terça-feira, 17 de novembro de 2020

ARENGA 472

 Uma criancinha chorar por não tirar foto junto com Papai Noel tem uma significância monumental em termos de avanço rumo à civilização, embora passe por algo de menor importância, coisa de criança. É realmente coisa de criança. No porquê de a criança se comportar desse jeito é o reflexo da falsidade que envolve a humanidade, razão pela qual ela é tão inconsequente quanto a criança que embirra pela companhia de Papai Noel. Se a humanidade vive a falsidade de ter por objetivos maiores deus e dinheiro é porque os adultos que a integram foram crianças que aprenderam falsidades por verdades. Quando Shakespeare afirmou que o rumo em que a educação inicia o homem decide seu destina nos ensinou que o adulto resulta da criança que foi. Se às crianças é ensinado que um velho numa carroça voadora percorre o mundo em uma hora distribuindo presentes para crianças, tal criança virá a ser um adulto incapaz de dar à realidade o devido apreço.

Tudo o que serve de lastro para as crenças humanas são falsidades. Desde que se tem notícia de agrupamentos humanos são acompanhadas de notícias sobre pessoas deixando-se levar ou por lunáticos ou por espertalhões. Entre os muitos exemplos da estupidez humana que nos dá o cinema, o filme Forrest Gump mostra um maluco que desembestou numa carreira durante anos e em algum tempo havia uma multidão inteira correndo atrás dele, que ficou sem saber o que fazer quando o maluco se cansou e parou a correria. O apego às falsidades é tão exuberante que os chamamentos sensatos à realidade motivaram punição para pensadores como Cristo e Sócrates, na antiguidade, e, atualmente, para Luther King. Julian Assange e Marielle Franco. Entretanto, nunca faltaram seguidores para a insensatez das compras de Natal, turismo, pensar ou desejar ser o que não se é.

É tão falsa a formação do ser humano que a satisfação das necessidades a que estamos todos obrigados depende da esperteza e insensibilidade social para enriquecer porquanto quem não é rico fica condenado a apenas contemplar a vida sem dela participar como devia. 

 

 

 


sábado, 14 de novembro de 2020

ARENGA 471

 Este cantinho de pensar nem deixa de instigar a juventude para sair da pasmaceira mental nem de pedir aos intelectuais que desçam do mundo da intelectualidade para nosso mundo real e participem da construção de um novo mundo onde a injustiça não prevaleça sobre a justiça. Com o vasto conhecimento de que dispõem, os intelectuais podem escrever escritos que possam ser entendidos por nós todos, mostrando-nos uma forma de superar a imensurável estupidez humana que se apresenta com tamanha magnitude a ponto de fazer a humanidade ser indiferente à destruição de suas condições de vida. Veja-se, por exemplo, a simplicidade e eficiência com que o intelectual Ladislau Dowbor, no livro A Era Do Capital Improdutivo, mostra a necessidade de mudança ao dizer que o desenvolvimento econômico atual cria um débito que vai cair nas costas das futuras gerações. O débito a que se refere o grande economista será a falta de água, solo fértil, ar respirável e doenças cada vez mais letais que as gerações futuras herdarão de seus antecedentes futucadores de telefone. É assim que os intelectuais devem proceder em vez de perderem tempo escrevendo textos complicados que em nada contribuem na luta contra a carência de bem-estar social determinante do bem-estar individual.

Outra economista que com poucas palavras disse muito, foi o velho Marx, que do alto de sua sabedoria desprezada por ignorantes visto que para estes o sábio é que é o ignorante, disse que o mundo carece de modificação em vez de análises. E é uma grande verdade porque realmente não precisamos dos comentários sobre o que está errado porque está tudo errado se a riqueza existente em vez de estar a serviço da coletividade humana foi aprisionada por Reis Midas com a finalidade de satisfazer seu vício mórbido de ostentação. Caso fosse acatada em vez de escorraçada, a observação de Marx, estariam resolvidos noventa e nove por cento dos problemas da humanidade uma vez que decorrendo eles do fato de ser a organização social lastreada em falsidades como religiosidade, consumismo e acumulação de riqueza, em vez da realidade de que só união, justiça social e irmandade podem trazer paz e tranquilidade, modificar esta falsa estrutura é como se poderia mudar o mundo para melhor.

Está mergulhada no oceano de mentiras das quais não poderão se livrar pela falta hábito de pensar sobre o que ocorre à sua volta. A primeira destas mentiras sobre a qual se deve debruçar é a religiosidade, e este começo estará fadado a levar à verdade fazendo a si mesmo as seguintes indagações:  Por que as pessoas menos instruídas são as mais religiosas e, ao mesmo tempo, as mais sofredoras? Por que nenhum intelectual não escreve no carro FOI DEUS QUE MIM DEU? Por que deus mandava cortar animais e colocar os pedaços em altares? Por que deus precisa ser engrandecido constantemente?

Por serem estas questões irrespondíveis é que para fugir delas os representantes de deus dizem aos pobres de espírito que compravam passaporte para o céu e hoje compram feijão santo é que os mistérios de deus não devem ser motivo de questionamento. 

 

 

 

 

  

 

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

ARENGA 470

 


  Uma coisa que sempre aguçou a curiosidade deste cantinho de pensar é qual seria o resultado de uma pesquisa que perguntasse a cada uma das pessoas de um grupo de um bilhão das pessoas do povo de vários países a opinião sobre comunismo e o motivo pelo qual é contra, como diria ser a absoluta maioria dos entrevistados.

Embora Vinicius Bittencourt estivesse absolutamente certo quando afirmou que elevar-se espiritualmente é privar-se de tudo que faz a alegria e felicidade do povo, nós, do cantinho de pensar, optamos por adquirir conhecimento porque assim haveremos de nos elevar espiritualmente o necessário para superar o total desconhecimento do funcionamento desta vida cuja complexidade é tão grande que o historiador Carlo M. Cipolla, nas páginas 30 e 33 do livro As Leis Fundamentais Da Estupidez Humana, afirma que a estupidez não provém de forças ou fatores culturais, mas da natureza, tanto quanto o tipo de sangue de cada um. E Einstein: Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri certeza absoluta. É, pois, o Grande Mestre do Saber afirmando não ter dúvida quanto à infinitude da estupidez humana.

Para nós aqui do cantinho de pensar, embora seja inquestionável a estupidez humana, a afirmação de ser ela natural é questionável porque sendo o comportamento determinado pela formação mental resultante do aprendizado e as práticas que o tempo estratifica em usos e costumes, se às crianças forem ensinados comportamentos inteligentes, isto daria origem a um ambiente social onde fosse inteligente a maioria absoluta dos comportamentos, o que tiraria a primazia da estupidez que grassa mundo afora de maneira tão espetacular que da mesma forma como um burrico entornaria no deserto sua água salvadora, a humanidade destrói os recursos naturais dos quais depende sua vida.

Como as crianças aprendem a mentira de que para viver bem é preciso adorar deus e riqueza, é de tal aprendizado que resulta a estupidez da qual resulta o ambiente em que vivemos onde as pessoas abominando ideias socialistas se colocam contra a favor de uma sociedade de abastados e necessitados em vez de uma sociedade na qual a riqueza pública atendesse as necessidades de todos indistintamente. Esta estupidez, em vez de ser congênita, é transmitida de geração para geração pelo sistema educacional montado pelo interesse antissocial da cultura individualista que dita as regras no mundo e cujos interesses por serem obscuros procuram e conseguem evitar que o povo evolua mentalmente porque quem evolui mentalmente evolui espiritual e se recusa a servir de hospedeiro para o parasitismo do sistema financeiro que enche as burras dos avarentos e cruéis Reis Midas do mundo que borram nas calças ante a possibilidade de lhes faltar uma caixa forte recheada nos infernos fiscais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

      

 

 

 

           

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

ARENGA 469

 

            Quando candidato à presidência desta republiqueta de macacos apaixonados pela cultura rude da paixão americana por deus e riqueza, o doutor Enéas Carneiro, como todo candidato, prometia promover o bem-estar social. Não teve oportunidade de mostrar se faria o que disse, ou se, como fizeram os anteriores e farão os posteriores, usaria do cargo para coisas que ninguém mais desconhece.

Dispondo apenas de quinze segundos para expor suas ideias no programa eleitoral que a papagaiada de microfone diz ser gratuito, apesar de custar os olhos da cara da massa bruta de povo, o candidato Enéas Carneiro enfatizava – MEU NOME É ENÉAS! –, motivo que serviu injustamente para chacota de imbecis incapazes de perceber a sensatez de quem se mostrava contrário ao controle da política mundial por grupos avarentos e antissociais de Reis Midas que transformam a natureza em dinheiro, ou quando afirmou que nenhum pai de família deixaria de ser contra a putrefação televisiva que deturpa a sexualidade dos jovens com cenas de lascívia, ou ainda quando disse que se para ser gerente de um estabelecimento comercial exige-se qualificação, não se justifica que não fosse exigida qualificação alguma para ser gerente do país.

Vale a pena ver no Youtube a entrevista do candidato Enéas Carneiro no programa Roda Viva. Percebe-se na hostilidade dos entrevistadores testas- de-ferro do, com licença da má palavra, ESTABLISHMENT, o processo pelo qual é feita a cabeça do povo pelos defensores da cultura capitalista que por meio do sistema financeiro usa a sociedade como hospedeira para sua parasitagem. Não existia motivo para hostilidade se não existia insensatez nas discordâncias do candidato, visto estar acontecendo coisas totalmente inaceitáveis como incentivo à prostituição por meio do proxenetismo dos órgãos de imprensa ganhando dinheiro para banalizar putarias disfarçadas em notícias sobre “famosos” e “celebridades”, e nem é insensato exigir qualificação para se tornar a maior autoridade do país. Mestre Platão afirmava que o governante deve ser um filósofo.

A desfaçatez dos entrevistadores aparece espetacularmente quando apesar de não perderem oportunidade de espinafrar Lula, contradisseram o questionamento de poder um analfabeto ser presidente da república levantada sensatamente pelo candidato Enéas Carneiro, quando os entrevistadores vestiram a casaca da discordância novamente afirmando ter sido legítima a eleição de Lula, posto que democraticamente escolhido pela vontade do povo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

ARENGA 468

 

           

   Negligenciar o fato de basear suas crenças em falsidades é o maior erro que a humanidade comete porquanto a irracionalidade predomina sobre a razão. Daí declarações como a do religioso presidente do Brasil de que deus é uma pessoa. É tão falso pensar que existe deus quanto pensar que ele é alguém a quem se pode dar um alô. O mal de se apoiar em falsidades dá origem a todos os males que a afetam.

É falsa a crença em haver motivo para que mediocridades mereçam fama e celebridade.

É falsa a fé que se deposita na Constituição Federal como garantia de direitos se as demais leis nela fundamentadas não põem em prática os direitos constitucionalmente garantidos.

É falsa a ideia de ser a democracia a melhor forma de governo porque ficando a cargo do elemento mentalmente reles de povo a responsabilidade pela eleição do governante resulta em se eleger uma pessoa pela destreza no futebola, por ter semelhança física com um destro nesta arte, ou por aparecer em público ao lado de um deles.

É falsa a recomendação para não desejar a mulher casada se a natureza tem suas próprias leis que são fielmente cumpridas.

É falsa a crença em ser o casal feliz para sempre porque depois do só vou se você for o que resta são deveres a serem cumpridos.

É falsa a política porque diz visar a paz social, mas reina o belicismo.

É falsa a crença na liberdade porque ninguém ingeriria veneno sem ser obrigado como Sócrates.

É falsa a ideia de justiça porque muitos trabalham e poucos desfrutam.

É falsa a educação porque não ensina como viver bem coletivamente como somos obrigados.

É falsa a pregação religiosa porque só existe deus na bíblia que o povo tem no lugar onde gente tem cabeça.

É falsa a esperança de encontrar proteção na igreja porque lá se encontra mentira e, por vezes, morte violenta.

É falsa a esperança de haver bem-estar na riqueza porque ela gera pobreza que é fonte de mal-estar.

É falsa a afirmação de depender a tranquilidade social do pleno emprego porque é impossível haver pleno emprego.

É falsa a afirmação de ser gratuita a campanha eleitoral porque custa os olhos da cara dos pagadores de imposto.

É falsa a economia capitalista porque ela explora os pobres em benefício dos ricos visto que não se fica rico trabalhando sozinho.

É falso o papagaiamento dos papagaios de microfone a favor dos bancos e do agribiuzinesse porque os primeiros privatizam imensas fortunas que deveriam estar a serviço da sociedade, enquanto que o agribiuzinesse, envenenando as águas e o solo, deixará terras arrasadas para as futuras gerações.

Virou falsidade até o que era a verdade de ser a juventude o elemento dinâmico da sociedade se os jovens foram transformados em babacas futucadores de telefone.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

ARENGA 467

 

 É comum as pessoas bem sucedidas na atividade de ganhar dinheiro serem gratas a deus a quem atribuem o privilégio de terem alcançado o que consideram sucesso, e nunca se esquecem de agradecer-lhe pela comida sobre a mesa. Entretanto, se deus diz a estas pessoas para desejarem ao próximo o mesmo que desejam para elas mesmas, estas pessoas estão fora da curva fartando-se à larga sem dar bola para as pessoas que por não terem sido bem sucedidas na vida não têm comida nem mesa. Significará realmente sucesso o fato de enriquecer, ou, como disse Philipe Patrik Dimitruk, “O verdadeiro sentido da vida não é chegar primeiro, mas chegar todos juntos ao mesmo destino.”?

Para nós cá do cantinho de pensar, a indiferença dos afortunados em relação aos desafortunados significa que eles estão enganados.

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Na apresentação do livro enfadonho Guerra e Paz, de Leon Tolstói, Ivan Pinheiro Machado afirma que com Guernica e com Guerra e Paz, o pintor Picasso e o escritor Tolstói teriam dado muito bom exemplo à humanidade ao construir um monumento à paz.  O fato de não se abrir mão das guerras e de se optarem pelas piores pessoas para seus líderes prova que os homens só se interessam pelos maus exemplos.

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A viagem do campeão Pelé a Brasília, especialmente para cumprimentar efusivamente o general Médici, fato registrado na página 217 do livro Ditaduras À Brasileira, de Marco Antonio Villa, significa que enquanto os campeões do mundo dos bovinos, caprinos e suínos são valorizados em função da capacidade de deixar descendência apta a produzir maior quantidade de carne,  os campeões do mundo do pão e circo são valorizados pelos papagaios de microfone pela capacidade de deixar descendência de maior analfabetismo político.

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Na página 590 de História Da Civilização Ocidental, o historiador Edward McNall Burns observa que os promotores das mazelas políticas que resultaram na Revolução Francesa estavam tão seguros da passividade do povo que foram indiferentes aos ataques virulentos de intelectuais como Voltaire e Rousseau. Rola aí na distribuidora Amazon de Filmes um filme – Rampage 2, A Punição –, cuja exibição deve-se certamente à mesma indiferença dos promotores atuais de mazelas políticas porque, no filme, o terrorista Bill Williamson torna públicas e sugere vingança contra as injustiças decorrentes da compra de decisões políticas pelos capitalistas, processo pelo qual o câncer social representado pelos parasitas do sistema financeiro estendeu suas metástases pelo mundo inteiro. 

domingo, 8 de novembro de 2020

ARENGA 466

 

     O mundo é tão carente de um sistema político coerente com a dignidade de que o ser humano deve se orgulhar de fazer por merecer que eleições nos Estados Unidos despertam interesse mundial como se aquele país fosse exemplo a ser seguido. Nesta pobre e infeliz republiqueta de bananas. habitada por carnavalescos, torcedores, religiosos e ladrões,  massa bruta de que é feito o povo de mentalidade tão medíocre que doutor acredita que vírus tem ideologia política, por aqui a baixeza da subserviência e a exorbitância do servilismo faz abaixar até mostrar a bunda tamanha é a paixão pelo imperialismo americano. A imprensa recomenda à população para se interessar em acompanhar a eleição do presidente dos Estados Unidos, numa babosidade revoltante para quem gostaria de ter motivo para se orgulhar de seu belo país. 

Em troca de salário, baba ovos profissionais apologizam regimes políticos que transformam seres humanos em carneiros de Cristo onde são tosquiados os que têm lã e esfolados os que não têm. A ninguém que tenha superado a fase bruta de povo é dado desconhecer a monstruosa desumanidade da cultura capitalista. Entretanto, subir um degrau na escala da evolução mental a fim de superar na vida esta fase obscura da povo  exige esforço pessoal nesse sentido visto serem tão camaleônicas as artimanhas capitalistas que conseguem a malandragem de implantar nas pessoas, mesmo as esclarecidas em tecnologia, horror à ideia de justiça social. Manhosamente, a custo de imensas riquezas em propaganda falsa, o capitalismo torna a opinião pública aliada de suas maldades. 

A existência de aparelhos de televisão onde quer que se agrupem pessoas é uma das armadilhas por meio da qual papagaios de microfone, disfarçadamente, fazem a cabeça da massa bruta de povo com tamanha eficiência que pessoas vulgares, totalmente desprovidas do mínimo de intelectualidade passem a merecer tamanha afeição da sociedade que até se arvoram à se tornar presidentes do país. Embora surreal, é a triste realidade. Tamanha é a influência negativa da televisão, apelidada de máquina de fazer doido, que  pais não se incomodam que seus filhos tenham deturpada sua sexualidade presenciando cenas de prostituição. 

Sendo vulgaridades que preenchem todos os espaços, fica a mente incapacitada de elevar-se além das vulgaridades, eternizando desta forma a condição reles de povo. Enquanto as pessoas tiverem mentalidades tão medíocres que se afirmam seguidores dos ensinamentos do Cristo que pregou desprendimento enquanto digladiam por riqueza, tais pessoas serão incapazes de enxergar a falsidade em que vivem, portanto, presas fáceis dos monstros de cuja boca escorre baba de dragão, os Reis Midas dos sistemas financeiros que parasitam a sociedade contanto com a indiferença das pessoas.


  

 

 

 

 

 

 

 


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

ARENGA 465

O mundo é carente de um sistema político coerente com a dignidade de que o ser humano deveria se orgulhar e fazer por merecer, realidade espetacularmente demonstrada pelo alvoroço que despertam no mundo as eleições nos Estados Unidos, como se a infelicidade que ronda aquele país fosse exemplo a ser seguido. Nesta nossa ridícula republiqueta de bananas, onde a Rádio Bandeirantes AM de SP tem um programa chamado Brasil com Z, habitada por carnavalescos, torcedores, religiosos e ladrões, povo de mentalidade tão medíocre que doutor acredita que vírus tem ideologia política, por aqui a baixeza da subserviência e a exorbitância do servilismo faz abaixar até mostrar a bunda tamanha é a paixão pelo imperialismo americano. A imprensa recomenda à população para se interessar em acompanhar a eleição do presidente dos Estados Unidos, numa babosidade revoltante para quem gostaria de ter motivo para se orgulhar de seu belo país que apesar de rico, está sempre de pires na mão.

Em troca de salário, baba ovos profissionais apologizam regimes políticos que transformam seres humanos em carneiros de Cristo, onde são tosquiados os que têm lã e esfolados os que não têm. A ninguém que tenha superado a fase bruta de povo é dado desconhecer a monstruosa desumanidade da cultura capitalista. Entretanto, subir um degrau na escala da evolução mental a fim de superar na vida esta fase obscura de povo  exige grande esforço pessoal visto serem tão camaleônicas as artimanhas da cultura capitalista que implanta nas pessoas, mesmo as esclarecidas em tecnologia, horror à ideia de justiça social. Manhosamente, a custo de imensas riquezas em propaganda falsa, a cultura capitalista torna a opinião pública aliada de suas maldades.

A existência de aparelhos de televisão onde quer que se agrupem pessoas é uma das armadilhas por meio da qual papagaios de microfone, disfarçadamente, fazem a cabeça da massa bruta de povo com tamanha eficiência que pessoas vulgares, totalmente desprovidas do mínimo de intelectualidade passem a merecer tamanha afeição da sociedade que até se arvoram a se tornar presidentes do país. Embora surreal, é a triste realidade. Tamanha é a influência negativa da televisão, apelidada de máquina de fazer doido, que pais não se incomodam que seus filhos tenham deturpada sua sexualidade presenciando cenas de depravação. É tão negativa a influência da imprensa capitalista que brutamontes espirituais parasitam a sociedade sob auréola de fama e celebridade atribuídas por motivos ridículos como expor bundas e peitos ou ter habilidade em atividade esportiva. Preenchendo com vulgaridades os espaços do tempo em que não se está trabalhando para produzir a riqueza dos ricos é a artimanha que a cultura capitalista usa para eternizar as vulgaridades que impossibilitam a evolução espiritual que tolhe a percepção de depender da política tudo que se espera obter por benevolência divina.

A humanidade vive tão distante da realidade que uma senhora idosa do mundo das “celebridades”, embora avançada em idade, mostra-se tão ingênua quanto uma adolescente ao afirmar que os comunistas odeiam os cristãos. Na verdade, pleiteando justiça social para o povo, os comunistas estão mais perto dos ideais de Cristo do que aquela rica senhora que por cantar e requebrar recebe da sociedade involuída recompensa maior do que as abnegadas profissionais da saúde em sua atividade de salvar vidas.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

ARENGA 464

               Pensar que político trabalha está absolutamente correto porque deve ter sido trabalhão para Hércules dar a volta por cima e passar de acusado em acusador, postergar o castigo por crime cometido até não poder mais ser aplicado por decurso de tempo, montar uma Suprema Corte De Justiça formada por julgadores escolhidos por quem vai ser julgado, ou estabelecer a crença de não se dever punir corruptos para não prejudicar a economia. São ações que demandam suor e noites insones. O que está errado é pensar que políticos trabalham no cumprimento do dever que lhes cabe de cuidar para que haja bem-estar social. Isto está fora de cogitação visto implicar em aplicar os recursos provenientes de impostos para civilizar a massa bruta e asquerosa de povo, tornando-a da total ignorância e civilizando-a o suficiente para que tenha interesse e capacidade de participar das decisões políticas.

 O verdadeiro trabalho dos políticos está esplendorosamente mostrado no livro DITADURA À BRASILEIRA, onde seu autor, Marco Antonio Villa, mostra a confusão que tal qual baratas tontas os políticos fizeram no Brasil nas três primeiras décadas da segunda metade do século XX, o que não é privilégio das sociedades ainda colonizadas como a nossa porque é o mesmo que também acontece nas sociedades supostamente civilizadas a exemplo da confusão nas eleições americanas atuais com um brutamontes que aboletou o bundão no poder e disse que se for derrotado nas urnas não arredará de lá sua farta bunda branca. Sendo o poder, sonho de mentalidades medíocres como a do rei nu, e sendo medíocre a mentalidade humana, o trabalho dos políticos tem finalidade única grudunhar como visgo na posição de mandatários que lhes faculta tanto o pavoneamento de que se gaba o imbecil, quanto a possibilidade de locupletação, contando com o absoluto desinteresse dos donos da riqueza pública em fiscalizar o que é que os políticos estão fazendo com o seu dinheiro.

              Sob uma estupidez de dimensão oceânica, além de deixar-se roubar à larga, a sociedade humana em todo o mundo ainda cuida de garantir aos políticos vida regalada em palácios onde se desconhece totalmente o que seja dificuldade, o que justifica o alvoroço infernal em torno de eleições. É o interesse em uma “boquinha” que justifica o ridículo de alguém desfilar com o saco de um político montado em seu pescoço. Manoel Bandeira fez referência inteligente a esta baboseira nos versos do poema Vou-me Embora Prá Passárgada.

              Sendo o parasitismo, a desonestidade, o mau caratismo o ambiente político, por que, então, pessoas honradas se misturam com os elementos reles e asquerosos que esvoaçam como urubus na carniça em torno da oportunidade de parasitar a sociedade? A explicação está na falta de meditação sobre a realidade da vida pelo fato de se encontrarem tais pessoas tão envolvidas na atividade de assegurar não só os recursos realmente necessários à sobrevivência, mas também a riqueza desnecessária cobrada pela cultura capitalista sugada com o leite materno. A falta de meditação é o motivo pelo qual doutores da área da saúde cujos conhecimentos da anatomia humana os tornam sabedores da semelhança entre nós e as feras comungam com analfabetos a crença de ter sido o ser humano já surgido no mundo pronto e acabado como é hoje. Mas nem de longe pode a política deixar de contar a presença de pessoas honradas sob pena de ser convertida em imenso puteiro. Portanto, para nosso bem, precisamos votar nestas pessoas, apesar de tão desmoralizada a política que autoridades são merecidamente apupadas pelo bicho povo porque, como lembra o doutor Vinícius Bitencourt, no livro FALANDO FRANCAMENTE, o filósofo sentenciou que “Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”.