sábado, 30 de junho de 2018

ARENGA 500


BASTA, BASTA e BASTA! CHEGA, CHEGA e CHEGA! Aliás, protestemos em inglês por ter a preferência dos brasileiros em cujo território são encontradas ridículas Trade Centers, e Liberty Satatues, Shopping Centers e o subservientismo do ensino de inglês às crianças. Assim, para produzir maior efeito, STOP IT ALL CAUSE IT’S MORE THAN ENOUGH. É isso aí, putada. Alguém precisa dar um chega prá lá nessa mesmice de estourar sacos, uma masturbação sem gozo e infindável sobre as coisas que estão erradas. O que se precisa é que se apontem as causas desses erros. Se um jeca Zemané é capaz de percebê-las, por que, então, homens e mulheres culturalmente ilustres limitam-se apenas à superfície do mar de esculhambação que tomou conta deste belo país de triste sorte, como um mergulhador que se recusasse a descer nas águas do lago cujo fundo deve detalhar? Não há mistério algum. É só uma questão de raciocinar sobre o assunto. É que os problemas sobre os quais tanto se falam não são para ser resolvidos. Ao contrário, serão perpetuados enquanto aqueles a quem eles afetam não tomarem em suas mãos a tarefa de solucioná-los. Resume-se tudo, portanto, ao desinteresse da população na solução dos problemas sobre os quais a imprensa fala, fala e fala, mas apenas fala e faz de conta ter interesse em ver resolvidos. Os senhores bem-falantes são porta-vozes e subordinados aos interesses das autoridades que têm nas mãos a solução dos problemas sobre os quais falam. As autoridades, por sua vez, são porta-vozes e também subordinadas aos interesses da parcela numericamente ínfima dos ignorantes de sociabilidade, os ricos donos do mundo. Como aos ricos interessa a manutenção desses problemas causadores de desordem porque a desordem é a praia dos mal intencionados como são todos os ricos do mundo, parasitas sociais, fica esclarecido o porquê de se rodopiar como cachorro correndo atrás do próprio rabo, sem, entretanto, desnudar as causas que dão origem aos problemas. Os ricos são como alguém que ocupasse um lugar privilegiado num grandioso espetáculo e que, como é natural, haveria de recusar-se peremptoriamente a abrir mão voluntariamente do privilégio de poder desfrutar da comodidade do seu lugar. Então, a fim de evitar contestações à condição de afortunados, através de papagaios de microfone dos meios de comunicação usam do poder que a riqueza lhes confere para criar meios de enganar os despossuídos através da manipulação do cérebro que os torna indiferentes à sua situação de despossuídos. Isto vem sendo feito ao longo da história humana. Consta nos livros de História que o imperador romano Tibério, aquele que mandava matar a pauladas os artistas quando o espetáculo apresentado não lhe agradava, e que nomeou um de seus cavalos como sacerdote, a fim enganar a massa bruta de povo, ao andar em público inclinava o ouvido rumo ao céu e murmurava a fim de fazer a turba ou povo pensar que ele estivesse conversando com Deus.   

Por mais corruptas e perversas que sejam as autoridades, elas sempre contaram com um séquito de baba-ovos que as defenda com unhas e dentes. O fato de não se ligar um rádio ou a televisão, abrir um jornal ou entrar numa livraria sem ouvir, ver e ler detratores da Operação Lava Jato é a materialização do condicionamento cerebral executado pelos cupinchas dos malfeitores que espoliam a massa bruta de povo através da ação comercial cujos executores tomaram a alcunha de empresários. Na página 115 do livro História da Raça Humana, do historiador Henry Thomas, consta que na República Platão observou ser degradante a atividade comercial pela impossibilidade de ser o comerciante próspero e honesto ao mesmo tempo. Se o mundo é dirigido por desonestos, como esperar honestidade da parte de seus empregados, as autoridades, ou dos empregados das autoridades, os operadores dos meios de comunicação, os deformadores de opinião? No livro Política, Ideologia e Conspirações, na página 27, lê-se: “Na realidade, o comunismo é uma tirania planejada por gente com fome de poder cuja arma mais efetiva é a mentira”. Por que será que os autores limitam a sede de poder e a mentira apenas à ideologia comunista, se são comuns à humanidade inteira, portanto, a todos os tipos de governo? No mesmo livro e página, apenas um pouco antes, lê-se o seguinte: “É imprescindível que homens como Lucky Luciano que subiram até o topo da cadeia de comando do crime organizado a tapas e pontapés, sejam astutos, diabolicamente brilhantes e absolutamente implacáveis. Mas, quase sem exceção, os chefes do crime organizado não têm nenhum tipo de educação formal. Eles nasceram na pobreza e aprenderam o ofício nos becos sujos de Nápoles, Nova York e Chicago. Agora suponho que um sujeito com a mesma personalidade amoral gananciosa dos chefes da máfia nascesse em uma família patrícia de grande riqueza, estudasse nos melhores colégios secundários e depois em Harvard, Yale ou Princeton, com uma possível pós-graduação em Oxford. Nessas instituições, viria a conhecer bem história, economia, psicologia, sociologia e ciência política. Depois de graduar-se em estabelecimentos tão ilustres, seria possível encontrá-lo pelas ruas vendendo bilhetes de jogo, passando maconha para adolescentes ou controlando prostíbulos? Será que ele participaria de guerras de gangues? De modo algum. Pois com esse tipo de formação, ele perceberia que se você quer poder, poder de verdade, o que a história ensina é: “Entre para o governo”. Torne-se político e se empenhe para conquistar poder político ou, melhor ainda, transforme políticos em laranjas seus. É aí que está o poder de verdade e o dinheiro de verdade”.

Sendo este no mundo inteiro o espírito que move a política ou administração da riqueza que a todos deveria servir, por que, então, não expor esta realidade em vez de ficar a tagarelar mexericos feito comadres em vez de ir diretamente às verdadeiras causas de todos os problemas do mundo e que se resumem na selvageria da competição pelo poder e riqueza? No rádio, um papagaio de microfone ridicularizava a foice e o martelo que simboliza a ideologia comunista dizendo que foice foi substituída por colheitadeiras de um milhão de dólares. Entretanto, seria infinitamente melhor para a saúde dos seres humanos inclusive a do bolso uma vez que dispensaria muitos gastos com a indústria farmacêutica se a produção de comida fosse feita por pequenos agricultores com suas foices e que visasse à alimentação em vez da riqueza dos comerciantes conhecidos como empresários do agribiuzinesse e suas colheitadeiras de um milhão de dólares financiadas pelo BNDES com dinheiro da massa bruta de povo a juros insignificantes e prazo só visto com binóculos. Não se pode mais esconder a realidade de ser a concentração de riqueza a causa de tudo que há de errado no mundo. No mesmo livro acima citado, página 35, lê-se: “Um artigo publicado pela North American Alliance em agosto de 1957 revela que os membros da família Rockfeller, apesar de sua enorme riqueza, na realidade não pagam imposto de renda. O artigo revela que um deles pagou o enorme total de 685 dólares de imposto de renda em um ano recente. Os Kennedy são donos do Merchandise Mart de Chicago, de mansões, iates, aviões, tudo sob propriedade de uma miríade de fundações e trustes familiares. Imposto é para peão! E, no entanto, hipócritas como Rockefeller, Ford e Kennedy posam de grandes defensores dos oprimidos”.

Desta forma, enquanto a administração da riqueza do mundo não contar com a atenção da massa bruta de povo, desviada pelos deformadores de opinião para Deus e Copa do Mundo, os problemas se amontoarão ao lado do tagarelismo estéril da papagaiada de microfone assalariada para apoiar quem estiver de posse da chave do cofre que guarda o erário.

Mas, se tem jogo, como deixar de amar fervorosamente a pátria colocando bandeiras do Brasil nos carrinhos ordinários presenteados por Deus e pipocando bombas para comemorar o gô de Neymar para se envolver com esta chatice de se preocupar com o futuro das criancinhas que as mulheres dilaceram as xoxotas para despejar num mundo perto de não ter mais água limpa nem suja?

O poder da inteligência é o único poder capaz de tornar o mundo menos infeliz ao passo que o poder da riqueza o torna cada vez mais infeliz. O prefeito de São Paulo, num raro gesto de administrador público em benefício da massa bruta de povo proibiu o pipocar de fogos cuja única utilidade é causar poluição sonora e do ar. Para não contrariar os ricos comerciantes também conhecidos como empresários do ramo, a justiça a eles subordinada proibiu a proibição do prefeito, e certamente foi aplaudida por paulistas e paulistanos que não ficaram privados do prazer de ouvir o pipocar do foguetório e da farra milionária da queima de fogos na passagem de um ano para outro. A dura e inaceitável realidade é que o caminho a seguir por todos é indicado pela massa bruta de povo que lota igrejas, campos de futebola e se liga nos “famosos” e nas “celebridades”. Inté. 

 

 

    

quarta-feira, 27 de junho de 2018

ARENGA 499


“Impulsionados por base de fãs, famosos tentam cadeira no Senado”.  Esta notícia no jornal, a princípio, dá a entender tratar-se de sociedade altamente evoluída. É como se se realizasse o sonho de Platão segundo o qual os governantes devem ser filósofos. Se são famosas as pessoas que aspiram ocupar o relevante cargo de senador conforme diz a notícia do jornal, e tudo indica serem realmente famosas porque a notícia dá conte de terem elas uma base de fãs, e como para se tornar famosa a ponto de ter uma base de fãs a pessoa precisa ter contribuído com algo que beneficie a sociedade humana como fizeram os famosos Johannes Kepler, Charles Darwin, Adolfo Lutz, Sir Isac Newton, Alexander Fleming e tantos outros homens e mulheres, entre os quais alguns brasileiros mais, cujo trabalho benefiou os seres humanos, fica a dúvida sobre aquele “tentam” da notícia porque se as pessoas que aspiram ao senado são pessoas famosas e se para serem famosas é por terem conhecimentos científicos capazes de mostrar à sociedade como proceder de modo inteligente que melhore suas condições de vida, não deveria haver motivo algum que impedisse àquelas pessoas famosas de alcançarem seu objetivo de ocuparem uma cadeira no senado. Desta forma, não deveria haver alguma dúvida em levá-las ao senado, dispensando-se, portanto, aquele “tentam” do natícia. Mas, qual o quê! não é nada disso não! Os famosos a que se refere a notícia não são mais do que papagaios de microfone que não sabem quando um livro está ao contrário e que na televisão conduzem espetáculos mambembes de péssimo gosto para platéias de pessoas tão imbecis que por aparecer constantemente alguém no vídeo é motivo para se tornar famosa. Estes famosos, na realidade, são aqueles “famosos” cuja fama tem por base langerries, cuecas, calcinhas e trepadas. Assim, juventude, com você a palavra. Inté.   

ARENGA 498


“Tá tudo errado cumade/Cumpade tá tudo errado/A muié cum seu marido/ Oiando prá outro lado”. Assim começava uma música caipira do meu tempo de menino, tampos em que estas duplas eram constituídas por artistas como Jararaca e Ratinho ou Alvarenga e Ranchinho, que certamente se envergonhariam por terem sido substituídos por arremedos de cantores com imensos chapéus, tão desprovidos de censo de ridículo quanto seu público é desprovido de bom gosto. Na verdade, as coisas sempre estiveram tão erradas que nos tempos do império romano, referindo-se ao ambiente político, o historiador Henry Thomas, na página 163 do livro História da Raça Humana, faz a seguinte observação: “Roma não era um lugar seguro para um homem que procurasse viver honestamente”. Pois continua tudo errado do mesmo jeito e errado continuará enquanto o exercício da administração pública estiver como sempre esteve, restrita à responsabilidade de grupelhos constituídos por falsos líderes, cada um com seu ancinho puxando para sua família as moedas do erário. Enquanto a bandidagem toma conta de tudo, a coletividade responsável pela riqueza pública roubada escancaradamente com aquiescência da justiça mantém-se totalmente indiferente, deixando-se levar pelo pão e circo da Copa do Mundo, para cujos espetáculos os pais levam suas inocentes crianças ainda com chupeta na boca a fim de ser injetado nelas o germe da imbecilidade que dá origem à indiferença com as coisas da administração pública ou analfabetismo político. O mundo está tão deteriorado espiritualmente que em Tiago 4:4 está dito que quem é amigo do mundo é inimigo de Deus. Realmente, que dizer de um mundo onde as notícias versam sobre viadagem de príncipes? Aqui entre nós, depois de legalizar o casamento de duas pessoas o mesmo sexo, cogita-se, agora, em decidir sobre a legalização da união entre três viados ou viadas. Afinal, bem disse o senador Jucá que a suruba é prá todo mundo. Cadê uma juventude capaz de colocar as coisas nos lugares como fizeram os deuses da mitologia grega quando separaram do Caos a terra, a água e o ar e formaram a Terra, os bichos e o homem? Cabe a você, pois, juventude imbecil, dar a última palavra. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 26 de junho de 2018

ARENGA 497


A papagaiada de microfone está em polvorosa porque Manuela Ávila disse que o Brasil é uma esculhambação e que não tem moral. Ora, vai lamber sabão, papagaiada de microfone. Que moral tem um país de ladrões onde os piores criminosos, os do colarinho branco, contam com proteção da mais alta corte da justiça? Por que, a papagaiada de microfone não investe seu rancor contra Charles Darwin que, segundo o jornalista Alex Ferraz, do jornal Tribuna da Bahia, declarou quando passou por aqui que o brasileiro não tem dignidade? É claro que não deve nem de longe ser assim porque o Brasil tem tudo para ser um país grandioso, exceto pela qualidade do seu povo, um povo que nenhum pejorativo é suficiente para dizer da sua baixeza moral.

Como se não bastasse a tarefa inglória de escamotear a verdade de serem a competição capitalista e o consumismo a causa dos infortúnios que infelicitam a humanidade, por conta do emprego que garante a despensa abastecida, a papagaiada de microfone se arvora de falso sentimento de patriotismo e se sente ofendida porque dona Manuela disse a verdade de faltar moralidade nesse país, realmente um país de merda onde o amor à pátria existe apenas nos espetáculos do pão e circo representados pela Copa do Mundo, ocasião em que imbecis portam bandeiras do Brasil em carrinhos ordinários presenteados por Deus. A verdade é ser nosso país o país mais desmoralizado do mundo e sua população é constituída de ladrões e pessoas tão vulgares que as notícias na imprensa giram em torno de exame de urina de jogador de futebola, cuecas, langerries e calcinhas. As pessoas que a imprensa dão destaque como famosos e célebres são toupeiras mentais que não sabem quando um livro está ao contrário e cujo motivo de fama é a prostituição física ou mental. A juventude desse país de triste sorte, além de burra, é covarde porque ante desmandos como o aumento da facilidade para uso de veneno na agricultura que os deputados canalhas dão nesse momento aos gringos do agribiuzinesse, em vez de lutar, como ratos do navio que naufraga, os jovens procuram fugir para outros países em vez de lutar para impor ao seu país a dignidade que ele nunca teve. Agem estes idiotas como alguém que mediante algum transtorno que avariasse sua residência escolhesse uma outra casa para onde se mudar, independentemente da recusa dos habitantes que lá se encontram. É muito triste para quem aprendeu a ser homem ter de viver em meio a ignorantes, covardes e canalhas. Com muita tristeza, Inté.

 

sexta-feira, 15 de junho de 2018

ARENGA 496


O desinteresse do brasileiro pela Copa do Mundo, o braço direito do pão e circo, é clara evidência da veracidade contida na afirmativa de não se poder enganar a todos o tempo todo. O tempo que tudo gasta, também gasta o tapa-olho que limita o campo de visão e impede a observação das coisas da vida. Se o conhecimento decorrente do intelecto pode ser manipulado, o conhecimento decorrente da observação, ou conhecimento empírico, esse jamais será manuseado ao bel-prazer de intelectuais que a troco do emprego garantido afirmam e assinam embaixo que futebola não tem nada a ver com política, quando a realidade é ter tudo a ver. Tanto tem que candidato a presidente da república se apresenta ao lado de iletrado jogador de futebola para alcançar a preferência da massa bruta de povo, brutalidade esta que começa a ter suas arestas desbastadas por ter a esculhambação tomado proporções tão grandes que o tapa-olho já não consegue evitar sua observação de haver algo de errado no alarde sobre o fato de Pelé não poder ir aos jogos da Copa. Que importância tem isto para quem não pode pagar o plano de saúde ou comprar o botijão de gás em função dos preços exorbitantes? Para quem almeja um mundo menos infeliz é alvissareira a notícia de que até mesmo seres mentalmente inferiores como os brasileiros despertam para a realidade escondida a sete chaves pelos cupinchas que a serviço dos ricos donos do mundo papagaiam através dos meios de comunicação a grande falsidade de serem coisas distintas o futebola e a política porque ele representa o mesmo pão e circo que representavam as competições no Coliseu usadas pelos Césares para também passar mel na boca da massa bruta do povo romano. A canalhice dos mantenedores do engodo chega à desfaçatez de louvar o ditador Médici por gostar de futebola. A realidade é que enquanto a massa bruta de povo vibrava e fazia coro com o presidente Médici cantando prá frente Brasil, salve a seleção, estava sendo preparado o triste futuro que agora infelicita a mesma massa bruta de povo e que vai infelicitar ainda mais a cada dia as futuras gerações. 

Mais cedo ou mais tarde a juventude que é a força vida do mundo perceberá o quanto tem sido influenciada pelas Forças Ocultas que, como diz o seu nome, representa algo de falso, ruim, onde há maldade, porque a verdade e a sinceridade não precisam ser ocultas. Portanto, juventude futuro do nosso país e do mundo, vê se apressa o desenvolvimento mental para perceber antes de ser tarde demais a necessidade de escolher seu caminho em vez de simplesmente se deixar levar pelos meios de comunicação feito bosta n’água. “É preciso acalmar o Mercado”. Dizem os papagaios de microfone. Alguém conhece o senhor Mercado? Se não, lhes apresento: é um monstro filho do monstro conhecido por Economia Política cuja monstruosidade usa do sofisma “preço de mercado” para fazer alguém ter de desembolsar possa ou não possa quantia exorbitante para adquirir algo de que necessita e que a greve dos caminhoneiros fez rarear na praça.

 A juventude robotizada começa a perceber que a Copa do Mundo é menos importante para seus descendentes do que meditar sobre o lucro dos bancos, Mercado Financeiro; elevação de nulidades à categoria de “famosos” e “celebridades”, justiça que protege ladrões, advogados que dividem com criminosos o resultado do crime. A vida no mundo estará melhor a cada dia em que mais e mais jovens se tornarem capazes de perceber o que há por trás de coisas tais como a pergunta que fazia uma papagaia de microfone se lhe emociona mais a Copa do Mundo ou o Dia dos Namorados. Há uma armadilho por trás de absolutamente tudo que vem dos meios de comunicação por encomenda da administração pública vigente no mundo. A obrigatoriedade do ensino da língua inglesa às nossas crianças é uma delas. É a base de sustentação da colonização e o republicanismo de banana mostrado no capítulo intitulado NATAL BRANCO do livro Diálogos Impossíveis, de Luis Fernando Veríssimo, que começa assim: “O condomínio se chama Happy Houses. No portão de entrada está escrito “Entrance” e todas as ruas têm nomes em inglês, como “Flower Lane” e “Sunshine Street”. O condomínio tem um “playground” com serviço de “baby-sitters” e uma de lazer chamada “Relaxation and Recreation”. Cada casa, em estilo americano, tem seu “swimming pool” e o policiamento é fornecido pela empresa “Confidence”. O Natal, festeja-se na praça central, ou “Central Park”, do condomínio ao som de “Jingle Bells”.

Por trás disso daí está o motivo das filas de aviões lotados de apaixonados pelo American Way of Life rumo a Me Ame com as carteiros recheadas do dinheiro que ficará lá. O pouco entusiasmo com a Copa, entretanto, demonstra que pouco a pouco a experiência da vida corrói o pano sob o qual se esconde a monumental estupidez que tem orientado a vida dos seres humanos que em pleno século 21 são tomados pelo mesmo encantamento que encantavam as pessoas da Idade Média ante o casamento de príncipes. O aperto de mão entre Trump e King Jong-un, que os meios de comunicação veem como algo de alvissareiro para o mundo, na verdade, é motivo de tristeza por ainda haver inamistosidade entre dois chefes de estado, demonstração de estar a humanidade ainda muito longe de generalizar a empatia fazendo-a deixar de ser fato isolado para ser comum a toda a humanidade uma vez que os seres humanos precisam viver juntos. Queiram ou não queiram os ricos donos do mundo, é inevitável a marcha rumo à civilização, destino inevitável da humanidade, uma vez ser impossível esconder eternamente a mediocridade em que se tornou a vida do ser humano reduzida a fabricar riqueza para ser escondida nos infernos fiscais. Não é senão uma referência à inevitabilidade de chegar a humanidade ao esclarecimento e à razão que o filósofo Thomas Paine afirmou que o tempo convence mais que a razão, e outro filósofo, Johann Wolfgang Goethe, afirmou na peça Fausto que apesar dos pecados o homem caminha instintivamente rumo à luz. Grande, filósofos. É isso aí! É tudo só uma questão de pensar. Inté. 

 

 

domingo, 10 de junho de 2018

ARENGA 495


Alguém que se disponha a buscar nos livros o significado de ESTADO, vai se deparar com uma baboseira infernal. Coisas tipo assim: “O Estado deve ser concebido como educador” (Antonio Gramsci) – “A arte da guerra é de vital importância para o Estado” (San Tzu) – “Nenhum Estado maior que o Estado mínimo pode ser justificado” (Robert Nozick).

Ao se buscar conhecimento sobre POLÍTICA   depara-se com baboseira tipo assim: “O poder político vem do cano de um revólver” (Mao Tsé-tung) – “Somente os fracos acreditam que a política é um lugar de colaboração” (Gianfranco Miglio) – “Todos devem garantir que os ricos estejam felizes” (Noam Chomsky) “A guerra é a continuação da política por outros meios” (Carl von Clausewitz).

Buscar conhecimento sobre GOVERNO leva a baboseiras tipo assim: “O governo é jogado de um lado para outro, como uma bola” (Cícero) – “O governo evita a injustiça, menos a que ele mesmo comete” (Ibn Khaldun) – “Um governo Prudente não pode e não deve manter a sua palavra” (Nicolau Maquiavel). A fonte das baboseiras foi o Livro da Política, editora D K Penquin Random House.

A mais eficiente maneira de se compreender o que é e para que serve o Estado e a Política é meditar sobre a vida. Ao fazer isto, conclui-se tratar-se de algo muito simples. Primeiro se une um homem e uma mulher que procriam e formam uma família. A impossibilidade de viver uma família isolada das outras famílias resultantes da união de outros homens e outras mulheres obrigam-nas a se juntarem de modo a formarem grupos que se tornam maiores a cada nascimento. Sendo o ser humano incapaz de conviverem harmoniosamente, para que as desavenças das pessoas dentro do grupo não se tornem também maiores a ponto de inviabilizar a vida grupal, em determinado momento histórico o grupo decidiu criar um poder capaz de coibir as desavenças, e este poder é o Estado.

Quanto à Política, a observação da vida mostra ser ela a atividade do Estado através da qual exerce sua função de administrar o grupo dirimindo os conflitos e mantendo a ordem social.

Agora, se o Estado degenerou de tal forma que passou a exercer sua atividade em benefício dos seus mandatários que se autoproclamaram deuses que se mudaram do Monte Olimpo para suntuosos palácios sem dispensar a ambrosia e o néctar, cabe a esse grupo usar do mesmo raciocínio que o levou a concluir pela necessidade do Estado e encontrar a solução para o problema. Se o pão e circo deixar. Inté.

    

 

 

sábado, 9 de junho de 2018

ARENGA 494


Entre todos os homens cujo pensamento exerceu maior influência positiva sobre a humanidade, no que diz respeito à evolução mental, Karl Marx supera Jesus Cristo porque enquanto este nos recomendava o conformismo com os inevitáveis infortúnios provenientes de um destino já recebido pronto e acabado, na contramão de tão indesejada sina, como um médico que nos alivia a alma com a notícia de não existir a moléstia grave de que supúnhamos estar acometidos, chega Marx e, ao contrário de Cristo, nos mostrava a possibilidade de mudar o destino desafortunado de modo a evitar o vaticínio negativo de Cristo. Além disso, Cristo falava coisas como deixar que os mortos enterrem seus mortos, linguagem accessível apenas aos intelectuais da religiosidade tão inúteis quanto todos os intelectuais. Já Marx falava uma linguagem simples de fácil compreensão. Ante a realidade de que as ideias de Marx beneficiam a sociedade mais do que as de Cristo, por que, então, os meios de comunicação perseguem Marx e enaltecem Cristo? O dia em que os seres humanos se tornarem capazes de matar esta charada a humanidade terá chegado finalmente a um nível de evolução mental capaz de torná-la menos infeliz posto ser a felicidade total nada mais é do que uma quimera. Quimera, sim, porque desaparece quando chega a inevitável necessidade da cadeira de roda, ou da hemodiálise, ou do transplante, ou da UTI. Nesta hora a rejeição à ideia de morte própria de quem nada aprendeu da vida dá lugar a sua aceitação e passa a ser tão bem-vinda quanto um bom uísque e o olhar sugestivo da mulher na mesa mais adiante. Porém, deixando de lado estes entrementes e voltando aos finalmentes do nosso propósito de chamar a atenção para a necessidade de se raciocinar sobre as mentiras dos meios de comunicação, propósito este que nos levou a assentar a bunda na cadeira para traçar estas mal traçadas, temos que a mando dos ricos donos do mundo os meios de comunicação manipulam a manada humana a seu bel-prazer, impedindo-a de evoluir espiritualmente para não ser capaz de separar da verdade as suas mentiras.

 A falsa expressão de alegria assumida pelos papagaios de microfone da televisão quando passam a papagaiar sobre futebola, as futilidades nos jornais sobre exame de urina de jogador, quem não usa cueca e calcinha, o tamanho da bunda da “famosa” tudo isto tem por única finalidade manipular o mente humana a fim de igualá-la tão inútil para o raciocínio quanto o que sai de dentro das bundas a que insistentemente se referem. Embora indiscutível seja o poder da televisão nesse sentido, onde apresentadores semianalfabetos de programas medíocres se tornam tão populares a ponto de serem transformados por espertalhões em candidatos a presidente da república a fim de manobrá-los de acordo com suas conveniências escusas. Apesar da influência negativa que a televisão exerce sobre a massa bruta de povo, razão pela qual há aparelhos de televisão em todos restaurantes, salas de espera e em todos os lugares onde se reúnem pessoas, além de vários aparelhos em cada residência, apesar disto, o poder das rádios não é menor. Nas estações de rádio reúnem-se senhores com grande conhecimento do mundo, do mundo físico, deve-se esclarecer, estes senhores são capazes de detalhar a localização e a organização política dos mais diversos lugares. Filipinas, Marrocos, Suriname, Índia, Japão, bem como os motivos da desavença entre israelenses e palestinos, as abrangências dos termos JUDEU e TAXIONOMIA, absolutamente nada escapa ao conhecimento destes senhores de vasta cultura e bem-falantes, de grandiosa capacidade de raciocínio e eloquência. Reúnem-se eles nas estações de rádio para contradizer qualquer coisa que vá de encontra à organização política vigente e que no momento é a capitalista. Entretanto, qualquer que fosse a política vigente contaria do mesmo modo com empenhada, brava e rigorosa defesa da parte destes nobres senhores de vastíssimo conhecimento sobre a parte material do mundo. Sempre foi assim e assim será enquanto o povo permanecer na condição de povo, isto é, de ser atraído pelo berrante dos meios de comunicação do mesmo modo como na lenda os marinheiros são atraídos pelo canto das sereias. É com esta finalidade que estes senhores bem-falantes se ajuntam nas rádios para ridicularizar Marx, fazendo galhofa sobre a convocação daquele pensador para que se unissem todos os trabalhadores do mundo para lutar por um destino melhor.

Mas, pondo em prática a recomendação de Machado de Assis de ser necessário se apurar no cadinho da verdade as informações recebidas antes de aceitá-las como verdades, ao fazer isto conclui-se serem estes senhores os verdadeiros ridículos do pondo de vista da sociabilidade sem a qual é impossível uma sociedade civilizada. Portanto, apesar da facilidade com que discursam, são contrários à evolução mental e adeptos de uma sociedade incivilizada para seus descentes. Nada pode haver de ridículo em alguém como Marx, que foi duramente perseguido por outros senhores também contrários à harmonia social que impuseram a ele uma vida difícil e sofrida pelo crime de lutar brava e incansavelmente a favor de melhores condições de vida para a massa bruta de povo cuja estupidez a leva a buscar inocente e inutilmente tal objetivo nas lideranças política e religiosa onde nunca o alcançarão.

Não há nada de ridículo no “Trabalhadores do mundo, uni-vos”. Pode haver ingenuidade. E não é petulância de um Zemané afirmar que Marx foi ingênuo ao desconhecer a realidade de tratar-se de povo a classe trabalhadora na qual ele depositava esperança de construir um mundo melhor porque na verdade povo nem sabe ainda que pode raciocinar e ser capaz de ter vontade própria como Marx supunha. Seu erro foi contar com alguma nobreza espiritual na massa bruta e barulhenta de povo, o que equivale a esperar comportamento racional em irracionais. A História deve à humanidade a explicação do porquê de ter Marx cometido erro tão crasso. George Orwell foi mais realista ao escrever a ficção A Revolução dos Bichos, na qual bovinos, equinos e suínos de verdade raciocinaram.

Nem por isso, entretanto, deixa de haver lucidez no raciocínio de Marx ao afirmar que do capitalismo competitivo nascerá o socialismo cooperativo. Esta realidade é inegável se se considerar não só o fato de serem os seres humanos obrigados a viverem juntos, mas também uma outra realidade também inegável de que eles se tornam um pouquinho menos estúpidos a cada milênio. Estas duas inevitáveis realidades levarão a humanidade ao milênio em que a estupides terá diminuído a ponto de permitir que estes seres brutos percebam ser a cooperação do socialismo a única forma capaz de se ter uma sociedade harmoniosa sem os males decorrentes da competição na qual se fundamenta o capitalismo. Quando isto acontecer, inevitavelmente será suprimida a cultura de ser normal a anormalidade de só alguns poucos poderem satisfazer suas necessidades, porquanto elas exigem que todos as satisfaçam.

Marx afirma também que o homem pode modificar a História se tiver conhecimento da necessidade de modificá-la. Como é inegável o avanço do conhecimento queira ou não o pão e circo que luta com unhas e dentes para impedir este avanço. Por mais que ele lute, é mais do que certo a chegada do dia em que o conhecimento superará o analfabetismo político de onde provém a subserviência do servilismo que faz a humanidade se curvar ante os falsos líderes que através dos deformadores de opinião afirmam que o bem-estar social depende de empresários e de emprego, quando a realidade é que o emprego além de descartado pela tecnologia é um tipo de escravidão explorada pelos empresários para produzirem as imensas fortunas socialmente inúteis uma vez que seu destino são os infernos fiscais.

É impossível chegar-se à realidade da vida sem elevar o pensamento além das mediocridades que absorvem a prioridade das atenções da malta repugnante de povo que porta bandeiras da Copa do Mundo, corre Maratonas, busca paz nas igrejas onde encontra terroristas, enche as lojas que lhe vendem o que não precisa, e faz algazarra nos terreiros de axé e futebola. Inté.

 

domingo, 3 de junho de 2018

ARENGA 493


O brasileiro é apontado lá fora como um povo tão ridículo que além de entregar a estrangeiros suas riquezas, a justiça atua ao contrário ao proteger os ladrões, garantir segurança particular a um presidiário que se encontra sob a guarda do Estado, além de automóvel e dois motoristas, o que dá a entender que por aqui o preso passeia de carro. Mas os brasileiros, assim como aqueles que os têm com justa razão na conta de uma espécie inferior, também são inferiores porquanto à humanidade não é permitido elevar-se acima da condição inferior e vil de povo. A manutenção do povo na eterna qualidade de povo é defendida a ferro e fogo por um punhadinho de imbecis que cavam a própria sepultura ao parasitar seus semelhantes tornando-os material humano com o qual fabricam suas montanhas de riqueza atrás das quais esperam erroneamente encontrar paz e tranquilidade. Caso estes monstros sociais tivessem na cabeça cérebro em lugar de esterco, uma vez que eles determinam o rumo que a humanidade deve seguir, teriam mudado o destino do mundo depois de ter Marx dito que os filósofos se limitaram a interpretar o mundo, mas o que é realmente necessário é modificar o mundo. De todas as observações já manifestadas sobre a humanidade, nenhuma delas contém um milionésimo da verdade e sabedoria expressas nesta afirmação. Para se perceber a necessidade de mudança no comportamento humano é suficiente observar a disparidade existente no fato de serem perseguidos e mortos todos aqueles que defenderam a ideia de que absolutamente todos os seres humanos devem ter direito de satisfazer suas necessidades. Ora, as pessoas que assim procedem, do ponto de vista da sociabilidade a que está ligada a humanidade, em vez de perseguição, deveriam ser elevados à condição de líderes porque a humanidade estará cada vez em piores condições enquanto for liderada por quem prega uma cultura que não considera o perigo existente na estupidez de ignorar o risco que existe em conviver imensa multidão de famintos ao lado de poucos Reis Midas, parasitas sociais com imensas barrigas, cartolas listradas e charuto na boca da qual escorre baba de dragão. Na última página do livro 1917, Ano Que Abalou o Mundo, livro de leitura chatíssima, há um pôster que por si só diz muito mais do que todo o texto enjoado do livro. Intitulado CAMARADA LÊNIN LIMPA O LIXO DO MUNDO, o pôster mostra o revolucionário Lênin com uma vassoura varrendo para fora do globo terrestre parasitas sociais como reis, banqueiros e representantes de Deus. No entanto, em função da inobservância da necessidade de se mudar o mundo como disse Marx, predomina na sociedade humana justamente a classe mais prejudicial à boa convivência entre os seres humanos e são escorraçados aqueles que lhe são contrários. Na página 466 do livro História da Raça Humana, de Henry Thomas, há a seguinte observação sobre o funeral de Giuzzepe Mazzine, um dos muitos líderes perseguidos, onde compareceram oitenta mil pessoas: “É um velho truque humano matar os profetas do mundo e depois venerar-lhes o cadáver”.

No que se refere à harmonia, povo algum saiu da condição de massa bruta posto que absolutamente todos optam pela desarmonia. Mesmo nos movimentos chamados revolucionários nos quais se procurou melhorar as condições de vida para o povo, os líderes de tais movimentos se desarmonizaram entre si que muitos deles foram levados à morte por outros. Os estúpidos seres humanos se emocionam diante de uma estátua, do quadro ridículo do Papa beijar o pé do desafortunado como meio de prevenir o infortúnio, de luxuosos templos onde vão se comunicar com um Deus inexistente, de espetáculos circenses, mas ouvem indiferentes de papagaios de microfone infindável baboseira sobre uma tal de economia que na verdade é uma astúcia urdida pela classe antissocial dos ricos donos do mundo. A finalidade da economia é arrancar da massa bruta de povo a pele para proteger as caixas-fortes dos infernos fiscais. É assim que caminha a humanidade rumo ao desastre, valorizando quem não tem valor algum e perseguindo quem o tem.
Como o pensamento ignora barreiras, Diferentemente da peleja entre Deus e o Diabo, criada pelos autores das histórias idiotas da bíblia, na qual se especulava sobre a lealda de Jó, na história de Fausto, criada por Goethe, a questão levantada era saber se realmente vale a pena nascer uma vez que se tem de morrer. Para o Diabo, seria melhor a não existência. Pessoalmente, eu votaria no Diabo porque se para os panacas frequentadores de igreja, onde por vezes encontram a morte, a existência teria a finalidade de selecionar os que mereciam dos que não mereciam ir para o lado de Deus, não há vantagem para nenhum dos dois lados uma vez que também os merecedores iriam ter uma vida mais do que chata de orar, jejuar e não ter um boteco onde prosear e tomar umas e outras. Inté.