sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

ARENGA 203

Não se pode esperar outro tipo de sociedade senão esta pocilga em que chafurda no lamaçal o povo brasileiro, o mais desqualificado que a natureza produziu, povo capaz de roubar a Cruz Vermelha, uma entidade com objetivo de aliviar as feridas feitas pela brutalidade de bestas humanas. Se do conceito de sociedade faz parte a noção de união, solidariedade, cooperação e esforço conjunto, no arremedo de sociedade brasileira inexplicavelmente ocorre o contrário. Se até nas sociedades de bandidos valentes de arma na mão cultiva-se a solidariedade, não há motivo porá ser diferente numa sociedade de bandidos covardes que roubam o direito do leite indispensável à boa formação das crianças. Aqui, comportamentos individuais e antissociais são aceitos pelos demais indivíduos indiferentemente do malefício deles decorrente para a coletividade. A imprensa publicou a seguinte declaração de um ajuntador de riqueza: O INCRA dizia que tenho 17 milhões de hectares, mas não é nada disso. A verdade mesmo é que tenho de 6 a 7 milhões de hectares de terra bem documentados”.  Embora para os frequentadores de igreja e futebola seja irrelevante tal notícia, é deste comportamento socialmente inaceitável que resulta o inchaço dos cidades, a violência e as doenças. Se é da terra que brota a vida, como pode a organização social permitir a um brutamontes mental o direito de ter chancelada pelas autoridades o domínio de área suficiente para ser explorada racionalmente por milhares de famílias? Nada justifica que a autoridade permita ser legal tamanha aberração uma vez que a autoridade é constituída para promover a harmonia social em vez da desintegração da sociedade.
A humanidade permanece na animalidade brutal que levou Thomas Hobbes a dizer que o homem é lobo do homem. Mas, em função da dependência mútua entre os seres humanos, comportamento adequado seria também haver uma proteção mútua assim como se protegem os animais dos quais também depende a vida do ser humano. Mas o que se tem é a mesma irracionalidade dos tempos em que cada ser humano representava perigo para outro ser humano. Os sinônimos de burrice arrolados no trabalho Elogio à Burrice, do amigo Movér, são ainda insuficientes para definir a pusilanimidade desta malta ignorante e ladravaz de completos idiotas e imitadores de americanos aparentemente requintados, mas tão brutos e ignorantes quanto seus admiradores das bandas de cá. Por esta ocasião que o Mercado denomina de Natal, pré-macacos abarrotam aviões, lojas, trens, ônibus, automóveis pebas doados por Deus, e se lançam mundo afora em direção às compras em obediência ao berrante da televisão. Multidões de imbecis participam de missas nos locais onde ocorrem tragédias que vitimam centenas ou milhares de outros imbecis, comprovando os dizeres de Rui Barbosa de que todo o mal do mundo decorre da ignorância.
Outro órgão da imprensa, o blog Outras Palavras, publica importante trabalho do cientista Washington Novaes, intitulada O Solo Que Desaparece Sob Nossos Pés, mostrando o perigo que ameaça os frequentadores de igreja e futebola ante a iminente falta de terras capazes de produzir alimentos, o que é desdenhado por analfabetos com uma bíblia debaixo do sobaco fedorento a caminho das igrejas que melhor nominadas estariam sob o título de postos de arrecadação de dízimo.
Eduardo Cunha teme por prisão de mulher e filha, diz jornal. É outra notícia que justifica a situação degradante e inaceitável, salvo pela corja de politiqueiros e pela malta ignorante de adoradores de brincadeiras. Afinal de contas, Eduardo Cunha é um homem que ocupa um dos cargos mais importantes da administração pública. Se assim é, por que motivos estaria apreensivo em virtude da possiblidade de serem presas sua mulher e filha? Seriam elas criminosas, ou é ele que as fez passíveis de prisão? Afinal, vive-se tempo tão temerário que ao acontecer algum acidente com criança os pais são investigados a fim de se verificar não ter sido por eles provocado.
Esta outra noticia da imprensa justifica a falta de dinheiro do lado de fora das caixas-fortes nos infernos fiscais:"LICITAÇÃO DO MARACANÃ: CONSÓRCIO DE EIKE BATISTA E ODEBRECHT É CONFIRMADO." 
  O que se sabe dos conluios entre a Odebrecht, Lula, a presidente e o mega trambiqueiro Eike Batista, são parte da explicação da falta de dinheiro para tudo. 

Crime hediondo comete um imbecil vestido de vermelho e barbas brancas entregando uma bicicleta a uma inocente criança pobre. É um mundo deveras canalha este de ensinar mentira às crianças. Precisamos urgentemente de líderes autênticos para escorraçar a quadrilha de canalhas travestidos de autoridades. Inté.









ARENGA 202



O que fazem os pobres de espírito e de dinheiro para se protegerem contra as doenças trazidas pelo mosquito é amorcegar num ônibus, ou caminhão, comer farofa com Coca-Cola, deixar prá trás algumas vítimas de acidente, descer na Cidade de Aparecida em São Paulo, entrar emocionados num imenso templo que abriga uma estátua enorme de uma santa chamada Aparecida e com ela manter o seguinte monólogo (porquanto estátua não fala): “Tô vindo de muito longe, minha santa. Vim pedir prá senhora não deixá o mosquito ferroar meus inchadim, que a bem da verdade tá tudo muito magrim, como a senhora bem tá sabendo”. Depois de deixar sua segurança a cargo da estátua, depositam dinheiro nas urnas sagradas para garantir a proteção e voltam comendo farofa com Coca-Cola, sacolejando quando o ônibus ou caminhão passa pelos quebra-molas, deixando vítimas de acidente pelo caminho outra vez. Da proteção da imagem resulta para a saúde dos pedintes o mesmo benefício para a saúde social que resultará das reformas políticas badaladas pelos papagaios de microfone euforicamente entusiasmados com a criação de mais uma “celebridade” na figura do menino que permaneceu mais tempo sobre as ondas em cima de sua prancha, para engrossar o coro das inutilidade destinadas ao circo que mantém as atenções longe da malandragem dos politiqueiros.

Todo o alvoroço em torno de Dilma, Temer, Cunha, Congresso, STF, TCU, Financiamento de Campanha, Democracia, Capitalismo, Comunismo, Direita, Esquerda, absolutamente tudo isso daí pode ser colocado numa imensa latrina e dar descarga com a lama dos ajuntadores de dinheiro que causaram o desastre Mariana em Minas Gerais. A triste realidade é que os seres humanos ainda estão longe de perder o ranço da brutalidade inicial. Veja só o que diz matéria escrita pelo jornalista Serge Halimi do Le Monde Diplomatic: Não sou contra todas as guerras. Eu me oponho a uma guerra imbecil, irrefletida, uma guerra fundada não na razão, mas na raiva”. O fato de haver na fina flor da intelectualidade razão para guerra, é demonstração cabal da monstruosidade espiritual em que ainda se encontra a humanidade. A única razão para que jovens se matem mutuamente numa brutalidade incompreensível é a sanha que levava à construção de impérios. Entretanto, decorrido tanto tempo nova mentalidade tem de substituir a velha mentalidade e concluir pela necessidade de se viver em paz, nada justificando portanto haver razão para guerra. É preciso subir na tribuna mais alta do mundo um homem que mereça crédito, porque ainda os há, e não me deixa mentir a rapaziada da Lava Jato, e bradar bonito: Não, senhores! Nada justifica a guerra porque dela só resultam sofrimentos! Escorracemos os falsos defensores da paz que saem da tribuna para negociatas de intermediar venda de armas para a guerra. Inté. 

 

 

 
   

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

ARENGA 201





Chega a ser nauseante a época de natal. Não há limite para a estupidez desta coisa asquerosa chamada povo. Toda esta arenga nojenta em torno de Papai Noel, nascimento de Jesus, confraternização, ceia de natal, tudo isto se resume em atividade comercial implantada na massa asquerosa com ares de sacralidade. Onde já se viu obrigação de dar presente? É a mesma coisa com as festas de aniversário, Dia do Pai, da Mãe, da Criança, do Cachorro, do Gato, da PQP. É tudo desfaçatez, que infelizmente escapa à percepção do povo graças ao aprendizado a que foi submetido, aprendizado este objetivando exatamente este resultado uma vez que ninguém capaz de raciocinar participaria deste festival satânico destinado a encher as lojas de biltres num compra-compra infernal do qual resulta a destruição da natureza com única finalidade de satisfazer a sanha demoníaca dos Reis Midas do mundo em sua sede insaciável por riqueza. É entristecedor o fato de ser obrigado a conviver com pessoas tão obtusas a ponto de armarem árvores de plástico em suas casas, enchê-las de penduricalhos e enorme quantidade de lampadazinhas piscando semelhantes a vagalumes. É tamanha a estultice na cabeça destas pessoas que as leva a encontrar algo de positivo onde só há a negatividade do consumismo. Não menos nauseantes são as conversas dos papagaios de microfone tipo “Ganhou muitos presentinhos?” “Também Ganhei”. O trabalho perverso de fazer o povo ser tão mentalmente incapaz como é se deve exatamente à papagaiada de microfone para a qual são importantes as notícias sobre brincadeiras, ser socialmente positivo o agribiuzinesse, ser coisa do demônio a reforma agrária, haver motivo para fama e celebridades nos “famosos” e nas “celebridades”. A ação perniciosa desse trabalho pode ser percebida, por exemplo, na substituição da palavra “hectare” por “campo de futebol” cuja finalidade é manter o pensamento no circo. O apocalipse que a natureza promete se deve à ação nefasta do exército de papagaios de microfone a espalhar imbecilidade pelo mundo, resultando na anulação da capacidade de pensar.

A malta ignorante em delírio nos estádios de futebola e a bola rolando, como dizem aos berros os papagaios de microfone, lembram os tempos em que multidões de bestas humanas tão bestas quando as de agora ovacionavam o gladiador quando cepava fora a cabeça do oponente e ela saia rolando. É impossível uma vida agradável numa sociedade formada por pessoas de espiritualidade tão raquítica. Inté. 

 
 















segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

ARENGA 200




Depois de ler um interessante trabalho do ensaísta Edmilson Santos Silva Movér, intitulado O ELOGIO DA BURRICE, a dor nas costas me lembrou a ficar de pé por algum tempo e liguei a televisão, dando de cara com Faustão e bobagens que demonstram quanta inferioridade mental tomou conta do povo. Como pensamento não espera convite, outro pensamento concluiu haver profunda diferença entre gente e povo. Povo não consegue viver sem televisão. Certa vez, num bar, pude observar que um espécime de povo ao ouvir a televisão que ficava na parede e do lado oposto anunciar algo sobre futebola, o sujeito pegou a xícara, e com ela numa mão e o sanduiche na outra, disparou para a frente da televisão e, com os olhos arregalados e a boca cheia, parecia meditar sobre o que ouvia. Aí está o perfeito e acabado representante de povo. Contrasta com o espécime de povo o espécime de gente porque este sabe que o comportamento daquele é que impede o desenvolvimento espiritual da sociedade pelo fato de serem eles a absoluta maioria da humanidade. Como a humanidade precisa de condução, e como esta condução é feito por quem a maioria escolhe, resulta daí serem escolhidos condutores também espécimes de povo, acabando numa condução que leva à preferência pelos estádios de futebola na aplicação dos recursos públicos. É como entregar a crianças a responsabilidade de gerir uma fábrica de doces ou a alcóolatras a responsabilidade pela administração de um alambique. A escolha errada de administradores resulta no fracasso do empreendimento. Esta é a única causa pela situação desastrosa em que se encontra o mundo. É preciso repetir à exaustão a necessidade de se encontrar outra forma de procedimento.

A cultura resultante do modo como tem sido o mundo conduzido dispensa a meditação, o que é um erro monumental. Uma vez desprezada a atividade de pensar tem-se a massa de zumbis em que foram transformados os seres humanos com sua preferência pelas coisas menos importantes para a vida em detrimento das mais importantes, haja vista que as pessoas mais importantes do mundo são as menos importantes em termos de sociabilidade. As pessoas que merecem maior apreço social são as que promovem brincadeiras, cuja formação dispensa o necessário conhecimento de sociabilidade indispensável a uma sociedade com espiritualmente elevada o bastante para possibilitar uma vida cujos tormentos se resumam aos inevitáveis. Desta forma, tais pessoas são, na realidade, nocivas ao desenvolvimento civilizatório. As segundas pessoas mais importantes para a cultura resultante da desnecessidade de pensar são também pessoas nocivas porque sendo também desconhecedoras de sociabilidade, aproveitam-se de sagacidade para exorbitar o individualismo e arrancar do ambiente social recursos monumentais que aprisionam em seu poder em detrimento do conjunto. Pensar, pois, é tão necessário quanto viver. Inté

 
 
 


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

ARENGA 199




 “Quando chegam perto da morte, pessoas que não são religiosas são mais propensas a acreditar em Deus ou na vida após a morte”. Esta declaração na imprensa é tão falsa quanto a que dá conta de um canceroso curado pelas orações a Madre Tereza de Calcutá, razão pela qual o papa vai transformá-la em santa. Comentei esta notícia no Jornal do Brasil da seguinte forma: “todo o mal do mundo tem uma única causa: a ignorância”. Mas aposto um tostão furado como não será publicado o comentário ao lado dos outros comentários beatos que surgirão em abundância. Por que será que os milagres só acontecem aqui, ali e acola, sempre distantes? Quando eu era jovem e imbecil como todo jovem, a primeira vez que vi o filme A Vida de Cristo fiquei intrigado porque ele salvou apenas duas pessoas do leprosário. E as outras? Saí do cinema pensando sobre isso. Hoje, aos oitenta, percebo que a resposta está nas palavras de Rui Barbosa que copiei no comentário, quando disse que todo o mal do mundo nasce da ignorância. Os meios de comunicação que bradam contra a corrupção são os mesmos que dão sustentação ao caos e promovem alienação mental bastante para permitir a corrupção. Promover a ignorância é o trabalho nefasto dos papagaios de microfone e dos escritores assalariados por força do contrato de trabalho assinado com os meios de comunicação dos ricos donos do mundo. O ser humano considerado normal dentro do atual padrão de vida é o mais anormal dos seres vivos. É o sujeito que troca sua paz pela guerra de ajuntar riqueza. É nesse clima que se diz ter sido o próprio governo americano quem provocou a destruição das Torres Gêmeas para justificar a guerra contra os terroristas cujas armas lhes foram vendidas pelos próprios americanos, o que não é descartável dado ao estado de selvageria que orienta a política no mundo inteiro. Por aqui, corre agora a fala de que a degeneração dos nascituros provém de uma vacina alterada que o governo aplicou na população em vez do alarde dos papagaios de microfone sobre ser a doença proveniente de picada de mosquito, o que também não é de se descartar. A cada vez que o mosquito é acusado pela doença, tem-se a impressão de que o papagaio de microfone vai dizer que o mosquito nega as acusações.

A hipocrisia, falsidade, interesses escusos, malandragem, desonestidade, enfim, tudo que é contrário ao interesse da sociedade é o que orienta os responsáveis pela administração da riqueza pública. Por que motivo o povo não pode participar das decisões das quais depende seu bem-estar e o futuro de seus filhos? Simplesmente não pode, e tá acabado. Não tem de ser assim e o porquê de não poder está aí na cara de todo mundo. Basta tirar os olhos da igreja, do axé e do futebola para ver a situação em que se encontra esta sociedade parva de brasileiros capazes de se submeterem à conversa fiada de faltar dinheiro na previdência para garantir o descanso dos trabalhadores aposentados, quando a imprensa dá conta de bilhões e mais bilhões roubados através de mil e uma falcatruas.

A afirmação de que os descrentes viram crentes com a aproximação da morte é tão falsa quanto a que informa ser deficitária a previdência. O empregado de Edir Macedo, o Datena, afirmou em seu programa de horrores que o homem sem Deus é capaz de cometer os piores crimes. Ora, quem comete crimes são justamente os homens de Deus, os patrões de Datena, estelionatários que espoliam os ignorantes vendendo-lhes falsas esperanças. Quem é sem Deus é por ter lido muito, como prova a inexistência de ateu analfabeto. Quem lê muito aprende sociabilidade e, portanto, se torna incapaz de cometer crime por ter tomado conhecimento da necessidade de harmonia entre os membros de uma sociedade para que ela possa funcionar a contento. Inté.

 
 
 


 


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

ARENGA 198

Lula sabe tanto sobre educação quanto eu sei de missa. Seus grunhidos em nome do Brasil se justificam apenas por se tratar do povo menos qualificado no mundo inteiro. A fala desse pré-presidiário sobre a culpa de Portugal pela deseducação do brasileiro é mais um dos motivos pelos quais o personagem do livro O Chefe, ou seja, o próprio Lula, não deveria ter permissão para grunhir em nosso nome. No livro 1808, Laurentino Gomes cita vários autores afirmando que a ação de Portugal em suas colônias resumia-se a extrair o que houvesse por lá, sem qualquer preocupação com o desenvolvimento de qualquer espécie do povo do lugar. Esta é uma verdade histórica irrefutável. Entretanto, o sofrimento dos brasileiros proveniente das administrações públicas decepcionaram-nos tanto que os pobres coitados resolveram experimentar um trabalhador que prometia cobrar imposto sobre a grandes fortunas e reformar o direito à posse da terra de modo transformar o latifúndio em pequenas propriedades. Como sempre, sendo um povo cagado de arara, o trabalhador de ajuntou a Maluf e banqueiros e deu no que deu. Há deseducação tanto no Brasil como no mundo inteiro por ser esse o interesse das administrações públicas voltadas para garantir aos donos dos infernos fiscais um fluxo contínuo de riqueza para suas contas, objetivo ao qual, segundo a imprens, Lula teria se aderido. Se Portugal fez isso ou aquilo, não interessa porque o que interessa é deixar de lado o ruim e seguir o bom em vez de ficar choramingando e procurando bode expiatório para nossas deficiências. O de que este belo país de triste sorte carece mesmo é de uma juventude diferente da que tem. Uma juventude disposta a fazer com que seus país tenha motivo do qual se orgulhar. Mas um motivo deferente da aberração social da qual resulta um Donald Trump com uma patrimônio tão grande que demando o gasto de um milhão de dólares diários, D I Á R I O S, para protegê-lo dos pobres que abarrotam os presídios do país mais rico do mundo, mas cujo povo pode ser a qualquer momento vitimado pela violência decorrente das ações das quais resultam do pelo qual se orgulha.
Disse um pensador que os primeiros grilhões se devem à brutalidade, e sua manutenção se deve à covardia. Certamente a covardia de enfrentar novas situações ainda que diante da realidade de estar errado o modo pelo qual se pauta a vida. A alienação mental dos jovens que os transforma em completos idiotas a futucar telefone para avisar as rádios onde há uma poça d’água na rua precisa ser superada sob pena de sucumbirem tanto os alienadores quanto os alienados porque uma sociedade de parvos não pode subsistir. É de dar tristeza o quadro mostrado pelo televisão de jovens tentando fazer gestos do palhaço Tiririca. O que esperar de uma juventude cuja meta maior do jovem é ser palhaço? Pois é nesse pé que se encontra nossa sociedade, para tristeza de quem tem vergonha na cara e sentimento na alma. Inté.
 

domingo, 13 de dezembro de 2015

ARENGA 197




A imprensa tem cada uma do arco da velha. Além de dizer à exaustão que “o acusado nega as acusações”, apresenta agora uma notícia de exacerbar a libido até de oitentão. Veja só que notícia alvissareira: “Já viu? Gisele Bundchen abre sua intimidade em vídeo lindo para a chanel". Fiquei a imaginar coisas também do arco da velha e com monumental inveja desse ou dessa tal de Chanel para quem a Bundchen estava abrindo sua intimidade. O lado de fora da intimidade das “celebridades” não é novidade alguma porque nas fotos e na televisão a roupa delas só cobre o lado de dentro da intimidade. Estaria a dona Bundchen mostrando o lado de dentro de sua intimidade até agora escondida de nosotros? Antes de ponderar não ser impossível porque num tal de sistema capitalista onde o importante é ajuntar dinheiro de qualquer forma, até vendendo xoxota, fui afoito à matéria anunciada para também conhecer o lado de dentro da intimidade de dona Bundchen, mas dei com os burros n’água. O lado de dentro que ela mostrava era o lado de dentro da sua mansão. Todo rico sente coceira se não mostrar o muito que tem a quem tem menos, comportamento tão imbecil quanto o de ajuntar riqueza. Fazer figa aos bandidos que já superam em número o de policiais é ideia de jerico. Quanto mais riqueza se ajunta, mais depressa chegará o fim da ajuntação porque a quantidade de jovens entrando para o banditismo e para o Estado Islâmico indica um futuro sem possibilidade de haver paz, muito menos nas mansões, conclusão a que se chega lembrando que o pessoal mais atormentado nas revoluções Russa e Francesa eram exatamente os ocupantes de mansões. O comportamento do povo, categoria reles na qual se incluem os ajuntadores de riqueza, é um exemplo perfeito do significado da expressão “Eles não sabem o que fazem”. Esta malta que não sabe o que faz é o motivo pelo qual o país virou inferno. A notícia no jornal Folha de São Paulo dando conta de que o homem mais rico do Brasil defende união e diálogo entre Lula e FHC mostra bem as más intenções da cambada de ricos que preferem as más companhias. Os fatos constantes dos livros Privataria Tucana e O Chefe atestam a inidoneidade moral de Lula e de FHC, sendo que o próprio tio de FHC disse publicamente que seu sobrinho não é de confiança. Pessoas desonestas são as melhores companhias bilionário. Para ricos, honestidade só é necessária nos empregados.

Enquanto pervertidos morais e curtos de mentalidade se ocupam de ajuntar riqueza, o Estado Brasileiro chega à ridícula situação no caso de acontecer o impedimento da presidente Dilma, vir o país a ser governado por Michel Temer, acusado de crime na Operação Castelo de Areia. Que esperar de um presidente cujo caráter se molda a qualquer modalidade de poder, numa demonstração de mau caratismo, além disso, desonestidade? Foi suprimida da internete a parte da Operação Castelo de Areia que acusa de falcatruas o futuro presidente desta malta imbecil brasileiros. Para não ficar feio um presidente da república com o nome sujo na praça, joga-se a sujeira para baixo do tapete e os frequentadores de igreja, axé e futebola seguem orando e esperneando nas alegrias com um presidente do tipo do Michel Temer. Triste país, tristíssimo povo. Inté.

 
 
 

 


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ARENGA 196



Quantos futucadores de telefone, quantos religiosos, quantos adoradores de futebola, “famosos” e “celebridades” sabem o que são as Operações Castelo de Areia e Satiagraha? Ou o significado da alegoria A Caverna de Platão? Absolutamente nenhum. Pode-se apostar nisso. À lida diária junta-se o desinteresse pelas coisas importantes, o que se deve principalmente ao incentivo que recebem nesse sentido maldosamente ministrado por quem devia ser os primeiros interessados numa juventude mentalmente sadia: seus líderes. É aqui que a porca torce o rabo. Como sair da indiferença política ou social se o sistema educacional montado pelos governantes tem exatamente por objetivo estimular o analfabetismo político? É com tal objetivo que as festas têm prioridade sobre as escolas. Um mínimo de esclarecimento sobre sociabilidade repudiaria uma administração pública da qual resultassem monumentais montanhas de dinheiro gastas em brincadeiras de todo tipo enquanto corredores de hospitais estão abarrotados de chorões sem atendimento por falta de dinheiro. É realmente muito esquisito alguém não se interessar como será seu amanhã. Impera uma desorientação tal que um jovem corria na Avenida Paulista entre fileiras de veículos com a finalidade de ganhar saúde, enquanto imensa multidão dispara na São Silvestre com o único objetivo de fazer bonito aos olhos de outra multidão de apreciadores, tão parvos quanto os corredores.

Desta forma, faz-se necessário um empurrãozinho no esclarecimento mental da juventude a fim de aumentar o número daqueles que já perceberam haver algo de errado e esperneiam contra elas, no que fazem muitíssimo bem. Entretanto, não há necessidade de quebrar vidros, brigar com a polícia, tocar fogo em coisa nenhuma. Arma mais eficiente que brutalidade é a sagacidade da inteligência. Como não demonstra ser portador de inteligência quem vê motivo para fama e celebridade nos “famosos” e nas “celebridades” cultuadas pela juventude, precisa ela reciclar sua mentalidade. Fazendo isso, haverá de chegar ao conhecimento da realidade de ter sido a administração pública apossada por pessoas desonestas que objetivam exclusivamente roubar o erário, atitude da qual decorre a falta de dinheiro para as coisas básicas enquanto são erguidos templos monumentais destinados a brincadeiras e nada mais. A solução para endireitar tal situação pode ser, por exemplo, usar do poder que tem a multidão e fazer o doutor Joaquim Barbosa ser presidente da república. Aposto um tostão furado como ele não escolheria absolutamente ninguém dessa turma aí para trabalhar com ele. Não seria uma boa ideia pagar para ver? Inté.   

 
   
 





   


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

ARENGA 195




Uma senhora com oito anos a mais do que os meus oitenta me disse ser bobagem se incomodar com o sofrimento alheio. Explicou com bastante convicção que sofre apenas quem não tem Deus. Este é o comportamento típico de quem passou pela vida sem nada aprender, o que, lamentavelmente está acontecendo também com a juventude. Outro fato que também me fez pensar sobre o quanto distante estão os seres humanos da evolução espiritual foi a notícia de que a barriga de Angélica fez sucesso. Certamente o mesmo sucesso que assustou o mestre Ariano Suassuna ante a letra da música alardeada como de grande sucesso e que dizia: “Se você quiser me conquistar, vai ter de rebolar, ô, ô, ô”. Quando a parcela verdadeiramente dinâmica da sociedade, a juventude, é tomada por uma letargia mental de tais proporções, fazem-se necessárias urgentes medias para preencher o vazio intelectual que tomou conta de suas mentes. Outro dia as notícias que interessam aos jovens falava da verruga no nariz da Sabrina. Hoje, está uma senhora de cinquenta e seis anos que apresenta programa de televisão publicando fotos suas despedia. A degradação moral assumiu proporções tão elevadas que não existem homens honrados em número suficiente para permitir a formação de um corpo de ministros porque ao ser nomeado, chega a polícia pare conduzi-lo à prisão. Fala-se na possibilidade de administradores públicos exercerem suas funções de dentro do presídio. A desmoralização do brasileiro supera com vantagem todas as desmoralizações do resto do mundo. Mas há ilhas de dignidade nesse mar de indignidades. Uma delas é nossa querida Heloisa Helena. É a certeza de haver mais mulheres e homens dessa fibra que não deixa a esperança morrer. Aqui está uma declaração dela que dispensa comentário:

“Hoje (me ligaram pra lembrar, se não, nem lembraria mesmo!!) dia 14 de dezembro, é “aniversário” de 11 anos da nossa expulsão do PT pela motivação – no meu caso– de não aceitar votar em um banqueiro (Henrique Meirelles) para o BC, por não votar em Sarney para Presidência do Senado, por não aceitar farsa, promiscuidade política e roubalheira dos cofres públicos... e com nosso voto contrário à dita Reforma da Previdência, veio pra nós quatro (Babá, João Fontes, Luciana Genro e eu) o veredito, com o selo presidencial da realeza da safadeza, impondo nossa expulsão por termos fidelidade partidária aos princípios de esquerda. Guardei mágoa e rancor?? Nenhum!! Aliás, tenho orgulho de ter sido testada na realpolitik entre ter cargos, prestígio, riqueza e poder e escolher a dolorosa, honrada e corajosa posição de defender o que eu verdadeiramente acredito! No PT conservei meus grandes e honrados Amigos e ganhei, na cúpula palaciana do partido, muitos inimigos sujos, repugnantes e implacáveis! Da experiência aprendi que há sempre vida corajosa e militante fora das estruturas partidárias também! Hoje, sigo com minhas lutas e contemplo cada uma das profundas cicatrizes das batalhas travadas como sinais sagrados da minha fidelidade aos princípios que acredito e da minha coragem em defendê-los sem rendição nem covardia! Obrigada a todas e todos que permitem, com suas honradas e corajosas lutas cotidianas, que eu siga meu caminho sem perder a esperança, mesmo em tempos tão tristes e sombrios! Muito obrigada!! Portanto... Saudações a quem tem coragem e desprezo à pusilanimidade!”. Inté.

 

 

 

 
 
 


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

ARENGA 194

Os movimentos sociais de insatisfação com a administração pública, embora ainda não passem de simples reivindicações sem maiores consequências, podem assumir proporções alarmantes e por um basta ao hábito de acumular fortunas nos infernos fiscais. Embora pareça impossível, o mundo já foi mais bruto do que é hoje. Houve época em que a brutalidade não precisava ser disfarçada e o governo era exercido por brutamontes denominados déspotas, que até por servir um vinho errado mandava maltratar ou matar o responsável por tamanha insignificância. Entre estes brutamontes espirituais, entretanto, outros governantes com os mesmos direitos absolutos que a cultura da época lhes atribuía, evitavam exageradas demonstrações de poder. O comportamento destes últimos, denominados pela história de Déspotas Esclarecidos, lembra o comportamento de bilionários fazendo doações de fortunas para assistência social. Assim como aqueles governantes despóticos, mas nem tanto, os bilionários atuais também são movidos pelo medo. Dotados de insignificante capacidade de raciocínio acima de seus pares, concluíram que dos maus tratos resulta violenta que mais cedo ou mais tarde se volta contra quem lhe dá origem. Como todo bilionário é um déspota não esclarecido porque não se forma uma montanha de riqueza sem matar e roubar. Os males que atacam a humanidade através de secas, enchentes, tormentas várias, inclusive doenças desconhecidas que matarão muitas pessoas, tudo isso decorre da ação de ajuntar riqueza pelos bilionários ajuntadores de riqueza.
O procedimento do bilionário ao devolver à sociedade parte do butim conquistado à custa dos que choram nos corredores dos hospitais, na verdade, é tão socialmente improducente quanto a ação daqueles pobres rebotalhos espirituais que se prostram em frente aos supermercados para esmolar um quilo de comida para os pobres, ou às multidões que mexem os beiços em cochichos com estátuas para que as protejam do mosquito encolhedor de cérebros já encolhidos. A quantia devolvida pelos bilionários, quando comparada ao total de butim resultante do saque sobre o trabalho do trabalhador, corresponde àquela moeda que alguém do cérebro encolhido dá ao esmoler para sentir-se conectado com Deus. São ações de nenhuma vantagem prática, não passando tudo de esmola que não resolve absolutamente nada. O mesmo significado de coisa nenhuma tem os afagos que as autoridades entre aspas fazem às empresas que mais contratam deficientes físicos. Os governantes concedem a estas empresas benefícios que o povo paga a fim de que estas empresas façam o trabalho que teria de ser feito pelo governo, procedimento do qual resulta a situação de sempre: alguém fazendo o que teria de ser feito pelas autoridades com aspas. Com isto, para provar que são boas na malandragem, as autoridades economizam dinheiro e tempo para gastá-lo em devorteios pelo mundo com despesas protegidas por sigilo. A imprensa noticiou que a comitiva brasileira e dona Dilma se hospedaram num dos hotéis mais caros de Paris. Na atual forma de administração pública não há quantidade de dinheiro que não desapareça antes de cumprir sua finalidade, o que desnuda a falsidade dos escritores assalariados e dos papagaios de microfone que fazem apologia desta monstruosidade de sistema que até tira das crianças o direito de tomar leite. Enquanto isto acontece, a imprensa noticia um proprietário de sete milhões de hectares de terra. É esta forma de vida monstruosa que os papagaios de microfone e os escritores assalariados não tem vergonha de mentir em troca de pagamento para afirmar ser uma boa forma de se viver. Nas ruas da cidade mais rica do país, a Cidade de São Paulo, ao lado de fortunas fabulosas, pessoas com as mesmas necessidades dos demasiadamente abastados vivem do modo mostrado por esta foto:

Aposto um centavo furado como as doações dos Bilionários Esclarecidos jamais chegarão até aqui. Inté.





terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ARENGA 193




Embora pareça impossível, o mundo já foi mais bruto do que é hoje. Houve época em que a brutalidade não precisava ser disfarçada e o governo era exercido por brutamontes aos quais a História se refere como déspotas, governantes um pouquinho de nada mais desinteressados no bem-estar dos governados que os governantes modernos. Entretanto, ali e acolá alguns destes brutamontes que a História denominou de déspotas esclarecidos não eram tão indiferentes às agruras de seus governados, de modo que podem ser comparados aos governantes modernos porque pelo menos procuravam evitar exageradas demonstrações de poder. Seu comportamento lembra o comportamento de bilionários fazendo doações de fortunas para assistência social, levados pela percepção de que dos maus tratos resulta violência que mais cedo ou mais tarde se volta contra quem os pratica, no que tinham razão tanto o déspotas esclarecidos quanto os bilionário que devolvem pequena parcela de seus bilhões à sociedade da qual eles foram tirados. Tal procedimento, na verdade, é tão socialmente improducente quanto a ação daqueles pobres rebotalhos espirituais que se prostram em frente aos supermercados para esmolar um quilo de comida para os pobres uma vez ser mais producente ações das quais resulte a desnecessidade de quem tenha necessidade de esmola. Além disso, a quantia devolvida pelos bilionários, quando comparada ao total do butim resultante do saque sobre o trabalho dos trabalhadores, que é como se formam as fortunas, corresponde àquela moeda que alguém do cérebro encolhido dá ao esmoler para sentir cumprida a obrigação de puxar o saco de Deus. São ações de cuja vantagem social têm tanta significação quanto os afagos que os governantes fazem às empresas justificados pela contraprestação de contratarem trabalhadores, principalmente portadores de alguma deficiência física porque no final sobre o povo acaba caindo o ônus de arcar com o peso de tais afagos uma vez que, como é dito com propriedade, não existe almoço sem custo.

“Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. Com esta declaração a Constituição Federal se apresenta à sociedade. Entretanto, cadê a dignidade, cadê a igualdade de direitos, cadê a liberdade, a justiça e a paz em lugar algum do mundo, Cadê? Tudo não passa de um faz-de-conta próprio de criança. Entretanto, o que leva adultos a serem tratados como crianças e aceitarem o tratamento? Há algo de errado nisso daí e cabe descobrir onde está o erro porque há um abismo comportamental entre adultos e crianças que precisam ser enganadas porque em razão de ainda não terem elas completado seu desenvolvimento mental podem se comportar de modo a se auto prejudicar. Nos adultos, entretanto, o organismo já se desenvolveu tudo que tinha para desenvolver, o que lhe permite esclarecimento suficiente para escolher seu próprio caminho, não havendo, portanto, explicação plausível para que adultos sejam tratados como crianças. É tudo uma questão de pensar. Inté.