O mundo
perdeu completamente as estribeiras. Até mentalidades consideradas privilegiadas
em conhecimentos, inexplicavelmente, afirmam absurdos contestados pela lógica
como dizer que há vantagem na disputa por dinheiro ou de haver inteligência na
natureza. Inúmeros escritores, havendo entre eles até ganhadores do Prêmio
Nobel, afirmam que o atual modo de administração pública mundial (leia-se
capitalismo) teve êxito em proporcionar bem-estar social, o que é de uma
falsidade monumental porquanto o princípio no qual se fundamenta o capitalismo é manter o povo na qualidade de dependente de um emprego que lhes garanta apenas a sobrevivência. Outros escritores dedicam seu tempo em escrever guias
politicamente incorretos sobre filosofia, economia, política, sexo, etc.,
quando, na verdade, a única incorreção que se percebe da leitura desses livros
está é na cabeça de quem os escreveu por se insurgirem contra aqueles que
desaprovam a filosofia ou o modo de pensar atual sobre a economia, a política,
a sexualidade, assuntos seríssimos, mas que foram completamente deturpados pela imoralidade espiritual dos patrões de tais escritores, os ricos donos do mundo em sua sanha vampírica por riqueza, comportamento avesso à moralidade e aos bons costumes. Ninguém mentalmente sadio aprovará nada da situação atual em que
se encontra a humanidade, salvo os indiferentes ao sofrimento de seres humanos mantidos em ignorância com o objetivo monstruoso de não faltar quem lhes movimente a máquina de fazer dinheiro. Não
precisa mais do que subir num murundu e olhar em volta para se constatar a
falsidade da afirmação de haver bem-estar social em qualquer lugar do mundo
porque por todo canto se vê cadáveres, choro, fome, multidões infelizes de
desesperados em fuga morrendo como moscas no açúcar envenenado ao se aventurar
mar a dentro com suas pobres inocentes crianças que por sua fragilidade
deveriam ser objeto de total proteção. Jovens alucinados cepando fora a cabeça
de outros jovens ou disparando metralhadoras sobre seus semelhantes. Sendo este
quadro apavorante que se percebe lá de cima do murundu, onde estaria o
bem-estar social que escritores grã-finos asseguram decorrer do modo atual de
administração pública?
As
incoerências orientam o modo de vida no mundo inteiro. Os lugares tidos como de
maior civilização são justamente os lugares onde se verifica a brutalidade de
esconder recursos que mafiosos tungam de populações infelizes desprovidas das
coisas essenciais à sua manutenção. À custa de muito sofrimento é que resulta a
riqueza de perdulários ajuntadores de tesouros. Há inconsequência até mesmo num
grandioso livro chamado Evolução Espontânea, não obstante a fabulosa
contribuição que dá à humanidade ao mostrar-lhe a necessidade de se abandonar
os velhos padrões que têm orientado o comportamento humano, por se encontrarem
completamente superados, no que demonstra lucidez indiscutível dos autores porquanto
os padrões convencionados e seguidos até aqui trouxeram a humanidade ao
sofrimento que a atormenta de todas as maneiras. Nas páginas 59 a 61 deste
fabuloso livro há grandiosa contribuição para a elevação espiritual humana ao
esclarecer a inexistência de um determinismo genético segundo o qual as pessoas
são vítimas da hereditariedade. Com isso, através de descobertas científicas traz
à luz novidades capazes de substituir por novos os velhos e enferrujados
padrões de comportamento porquanto esclarece que nós mesmos somos os
responsáveis pelo controle de nossas vidas, uma vez que este controle é feito
pela mente, cujo funcionamento não sofre influência externa. Isto encerra
fabulosa lucidez por ser exatamente aquilo de que carecem os seres humanos: assumir
a responsabilidade pelo seu destino. Passa da hora de deixar a ideia mumificada
de um Deus determinador do nosso rumo. A ideia de Deus só existe por ser implantada
criminosamente no cérebro das inocentes criancinhas por seus pais que, por sua vez, também tiveram a crendice inoculada em suas personalidades quando ainda em formação. Estas duas
ideias falsas, riqueza e religiosidade são a causa de todo conflito humano. Seres humanos que poderiam
ser cidadãos capazes de contribuir para elevar espiritualmente de sua sociedade
praticam ações antissociais em decorrência unicamente do aprendizado da
necessidade de ser rico. Há nas livrarias dezenas e dezenas de livros do tipo
JOVENS COM ATITUDE ENRIQUECEM MAIS RÁPIDO, da autoria de Kent Healy, ou
EMPREENDEDORES INTELIGENTES ENRIQUECEM MAIS, de Gustavo Cerbasi, louvando a
riqueza quando, na verdade, a busca da riqueza é também a busca da
intranquilidade e sacrifício da saúde. Apesar disso, a cultura desta falsa necessidade
é irmã gêmea da também falsa cultura religiosa. Absolutamente nada
justifica um monumental aparato de representantes divinos com a função idiota de
intermediar a comunicação entre as pessoas e um Deus cuja existência não
passa de invenção, fato facilmente constatável ao observar que Deus varia de
forma de acordo com a cultura da época em que foi criado. Já houve até
Deus com cabeça de elefante. É inutilidade absoluta a existência de pastores
ladravazes e um Papa cuja função se limita a fazer pedidos vãos. Nenhuma guerra
deixará de existir por sua interferência, muito ao contrário, a História mostra
que Papas têm dado origem a guerras. No momento em que não mais for implantada
na mente das inocentes crianças a figura de Deus ele desaparecerá em duas
gerações tão certo quanto ser quatro o resultado da soma de dois mais dois.
Entretanto,
como a tônica são os desencontros, ao mesmo tempo em que o fabuloso livro Evolução
Espontânea de que falávamos presta grande serviço à causa da evolução social trazendo
à luz a necessidade de substituir tradições por inovações, nesse mesmo livro,
na página 35, pode ser encontrada afirmação baseada na falsa crença da existência
de inteligência na natureza, o que remete à existência de Deus. Embora não
esteja ali mencionada a palavra Deus, falar-se em inteligência na natureza é a
mesma coisa de afirmar ação criadora por um ser inteligente. Diz o texto: “Graças à nova ciência da Matemática Fractual, sabemos
que padrões inteligentes se repetem em todas as manifestações da Natureza”. E mais: “É possível perceber que a evolução da espécie (humana, grifo nosso)
segue em direção a um futuro positivo e seguro”. Ora,
ambas as afirmações são falsas. A natureza segue mecanicamente seu
destino de transformar as coisas indiferente às consequências de tal
transformação, o que elimina a possibilidade de inteligência no que faz. Aliás,
na página 62, ao se referir ao funcionamento das células do nosso corpo, os
autores do livro em causa comparam o funcionamento das células com a mecânica
de um motor. Ali eles fazem referência a botão de partida, correias
transmissoras de força, etc. e tal. Se houvesse inteligência em motor avião não
levaria para o fundo mar centenas de inquietos idiotas convencidos pela papagaiada de microfone que o negócio e fazer turismo, desprezando o aconchego de suas casas. A indiferença comportamental da natureza é
visível quando ela dá origem a duas criancinhas com uma só cabeça ou quando faz
com que animais sejam comidos ainda vivos por outros animais. Como falar em
inteligência nisso daí? Dessa mesma inconsequência padece também a afirmativa
de um destino seguro para a humanidade. Aí está o descontrole dos eventos
climáticos para mostrar o contrário. Razão tem mesmo é Zygmunt Bauman ao
observar no livro Babel que a humanidade se encontra numa situação totalmente
insustentável não só por não mais poder ser o que sempre foi, o que é notícia
alvissareira posto a brutalidade como vivem os seres humanos, mas também por
não saber o que vai ser. Realmente, não é crível que tanta estupidez prevaleça
por mais tempo. Uma coisa é certa: prevalecerá enquanto a mentalidade da
juventude se limitar a futucar telefone e apreciar “famosos” e “celebridades”
de nenhum valor espiritual, o que não acontece apenas nas republiquetas de
banana habitadas por macacos deslumbrados que gastam as economias fazendo
compras em Me Ame, onde descarregam verdadeiras fortunas e voltam orgulhosos a
mostrar fotografias, sem noção de não passarem de robôs teleguiados para o
ridículo.
Os seres
humanos empolgaram-se tanto com a tecnologia que se desarticularam da
simplicidade do raciocínio lógico como se deduz desta notícia na imprensa: FALTA
DE RECURSOS ESSENCIAIS GERA VIOLÊNCIA ENTRE HUMANOS, DIZ PESQUISA. É preciso,
por acaso, pesquisa para se concluir coisa tão evidente? Mas, para a estupidez
humana, como se pode ver do modo como eles estruturaram sua sociedade, com
imenso contingente de pessoas sem direito a comer, a pesquisa avisa que estas
pessoas são levadas pela fome a cometerem atos de violência, não obstante a
quantidade de cadáveres cujas mortes decorrem da falta de comida. Contudo, é
preciso pesquisar se realmente é verdade tal verdade. Inté.