele condena as ideias de cobrar imposto de ricos e de justiça social. E por aqui ficamos porque para de desmitificar falsidades basta por hoje.         

 

 

 

 

quinta-feira, 21 de abril de 2022

arenga 652

 

Monumental é a estupidez do forrobodó da festança de eleições na qual o elemento asqueroso povo está gastando cinco bilhões do dinheiro que lhe falta para comer, morar cuidar da saúde e aprender o tamanho da burrice que é pagar para ser seduzido a entregar a chave do cofre do tesouro a quem quer que seja que uma vez de posso dela irá escancarar a imensa riqueza lá guardada para interesses totalmente diferentes dos interesses destes infelizes esfarrapados mentais que chegam a digladiar por esse ou aquele candidato, na verdade, cada um mais malandro que o outro. Na atualidade, Lula é exemplo maior desta realidade. Depois de despongar de um pau-de-arara e periperciar pela política sob aplausos e esperança de eleitores tão iludidos quanto os de agora e de sempre, conforme mostra o livro O Chefe, arrancou da sociedade fortuna tão grande que lhe deu bastante riqueza para comprar os bandidos de toga a que se referiu Eliana Calmon, que por ser honrada foi preterida pela massa bruta de eleitores em sua pretensão a um lugar no senado, do mesmo modo como também foi preterida a honrada Heloisa Helena pelos mendigos mentais do eleitorado alagoano em favor de Collor de triste memória colecionador de Lamborghinis. 

O verdadeiro objetivo dos candidatos no engodo das eleições está sobejamente demonstrado pelo ladrão de nove dedos do livro O Chefe que  de pau-de-arara frequenta os hospitais mais caros, paga os advogados vendáveis mais caros, é homenageado pelo governo francês (como prova de que em todo lugar sucesso político está na malandragem, mau caráter e falta de honra). Não são outros os motivos pelos quais aplausos e pipocar de foguetórios saúdam o ladrão de nove dedos que segundo a imprensa voltará à presidência a fim de roubar ainda mais. Desta forma, a realidade é que a decepção de cada eleição é renovada a cada nova eleição.

Não haverá estabilidade social enquanto houver parte significativa da sociedade na pobreza e depender a sociedade de um tal de mercado que não admite colocar pobre no orçamento, como diz o economista Paulo Kliass em matéria no jornal Outras Palavras, procedimento que eternizará a pobreza e os males dela decorrentes.

Por trás da algazarra das eleições rolam trapaças que a malta de frequentadores de igreja, axé e futebola nem imagina. Ao ser estimulada pelo pão e circo a se desinteressar pela realidade do que ocorre em torno de si, a humanidade se tornou incapaz de perceber que de falsos líderes só se pode esperar falsidades a exemplo da notícia na imprensa de que o líder dos ucranianos promete melhor futuro para os habitantes daquele país, cinismo característico de todos os líderes políticos sob cuja irresponsabilidade a massa bruta de povo entrega seu destino. Poderiam os ucranianos ter futuro pior do que este triste presente se até o momento já morreu número incontável deles? Se causar a morte de uma só pessoa, é crime, falsos líderes, impunimente, causam a morte de milhares ou milhões de pessoas sem que a ninguém ocorra o motivo de total concordância com tamanha insensatez e injustiça.

A indiferença à realidade à sua volta faz com que os seres humanos desprezem o risco a que está exposta a vida dos filhos que dizem amar. No entanto, estes seres estúpidos se interessam por cantoras cujo atrativo maior é a exposição de imensa bunda (e na parte da bunda demonstra bom gosto), pelo aniversário do “rei” Roberto Carlos e o milésimo gol de Pelé, lembrados estes dois “monumentais e auspiciosos” acontecimentos nesta manhã pela rádio Bandeirantes AM de SP, eficiente arauto do pão e circo. Vai daí que a busca por uma sociedade sem tanta estupidez será mais beneficiada com um trabalho voltado para despertar a humanidade do torpor imbecilizante em que se encontra do que apontar-lhe erros decorrentes desse torpor. Como diz o velho ditado, ensinar a pescar é mais eficiente que dar o peixe.

Nenhum trabalho que não de conscientização poderá fazer a humanidade sentir a monumental discrepância entre o que lhe é dito e o que é na realidade. Um exemplo: nas páginas 12 e 134 do livro A Lei, o economista e escritor francês Frédéric Bastiat faz estas duas declarações: a primeira diz: “...a única função da lei é fazer com que reine a justiça – na verdade, impedir que reine a injustiça”. A segunda declaração diz: “Deus deu ao homem o que ele precisa para cumprir seu destino”. É como se o escritor considerasse não haver no mundo um só leitor capaz de raciocinar e concluir que as leis têm justamente a finalidade de assegurar o predomínio da injustiça. Se as leis garantem a injustiça de haver milhões e milhões passando fome enquanto gatos pingados têm o bastante para milhões e milhões de vidas luxuosas, como se falar que tais leis têm por objetivo assegurar que reine a justiça? Esta conclusão, além de irrefutável, também prova a falsidade da segunda declaração do escritor francês porque em vez de dar alguma coisa aos pobres, o que faz o tal de deus a que ele se refere é permitir que os pobres sejam penalizados em benefício dos ricos como mostra o economista brasileiro Eduardo Moreira na página 139 do pequeno grande livro Desigualdade: “A sigla HNWI representa em inglês o grupo chamado High-net-worth individuals. São indivíduos que possuem mais de um milhão de dólares em investimentos líquidos. Naturalmente, os membros desse seleto grupo são cortejados por consultores, instituições financeiras e escritórios de advocacia, ávidos por prestar consultoria para reduzir a carga tributária sobre tais investimentos. Acontece que fazer planejamento para um HNWI no Brasil, apesar de perfeitamente legal, é injusto. Isto porque toda a legislação é feita para privilegiar quem detém patrimônio, em detrimento daqueles cuja renda apenas se destina ao sustento e cumprimento das obrigações básicas”.

A realidade, pois, é que enquanto ricos ignorantemente se negam a contribuir com dinheiro para custear as despesas de administrar a sociedade, deixam este encargo sob responsabilidade dos pobres que não têm como escapar do cumprimento desse dever. Enfim, nada condiz com a realidade. Há pouco, no vaso sanitário, lugar apropriado para a política atual, ouvia o senhor vice-presidente desta infeliz pátria de deus, amada só na propaganda do governo, falar de soberania e desenvolvimento econômico. Como soberania se o idioma inglês disputa espaço com nosso estropiado português a ponto de não se falar mais “está bem” e até crianças dizem o “O.K.” americano e se o resultado do desenvolvimento econômico serve para fomentar contas nos infernos fiscais, inclusive do ministro da economia da pátria amada?

São tantos os exemplos do desinteresse dos seres humanos pela realidade que não escapam a quem quer que se dedique a pensar sobre o assunto. Vejamos alguns deles:

1 – Se ninguém ignora que a finalidade dos eleitos é roubar, por que, então, continua o povo a concordar com isto?

2 – Se a sociedade não pode prescindir de produzir o que necessita, por que não haver harmonia entre capital, trabalho, justiça social, uso racional dos recursos naturais e da produção, extinção de uso perdulário do que é produzido, uma vez que os recursos naturais são finitos?

3 – As guerras religiosas visando impor a vontade de um deus tão poderoso que podia fazer isso com um estalar de dedos não provam ser falsa a ideia desse tal de deus?  

4 – Não estaria a humanidade sendo induzida a não perceber a realidade? Afinal, um mágico induz a ver um anel desaparecer da mão e aparecer dentro de uma laranja, o que acontece desviando a atenção do público do que está sendo feito. Não estaria o pão e circo fazendo a mesma coisa acontecer com a humanidade? Afinal, ela não consegue perceber coisas tão simples quanto  mediocridades virar celebridades.

 

            

 

 

  

   

sexta-feira, 15 de abril de 2022

ARENGA 651

 

Por nobreza de espírito, pela preocupação com o futuro de uma juventude tão facilmente manipulável pela inexperiência, pela inconformação com as injustiças da justiça, seja lá qual for a razão, o certo é que desde sempre houve pensadores que percebendo ser a maioria absoluta dos sofrimentos humanos causados pelos próprios seres humanos, dedicaram-se à sublime tarefa à qual também se dedicou Cristo, de fazer ver à humanidade procedimentos que se adotados evitariam a maioria dos tormentos que não obstante desnecessários motivam tanta infelicidade à qual se submetem de bom grado estes seres eternamente sofridos e enganados por inescrupulosos aproveitadores que deles se utilizam impiedosamente como ponte para uma vida isenta de necessidades. Nem poderiam mesmo os seres humanos serem capazes de procedimentos baseados em espiritualidade elevada se apenas há pouco tempo de sua existência viviam no topo das árvores em matas virgens, tendo frutos muitos dos quais venenosos e insetos por alimento. De tal mentalidade só se pode mesmo esperar guerras, fome, peste, debilidade mental da juventude,  administração pública corrupta, excesso de riqueza ao lado de excesso de pobreza, aproveitadores vis se locupletando com a vitalidade de quem precisa vender a força/trabalho para sobreviver, instituições governamentais transformadas em antro de banditismo, legalização do crime, tamanha deterioração mental que em vez de evoluir, a política  regrediu à teocracia medieval, vulgaridade e maus costumes superando atitudes nobres e bons costumes,   pessoas de mentalidade das mais medíocres sendo notícia constante na imprensa como celebridades. Estas são apenas pequena amostra das distorções que encontram defesa em consciências prostituídas a soldo de adeptos da desordem para os quais esta seria a melhor forma de vida não obstante a realidade de ser incontestavelmente intolerável para quem superou a mentalmente reles, medíocre e obscura daqueles que por serem impedidos de aprender a realidade da vida se veem presos à condição de massa bruta de povo. A realidade da vida não se aprende em escolas porque as escolas têm por objetivo escondê-la e ensinar irrealidades. Daí doutores com a mesma mentalidade de analfabetos em assuntos pertinentes à atividade de viver. No tocante a crendices, por exemplo, a única diferença entre doutores e analfabetos é que doutores não escrevem em seus carrões FOI DEUS QUE MIM DEU. 

Nesse ponto cabe refletir sobre o motivo pelo qual os chamamentos à verdade não surtem efeito, ao contrário do que acontece com os chamamentos à falsidade que têm tanto êxito a ponto de serem recebidos de braços abertos a repugnância às ideias de cooperação defendidas pelos socialistas e, inversamente, a simpatia com que de braços ainda mais abertos do que os do Cristo do Corcovado são recebidas as ideias de competição defendidas pelos adeptos da privatização que resulta em locupletação por parasitas que enriquecem vendendo bens adquiridos com dinheiro da coletividade. O fato de andar a humanidade sempre sempre na contramão encontra explicação nos seguintes raciocínios:

1 – As primeiras reflexões entraram na mente humana quando a humanidade ainda estava nos cueiros e desconhecia a ideia de sociedade.

2 – Conforme mestre Platão, o comportamento do adulto depende do que ele aprendeu em criança.

3 – Se, em criança, a humanidade aprendeu falsidades como dependência de divindades e de liderança exercida por outros seres humanos que também aprenderam as mesmas falsidades e que por isso também desconheciam a realidade de que a dependência devia ser de solidariedade, cooperação, paz e tranquilidade, e que para isto as próprias pessoas em lugar de um deus inexistente é que devem buscar por si mesmas. Para tanto basta saber não ser correto do ponto de vista da harmonia social ter mais que o necessário para se viver com dignidade, evitando ser indiferentes à necessidade dos demais. A vida em sociedade requer contenção dos desejos sexuais, vingança ou quaisquer outros que fossem contrários à paz entre os membros da sociedade. Sem observação de tais princípios não há de se esperar outro tipo de sociedade senão este pandemônio considerado sociedade humana.  

Temos, pois, que sendo o comportamento determinado pelas convicções, e que as convicções são determinadas pelas crenças, e que as crenças uma vez estratificadas na mente tornam-se tão difíceis de serem removidas quanto as rochas, como nos ensinam grandes mestres do saber, tendo sido a crença dos seres humanos, como vimos, fundamentada no aprendizado de falsidades, têm, necessariamente tais seres de ter falsidades enraizadas na personalidade, do que resulta comportamentos incompatíveis com racionalidade.

Daí que os seres humanos aceitam mentiras e rejeitam verdades. Além da dificuldade em erradicar das mentes as falsidades aprendidas em criança, e de haver empenho deliberado em ensinar mentiras e evitar que sejam ensinadas verdades, de tal procedimento resultam crenças como a existência de deus e de não se dever especular sobre seus mistérios, apequenando o raciocínio de tal forma que se acredita haver vantagem em se conformar com os infortúnios em vez de especular sobre como evitá-los.

A realidade é haver um trabalho que a custo de ouro fomenta a aceitação do que deve ser rejeitado e rejeita o que deve ser aceitado. De outra forma seria impossível que seres capazes de raciocinar aceitassem haver pobreza no mundo se há recursos suficientes para que tal não acontecesse. Um exemplo: aqui ao lado, o livro A Lei, do economista e filósofo francês Frédéric Bastiat, afirmando o seguinte na página 24: “Provém a nós, de Deus, o dom que inclui todos os outros...”.  Não existindo nenhum deus, como mostra a razão, tal afirmação significa haver farta quantidade de anos luz a separar a humanidade da capacidade de raciocinar e tirar conclusões próprias. Daí a facilidade com que artimanhas têm conseguido sucesso em assegurar a manutenção  do parasitismo e em fazer com que a humanidade finque pé na incapacidade de formar sociedade baseada em verdades e de entender que em vez de deus e riqueza os bens dos quais depende a vida, na realidade, se encontram tão distantes disso que esta crença está levando o mundo à falência dos recursos naturais dos quais depende a existência, sob indiferença total e universal.

 Vivendo os seres humanos nas mesmas condições das feras, disputando território entre si, fica evidente estar sendo inútil o empenho no sentido de elevar a mentalidade destes seres brutos e tão desprovidos de discernimento que o rendimento do seu trabalho é desbaratado debaixo do seu nariz por líderes do pé de barro de forma tão escandalosamente depravada que a riqueza feita pelo trabalho dos liderados está sendo usada até para pagar processo cirúrgico de endurecimento da rola de militares na sociedade brasileira que em estupidez não é diferente das demais sociedades do mundo se também lá líderes de pés de barro parasitam seus liderados e empregam em material de destruição e em benefício próprio a riqueza produzida por aqueles que esperam contar com uma administração correta dos recursos que produzem. Patrocinar endurecimento de rolas dá a entender que a exuberância do homossexualismo e a depravação dos costumes em nossa sociedade está levando o povo a fazer questão de rolas duras. Tendo a depravação sido transformada em motivo de fama e celebridade, torna-se difícil, mas não impossível influenciar os seres humanos a exemplo do que se faz com irracionais, civilizar seu comportamento e se chegar à civilização, desde que haja eficiente trabalho voltado para despertar a juventude do torpor imbecilizante em que foi envolvida.   

Talvez seja ridículo este cantinho de pensar se arvorar a desmistificar a questão da persistência humana em comportamentos irracionais, achando-se capaz de entender assunto que parece escapar a mestres do saber. Mas ninguém tira da cabeça desse cantinho que a incapacidade humana de aprender boas maneiras está na questão levantada pelo mestre Rousseau de não se poder ser claro com quem é desatento. É, pois, na desatenção, na não observação de encontrar em perigo, onde está o Nó Górdio da dificuldade de aparar as arestas da brutalidade humana. Se qualquer pessoa, por mais estúpida que seja, tendo consciência de estar sob ameaça terá sua atenção totalmente tomada pela prioridade de assumir providências de autoproteção tanto mais enérgicas quanto maior for a amaça, o povo, entretanto, tendo sua atenção aprisionada no pão e circo, embora ameaçado de se tornar tão insalubre o ambiente em que vive a ponto de impossibilitar sua sobrevivência a exemplo do acontecido com os dinossauros,  a falta de atenção para com esta realidade explica as pipocações de foguetórios, requebramento de quadris nas variadíssimas modalidades de axé, alvoroço de campeonatos esportivos, e quando incomodados, buscam conforto em orações.

Vai daí que os alertas de perigo a um povo desatento não produzirão mudança de comportamento sem torná-lo consciente de estar em perigo, o que só poderá ser feito despertando-o do enfeitiçamento do pão e circo que segurando a mentalidade na infância faz adulto se engalfinhar porque a bola passou pelo goleiro, faz adulto pensar que não lhe diz respeito se o político rouba porque não estará roubando nada seu, faz rico sonegar impostos, faz pais estimular inocentes crianças à religiosidade, a ver celebridades onde só há imbecilidade, participar de concurso de beleza ou esconder dos filhos o assunto sexualidade que um dia despertará inevitavelmente. Tudo isso dá prova de desatenção ao resultado desastroso de tais comportamentos incutidos pela anticultura do farinha pouca meu pirão primeiro da qual resultam ouvidos de mercador e eternização da falsa realidade de nada haver a se opor, nenhum problema a ser resolvido, embora a cada dia a imprensa mostra coisas socialmente tão perigosas como trilionários esnobando a cara de bilhões de esfarrapados, exuberância da corrupção e autoridades totalmente desacreditadas, situação que já resultou em revoluções como a Francesa e Russa.

 

sábado, 9 de abril de 2022

ARENGA 650

 

Graças ao Movimento de 31 de março de 1964 hoje não somos um país comunista. Sou testemunha ocular daquele grave momento em que o Brasil poderia ter ido para o caminho errado com os comunistas no poder. É o que declara o ricaço Salim Mattar, empresário da Localiza, cujo nome indica se tratar de mais um dos muitos gringos que se aproveitam do almoxarifado Brasil eternamente de pernas abertas para que rufiões do parasitário sistema financeiro tenham aqui na pátria de deus e juventude imprestável de torcedores, religiosos e bailarinos de axé o lugar ideal onde dar vasão ao incontido e bestial instinto de busca por riqueza fácil explorando a classe trabalhadora entorpecida pelo efeito imbecilizador do pão e circo.  Não é outro o motivo pelo qual esse mesmo senhor Mattar volta à imprensa para defender a privatização da Petrobrás. As privatizações são mais uma das muitas fontes que abastece tanto políticos canalhas quanto empresários canalhas, verdade a que se chega tomando conhecimento do que diz o insuspeito jornalista Hélio Fernandes sobre a privatização da Vale do Rio Doce que proporcionou enriquecimento para o então presidente Fernando Henrique Cardoso. 

Quando o gringo Salim Mattar dá graças por ter o povo se livrado do comunismo, não só sugere ter acontecido algo de bom para o povo que teria se livrado de algo ruim, mas também angaria a simpatia da opinião da massa bruta de povo para o ideário político do seu grupo de Bezos e Hangs, anulando, desse modo, possibilidade de protesto, não obstante estar tudo tão ruim para o povo que a ele cabe um futuro de terra arrasada como resultado da ação predatória e assassina de destruir a natureza para construir imensas riquezas cuja finalidade é encher as burras desses parasitas especuladores do sistema financeiro, assassinos por desnutrição de milhões de crianças mundo afora.

Embora não faltem chamamentos de atenção da massa bruta de povo para a realidade da necessidade de se viver outra realidade, falta, contudo, a percepção de que a anuência dos pobres ao ideário dos ricos eterniza a situação atual. Levado por manipulação cerebral a acreditar estar tudo bem do jeito que está, o povo, que é quem decide o destino do mundo embora não saiba disso, não vê necessidade de mudar coisa nenhuma, realidade materializada nos festejamentos e pipocamentos de foguetórios que nos finais de ano queimam fortunas incalculáveis sob aplausos da massa brutalmente imbecilizada pelo pão e circo. O povo foi levado a pensar como querem os ricos e é por isso que tanto nas casas dos pobres, como também nos bancos (casa dos ricos) não falta a imagem de um Cristo com cara de bobão babão, olhar suplicante voltado para o teto, o coração do lado de fora do peito e uma rudia de espinhos na cabeça de onde escorre sangue, cuja finalidade é banalizar o sofrimento e a acomodação materializada no "seja como deus quiser" que evita o "seja como nós queremos" porque se sendo como nós queremos a riqueza do mundo será usado em benefício da humanidade em vez de servir ao parasitismo de decrépitos exploradores do suor de quem trabalha.

A identidade de pensamento entre pobres e ricos dá origem à aversão a ideias socializantes, e esta aversão garante a permanência da exploração da classe trabalhadora de forma tão evidente que Douglas Rushkoff, no jornal Outras Palavras, qualifica o trabalho como forma de tornar a vida desfrutável, expressão que desnuda a verdade sobre o motivo pelo qual o gringo Mattar fomenta aversão a uma cultura que defendesse a ideia de que a riqueza pública fosse usada em benefício de todos.

Mas como essa “prosa” já vai longe, encerremo-la com a seguinte constatação: uma vez que tanto tristeza quanto alegria fazem parte da vida e ser a preferência pela alegria, deve-se fazer prevalecer a alegria sobre as inevitáveis tristezas que afligirão a juventude no momento em que esvair o vigor e chegar a velhice, motivo de tristeza para quem nada aprendeu na vida por tê-la deixado escorrer feito água entre os dedos sem ter dedicado um só momento em cogitar de coisas como o porquê de haver tantos necessitados se no mundo se há riqueza bastante para que todos possam viver com dignidade.   

 

quarta-feira, 30 de março de 2022

ARENGA 649

 

Esta infeliz pátria de deus está à beira de trocar por outro um governante teocrático influenciado pela avidez mórbida de pastores inescrupulosos que aproveitando da ignorância da massa bruta de povo enriquecem vendendo feijão milagroso e água santa. A tais embusteiros se alia a autoridade máxima de nossa sociedade infeliz. Seria alvissareira a troca de nossos governantes que acontece agora se não fosse por outro governante que da mesma forma perpetuará a infelicidade da massa bruta em que foi transformado esse povo que parece existir apenas para sofrer, festejar, torcer e orar. É tão raquítico o raciocínio do povo (qualquer  povo) que a convivência com eles, como disse o sábio, dá um mal-estar equivalente a doença. É tão difícil que chega a parecer impossível encontrar no meio do povo uma única pessoa capaz de um diálogo acima das mediocridades próprias de mentes fúteis e vulgares, incapazes de perceberem estar a humanidade caminhando por um caminho que leva a um destino trágico. 

A massa bruta de povo vive na irrealidade, de ilusões e futilidades. Não percebendo estes seres asquerosos e medíocres a importância que tem a educação para uma vida menos infeliz do que a que se tem, deixam que falsos líderes decidam o que devem aprender  as crianças. Se, como observou Platão corretamente, o que é ensinado à criança forma a personalidade do adulto, o resultando da educação que a cultura do venha a mim e os outros que danem ministra à criançada, são adultos religiosos, torcedores e carnavalescos, ingredientes dos quais resulta uma sociedade de incapaz de elaborar seus próprios raciocínios, na verdade, uma  armadilha educação que perpetuação a conformação com o servilismo do "seja feita a vossa vontade que suprime a necessidade de ter a dignidade de viver como deve viver todos os seres humanos na verdade enganados de forma tão espetacular que são  indiferentes ao próprio destino. Apaticamente, contentam-se os seres humanos com um destino determinado por falsos líderes. Daí viverem uma situação tão irreal que a moral e os bons costumes foram escorraçados pela imoralidade e costumes tão maus que a criminalidade passa a ser legal. 

O mundo, como disse Marx, precisa ser mudado. Seu maior bem, a democracia, em função do analfabetismo político, resulta na escolha dos piores entre todos os falsos líderes aos quais o povo dá enorme quantidade de dinheiro para convencê-lo a votar em quem não tem outro objetivo senão o de empulhar esse mesmo povo que paga para ser empulhado. 

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Ao condenar o doutor Dallagnol a pagar indenização por defender a sociedade ao apontar como ladrão o escroque de nove dedos que de pau-de-arara virou como que por milagre multimilionário, a justiça prova inequivocamente à juventude que pelo caminho da desonestidade e da canalhice é mais fácil vencer na vida. É intrigante a passividade dos pais ante tamanho absurdo.

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Não significa total desprezo à honestidade e à moral o fato de ser legal que a OAB tenha sua arrecadação incrementada pela participação de advogados no roubo do erário? O cinismo destes advogados é tamanho que para assegurar a fonte ilegal de riqueza, um deles, o Álvaro Guilherme de Oliveira Chaves, apresentou como tese de mestrado na Universidade de Brasília opinião de que o combate ao colarinho branco por Sergio Moro visou obter simpatia perante a opinião pública. É tamanha a sacanagem desse tipo de advogado e a indiferença da sociedade quanto ao que ocorre que não se deve impedir o saque do dinheiro da educação, saúde e segurança, bens sem os quais a vida vira um tormento.      

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Será que não existe mais homens de moral inabalada como meus avôs, se a ninguém parece incomodar a situação atual a clamar por ação moralizadora? Estarão os homens de bem condenados a conviver com a escória moral que se assenhoreou das instituições das quais depende o destino do país e sua juventude? Até quando será permitido que vis criaturas induzam jovens a seguirem pelo caminho torpe por eles seguido?

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A indiferença da juventude à notícia de estar o governo teocrático canalizando recursos do erário em benefício de representantes de deus significa que os descendentes dessa juventude apática pagarão alto preço pela pusilanimidade de seus antecedentes tornados apáticos pela armadilha da futucação de telefone.

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Para a pergunta da matéria no jornal Folha de SP “COMO FUNCIONA O BUDISMO?” a resposta é: do mesmo jeito de toda crendice: pessoas inescrupulosas se aproveitando da facilidade com que se pode enganar os ignorantes para explorá-los em nome de um deus que só existe na bola que frequentadores de igreja, axé e futebola têm no lugar onde quem pensa tem cabeça.

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A sagacidade da juventude sucumbiu juntamente com a nobreza dos sentimentos de vergonha, honradez e honestidade. Segundo o resultado de mais de dez anos estudando o processo de domínio da sociedade humana por um grupo de inescrupulosos e avarentos abutres de Bezos e Hangs reunidos numa instituição denominada Clube Bilderberg,  a doutora Cristina Martín Jiménez diz o seguinte na página 92 do livro OS DONOS DO MUNDO: “A introdução das drogas no microcosmo adolescente é um dos mecanismos que melhor funcionaram para controlar e manipular os indivíduos na fase vital do desenvolvimento e de maior energia. O instituto Tavistock (braço do Clube Bilderberg, grifo nosso) percebeu o poder de ação ilimitado dos jovens e, por isso, apressou-se para encontrar métodos que freassem esse considerável potencial. As drogas são os veículos mais eficazes para causar a inação da juventude, pois atordoam, deixam o usuário acomodado na inércia, seu uso contínuo gera psicose, depressão, medos infundados, apatia, perda de confiança e autoestima, paranoias e outras doenças mentais, sendo algumas delas irreversíveis. A estratégia de proibição foi bastante eficaz, já que estimulou o desejo do consumo nessa faixa etária em que a rebeldia atua como bandeira identitária e de coesão grupal. Uma das piores consequências disso é que os jovens dependentes não têm consciência de como estão sendo manipulados por esses agentes de controle social, nem sequer se dão conta de que a droga não vai solucionar seus problemas, mas piorá-los, sendo, às vezes, tarde demais para tentar reagir. A CIA, cujos agentes são formados em Tavistock, administrou LSD aos próprios funcionários para estudar suas reações, causando várias mortes. Estamos nos referindo aqui ao programa MK Ultra, que surgiu quando a empresa farmacêutica Sandoz AG, propriedade da S. G. Warburg & Co., desenvolveu o ácido lisérgico (LSD). James Paul Warburg, conselheiro de Roosevelt, criou o Institute for Policy Studies para promover a droga. O resultado foi a narco-contracultura do LSD dos anos 1960, a chamada “revolução dos estudantes”, que foi financiada com 25 milhões de dólares pela CIA.” Não obstante importante significação deste trabalho para uma geração futura e menos estúpida, a doutora Cristina não é considerada famosa nem celebridade, ao contrário das toupeiras mentais de imensas bundas e peitos do Yahoo Notícias que não resistem a abrir as pernas para dinheiro e fama.

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A notícia na imprensa dando conta de que o governo se declara impotente para conter a fome crônica e insaciável de riqueza dos Bezos e Hangs da vida, que provoca a alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis, significa que para nada serve o governo uma vez que a ele caberia coibir a propensão inevitável à desordem dos ignorantes seres humanos incapazes de superar o primitivismo inicial. Será que por ser incapaz de fazer o bem é que o governo prodigaliza no fazimento do mal? 

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Duas outras notícias também na Folha de SP levam quem está espiritualmente acima de medíocres frequentadores de igreja, axé e futebola à conclusão de que a juventude está sendo induzida a viver tamanha falsidade que chegará ao inevitável momento final da vida em grande e desnecessário sofrimento. A primeira destas notícias diz que o outrora belo, jovem, e famoso ator Alain Delon, tendo chegado aos oitenta e seis anos, está tão infeliz e inconformado com a velhice que recorre à eutanásia para se livrar do desconforto. A segunda notícia, dando conta de que a atual bela, jovem e famosa Anitta faz bonito perante o mundo, significa que ela está no mesmo caminho que não obstante esplendorosamente pavimentado, conduz à mesma velhice de decepção com a vida e ao mesmo sofrimento ora vivido pelo desnecessariamente infeliz Alain Delon.

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Induzidos pelo pão e circo de ser motivo de fama e celebridade o que não são mais do que  brincadeiras, vulgaridades e imbecilidades, ao despertar do encantamento para a realidade da vida encontrar-se-ão os jovens transformados em marionetes pelo pão e circo na mesma situação em que se encontra quem depois de monumental carraspana se vê sob o efeito incômodo da também monumental ressaca.

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O que a cultura capitalista faz com os jovens encantando-os pelo canto da sereia de fama, riqueza e celebridade corresponde ao que faz quem induz uma jovem a ficar bêbada e usar o corpo dela para dar vasão a instintos bestiais.

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A cada instante a humanidade afunda mais e mais na insensatez. Em vez de socos, as crianças modernas brigam de faca e pistolas, enquanto as autoridades se desmoralizam a ponto de não lhes causar vexame o merecidíssimo qualificativo de canalhas vez que se beneficiam permitindo que os bancos retirem da sociedade mais dinheiro do que é gasto com saúde e educação. E tem mais: as mais altas autoridades judiciárias foram cooptadas pelo bandidismo avassalador que tudo contamina. E tem mais: o sofrimento de Julian Assange demonstra a verdade da afirmação de George Orwell de que em época de farsa universal, a verdade é motivo de punição. E tem mais: Noam Chomsky afirma que todos os presidentes americanos (tão louvados pela papagaiada de microfone da América Latrina, grifo nosso) foram criminosos ao se envolverem em crimes de guerra. Desta forma, diante de tamanhos absurdos, não seria de se debruçar com carinho em vez de condenar a sabedoria do velho Max ao afirmar que o mundo está carente de transformação?