sábado, 29 de outubro de 2016

ARENGA 328


O mundo perdeu completamente as estribeiras. Até mentalidades consideradas privilegiadas em conhecimentos, inexplicavelmente, afirmam absurdos contestados pela lógica como dizer que há vantagem na disputa por dinheiro ou de haver inteligência na natureza. Inúmeros escritores, havendo entre eles até ganhadores do Prêmio Nobel, afirmam que o atual modo de administração pública mundial (leia-se capitalismo) teve êxito em proporcionar bem-estar social, o que é de uma falsidade monumental porquanto o princípio no qual se fundamenta o capitalismo é manter o povo na qualidade de dependente de um emprego que lhes garanta apenas a sobrevivência. Outros escritores dedicam seu tempo em escrever guias politicamente incorretos sobre filosofia, economia, política, sexo, etc., quando, na verdade, a única incorreção que se percebe da leitura desses livros está é na cabeça de quem os escreveu por se insurgirem contra aqueles que desaprovam a filosofia ou o modo de pensar atual sobre a economia, a política, a sexualidade, assuntos seríssimos, mas que foram completamente deturpados pela imoralidade espiritual dos patrões de tais escritores, os ricos donos do mundo em sua sanha vampírica por riqueza, comportamento avesso à moralidade e aos bons costumes. Ninguém mentalmente sadio aprovará nada da situação atual em que se encontra a humanidade, salvo os indiferentes ao sofrimento de seres humanos mantidos em ignorância com o objetivo monstruoso de não faltar quem lhes movimente a máquina de fazer dinheiro. Não precisa mais do que subir num murundu e olhar em volta para se constatar a falsidade da afirmação de haver bem-estar social em qualquer lugar do mundo porque por todo canto se vê cadáveres, choro, fome, multidões infelizes de desesperados em fuga morrendo como moscas no açúcar envenenado ao se aventurar mar a dentro com suas pobres inocentes crianças que por sua fragilidade deveriam ser objeto de total proteção. Jovens alucinados cepando fora a cabeça de outros jovens ou disparando metralhadoras sobre seus semelhantes. Sendo este quadro apavorante que se percebe lá de cima do murundu, onde estaria o bem-estar social que escritores grã-finos asseguram decorrer do modo atual de administração pública?

As incoerências orientam o modo de vida no mundo inteiro. Os lugares tidos como de maior civilização são justamente os lugares onde se verifica a brutalidade de esconder recursos que mafiosos tungam de populações infelizes desprovidas das coisas essenciais à sua manutenção. À custa de muito sofrimento é que resulta a riqueza de perdulários ajuntadores de tesouros. Há inconsequência até mesmo num grandioso livro chamado Evolução Espontânea, não obstante a fabulosa contribuição que dá à humanidade ao mostrar-lhe a necessidade de se abandonar os velhos padrões que têm orientado o comportamento humano, por se encontrarem completamente superados, no que demonstra lucidez indiscutível dos autores porquanto os padrões convencionados e seguidos até aqui trouxeram a humanidade ao sofrimento que a atormenta de todas as maneiras. Nas páginas 59 a 61 deste fabuloso livro há grandiosa contribuição para a elevação espiritual humana ao esclarecer a inexistência de um determinismo genético segundo o qual as pessoas são vítimas da hereditariedade. Com isso, através de descobertas científicas traz à luz novidades capazes de substituir por novos os velhos e enferrujados padrões de comportamento porquanto esclarece que nós mesmos somos os responsáveis pelo controle de nossas vidas, uma vez que este controle é feito pela mente, cujo funcionamento não sofre influência externa. Isto encerra fabulosa lucidez por ser exatamente aquilo de que carecem os seres humanos: assumir a responsabilidade pelo seu destino. Passa da hora de deixar a ideia mumificada de um Deus determinador do nosso rumo. A ideia de Deus só existe por ser implantada criminosamente no cérebro das inocentes criancinhas por seus pais que, por sua vez, também tiveram a crendice inoculada em suas personalidades quando ainda em formação. Estas duas ideias falsas, riqueza e religiosidade são a causa de todo conflito humano. Seres humanos que poderiam ser cidadãos capazes de contribuir para elevar espiritualmente de sua sociedade praticam ações antissociais em decorrência unicamente do aprendizado da necessidade de ser rico. Há nas livrarias dezenas e dezenas de livros do tipo JOVENS COM ATITUDE ENRIQUECEM MAIS RÁPIDO, da autoria de Kent Healy, ou EMPREENDEDORES INTELIGENTES ENRIQUECEM MAIS, de Gustavo Cerbasi, louvando a riqueza quando, na verdade, a busca da riqueza é também a busca da intranquilidade e sacrifício da saúde. Apesar disso, a cultura desta falsa necessidade é irmã gêmea da também falsa cultura religiosa. Absolutamente nada justifica um monumental aparato de representantes divinos com a função idiota de intermediar a comunicação entre as pessoas e um Deus cuja existência não passa de invenção, fato facilmente constatável ao observar que Deus varia de forma de acordo com a cultura da época em que foi criado. Já houve até Deus com cabeça de elefante. É inutilidade absoluta a existência de pastores ladravazes e um Papa cuja função se limita a fazer pedidos vãos. Nenhuma guerra deixará de existir por sua interferência, muito ao contrário, a História mostra que Papas têm dado origem a guerras. No momento em que não mais for implantada na mente das inocentes crianças a figura de Deus ele desaparecerá em duas gerações tão certo quanto ser quatro o resultado da soma de dois mais dois.

Entretanto, como a tônica são os desencontros, ao mesmo tempo em que o fabuloso livro Evolução Espontânea de que falávamos presta grande serviço à causa da evolução social trazendo à luz a necessidade de substituir tradições por inovações, nesse mesmo livro, na página 35, pode ser encontrada afirmação baseada na falsa crença da existência de inteligência na natureza, o que remete à existência de Deus. Embora não esteja ali mencionada a palavra Deus, falar-se em inteligência na natureza é a mesma coisa de afirmar ação criadora por um ser inteligente. Diz o texto: “Graças à nova ciência da Matemática Fractual, sabemos que padrões inteligentes se repetem em todas as manifestações da Natureza”. E mais: “É possível perceber que a evolução da espécie (humana, grifo nosso) segue em direção a um futuro positivo e seguro”. Ora, ambas as afirmações são falsas. A natureza segue mecanicamente seu destino de transformar as coisas indiferente às consequências de tal transformação, o que elimina a possibilidade de inteligência no que faz. Aliás, na página 62, ao se referir ao funcionamento das células do nosso corpo, os autores do livro em causa comparam o funcionamento das células com a mecânica de um motor. Ali eles fazem referência a botão de partida, correias transmissoras de força, etc. e tal. Se houvesse inteligência em motor avião não levaria para o fundo mar centenas de inquietos idiotas convencidos pela papagaiada de microfone que o negócio e fazer turismo, desprezando o aconchego de suas casas.  A indiferença comportamental da natureza é visível quando ela dá origem a duas criancinhas com uma só cabeça ou quando faz com que animais sejam comidos ainda vivos por outros animais. Como falar em inteligência nisso daí? Dessa mesma inconsequência padece também a afirmativa de um destino seguro para a humanidade. Aí está o descontrole dos eventos climáticos para mostrar o contrário. Razão tem mesmo é Zygmunt Bauman ao observar no livro Babel que a humanidade se encontra numa situação totalmente insustentável não só por não mais poder ser o que sempre foi, o que é notícia alvissareira posto a brutalidade como vivem os seres humanos, mas também por não saber o que vai ser. Realmente, não é crível que tanta estupidez prevaleça por mais tempo. Uma coisa é certa: prevalecerá enquanto a mentalidade da juventude se limitar a futucar telefone e apreciar “famosos” e “celebridades” de nenhum valor espiritual, o que não acontece apenas nas republiquetas de banana habitadas por macacos deslumbrados que gastam as economias fazendo compras em Me Ame, onde descarregam verdadeiras fortunas e voltam orgulhosos a mostrar fotografias, sem noção de não passarem de robôs teleguiados para o ridículo.

Os seres humanos empolgaram-se tanto com a tecnologia que se desarticularam da simplicidade do raciocínio lógico como se deduz desta notícia na imprensa: FALTA DE RECURSOS ESSENCIAIS GERA VIOLÊNCIA ENTRE HUMANOS, DIZ PESQUISA. É preciso, por acaso, pesquisa para se concluir coisa tão evidente? Mas, para a estupidez humana, como se pode ver do modo como eles estruturaram sua sociedade, com imenso contingente de pessoas sem direito a comer, a pesquisa avisa que estas pessoas são levadas pela fome a cometerem atos de violência, não obstante a quantidade de cadáveres cujas mortes decorrem da falta de comida. Contudo, é preciso pesquisar se realmente é verdade tal verdade. Inté.

 

 

 

 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

ARENGA 327


O país está à beira de uma debacle, enquanto seus estúpidos moradores se engalfinham em função do resultado de futebola e disputas entre politiqueiros por um posto que lhes permita maiores sacanagens para infernizar os idiotas frequentadores de igreja, axé e futebola. Esta sociedade de brutos já se encontra à borda do precipício. O noticiário acaba de informar ser assassinada uma pessoa nesse país de merda a cada minuto. É simplesmente de pasmar! No ano passado, 2015, houve mais mortes aqui do que na guerra da Síria, afirma a imprensa. Nada menos do que 278.839 pessoas foram assassinadas. E o que fazem as autoridades? PRESTAM HOMENAGENS AOS MORTOS, o que é encarado por seus familiares ignorantes políticos como motivo de prestígio. Os presídios estão abarrotados de párias sociais levados pela própria à condição de párias ao abandonar as crianças à condição infinitamente inferior à condição de cães e gatos. Depois, graças a papagaios de microfone que insuflam ódio contra estas infelizes criaturas, a monumental ignorância propositalmente inoculada no povo o leva a crer na proteção através da segregação destes "monstros" em cubículos onde são instigados a se tornarem inimigos sócias perigosíssimos. Enquanto os hospitais estão abarrotados de pobres infelizes chorando por socorro, esbanjam-se recursos monumentais em festas, inclusive um ministério voltado para cuidar das brincadeiras esportivas. É o cúmulo da falta de senso comum! Mas ninguém se dá conta da inutilidade dos parasitas acastelados em palácios, tratados de excelências. Cadê uma juventude diferente destes teleguiados imbecis futucadores de telefone? Só uma juventude mentalmente sadia poderá salvar as futuras gerações do precipício, mas com inteligência. Não como fizeram os jovens do século passado que se meteram a enfrentar com badogues as metralhadoras dos militares obedientes às ordens do governo americano e morreram como moscas no Araguaia sob os aplausos da massa ignorante de analfabetos políticos embevecidos com o lema DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA com que os tapearam os ricos donos do mundo. Para pôr fim ao caos é suficiente se inteirar do que está sendo feito do erário. Este é o único Deus. É dele que provirá o bem-estar social quando for bem administrado. Entretanto, é a própria juventude que apoia o desbaratamento dos recursos públicos, imbecilizados que foram pelo sistema de educação visando unicamente formar técnicos em produzir dinheiro e idiotas futacadores de telefone cujo objetivo é concorrer para o abastecimento das contas nos infernos fiscais para júbilo dos Reis Midas, verdadeiros monstros que não passando de apenas um por cento da população retém em suas mãos peludas e de garras em vez de unhas noventa e nove por cento da riqueza do mundo através de artimanhas malignas como o fato de existirem mais telefones celulares no Brasil do que brasileiros. Para se ter uma ideia da barbárie humana, estes monstros predominam nos países tidos como os mais civilizados do mundo, mas que não passam de lavanderias para limpar dinheiro manchado pelas lágrimas e sangue dos infelicitados que deixaram atrás de suas ações predadoras.

Vivemos um contrassenso total no  papagaiamento de microfone. Comentários de cientistas de politicagem afirmam, por exemplo, que quando Renan Calheiros chamou um juiz de juizeco não tinha intenção de melindrar nenhum juiz especificamente, mas que se referiu ao fato de se tratar de um juiz de primeira instância. Ora, dessa forma teria ofendido todos os juízes de primeira instância em vez de apenas um deles. A realidade é que a massa ignorante nunca foi tão ignorante como agora. A indiferença da manada em relação às coisas das quais depende sua comodidade é simplesmente espantosa. Enquanto isso, as “excelências” mantidas a custo de ouro pela massa bruta de povo, quando dizem ser melhor para o povo a doção de tais medidas em vez de aumentar impostos, estão, na verdade, dizendo ao povo que é melhor para ele com vaselina do que sem vaselina.

Em função de sua perversidade, o modo atual de administração pública no mundo inteiro não prevalecerá por muito tempo em função justamente da sua perversidade, mormente nas repúblicas de banana onde o povo sente orgulho em servir de capacho para os estrangeiros, principalmente os americanos, cuja festa do Halloween já foi copiada pela malta baba-ovo. O jugo pelo chicote passou a ser exercido pala televisão, o que tornou a escravidão consentida. Causa profunda tristeza a situação mental deplorável em que se encontra a juventude levada a uma estupidez sem limite. As notícias que interessam aos jovens giram em torno de “celebridades” e “famosos” cuja mentalidade não vai além de assuntos sobre bundas e peitos recheados de silicone. Inté.      

 

 

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

ARENGA 326


Não fosse a estupidez, a humanidade aprenderia fabulosa lição com o exemplo dado pelo acontecimento ilustrativo do erro monumental em que incorreram os Estados Unidos em sua busca desenfreada pela posição de maiorais do mundo em ajuntamento de riqueza. Do mesmo frenesi que sofrem os americanos também padece cada um dos mais de sete bilhões de seres humanos correndo esbaforidos mundo afora prá baixo e prá cima em busca da sua riqueza particular na esperança de encontrar tranquilidade em tamanha inquietação, quando tranquilidade é sinônimo de sossego. Entre as muitas bobagens em que incorrem os humanos está a mania de apresentar sua casa ao conhecido que chega lá pela primeira vez. Foi assim que ao me ser apresentada a casa de um amigo, depois do tradicional “e este é o quarto das crianças” fiquei estupefato com a quantidade de brinquedos para apenas uma criança porque o “crianças”, no plural, se referia a outra criança do casal, ainda em gestação. Parecia um armarinho o “quarto das crianças”, o que se deve ao fato de ter sido o ser humano transformado num robô programado para comprar. As crianças que vi brincar com bolas de gude e bonecas de pano não eram mais infelizes do que as de hoje com dezenas de brinquedos, muitos dos quais prejudiciais à saúde. Não é outra senão a perversidade de criar nas pessoas a necessidade de comprar sem parar, mesmo coisas das quais não se necessite, o objetivo visado pelos falsos líderes que estão ajuntando países europeus e asiáticos para criar uma tal de EURÁSIA cuja finalidade é tomar dinheiro dos compradores incautos numa voluptuosidade e eficiência das quais resulte um império superior aos Estados Unidos, razão pela qual a ilustrativa matéria sobre o assunto, de autoria do jornalista Pepe Escobar e publicada no blog Outras Palavras, se refere a esta entidade como uma tormenta para os Estados Unidos. Uma ressalva: O blog Outras Palavras deve ser assuntado por quem precisa sair do analfabetismo político, a verdadeira fonte de todos os males. Mas a ressalva não acaba aqui porque o verbo ASSUNTAR é uma preciosidade injustamente posta de lado, mas que me foi trazida de volta à memória pelo nosso poeta cantador Shangai quando me disse que ia assuntar o conteúdo deste mal amanhado blog, ocasião em que também me fez refletir quando depois de ouvir meu reclame por ter desaparecido depois da fama, disse sermos todos importantes na mesma proporção.

Saindo fora da ressalva e voltando para o lugar onde nos encontrávamos, temos que os Estados Unidos atormentaram a humanidade ao estender suas garras de Leviatã sobre o mundo para sugar riqueza, estando agora atormentado ante a possibilidade de ser superado por um Leviatã de garras ainda maiores, Eurásia, na ação socialmente monstruosa de sugar os bolsos dos incautos seres humanos facilmente condutíveis por propaganda. É a realidade exposta nas palavras do presidente russo, propositor desta aberração social: “Um mercado continental unificado com capacidade estimada em trilhões de dólares.” Conforme a matéria do jornalista Pepe Escobar.

Os objetivos visados com a formação de impérios são tão falsos quanto a liderança de quem os propõem. O mundo padece de líderes, e é justamente a indispensabilidade de liderança a dificuldade para se construir uma sociedade espiritualmente elevada. É inteiramente impossível uma liderança autêntica em função do instinto de bicho que pode ser constatada na realidade histórica do uso em benefício próprio do poder que o povo é obrigado a transferir a líderes, poder que é usado de modo tão contrário à sua finalidade que lhes permite tão grande distorção que entre as muitas mordomias que o povo é obrigado a lhes proporcionar inclui até a invejável benesse de desfrutar de tenras xoxotas.

O objetivo a que se propõe a Eurásia é o mesmo visado pelo banco Itaú através da artimanha agasalhada nas entrelinhas da propaganda agradável aos ouvidos pela sonoridade harmoniosa da voz de um coral formado por inocentes criancinhas cujos pais analfabetos políticos são incapazes de perceber a realidade de estar por trás daquilo tudo a monstruosidade de impedir que as crianças esquálidas do mundo possam beber o seu leite. A monstruosidade a que chamam de união entre países europeus e asiáticos, na verdade,  é desunião porque assim como a educação não é aprender a ser técnico em produzir dinheiro, assim também a palavra união não se limita apenas ao ajuntamento de coisas ou pessoas. Ela encerra a elevação espiritual que dá origem ao nobilíssimo sentimento de cooperação cuja existência passa a anos luz da mesquinhez dos ajuntadores de riqueza nos infernos fiscais. Se o bom senso prefere comodidade à incomodidade, deve-se evitar ambicionar as grandezas porque elas produzem desassossego. Os impérios, como disse quem pensa, trazem consigo o desassossego das ondas do mar. Crescem para despencar em seguida. Está aí como prova desta realidade a onda dos Estados Unidos chegando à crista para em seguida despencar e dar lugar à onda da Eurásia que também despencará, muito provavelmente arrastando a raça humana ainda mais estúpida do que os dinossauros que não produziram sua destruição. A autodestruição e o que anuncia as entrelinhas desta outra notícia publicada pelo Yahoo Notícias, que em meio a futilidades, por vezes, também trata de assuntos sérios como este: O último ano foi bastante preocupante para a população da Indonésia. A ilha, que fica no paradisíaco Sudeste Asiático, sofre sem parar com uma névoa assassina que, neste período, já matou 100 mil pessoas. É a isto que leva a ação dos grandes impérios. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

ARENGA 325


É simplesmente assustador o lerdo arrastar dos seres humanos no caminho da evolução espiritual. A História dá notícia de que desde quatro mil anos antes de Cristo já havia cidade com mais de mil habitantes na região mesopotâmica em função das condições regionais favoráveis à agricultura que permitiam a produção de comida. Mas o livro História Geral e do Brasil, de Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, na página 67, diz que havia por lá templos e santuários, o que nos mostra a persistência das crendices grudada como visgo na mentalidade humana que se recusa a substituir sua obscura inocência pelo esclarecimento. O livro Das Brasas da Inquisição Ao Leito da Pedofilia, do erudito escritor, advogado e professor conquistense, para orgulho de nossa região, Evandro Gomes Brito. Trabalho de profundidade sobre o que foi a Santa Inquisição, não deixa pedra sobre pedra quanto a falsidade, embuste, perversidade, criminalidade praticadas em nome da fé num Deus que na realidade nunca existiu por ser absolutamente impossível haver tanta monstruosidade num ser consciente capaz de tamanha matança, crueldade, sede de vingança e de sangue. A leitura da bíblia mostra morticínios, guerras, riquezas, tesouros, saques, coisas absolutamente do reino dos brutos seres humanos.  O que teria a dizer os frequentadores de igreja sobre os horrores praticados pela Santa Inquisição, demonstrados pelo escritor conquistense, inclusive citando as fontes de onde obteve tais informações? Diante de tudo aquilo, como pode alguém acreditar na existência de Deus? A explicação a tais questionamentos está na realidade de ser a ignorância que dita o comportamento humano, razão pela qual há tanto sofrimento no mundo. Só a boa leitura, aquela que nada tem a ver com a leitura recomendada para as crianças pelo banco Itaú, leva a conhecer a verdade. Como ignorante não lê, a massa bruta de frequentadores de igreja, axé e futebola desconhece completamente a verdade da vida, realidade que pode ser constatada no fato de não haver em todo o mundo um só ateu analfabeto.

 É lamentável a recusa do ser humano em sair da mediocridade espiritual, desperdiçando a capacidade cerebral de que dispõe em elucubrações inúteis, ou ainda pior, para produzir malefícios contra sua própria existência. A humanidade se porta com a birra de jumento empacador quando resolve não sair do lugar. Limita-se a ruminar fatos históricos que tiveram razão de ser em sua época, mas que o andar da carruagem da evolução mental tinha obrigação de fazer com que fossem analisados, medidos e pesados a fim de se concluir quanto à sua veracidade e aplicabilidade. Os seres humanos, na verdade, se encontram tão no princípio quanto estava quando mudou da individualidade para a coletividade. Falta-lhes clarividência para olhar prá frente. Vive-se a repetir o que disse fulano e cicrano. O passado deve servir apenas para mostrar os erros cometidos a fim de serem evitados. Não para se apegar nele e ficar a papagaiar o que disseram por lá. Falta o arrojo necessário às mudanças. Enfrentar sem medo as transformações, observar a sabedoria contida na verdade de ser melhor errar tentando do que permanecer no mesmismo da covardia de se aventurar na tentativa.

O que foi inovação em outras épocas já está superado. Na página 99 do livro O LIVRO DA POLÍTICA, da Editora DK Londres, que se propõe a mostrar as grandes ideias de todos os tempos consta que Thomas Hobbes chegou à conclusão de que os homens no estado de natureza, isto é, antes de estabelecer normas de convivência social, barbarizavam-se em guerras. Por acaso é diferente hoje em dia? Não é. As guerras estão aí do mesmo jeito coma estavam antes do estabelecimento das normas sociais. Se não deixa dúvida o lado positivo das ideias inovadoras do iluminismo que influenciou a formação ideológica do pensador Thomas Hobbes,  porquanto o Iluminismo levou luz às trevas das crendices medievais que afirmavam caber às divindades o destino humano, nada significou para humanidade a revolução iluminista que transferiu para os homens a responsabilidade por seu destino, como realmente é. Mas se chegar a esta conclusão naquela época merece que se tire e chapéu, a sugestão de que através de um contrato social submetendo a sociedade à autoridade e proteção de um soberano como meio de evitar a barbárie própria dos irracionais é inócua uma vez que tal barbárie ainda faz parte da natureza dos homens, sendo homem o soberano, também é portador dos mesmos defeitos de todos os homens. As guerras são declaradas justamente pelos soberanos.

O Não Matarás, então, não resiste à mais superficial análise porquanto quem assim recomendou foi justamente quem mais matou. A convicção de haver vantagem na caridade é outra demonstração de imaturidade mental porquanto é mais producente em termos de convivência, buscar uma sociedade na qual inexiste quem precise de caridade. Do mesmo modo, é inconsequência afirmar-se que sem Deus o homem estaria condenado à infelicidade ou à própria extinção porque o homem está condenado à infelicidade e à extinção apesar de ser cada vez mais forte a suposta presença do suposto Deus. Tudo que acontece é “graças a Deus” “com fé em Deus” “se Deus quiser”. A humanidade, inexplicavelmente, recusa-se a sair da burrice.

Desde tempos idos até o presente momento evita-se acionar a tecla correta, aquela que indica o caminho da verdade de ser indispensável haver interesse na administração pública por parte daqueles que fornecem os recursos para as despesas. Absurdo dos maiores é ainda serem badaladas nas universidades as afirmações de Maquiavel quanto à necessidade de ter o governante direito de esconder alguma coisa do povo. A tapeação é necessária quando se trata de criança, de ser imaturo capaz de espetar o dedo no buraco da saída de energia elétrica. Na verdade, é justamente o contrário. Nada dará certo enquanto governante e governados constituírem entidades à parte. O interesse maior na aplicação dos recursos públicos deve ser daqueles que os fornecem, razão pela qual eles precisam acompanhar o que está sendo feito pela administração pública que, por sua vez, deve fazer questão absoluta desse acompanhamento uma vez que o mal-estar social decorrente da má administração não é privilégio apenas dos governados. Mais cedo ou mais tarde ele acaba alcançando também aqueles que se acreditam imunes às consequências da má administração pública. Nesse momento, entre nós, pais de família e velhos dominados pela cultura do esconder coisas do povo aprendida desde o berço, marcham vergonhosamente na frente de policiais para tristeza não só sua e de seus familiares, mas também de quem sabe estar a origem disto tudo na educação.

A humanidade caminha por caminho errado. Quando entre os gregos surgiu a palavra “polis” para dar ideia de lugar onde vivia muita gente, deixou-se de acrescentar a ela a ideia da indispensabilidade de boa convivência entre as pessoas para que o agrupamento pudesse ter continuidade e se diferenciar dos agrupamentos dos não pensantes, onde inexiste a necessidade do “muito obrigado”, “por favor” e “com licença”. É mais claro do que água sem bosta no meu copo cristalino de cristal de beber uísque, que não pode haver vida em coletividade sem que as pessoas se respeitem mutuamente. Sem se levar em consideração a presença das outras pessoas à volta qualquer agrupamento humano equipara-se à manada. Assim, da mesma raiz que deu origem entre os gregos à palavra “polis” indicativa de ajuntamento de pessoas, posteriormente brotou outra palavra para indicar a forma na qual se orientaria a organização do ajuntamento, palavra que veio a ser “política”. É dela e não de divindades como se pensava em tempos de antanho que depende a felicidade dos humanos. Mas, uma Ciência Política dedicada a cuidar da saúde social do mesmo modo como a Ciência Médica se dedica à saúde corporal de cada indivíduo. Não a politicagem em que foi transformada a Ciência Política pelos encarregados e pô-la em prática. Inverteram de tal modo a finalidade da política que a imoralidade predomina sobre a moralidade que deve prevalecer entre seres que se pretendem civilizados. Presenciamos o absurdo de contemplar, indiferentes, administradores públicos ladravazes criando uma lei para impedir que outros administradores públicos honestos exerçam sua atividade de impedir que o erário seja roubado. Como pode ser possível tamanha burrice? A situação tornou-se tão insustentável que o presidente da nossa república de bananas, também acusado de envolvimento em ilegalidades, não consegue formar um ministério pela inexistência de pessoas honestas. Chegou a tal ridículo nosso país de triste sorte por depender o avanço civilizatório de uma triste juventude da mentalidade feita com o mesmo material encontrado nas redes de esgoto. Inté.

 

 

 

 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

ARENGA 324


Ler para uma criança muda o mundo. Diz a propaganda do banco Itaú. Pode apostar um tostão furado como tem malandragem da grossa por trás disso aí. Partindo da lógica de ser a propaganda a arte de explorar a estupidez humana e ser o banco a materialização de Satanás, conclui-se que a leitura recomenda para as crianças visa a torna-las tão imbecis quanto seus pais incapazes de enxergar um palmo além do focinho. A propaganda diz que ler para uma criança muda o mundo. Entretanto, que tipo de mudança interessaria a Satanás? Certamente não a de que precisamos. Só mentalidades enferrujadas como a dos pais daqueles pobres crianças a cantar seu próprio infortúnio não percebem ser o mundo cão o ambiente ideal dos banqueiros como prova o fato de arrancarem bilhões e bilhões de uma sociedade sofrida.  O único tipo de leitura que um banco recomendaria para uma criança conteriam nas entrelinhas armadilhas perigosas preparadas por seus testas de ferro, os escritores por eles assalariados, geralmente PHDs formados nas Harvards do mundo, verdadeiras fábricas de produzir robôs espirituais programados para procriar gerações de esfarrapados mentais cujo pensamento não vai além da mediocridade de ser rico, frequentar igreja, axé e futebola. Aos Reis Midas dos bancos interessa que haja pessoas capazes de se esfalfar no trabalho insalubre do qual resulta nervosismo, endurecimento dos dedos, entupimento dos canos por onde corre o sangue, envelhecimento precoce, mas que, apesar disso, agradecem a Deus por ter alcançado a triste posição de ajudar os banqueiros a depenar a sociedade. Assim como o pobre e esfarrapado mental agricultor que dedurou Lamarca ficou feliz porque compraria um burro novo para a carroça com o dinheiro recebido em troca da deduração, esta mesma felicidade infeliz faz a alegria do pobre analfabeto político quando consegue um emprego no banco que lhe vai possibilitar comprar um carrinho peba no qual escreverá ter sido presenteado por Deus.  A personalidade a ser formada nas crianças pela orientação dos livros oriundos do banco Itaú irá transformá-las nos mesmos analfabetos políticos em que foram transformados os pais delas, pobres rebotalhos espirituais conduzindo suas inocentes crianças para a imbecilidade de futucar telefone e aprender violência e putaria na televisão, quando se tivessem uma orientação sadia que lhes educasse de cidadania viriam a ser grandes personalidades capazes de transformar esse mundo miserável num mundo saudável onde se pudesse viver prazerosamente, objetivo primeirão a  que devia dedicar a humanidade inteira uma vez que o tempo de vida é curto, portanto, precioso demais para ser desperdiçado ajuntando dinheiro para fazer compra em Me Ame como aconselham os papagaios de microfone e os banqueiros. Aos ricos donos do mundo entre os quais se incluem os banqueiros interessa um povo orgulhoso em se considerar ovelha de Cristo, portanto, indiferente à tosquia que faz cada banco arrancando da sociedade lucros astronômicos através de muita corrupção e pagando cerca setenta centavos a cada cem que capta na sociedade e empresta a idiotas como eu que já tomei um empréstimo consignado e paguei cem por cento em dois anos. Os bancos têm lucros tão fabulosos que precisaram ter o nome mudado para “spread” bancário a fim de disfarçar a imoralidade que é.

Escritores assalariados escrevem como está no livro Guia Politicamente Incorreto da Economia, que o lucro é motivo de alegria e felicidade. É este tipo de leitura que interessa à classe dos socialmente criminosos ricos donos do mundo, quando, na verdade, é da atividade de lucrar que provém todos os males do mundo porque o instinto dos tempos de bicho peludo ainda orienta o comportamento humano fazendo com que inexista limite para se lucrar. Indiferentemente da brutalidade que é explorar um semelhante a fim de se locupletar de lucros, que como se formam as imensas riquezas, sua contrapartida é a criação de imensa pobreza, fonte de violência e infelicidade aos montes. Na verdade, o que os Prostitutos da Consciência chamam de felicidade em lucrar nada mais é do que a sensação de euforia causada por cada milhão que entra na conta dos usurários agiotas, sensação esta restrita a monstros com cifrões no lugar de pupilas, garras em vez de unhas, caninos expostos e baba a correr pelos cantos da bocarra escancarada, possuídos por uma sede insaciável de riqueza. Não é outro o espectro formado pela energia que move os banqueiros. Assim, o banco Itaú através da leitura para as crianças visam à formação de analfabetos políticos desinteressados em conhecer os meandros da vida, mas interessados em igreja, axé e futebola, pobres diabos mentais convencidos de que o melhor ambiente social é este em que vivemos, no qual quem tem mais força bruta toma os bens ainda que indispensáveis dos menos aquinhoados na mesma brutalidade. As universidades famosas não passam de laboratórios diabólicos onde são montados robôs espirituais dos quais advirão gerações de convencidos de que a melhor coisa a se fazer na vida é ajuntar dinheiro não importando os meios usado para tal, ensinamento que tem funcionado tão eficientemente que apenas um por cento dos humanos tomaram noventa e nove por cento da riqueza e deixaram apenas um por cento dela para o resto dos seres humanos. Como não pode haver o que fazer com tanto dinheiro, indiferentes ao sofrimentos dos espoliados, gastam a dinheirama construindo torres elevadas a imensas alturas ou futucando o espaço sideral em busca de vida enquanto a morte faz a festa por aqui. E este comportamento insano é assistido indiferentemente pelos noventa e nove por cento do povo do mundo que produz a fortuna desperdiçada em sandices, obtusidade resultante do tipo de educação ministrada às crianças da qual provém a cultura que forma mentalidades socialmente deturpadas como a dos banqueiros e os demais “eiros” do mundo. Aí estão os empreiteiros como prova, felizmente em palpos de aranha nas mãos dos bravos meninos da Lava Jato.

Carece o mundo de uma juventude capaz de lançar fora o ranço da mediocridade e fazer como fez Moisés, segundo Henry Thomas, na página 40 do livro História da Raça Humana. Diz o autor que Moisés pôs de lado os pergaminhos empoeirados da universidade com suas histórias indigestas e libertou seu espírito das divindades adoradas pelos egípcios, tornando-se no grande líder que foi. Entretanto, o autor incorre na falha reafirmar a farsa de ter Moisés encontrado Deus no meio de um fogaréu que queimava a sarça sem consumi-la, sandice encontrada na bíblia, livro que precisa ser execrado do mundo por se tratar da maior mentira já inventada por qualquer mentiroso. Nunca existiu nenhum Deus nem deuses e é preciso que a humanidade atire no lixo esta cultura falsa e assuma por si mesma a tarefa de decidir seu destino porque o destino traçado por Deus deu no que deu. Isto é, num povo tão infeliz que vive a se matar de várias maneiras, sendo uma delas o suicídio lento de disputar uma vaga nos corrimãos ensebados dos coletivos para se dependurar à caminho da senzala a que se referem orgulhosamente como emprego conseguido graças a Deus. Inté.

 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

ARENGA 323


 Como se não bastasse a verborreia insuportável da pasmaceira sobre eleições locais esclarecendo com detalhes em que padaria determinado pretendente à chave do cofre tomou uma média com leite, comeu coxinha, abraçou criança e apertou a mão de quem por interesse escuso ou por idiotia congênita se faz presente em tão desagradável ambiente, a contraprestação do salário da papagaiada de microfone exige verborragizar também sobre as eleição no país do povo das bundas fosforescentes. É dona Hillary prá lá, dona Hillary prá cá, seu Trump prá lá, seu Trump prá cá, uma babaquice do tamanho da subserviência que sempre caracterizou a falta de brio, honra e compostura desse povo manada. No blog do Raoni, que o amigão Google terá prazer em mostrar, em matéria intitulada Temer, Serra e o olhar apaixonado, ilustrada com a imagem sobre a qual o cearense Ciro Gomes, aquele politiqueiro de olho grande na chave do cofre em 2018, teria declarado o seguinte: “Namore alguém que olhe pra você como Temer e Serra olham pros americanos”. Na verdade, a expressão do presidente brasileiro e seu ministro de Relações Exteriores é um olhar cheio de bajulação e da submissão antipatriótica que levou os militares de 1964 a fazer o que fizeram, no que foram prontamente apoiados pelo povo, o que não podia ser diferente porque a palavra povo encerra em si um depreciativo espiritual. Em caso de dúvida quanto ao sentimento negativo que o povo desperta, consulte o personagem do saudoso Chico Anísio, o deputado Justo Veríssimo. Entretanto, falávamos sobre a subserviência de nossos representantes mostrada na imagem que ilustra a reportagem citada lá em cima. Além do blog do Raoni, outro órgão de imprensa também comentou sobre o embevecimento do nosso presidente e seu secretário ante a figura do secretário americano em matéria que levou o seguinte título: “Embevecidos, Temer e Serra fitam o secretário de Estado norte-americano, John Kerry”. Realmente, aquela imagem é de dar tristeza a quem gostaria de ter motivo para se orgulhar de suas autoridades e de seu país. Demasiadamente alto o secretário americano, nossos representantes precisam olhar para cima a fim de encarar o rosto asqueroso do americano que joga bomba sobre criancinhas. O tamanho do corpo físico é importante apenas nos irracionais destinados a fornecer carne para alimentação. No caso dos americanos, sua alta estatura provém da sustança tomada de corpos esquálidos pela política de rapinagem de seu país, cujos rastros podem ser vistos na lama das Marianas e Passadenas do mundo.   

Por ocasião da abertura da palhaçada das Olimpíadas no Rio de Janeiro, um dos muitos ardis usados pela administração pública mundial para desviar a atenção do povo enquanto leva ferro, o mesmo secretário John Kerry, usando da mesma vaselina usado pelo presidente Obama quando disse que Lula é o cara, ou na imagem de Bill Clinton lendo Paulo Coelho, afirmou que o Brasil estaria destinado ao gigantismo, expressão com a qual insinuava o desenvolvimento econômico alardeado pela papagaiada de microfone e escritores assalariados como indispensável à felicidade humana. Entretanto, na verdade não passa de fingimento porque os próprios Estados Unidos não querem saber de concorrência na sua doença de gigantismo. A aproximação da China que já foi o berço da sabedoria ou do novo bloco de monstros da Eurásia da possibilidade de desbancar os americanos do trona infeliz de mais ricos do mundo é motivo para grande apreensão do governo americano em sua sede de poder, fonte de infelicidade materializada nos quadros pavorosos de jovens transtornados a disparar armas sobre outros jovens, levados pela cultura da violência inerente à competição necessária à formação das riquezas. A brutalidade indispensável ao ajuntamento de dinheiro é ensinada nas Harvards do mundo que tornam em cultura a desimportância da união indispensável à comodidade e satisfação pessoal só encontradas num ambiente de paz, incompatível com a competição.

Estará nosso país condenado à posição de quatro para quem quiser dele desfrutar? Como pode parecer inacreditável tamanha submissão, esta incredulidade desaparecerá pedindo ao amigão Google para mostrar o ACORDO MEC/USAID. Quem fizer isto tomará conhecimento do tamanho da subserviência do governo dos militares brasileiros que entregaram ao governo americano a elaboração do programa educacional de nossa juventude, jogando na latrina aquilo que constitui o que há de mais sagrado para uma nação, sua SOBERANIA. Da educação orientada pelo interesse americano demonstrado no episódio de Pasadena resultou uma população apaixonada pelos Estados Unidos cujo maior orgulho é fazer compras em Me Ame e mostrar a outros babacas retratos tirados ao lado da turma de Mickey, Pato Donald, e ostentar sobre móveis relógios representando a figura do Gato Garfield. Até pinguins de louça eram comprados juntamente com a geladeira para dar ideia de ambiente frio. No que se refere à autodeterminação, orgulho, vergonha, hombridade e honra, somos uma verdadeira lástima. República de bananas, monturo do mundo, país que não é sério, são alguns dos pejorativos atribuídos a esse belíssimo país que faz absoluta questão de chafurdar no ridículo, na rapinagem e num eterno conformismo com tudo que lhe é imposto, como fez ao submeter-se fielmente às exigências do capitalismo americano ao determinar que em vez de transporte por água e estrada de ferro nossas mercadorias fossem transportadas por um custo infinitamente maior através de caminhões que ocupam as estradas que deveriam ser destinadas a ônibus que substituíssem a grande maioria de automóveis levando apenas duas ou mesmo uma só pessoa.

Entretanto, apesar de chefiar um governo de banqueiros voltado evidentemente para o interesse do sistema financeiro provedor dos infernos fiscais, a imagem de nosso presidente também aparenta seriedade em várias ocasiões por não se mostrar sempre em largos risos próprios da falsidade que orienta os políticos de modo geral. Talvez não fosse apenas estultice torcer para que ele aproveitasse a situação de líder máximo dos brasileiros, independentemente da forma como chegou a esta condição, e fizesse um governo capaz de levar nosso país a momentos mais tranquilos, oportunidade desperdiçada por todos os que lá chegaram. Contudo, pelo andar da carruagem, tudo indica que será a mesma merda de sempre em função da bandidagem que o acompanha. Não é preciso recorrer à sofisticação da existência de uma sociedade líquida como faz o filósofo Zygmunt Bauman no livro Babel para dizer da insustentabilidade da condição visivelmente insustentável da sociedade humana. Para tal conclusão basta subir num murundu e olhar em volta. Os horrores que se vê de lá são mais do que suficientes para mostrar a contradição entre esta sociedade brutal e outra sociedade pacífica apropriada para seres humanos, uma vez que eles são capazes de raciocinar. A este tipo de sociedade, o filósofo inventa outra novidade desnecessária determinando-a de sociedade sólida. Na verdade, se houver tempo e uma juventude mentalmente sadia para criar um ambiente no qual se pode viver sem medo, tal ambiente será apenas uma sociedade humana. Inté.   

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

ARENGA 122


Não há escola mais eficiente que a escola da vida. Só ela ensina estar a humanidade andando no sentido contrário àquele que deveria andar. Uma vez que os seres humanos dispõem da faculdade de pensar, sua primeiríssima atividade deveria ser pensar. Entretanto, dispondo desta extraordinária capacidade, humanos se comportam exatamente da mesma maneira como se comportam os búfalos. Eles, quando estão juntos, formando um grupo coeso, não são atacados nem têm suas crias mortas pelos leões. Como não podem pensar, alguns deles se separam da manada e caem nas garras dos leões à espera desta oportunidade. Também os humanos dispensam a proteção da cooperação e se aventuram no mundo da individualidade buscando cada um seu lugar de pastar. Pastar é a palavra que melhor define o comportamento humano. É extraordinária a falta de senso e monumental burrice de quem pensa haver mérito em ajuntar dinheiro mais do que o necessário para ter uma vida sem necessidade das coisas indispensáveis. Mas os humanos tiveram anulada a capacidade de tirar conclusões, tornando-se cegos mentais tão cegos que encontram motivo para fama e celebridade em seres espiritualmente desprezíveis.  Náufragos que chegam a uma ilha adotam inevitavelmente comportamento coletivo que faz desaparecer a noção de propriedade privada. A única diferença do Planeta Terra para uma ilha é que esta é arrodeada por água enquanto o planeta é arrodeado por vento. Mas os náufragos do planeta devem ser ainda mais solidários por ser impossível sair dele para outro lugar como acontece com os náufragos da ilha. Mas não é o que acontece porque diferente dos náufragos da ilha, os do planeta destroem a água e a comida em vez de preservá-los.

A prova mais que evidente da incapacidade de pensar do ser humano é a propaganda. As pessoas são conduzidas por uma vontade que não depende de sua vontade. Abandonando o imensurável poder interior a que se refere o poeta Zé Ramalho quando afirma não ser de fora que a nave vem, mas é de dentro do peito que a nave sai, a força que determina o comportamento da humanidade vem de fora. Vem da ordem midiática para beber refrigerante, futucar telefone, acreditar em Deus, vestir dessa ou daquela maneira, ser bem comportado para ganhar presente de Papai Noel, não deixar de pagar as prestações, ser mais burro do que o próprio burro, assim por diante. Tais atitudes, embora antissociais, são ensinadas às crianças. Como o adulto é o que aprendeu quando era criança, perpetuam-se os comportamentos antissociais dos quais resulta a desgraceira humana. Tudo exclusivamente por conta da recusa em exercer a mais nobre de todas as atividades, a de pensar. É na religiosidade onde se encontra o motor que gera a ojeriza à atividade de raciocinar, razão pela qual ela, a religiosidade, é a única culpada por todos os males que afetam a humanidade por envolver todos os seres humanos com a noção da proteção divina que dispensa cogitação a respeito. Entretanto, na Parábola da Rede (Mateus 13:47) compara os bem comportados aos peixes bons que vão para cesto e os maus que são deitados fora. Disto se deduz ser melhor ser mau porque os bons vão para a frigideira enquanto os maus voltam à agua. PENSE, JUVENTUDE DE MERDA! Inté

 

 

 

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

ARENGA 321


Entre goles de uísque no ambiente agradável do Aerobar do amigão Newton, rolou esta historinha: Um sujeito e uma belíssima mulher, famosa pela sensualidade e rara beleza, por todos desejada, depois de vitimados por um naufrágio foram parar numa pequena ilha e a atração natural e irresistível do macho pela fêmea e da fêmea pelo macho acabou por levá-los ao relacionamento sexual. Decorridos dias de trepulinança, a inconformação com o mesmismo, inevitável na repetição ainda que das melhores coisas da vida, o sujeito pediu que ela se vestisse de homem (faltou a explicação de onde teria saído essa roupa de homem, mas como se trata de história, deixa prá lá). Combinaram que ela caminharia ao redor da ilha por um lado enquanto ele caminhava na direção oposta. Ao se encontrarem, fingindo falar a outro homem, ele disse: “Olha cara, tá sabendo? vou te contá: Sabe aquela gostosona, fulana de tal? Tô comendo ela, bicho!”.  Encarada apenas como piada, a historiazinha, na verdade, vai além disso porque revela a necessidade de comunicação inerente ao ser humano. Mas aqui a coisa pega para quem se ligou nos ensinamentos dos Grandes Mestres do Saber e tomou conhecimento da realidade da vida também chamada de VERDADE. Isto porque raríssimas são as pessoas que se dedicam a este aprendizado, de modo que aqueles que aprenderam a distinguir entre mentira e verdade ficam sem ter com quem partilhar as novidades. A absolutíssima maioria dos seres humanos aprendem só valer a pena se ligar em assuntos relacionados a ganhar dinheiro, futucar telefone, frequentar igrejas e terreiros de brincadeiras. Recebem uma educação tão enviesada que dela resultam comportamentos bizarros como, por exemplo, acreditar ir para um lugar de infinita boa-venturança depois de morrer, lá no alto do céu, privilégio exclusivo de pobres, quando, na realidade, pobres vão mesmo é para baixo, para um buraco chamado cova ou sepultura. Quem sobe para o céu são os ricos quando viram fumaça na cremação que custa uma nota preta. Céu de pobre é aqui mesmo. Como disse o escritor e poeta itabunense, doutor Paulo Romeu Fontes Berbet, na frase que dá nome a um dos seus poemeas, O CÉU É AQUI, O INFERNO É LÁ EM CIMA. É o título que ele dá a um dos poemas publicados no gostoso livro CONTOS E PEMAS, onde narra também suas interessantes experiências de vida com humor e bom gosto.

O aprendizado sobre a verdade é mais fácil do que o aprendizado das matérias do Enem porque grande parte deste aprendizado se faz apenas pela observação do que acontece no trajeto da vida. Não é preciso fazer calo na bunda de tanto estudar para perceber serem falsas as afirmações dos requintados eruditos ganhadores de Prêmio Nobel que garantem e assinam embaixo que a melhor forma de se viver em sociedade é competindo. Qualquer Zemané pode perceber esta realidade. Basta subir num murundu e olhar à volta. O que se vê são cadáveres de crianças atirados às praias geladas, meninas forçadas pela fome satisfazendo a bestialidade do descontrolado instinto sexual de bichos com forma de gente, meninos portando revólveres em lugar de brinquedos, ar irrespirável, rios secos ou transformados em esgoto, água de beber misturada com bosta e comida com veneno, prostitutas convertidas em “famosas” e professoras em mendigas, trabalhadores recebendo oitocentos reais por mês para trabalhar e outros ganhando milhões para brincar de correr atrás de bola, requintadíssimos estádios para brincadeiras, palácios sem conta para abrigar administradores públicos ladravazes, doentes morrendo à mingua por falta de assistência hospitalar, enriquecimento de profissionais especializados em defender bandidos com os quais dividem o produto do roubo, partidos políticos transformados em quadrilhas de bandidos, a justiça acusada de ser exercida por bandidos de toga fazendo vista grossa aos crimes dos ladrões do dinheiro de comprar o leite das crianças, jovens levados à morte trocando socos como o escocês Mike Towell que morreu aos 25 anos em consequência das lesões na cabeça sofridas durante lutas de boxe, choro e sofrimento nos corredores dos hospitais.  É o que pode ser visto do alto do murundu como resultado da vida competitiva recomendada pelas Harvards do mundo.

A humanidade não saiu ainda da fase monstruosa de se divertir vendo leões estraçalhando seres humanos. Apesar da proteção divina, das orações e do “empenho” dos administradores públicos na promoção de bem-estar social, a infelicidade tomou conta da humanidade e ela não sabe disso porque se soubesse não haveria mais festas do que reflexão sobre o que vem por aí. Tudo isto decorre das ordens que os ricos donos do mundo dão aos responsáveis pela aplicação do dinheiro público a fim de que ele tenha destino diferente daquele que que deveria ter. Entre os poucos que sabem ser possível criar uma sociedade melhor e os muitíssimos que sabem só Deus poder fazer isto há uma distância tão grande que impossibilita a comunicação entre uns e outros. Vivi esta realidade porque entre as muitas experiências desagradáveis que tive na vida, uma delas foi ser patrão. Como disse nosso poeta cantador Elomar Figueira Melo em sua bela música/poesia O PEÃO NA AMARRAÇÃO, o ideal é não ser empregado nem patrão. Por incrível coincidência, nesse exato momento em que releio estas mal traçadas para poder publicar, liguei para meu amigo Newton do Aerobar para lhe perguntar se estava de acordo que eu começasse essa arenga falando dele do jeito que comecei. Depois da autorização, eis que ele me colocou em contato com ninguém menos do que o também poeta cantador Shangai, de quem tenho a honra de ser parente e que se encontrando por aqui passou por lá para matar velhas saudades. Ao ouvir meu reclamo de desaparecer por ser importante, sua veia poética respondeu que todos somos importantes na mesma proporção. Realmente, o que falta ao ser humano é tomar consciência de ser importante e não merecer uma vida tão desgraçada que enlouquece os jovens que disparam metralhadoras sobre outros jovens.

Feito este grato parênteses e voltando ao arengamento, dizia que fui patrão como produtor de café. Por ter aprendido com os Grandes Mestres do Saber, constituirmos uma irmandade na qual ninguém é superior a ninguém, talvez por isso alguns dos empregados mesmo depois de afastados viessem vez em quando nos visitar, o que era gratificante, mas, ao mesmo tempo, embaraçoso. Diferentemente do tempo em que a gente tratava só de coisas relativas ao trabalho, durante as visitas, depois dos cumprimentos habituais era preciso ficar a inventar assuntos sobre o que falar para evitar a situação sem jeito de permanecer em silêncio, o que é desagradável. Do mesmo modo como as pessoas da alegoria da Caverna de Platão se encontravam acorrentadas para não tomar conhecimento da verdade, também agrilhoados às falsas crenças se encontra a humanidade e ai de quem tentar mostrar-lhe a verdade. Acreditando numa falsa realidade que lhes é imposta desde os primeiros lampejos de discernimento, os seres humanos vivem a mesma irrealidade em que vivia a Santa Inquisição, cuja triste história é magistralmente contada nos livros O PAPA ALEXANDRE E SUAS DUAS AMANTES e DAS BRASAS DA INQUISIÇÃO AO LEITO DA PEDOFILIA, ambos do escritor Evandro Gomes Brito, para nosso orgulho, mais um conquistense brilhante. O erro monumental de perseguir e chegar à monstruosidade de queimar na fogueira uma pessoa por constatar verdades como a de que a Terra circula em torno do Sol é o mesmo erro que leva os seres humanos à autodestruição, às orações e ao analfabetismo político.

É impossível haver comunicação entre quem sabe que a única causa de todas as dificuldades é o uso incorreto dos recursos públicos e quem está convicto de que tudo é uma questão de falta de Deus. Escritores assalariados, egressos das Harvards do mundo, em troca do dinheiro do grupelho de ricos donos do mundo provam por A mais B ser mais vantajosa a competição do que a cooperação na vida em sociedade, o que é uma verdadeira aberração ideológica aceita com tranquilidade apenas por falta do hábito de analisar as informações recebidas. Na página 64 do livro GUIA POLITICAMENTE INCORRETO DA ECONOMIA está dito com todas as letras que os pobres das favelas das grandes cidades não são assim tão infelizes porque é maior a infelicidade dos pobres do nordeste brasileiro. Isto é uma sacanagem que passa ao largo da percepção dos frequentadores de igreja, axé e futebola porque se eles tivessem conhecimento da verdade ensinada pelos Grandes Mestres do Saber, compreenderiam tratar-se de opinião comprada pelos ricos donos do mundo cuja monumental ignorância os faz crer ser possível eternizar uma situação na qual gatos pingados afrontam imensas multidões de necessitados esfregando-lhes na cara suas imensas riquezas. Por mais imbecil que seja a massa levada à condição de ser não pensante, um dia perceberá que nenhum Deus proverá a conta do hospital quando a velhice chegar juntamente com suas companheiras inseparáveis, as doenças. Na verdade, o mundo está em rota de colisão com uma bola de ignorância ainda maior do que o próprio mundo. O veneno do conformismo é inoculado na mente das pessoas pela prostituição da consciência. Isto é, pessoas que trocam opinião por dinheiro. Um exemplo desta maldade é a história contada e recontada como de grande sabedoria e que é a seguinte: Um pobre desgraçado que sofria a não poder mais sofrer, cansado de tantas amarguras, choramingou seu infortúnio aos pés de um dos sábios endeusados pelo tipo de literatura agraciada com Prêmio Nobel e lhe disse que seu sofrimento só não era de todo insuportável por conta de uma vaquinha que possuía e que dava um pouco de leite com o que amenizava a choradeira das suas crianças famintas. Depois de meditar um pouco, o sábio, tipo daqueles sábios que abundam nas páginas da revista americana Seleções Rider’s Digest disse ao pobre infeliz: BOTA A VACA PRÁ DENTRO DO BARRACO! Como quem só sabe obedecer dispensa a necessidade de refletir sobre a orientação recebida, como fazem os frequentadores de igreja, axé e futebola, o pobre miserável e sua miserável família passaram a conviver com a vaquinha dentro do barraco, e, como não podia ser diferente, o sofrimento multiplicou. Alguns dias depois, voltou a choramingar nos pés do “sábio” lamentando porque o sofrimento aumentou com a bosta e o mijo da vaquinha botando mais doenças nas crianças. Depois de meditar um pouco o sábio do tipo dos sábios saídos das Harvards lhe disse: TIRA A VACA DE DENTRO DO BARRACO! Com a vaquinha fora do barraco é evidente que a miséria do miserável tinha de diminuir. Com esse tipo de sacanagem os prostitutos da consciência manipulam a mente dos pobres de espírito transformando-os em mendigos de espírito a ponto de beber refrigerante porque a troco de quatro milhões Faustão manda beber, ainda que disto resulte deterioração da saúde dos jovens pobres de conhecimento e milionários em imbecilidades. É com base no conformismo de cumprir ordens que os papagaios de microfone a soldo dos agiotas dos vários tipos de crediários existentes vivem a repetir para que não se deixe de pagar as prestações. É um conformismo tão absurdo que as pseudo autoridades jogam no lombo do povo escravizado as atividades que são da competência delas, das autoridades. Andar a oitenta quilômetros nas estradas e com faróis acesos para prevenir acidentes é uma coisa absurda porque cabe ao governo manter estradas com várias pistas e bem policiadas. É assim que se previne acidentes em vez obrigar os conformados com tudo a terem de arcar com o custo da energia e o “saco” de viajar centenas de quilômetros na mesmice de oitenta. Mas, para os imbecis, trata-se de MEDIDA DE SEGURANÇA, portanto, muito bem-vinda. Do mesmo modo procedem os bancos. A pessoa tem o dinheiro, mas só pode dispor da quantia que o banco permitir. VÁ TOMÁ, PÔ! È isso que as pessoas deviam dizer ao banco em vez de se conformarem com tal absurdo. Se o sujeito é o dono do dinheiro, ele tem de poder dispor do quanto quiser porque problema de segurança é do governo e não do depositário que faz a riqueza dos banqueiros agiotas com suas monumentais contas nos infernos fiscais. O cinismo destes cretinos chega ao ponto de afirmar que o BRA de Bradesco é mesmo BRA de Brasil, o que para a massa de ignorantes é até motivo de orgulho uma vez que todos os tipos de imoralidades são “o quente” por aqui, incluindo a imoralidades da exorbitância dos ganhos bancários.

 O erro monumental de onde provêm todas as mazelas do mundo é a recusa em exercer a sagrada atividade de pensar, comportando-se como os irracionais. Nesse exato momento a papagaiada de microfone faz escarcéu em torno da necessidade de cortar gastos. Isto é uma sacanagem desse governo de banqueiros porque o corte de gastos a que se referem são aqueles que poderiam levar algum alento à classe desfavorecida de sempre. Desperdiça-se o dinheiro público de forma escandalosamente inimaginável, mas a falta de recurso se deve é à Previdência Social. Não falta dinheiro. Só que ele é usado para enriquecer inúteis “celebridades” e “famosos”, esbanjado por administradores públicos em parceria com a máfia do colarinho branco, na lambança das dívidas interna e externa, na construção de estádios autódromos, piscinas destinados às brincadeiras que fomentam o analfabetismo político de onde provem a preferência pela igreja e as brincadeiras em detrimento de fiscalizar o que está sendo feito com o dinheiro suado dos impostos. A coisa é tão esquisita que o ministro Marco Aurélio, depois de votar contra a prisão dos ladrões do erário após julgamento em segunda instância, preferindo que estes marginais muito mais prejudiciais à sociedade do que os assaltantes de bancos só fossem presos depois de toda aquela interminável arenga de mil e um “trâmites legais”. Enquanto isso, ladrões comuns que abarrotam os imundos cárceres do país, depois de cumprirem suas penas continuam amargando a prisão. Voto derrotado, felizmente, o ministro Marco Aurélio afirmou estarmos vivendo tempos estranhos. Realmente, senhor ministro, são tempos estranhíssimos estes em que a justiça passa a mão na cabeça dos responsáveis pela transformação de crianças em bandidos que morrem como moscas no veneno nas mãos de policiais que também são mortos por crianças em represália. Realmente, são tempos não só esquisitos, mas também tenebrosos. Inté.    

domingo, 2 de outubro de 2016

ARENGA 320


A sugestão apresentada pelos hotéis de Ilhéus para proteção contra as muriçocas me trouxe à recordação o professor de educação física que era também o diretor do ginásio Alfredo Dutra, em Itapetinga, onde comecei os primeiros estudos um pouco tardiamente, já de olho no Cavaco, o meretrício de lá, na época em que a prostituição ficava do lado de fora do resto da sociedade. VENENO! Esta é a solução que os melhores hotéis de Ilhéus oferecem contra os milhões de tenebrosos insetos hematófilos que surgem de todos os lados e aos borbotões, quando um simples cortinado por aqui chamado de mosquiteiro resolveria o problema. As paredes, lençóis, fronhas, por todo canto há manchas de sangue de mosquitos esmagados. A ligação entre o veneno como solução e o instrutor de ginástica da cara fechada, mas de coração aberto, deve-se à ordem que ele dava para algum de nós acertar o passo durante a marcha. É justamente de acertar o passo o que precisa este esquisitíssimo país. No capítulo intitulado Bastidores da História, do livro História Geral e do Brasil, de Claudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, lê-se que no tempo do antigo Curso Primário, a história religiosa era mais difundida do que a história das civilizações, o que é de causar pasmo, mas é a dura realidade. Ligar-se na fantasia de um mundo celeste do qual só ouve falar e desligar-se do mundo onde temos os pés e de onde tiramos tudo aquilo de que necessitamos é um erro gravíssimo que os seres humanos vêm repassando de geração após geração. É este grande erro que dá origem a todas as agonias vividas pela humanidade. É crime hediondo ensinar religiosidade às inocentes crianças e fazê-las acreditar na necessidade de Deus e seus representantes, entre eles, vagabundos, ladrões safados, estelionatários, estupradores, pervertidos sexuais, assassinos. A profissão de representante de Deus é tão nociva à sociedade quanto a dos advogados defensores dos ladrões do erário, profissão tão esquisita que mesmo o ladrão dizendo que roubou, o advogado garante que é mentira dele porque ele não roubou nada por ser pessoa de elevado padrão moral que está sendo vítima de constrangimento ilegal pela turma da Operação Lava Jato, estes, sim, transgressores da lei em busca de notoriedade. Mais impressionante é que a justiça acata os argumentos capciosos desses advogados, bandidos tão bandidos quanto os bandidos que defendem porque do seu trabalho nefasto buscando dividir o produto do roubo efetuado pelos bandidos que protegem resultam milhares de criancinhas esquálidas por falta do leite salvador porquanto o dinheiro de comprá-lo vai para luxuosos escritórios destes parasitas da sociedade. Tão estranho quanto ser legal a participação de advogados no butim é a facilidade com que ajustiça ignora o enriquecimento rápido de ocupantes de cargo público. A desarrumação se dá apenas porque em vez de aprenderem cidadania as crianças aprendem religiosidade.

Talvez por ser pessoa de poucos conhecimentos, estou certo de que até hoje, apesar de livros e mais livros sobre a inexistência de proteção divina, esta realidade pode ser percebida apenas com um olhar em volta porque o que se vê é suficiente para mostrar ser maior o sofrimento e a ignorância nos lugares onde é maior a religiosidade. Como disse o sociólogo, grande quantidade de igrejas e farmácias denunciam incontestavelmente elevado grau de ignorância do povo daquele lugar. Para nosso orgulho, entretanto, o conterrâneo EVANDRO GOMES BRITO, filósofo, escritor, poeta, advogado, homem do maior valor cultural, demonstra com argumentos irrefutáveis no livro de aparência modesta intitulado O PAPA ALEXANDRE E SUAS DUAS AMANTES, do qual tenho imenso orgulho de possuir um exemplar com a ressalva pelo autor “AO AMIGO JOSÉ MÁRIO”, porque de fato somos amigos. Neste livro, o autor desnuda a falsidade da religião ao desnudar seu verdadeiro interesse que outro não é senão o mesmo que move a sordidez da politicagem ora desnudada pela Operação Lava Jato. Na página 23 deste pequeno grandioso livro lê-se o seguinte: “Extremamente rica e dominadora a Igreja Romana impôs sua influência à vida política, econômica e social da Idade Média e dominou plenamente a cultura. Tornou-se a maior proprietária de terras da Europa, numa época em que os poderosos politicamente ou no setor econômico provinham da posse da terra. Isso lhe garantia uma força política tal, que os reis medievais em sua grande parte, ou seja na maioria, dependiam do apoio da Igreja Romana, condição sem a qual não podiam governar o povo. Com a teoria do direito divino dos reis, uma vez excomungado um rei ou imperador, a deposição se impunha automaticamente. O rei excomungado perdia o direito de reinar. O povo não mais lhe obedecia. O papa, além do mais, ameaçava com excomunhão a quem desse apoio a um rei excomungado. Com isso os papas faziam, com os governantes do poder temporal, a chantagem que quisessem: o céu era o limite. O povo naquela época temia mais uma excomunhão do que uma lança afiada”.  Pouco mais adiante nesse fabuloso livro pode ser vista a seguinte e arrasadora realidade: “Caldeirões, brasas, fogo eterno, eram as ameaças feitas pelos papas medievais. Além de tudo isso, para os pouquíssimos intelectuais não acreditadores nessas coisas, havia um inferno na terra: O Tribunal do Santo Ofício ou Santa Inquisição, por meio de cujo julgamento foi queimado vivo na Itália o Cientista Giordano Bruno, em 1600. A Igreja Romana tentava legalizar a posse de terras através de um documento falso chamado Doação de Constantino. Por esse documento, o imperador Constantino teria doado a ela as terras da Itália e de todo o Ocidente do império”.

Aí está, pois, para que serve a religiosidade. Uma farsa que mantem o povo convencido da desnecessidade de pensar sobre as informações que recebe. Assim, enquanto a bandidagem se locupleta com seu trabalho as pessoas vão às igrejas em lugar de irem aos órgãos de administração pública para tomar conhecimento do que está sendo feito com o erário. ACERTA O PASSO, Ó JUVENTUDE DE MERDA! Inté.