sábado, 30 de julho de 2016

ARENGA 294

Embora não se possa negar que a classe dos ricos seja de uma burrice lapidar, a burrice da classe dos pobres ainda é maior. É certo que a burrice dos primeiros causará sua destruição, mas de modo indireto pela destruição da natureza, ao passo que os pobres se destroem diretamente matando-se mutuamente para roubar o pouco que tem. Enquanto os ricos se protegem mutuamente, os pobres digladiam entre si. A seção País-Opinião do Jornal do Brasil dá panos prá manga ao pensamento de quem é levado a pensar pelas coisas que vê e sente. No dia 30/07/2016 publicou interessantíssima matéria reveladora dessa união que os ricos usam entre si para amenizar ou mesmo encobrir suas ações deletérias sobre a sociedade. Tendo sido o Bradesco apanhado enchendo as burras no dinheiro do erário, o Jornal do Brasil publica editorial intitulado O QUE DEVE ESTAR SENTINDO AMADOR AGUIAR, na qual pinta o senhor Aguiar, dono do Bradesco, como o anjo Rafael que ajudou Tobias a receber de Gabael o dinheiro que ele devia a Tobit, seu pai. A matéria do jornal pinta o Bradesco como um templo de santidade, e seu dono, o senhor Amador Aguiar, o santo do altar. Ora, Jornal do Brasil, respeite os cabelos brancos de quem não passou pela vida sem nada aprender e que se enquadra na classe de enchedores de latrina a que se referiu Leonardo da Vince, observação que nos é lembrada por Alex Ferraz do jornal Tribuna da Bahia. Com que então, senhor Jornal do Brasil, o senhor vem nos dizer que banqueiro tem respeito pela sociedade? O senhor por acaso sabe quanto o Bradesco arranca todo mês desse povo miserável que chora por todo canto? É claro que sabe. Mas se sabe, por que este pouco caso com a nossa inteligência? O senhor também sabe que alguém de grande inteligência e conhecimento afirmou que abrir um banco é um crime maior do que assaltar um bando. É nos considerar toupeiras ao imaginar desconhecermos as falcatruas criminosas dos bancos tais como a compra do Baneb pelo Bradesco.
Sei o que digo porque entre as penúrias que penei como pequeno agricultor fui forçado a fazer no Bradesco um empréstimo consignado, recebendo cinco mil e pagando dez. Em outra oportunidade, o Bradesco me perseguiu e colocou meu nome na instituição fajuta Serasa para que eu pagasse uma dívida que não devia, o que ficou provado e o banco ladrão foi obrigado pela justiça a me indenizar em quatro mil. Por essas e muitas outras senhor Jornal do Brasil, vá lamber sabão e respeite o sofrimento de quem sofre em consequência da imensa fortuna que o Bradesco rouba da sociedade e armazena nos infernos fiscais. Inté.


      

ARENGA 293

Em meio à vagabundagem de aposentado, papeava informalmente com meus botões sobre aquele senador da república que do alto da honradíssima tribuna do Senado Federal, onde expoentes da cultura, honestidade e dignidade humanas expõem seus sábios pronunciamentos, aquele nobre dignitário da representação popular proferia do alto de sua invejável intelectualidade, nobreza espiritual e cultura a seguinte e lapidar sentença: “NÓS SOMOS O RESULTADO DAQUILO QUE SEMPRE FOMOS”. Mas nesse ponto do proseamento um dos botões argumentou que se o senado é esse mimo todo, por que teria a senadora Eloisa Elena, de dedo em riste, afirmado que o senado não merece respeito porque não se faz respeitar? Outro botão disse que é porque ela deve ser maluca. Lembrei aos senhores botões que o assunto era outro, e voltamos a ele argumentando se aquele senador por trás desta aparente asnice não estaria nos dando uma lição tão séria e importante que ultrapassaria as fronteiras desse país de merda e levaria a todos os outros países de merda o conhecimento do motivo pelo qual os seres humanos têm o comportamento infantil do qual resulta sua falta de rumo. Sim, porque como as crianças, também os adultos não dão a mínima para a lógica visto estar certa a humanidade de ser o mundo administrado por uma sabedoria infinita, o que contrasta com a burrice infinita de estar sendo o mundo destruído juntamente com seus moradores queixosos de calor, frio, secas e enchentes, mas que apesar de tudo vivem uma festança sem fim. A fala daquele senador não está em desacordo com os ensinamentos de Paulo Freire e Anísio Teixeira se se levar em conta o ensinamento a que são submetidas as crianças. Ao seguir a trilha deixada por tal ensinamento chega-se à conclusão de que do aprendizado a que são submetidas as crianças não poderiam resultar adultos com mentalidade de adulto porquanto ele, o adulto, seria, como disse o senador, o resultado da criança e do adolescente que ele foi. Como as crianças aprendem irrealidades e fantasias, chegam à adolescência futucando telefone e ligada no resultado do exame de urina do jogador de futebola. Sendo os adultos resultado do que foram aquela criança e aquele adolescente, não poderiam ter comportamento diferente do comportamento inconsequente que têm em virtude de terem aprendido irrealidades durante seu trajeto pela vida, daí ter-se a impressão de que os adultos deveriam usar calças curtas em função de suas criancices.   
A primeira coisa que aprendem as crianças é a existência de um ser onipotente, entendendo-se por tal tratar-se de um ser cujo poder é tão fabuloso que não existe absolutamente nada que ele não seja capaz de fazer como prova o fato de ter feito o universo de cabo a rabo num piscar de olho. Mas este ensinamento é falso porque examinando o livro chamado Bíblia Sagrada onde estão registrados os atos praticados por este ser admirável fica provado ser inverídica a afirmação de que ele tudo pode por constar daquele livro que este ser tido como tão poderoso falhou nove vezes em sua tentativa de tirar os hebreus do Egito, como também falhou em sua pretensão de ser amado e obedecido de forma absoluta. Depois, as crianças aprendem sobre a onisciência desse ser fabuloso, sendo informadas de que este ser extraordinário é capaz de saber absolutamente tudo que acontece no universo de ponta a ponta, o que também não corresponde à realidade porque segundo a bíblia ele precisou perguntar a Adão e Eva onde eles se encontravam quando estavam escondidos, do mesmo modo que fazíamos nós quando brincávamos de esconde-esconde. De outra feita, Deus (é o nome desta entidade) precisou usar de um artifício maroto para saber se Abraão lhe era fiel, como também disse que precisava averiguar se eram verdades as falas que ouvira sobre Sodoma e Gomorra. Esta constatação nega cabalmente a afirmação de que Deus tudo sabe. Em seguida, aprendem as crianças sobre outra qualidade extraordinária de Deus, a onipresença, significando estar ele em todos os lugares ao mesmo tempo. Mas isso não corresponde também à realidade porque se Deus estivesse presente em todos os lugares não poderia deixar de estar no local da cena horrorosa de uma criança paraplégica ser obrigada a esperar horrorizada, de olhinhos esbugalhados e tremendo como vara verde em sua cadeira de rodas aguardando que o fogo a consumisse porque se ele estivesse lá certamente teria evitado tal barbaridade como faria uma pessoa normal. Desta forma, chega-se à conclusão de que as crianças aprendem mentiras, o que justifica jovens que merecem zero do Enem e adultos que correm em busca se saúde na Avenida Paulista, se engalfinham na disputa da São Silvestre, desmaiam de emoção por ter a bola tocado a rede, se divertem queimando dinheiro em fogos de artifício, no que se queimam a si mesmos e até morrem, encontram motivo de fama em “famosos” e de celebridade em “celebridades”.
Assim, depois de aprender que a primeira coisa mais importante da vida é algo falso, as crianças passam a prender que a segunda coisa mais importante da vida é desenvolver habilidade na atividade de ganhar dinheiro, sendo considerado de grande mérito o adulto que conseguir juntar maiores valores. Aprende também não haver necessidade de se cogitar se a quantia ganha não está exagerada em relação ao fato que gerou o ganho, resultando daí comportamentos como o seguinte: Morando na roça e gostando de plantas, fiquei entusiasmado com uma muda de certo arbusto na floricultura. Percebendo meu interesse, o proprietário disse que já estava vendida, mas que o comprador não viera buscar. Sob pretexto de se justificar junto ao comprador (inexistente), paguei um preço exorbitante pela planta. As crianças aprendem que comportamentos assim são sinônimos de eficiência na atividade comercial. Portanto, também um aprendizado falso porque o comportamento correto para os seres humanos, levando-se em conta a realidade de serem obrigados à vida coletiva, necessariamente tem que ser respeito mútuo, portanto, de sinceridade. Como a sinceridade não convive com a falsidade, e como do ensinamento resulta num aprendizado de falsidades, fica entendido o motivo pelo qual o comportamento dos adultos não correspondente àquele que deles é de se esperar, como evidencia um adulto correndo com uma bola de fogo na ponta de uma vara e multidões de outros adultos apreciando tamanha ridicularidade, inclusive levando para a cadeia um adulto sensato que tentou apagar o fogo e evitar que ele causasse algum incêndio pelaí.
Todo o converseiro em torno de Política, Economia, Justiça, Direitos, Administração Pública, nada disso resulta em coisa nenhuma porque crianças não tem maturidade suficiente para encarar coisas sérias. A sugestão proposta por estas imagens como meio de conquistar votos é a mais clara demonstração de imaturidade tanto dos candidatos quanto dos eleitores:                 


Esta é a razão pela qual a vida dos seres humanos corre grave perigo. Um planeta entregue nas mãos de crianças não poderia ter outro destino que não a situação em que se encontra a Terra, situação irreversível enquanto perdurar a moda de ensinar falsidades às crianças, impedindo-as de se tornarem adultos dotados das qualidades de adultos que se comportem com tais. Mas, como algo alvissareiro, que ninguém é de ferro prá só levar ferro, mães e pais podem se regozijar com a notícia de que o Bial vai substituir o Jô. Assim, eles e as crianças terão mais putaria para curtir. Ôba, tamos nessa e não abrimo! Inté.









quinta-feira, 28 de julho de 2016

ARENGA 292


O Jornal do Brasil de 25/07/2016, no caderno País-Opinião, publica interessante matéria intitulada O MUNDO ESTÁ À VENDA. Começa dizendo que as crises vividas pelo mundo não são causadas pela religião como afirmam aqueles que creditam as coisas ruins ao Estado Islâmico. Tal afirmação, se analisada, mostra que não é bem assim. Verdade que o mundo está mais infeliz a cada dia, sendo o fanatismo perigoso e crescente do Estado Islâmico uma destas muitas infelicidades que infelicitam o mundo. Acontece que tal fanatismo não surgiu do nada. Ele é consequência da forma desumana de administração pública mundial que relega noventa e nove por cento da população a condições subumanas, condições estas determinadas pela política, fazendo crer que a religião fica de fora de tudo isso. A tal conclusão chegarão aqueles que ainda nada aprenderam com os Grandes Mestres do Saber, mas não é bem assim porque a administração pública é feita a quatro mãos pela religião e a política. As guerras são o ele que une estas duas instituições, o que fica demonstrado nestas duas declarações de um santo e um político, registradas nas páginas 64 e 68 de O LIVRO DA POLÍTICA, publicação da Globo Livros: Para que uma guerra seja justa, é necessária uma causa justa” (São Tomás de Aquino).  “Uma guerra justa, no longo prazo, é muito melhor para a alma do homem que a mais próspera paz” (Theodore Roosevelt). Aí estão pensamentos idênticos sobre a monstruosidade da guerra proferidos pela religião e pela política. A parceria diabólica entre religião e política só não é percebida porque povo não tem olhos de ver, mas ela existe desde os primeiros tempos quando a tribo tinha o Chefe Indígena como referência política e o Curandeiro como referência espiritual. Pouco mais adiante deste primitivismo na história dos povos pode-se ver na página 69 do livro HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL, de Cláudio Vicentino e Gianpaolo Rodrigo o seguinte: “A religião mesopotâmica servia de elemento de ligação entre a população e o governante. Os sacerdotes tinham importante função política e o governante era considerado um representante dos deuses”. E na página 75 do mesmo livro: “Com o faraó Amenófis IV (l377 – l358 AC) foram realizadas profundas reformas de cunho político-religioso”. A separação entre Estado e religião ou laicização do Estado tem a mesma significação da preocupação da política exercida no mundo com o bem-estar social. Este divórcio fictício deve-se apenas ao fato de terem os políticos providenciado para que suas imagens fossem desligadas das delícias do céu e ligadas aos horrores do inferno.

Povo nasceu para ser bobão e babão. Aí está o povo peruano proporcionando a notícia de que um economista conservador assume a presidência da república daquele país. Se a Economia tem por objetivo abastecer os infernos fiscais, e o conservadorismo visa a manutenção deste tipo de economia, só mesmo a propensão gastronômica do peru para justificar o procedimento do povo peruano ao buscar seu próprio infortúnio. Tal como os peruanos e sua gastronomia esquisita quanto os demais povos do mundo inteiro, servem apenas para servir aos senhores da religião e da política confortavelmente estabelecidos em templos monumentais e ainda com pose de opressores. Até quando durará tal situação não se pode prever. Tanto uns quanto outros estão a esperar que mais espécimes de povo atinjam a categoria de gente para verem seus impérios desmoronarem como muitos desmoronaram na história da humanidade. O de Salomão veio abaixo três vezes. A condição de opressores mereceu do Grande Mestre do Saber Paulo Freire a seguinte frase registrada na página 297 de O LIVRO DA POLÍTICA, da Editora Globo: “A maior tarefa humanística e histórica dos oprimidos é libertar a si mesmos e os seus opressores”. Aquele sábio previa o desastre a esperar pelos opressores, daí a necessidade de serem libertados da escravidão da necessidade de escravizar. Tanto os escravizadores da religião quanto da política transformaram estas atividades em duas amazonas do apocalipse. Enquanto representantes de Deus convencem a seus liderados haver vantagem em lhes entregar seus carros, os representantes da política convencem a seus liderados haver vantagem em trocar tranquilidade pelo espetáculo mambembe de disputas para saber quem pula mais alto, quem corre ou nada mais rápido, qual o time de futebola, vôlei ou basquete que ganha o jogo. Insanidade. Tudo insanidade. Inté.

 

domingo, 24 de julho de 2016

ARENGA 291


A humanidade precisa mudar o rumo de sua prosa. Nada do que é dito é o que realmente é, e nesta falta de sintonia entre o que se diz e aquilo que realmente é está a causa da infelicidade humana. Embora a humanidade não saiba, ela é extremamente infeliz. Atente-se para o modo como vivem os seres humanos e chegar-se-á à conclusão de haver pouca diferença do modo como vivem os irracionais. Como a arte de pensar, ou a filosofia, virou um converseiro que nada tem a ver com a qualidade de vida humana, haverá quem diga não serem infelizes os irracionais em sua vida de irracional, no que estará mais do que certo, mas a vida de irracional só é boa para os irracionais, e não para humanos. Enquanto não acertar os ponteiros de modo que a fala coincida com a realidade só haverá desencontros entre os seres humanos em função de comportamentos também desencontrados como são os gastos estupendos em festas enquanto as coisas realmente sérias estão na bancarrota. Está tudo errado. Até mesmo pessoas que pensam dizem coisas que se analisadas direitinho deixa ver que faltou mais pensamento sobre o dito.

O filósofo de fala aprumada e contundente Arnaldo Jabor, por exemplo, em seu comentário do dia 28/07/2015 na Rádio CBN, intitulado O Governo Só Fala Do Futuro Com Ideias Do Passado, afirma que se o caos está instalado em nosso país deve-se ao sistema político a que o PT nos levou. Quando foi feito este comentário, o PT era governo e a desarrumação ou caos social em que se encontrava o país poderia fazer crer ser realmente do PT a responsabilidade pela esculhambação. Entretanto, a História do Brasil mostra que nossa política sempre foi esculhambada desde o começo e nunca deixou de ser, razão pela qual se equivoca o comentarista ao atribuir nossa eterna desordem apenas ao PT esconjurado pelo governo atual. No que o substituiu, entretanto, não observa mudança alguma na forma tradicional de governar. Não fosse a proteção do STF e muitos dos membros do novo governo não escapariam ação saneadora da Lava Jato. Portanto, não faz sentido a fala do filósofo porque tanto o governo do PT quanto o atual, os que já foram e os que virão, governaram, governam e governarão apenas a favor dos ricos donos do mundo. A propósito, está aí na imprensa a seguinte notícia: Alckmin perdoa dívidas de R$ 116 mi de acusada de cartel. Já é tempo de se perceber que o modelo de administração praticada no mundo inteiro faz o povo de peteca. Também, quem manda povo ser sinônimo de asno? Nada poderá dar certo enquanto se viver uma cultura para a qual há seres humanos superiores e outros tão inferiores que não precisam comer.

Desde há muito os pensadores evitam focar seus pensamentos nesta falsa premissa que norteia as ações humanas. Eubulides de Mileto, por exemplo, muito tempo antes de Cristo, inventou um negócio chamado O Paradoxo do Mentiroso, que consiste numa confusão dos diabos girando em torno de algo mais ou menos assim: Um cara diz que é mentiroso. Se ele é mentiroso realmente, estaria dizendo a verdade, ficando tudo embaralhado porque uma afirmação não pode ser verdade e mentira ao mesmo tempo. Desta confusão concluíram outros pensadores pela impossibilidade de haver perfeição, e daí afirmaram a inexistência de um ser onisciente porque isto seria a perfeição. Ora, para se concluir a inexistência de tal ser basta consultar a bíblia para se perceber que o único ser tido como onisciente, Deus, por várias vezes precisava ser informado de algo que não sabia ou não tinha certeza.

De outra feita, por volta de oitocentos anos atrás, o filósofo São Tomás de Aquino também inventou uma confusão danada chamada de Teoria das Cinco Vias para explicar a existência de Deus. A quarta via, por exemplo, se atém à perfeição das coisas do universo como testemunho da presença de Deus, o que não faz sentido porque não há perfeição alguma no fato de se ter apego à vida e a destruição dela pelo câncer.

A única coisa de que precisam os seres humanos para terem uma vida sem tantos sofrimentos desnecessários é apenas refletir sobre seu comportamento irracional que produz cheias, secas, guerras, jovens alucinados, cabeças cepadas fora do corpo, infernos fiscais abarrotados de riqueza, multidões vagando mundo afora em função de pobreza. Vai ser burro assim na Caixa Prego, pô. Inté.       

 

 

quarta-feira, 20 de julho de 2016

ARENGA 290


Cumprindo a sina de papagaio que a execrável classe dos ricos donos do mundo traçou para eles, os papagaios de microfone se mostram em polvorosa, garantindo cada um deles as excelências de suas estações na perfeição com que papagaiarão sobre os jogos olímpicos. Antes de encurtarem os calções das jogadoras de vôlei, realmente valia a pena ver um pedacinho da bunda delas. Embora menos apreciáveis, não deixa de haver beleza também na dança no gelo e nos saltos ornamentais. Mas tal curtição não vale o preço social que infelicitará ainda mais os chorões da televisão e dos corredores de hospital. Segundo a imprensa, trinta e sete bilhões de reais foram consumidos nestas brincadeiras, dinheiro suficiente para aliviar um montão de choros.

Sendo o povo constituído de individualidades, e cada individualidade possuída da personalidade do carneiro, e tendo o carneiro a sina de conformismo que a natureza lhe deu, entende-se o motivo pelo qual os pais concordam em trocar por brincadeiras a tranquilidade de boas escolas para onde seus filhos pudessem ir e voltar para casa sem precisar serem levados ao hospital onde não encontrarão vaga. Em vez disso, levam suas inocentes criancinhas para lhes ensinar a se tornarem ridículas e tão bobas quanto eles, esperneando e gritando num tremendo alvoroço quando a bola bate na rede. Pior ainda é que se acomodam ao lado de alguém que talvez esteja com a barriga arrodeada de dinamites. No mesmo diapasão da insanidade com que a papagaiada de microfone louva o festejamento, também os capachos dos ricos donos do mundo, as autoridades em sua servidão, dizem ao povo babão que pode ir às arenas das brincadeiras na maior tranquilidade do mundo ao tempo em que afirmam não ser possível descartar totalmente a possibilidade de ato terrorista, no que estão corretas porque garantir tal coisa equivaleria a dizer a determinada pessoa que ela jamais será vítima do desconforto que viaja na ponta do ferrão afiado da mosquita. Como povo não pensa, jamais lhe ocorrerá o seguinte: Estando um milhão de pessoas confinadas em determinado ambiente ao qual chega o conhecimento de haver lá dentro uma cobra de cuja picada não se escapa, estariam aquelas pessoas tão a gosto de modo a terem a tranquilidade necessária para curtir o pedacinho da bunda das jogadoras caso não lhes tivessem aumentado o calção? Portanto, só a estultice própria das autoridades justifica a controvérsia de garantirem tranquilidade ao tempo em que não descartam a viabilidade de um terrorista cepador de cabeça aprontar lá dentro alguma das suas pataquadas. Inté.

 

 

 

terça-feira, 19 de julho de 2016

ARENGA 289


A humanidade talvez não tenha tempo para mudar o atual comportamento baseado em hábitos fossilizados que há muito já deveriam estar fazendo parte dos estudos pertinentes à arqueologia. Absolutamente todas, sem possibilidade de ser encontrada exceção alguma, todas as ações humanas são dedicadas exclusivamente à materialidade da aquisição de coisas. Até mesmo aquilo que os humanos consideram o mais elevado dos seus sentimentos, a espiritualidade, também não ultrapassa os limites da materialidade porquanto envolve templos, ouro, riqueza, empregados, política (bancada evangélica), e até banco, a maior de todas as maldições que a desumanidade da humanidade poderia conceber. A espiritualidade é apanágio de foro íntimo. É inerente à individualidade, razão pela qual não se presta às mentiras e falsidades porquanto não se pode mentir nem falsear a si próprio. Aquilo que os seres humanos têm como espiritualidade, a religião, não passa de enganação. Isto fica evidente ante a necessidade que tem a religiosidade de subterfúgios onde se esconder. A religião não admite que seus adeptos tomem conhecimento da anti-religiosidade pelo motivo óbvio de ficarem desacreditadas suas afirmações se submetidas a argumentações fundamentadas na lógica de um ponto de vista isento do fanatismo que leva analfabetos ao ceticismo em relação às afirmações científicas. Por todos os lados podem ser encontradas provas da ojeriza dos religiosos às ponderações e argumentos dos não religiosos. Um exemplo: O amigão Google dá notícia de um livro chamado EM DEFESA DE DEUS, escrito por uma escritora religiosa inglesa chamada Karen Amstrong, que já foi freira.  Como a apresentação do citado livro pedia opinião dos leitores, fiz a seguinte observação que foi prontamente recusada pela aversão religiosa a tudo que não diga amém a seus argumentos capciosos. Esta foi minha opinião sobre o livro Em Defesa de Deus: “A leitura da bíblia me levou ao ateísmo em função de inconsequências desse tipo. Como pode Deus precisar de proteção se Ele é o protetor?”. Bastou clicar no “enviar” para a mensagem desaparecer. A função dos representantes de Deus é fazer com que seus seguidores se apeguem aos textos bíblicos por eles apresentados e interpretados sem necessidade de especulação a respeito. As mentes ainda não acorrentadas pelos grilhões que transformam seres humanos em servos de Deus refugam as coisas da bíblia. O escritor espanhol José Luiz Olaizola demonstra esta realidade nas páginas 48 e 49 do livro Pequenas Histórias da Bíblia. Ali, ao tomar conhecimento de que Abraão expulsara para o deserto seu próprio filho Ismael, criança ainda de colo, juntamente com a mãe dele, Agar, o que se fez por exigência da mulher legítima de Abraão, Sara, a menina Ana que escutava a história disse não gostar de Sara e, com os olhos marejados, disse também que Abraão não passava de um molenga. Adultos passam por cima de aberrações desse tipo sem nada estranhar. Foram proibidos pelo medo de Deus ao salutar exercício mental que desenvolve e aprimora a inteligência. Foram convencidos de haver mais nobreza em ter o comportamento dos carneiros aos quais gostam de ser comparados. Em Gênesis 15:9-10-11 está uma cena macabra digna dos pobres analfabetos e seus despachos de galinha preta degolada ao lado de garrafa de marafo. Embora impossível haver explicação para a nojeira ali descrita, os religiosos nada veem de esquisito naquela monstruosidade.

A origem da infelicidade humana está na incapacidade de se auto conduzirem os seres humanos, ficando na dependência de uma condução feita por líderes. Como são raríssimos os espécimes da espécie humana dotados da capacidade de liderar para o bem dos liderados, estas abnegadas criaturas são simplesmente escorraçadas pelos muitos falsos líderes, razão pela qual os seres humanos estarão eternamente condenados à servidão de produzir imensas riquezas para proporcionar vida regalada e mordomias infindáveis em luxuosos palácios e mansões monumentais onde a vida imita as fantasias dos contos de fada. Basta subir num murundu e observar em volta para ver quanta estupidez rodeia o observador. Inté.

 

 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

ARENGA 288




O amigo e ensaísta Edmilson Movér nos lembra da observação que fez o Grande Mestre do Saber John Locke de que o caráter das pessoas pode ser conhecido através de suas ações. De acordo com esta observação do grande pensador, conclui-se que todos os grupos humanos integrantes de todas as sociedades do mundo, se quiserem viver de modo menos grosseiro, limitado a ter obrigações sem direitos, precisam participar ativamente da administração de suas sociedades uma vez que as ações das autoridades encarregadas desta tarefa demonstram caráter da mais ordinária qualidade, razão pela qual é uma babaquice ainda maior do que o mau caratismo das autoridades deixar a cargo delas a administração da imensa fortuna ajuntada pelos impostos e ficar de longe envolvido com festas e brincadeiras para as quais as autoridades não deixam faltar dinheiro. A presença constante das festas demonstra o lado negativo do caráter das autoridades porque visam levar para os terreiros das brincadeiras a tenção das pessoas, mantendo-as eternamente enganadas com a conversa de que o amanhã será melhor. Delfim Neto quando era dono da economia desse país de triste sorte, há mais de cinquenta anos, garantiu e assinou embaixo que o povo devia esperar o bolo crescer para depois ser dividido. Daqui a mais cinquenta anos o povo continuará a esperar, e mais cinquenta, e mais cinquenta. Até hoje, velho e mais feio do que nunca, continua Delfim Neto a dizer o que fazer através da Rádio Bandeirantes AM de São Paulo. Afinal, povo existe para ser enganado. Aí estão como prova os palácios, os mármores, as frotas de carros frequentemente renovados, o acúmulo de várias aposentadorias, o direito de justificar roubos com um simples “nego as acusações”. Apesar desta evidência, os chorões da televisão não só se satisfazem como até ficam orgulhosos quando as autoridades participam de homenagem a seus filhos mortos pela violência cuja existência se deve à falta da grana preta por elas consumida. Povo é isso aí!

Interessante é notar que o mesmo filósofo citado lá no alto pelo ensaísta também disse que o povo tem pleno direito de escorraçar autoridades irresponsáveis. Considerando que nenhuma autoridade no mundo pode ser responsável sob pena de cair no desagrado dos ricos dono do mundo, seus patrões e senhores absolutos, como se pode ver da seguinte história contada por Rubens Valente na página 196 do livro Operação Banqueiro: “O senhor Daniel Dantas administrava os recursos dos fundos de pensão sob forte suspeita, confirmada à medida que o tempo passava, de havê-los conseguido de forma espúria, pelas graças governamentais. Além disso, as provas de abuso da posição de administrador, tirando vantagens em proveito próprio, iam se avolumando de forma acelerada. Tal situação precária, então, deveria ser acompanhada minuto a minuto, governo a governo, necessitando de uma alta dosagem de influência política para se sustentar, bem como uma verdadeira ‘armada de guerra’ de advogados contratados a peso de ouro e um time de investigadores para violar direitos e a vida de quem ousava atravessar o seu caminho”. Então? Se as autoridades existem para servir aos ricos donos do mundo, como prova a perseguição que vitimou os doutores Protógenes Queiroz e o Juiz Fausto de Sanctis por se insurgirem contra os crimes do senhor Daniel Dantas contra o povo, deve este, segundo o filósofo, botar as autoridades prá correr. Em 1964 jovens brasileiros inexperientes foram trespassados à bala por autoridades também brasileiras por ordem dos ricos donos do mundo, seus patrões e senhores, o que se pode ver na página 129 do livro O Grande Irmão, de Carlos Fico: “... o Secretário de Estado, Dean Rusk, consultou Gordon sobre uma estratégia que lhe pareceu adequada: a escolha de um presidente para o Brasil”. É este o destino do povo enquanto lhe permanecer a burrice extrema da submissão ou do recurso às armas como meio de escorraçar as autoridades malfazejas como lembrou o filósofo em vez de usar da inteligência que todos têm para fazer a reviravolta de modo bonito e sem sofrimento, salvando do caos, inclusive, aqueles que lhe causa os sofrimentos uma vez que seu Deus lhe recomenda perdoar os inimigos. Inté.

 
 


  

 

 

 

domingo, 17 de julho de 2016

ARENGA 287




O tempo passou na janela e só Carolina não viu. Diz a poesia do nosso Chico Buarque sobre aquela mulher que guardava nos olhos fundos toda a dor deste mundo. Mas não foi só a Carolina do poeta maior que não viu o tempo passar na janela. O presidente dos franceses, chamado de majestade por um deputado, segundo informa o amigão Google, ao debochar dos seus súditos franceses quando usa o dinheiro deles para pagar trinta e cinco mil e novecentos reais mensais a um cabelereiro para cuidar de sua careca também demonstra não ter percebido o tanto de tempo que passou por todas as janelas do mundo. Embevecido como todos seus colegas no mundo encantado das mordomias, nem sequer se lembra a “majestade” francesa do ano de 1789, época em que outros debochadores tiveram a cabeça cepada fora do corpo em consequências de seus deboches. Além da Carolina do Chico e de sua “majestade” francesa, também os ricos donos do mundo e seus moleques-de-recado, os governantes, como também os moleques de recado destes, os papagaios de microfone, escritores assalariados e os filósofos que filosofam em contraprestação ao contrato de trabalho assinado com as emissoras dos ricos donos do mundo, também estes não veem o tempo passar na janela de seus palácios, mansões, na falsa alegria que botam na cara ao anunciar assuntos de futebola. Ninguém parece enxergar o que vem pelaí. Como até as genialidades se enganam, como diz o escritor Movér, o grande Chico se equivocou quando disse em outra poesia magistral da música A Banda que o homem sério parou de contar dinheiro para ver a banda passar. Certamente por ato falho, foi levado a exteriorizar o desejo de justiça social manifestado em suas letras porque só haverá justiça de todas as espécies quando contar dinheiro deixar de ser a primeira preocupação dos homens. A triste realidade é que a usura e a mesquinhez destes avarentos sanguessugas sociais jamais permitirá que estes monstros parem de contar dinheiro para coisa nenhuma, ainda que seja para curtir a beleza e a melodia da música A Banda. Está aí na imprensa mais uma evidência do perigo das ações acintosas a um povo maltratado e transformado em material humano, demonstrando que novos tempos substituem os velhos tempos: Um contador de dinheiro tão milionário que debochava da pobreza ao usar uma camisa de ouro cravejada de diamantes, na Índia, foi brutalmente assassinado.

Os protagonistas de um sistema de administração baseado na corrupção que dilapida o erário é monumental equívoco do qual haverão de se arrepender seus promotores porque de tal procedimento advirá tormentos para todos indistintamente. A tranquilidade procurada por todos só poderá ser encontrada numa sociedade civilizada. Mas para que uma sociedade seja civilizada faz-se necessário um povo de mentalidade capaz de repudiar notícias desse tipo:

– Sabrina Sato usa biquíni caríssimo na Grécia.

– Trança masculina é a nova tendência de moda para homens.

– Famosas investem em visual sexy durante a gravidez.

– Mariana Goldfarb aproveitou a privacidade do quarto de luxo para tomar sol nua.

Namorada de Cauã Reymond posta foto nua em rede social.

– A nova moda na web é cobrir os seios com peixe.

Não, senhores escravocratas! Os senhores estão enganados redondamente em acreditar haver vantagem em manter o povo tão imbecilizado a ponto de se ligar em tais futilidades porque tal povo jamais constituirá uma sociedade na qual os filhos de vossas senhorias estarão a salvo do destino dos donos do mundo na Rússia de 1917 e na França de 1789. Os tempos do poder absoluto descrito por George Orwell no livro 1984 não encontram mais ecos nestes novos tempos de contestações a pipocar por todo lado. Apenas uma cena do livro citado é suficiente para nos mostrar o conformismo absurdo que ora se rejeita com toda razão. Vejamos como o autor nos mostra o poder da opressão ao criar uma cena na qual duas pessoas oprimidas sentem felicidade dentro da infelicidade, a mesma infelicidade vivida pela humanidade sem que ela se dê conta: “...Julia e Winston ficavam deitados lado a lado numa cama desprovida de lençóis sob a janela aberta, nus por causa do calor. O rato nunca mais voltara, mas com o calor os percevejos haviam se multiplicado tremendamente. Pelo jeito, não fazia diferença. Sujo ou limpo, aquele quarto era o paraíso.” (Página 180 do livro 1984, de George Orwell).

O estado mental capaz de fazer aquele casal inventado pelo escritor sentir-se num paraíso estando num quarto quente e infestado de percevejos é o mesmo estado mental que leva a humanidade a sentir-se tão feliz comendo e respirando veneno, bebendo água misturada com bosta, sentindo na pele os efeitos da devastação da natureza nas secas e enchentes das quais resultará fome e mais guerras. Apesar disto estão aí grandiosas festas esportivas numa felicidade tão autêntica quanto da felicidade daquele pobre casal infeliz. Tal estado de coisas se deve exclusivamente ao fato de não ter a humanidade visto o tempo passar para perceber ainda se encontrar envolvida no engodo da religiosidade usada pelos Reis/Deuses. A leitura da bíblia mostra que o Deus que a humanidade diz ser de bondade infinita matou mais do que qualquer Alexandre, Ciro, Napoleão ou Hitler porque Nenhum destes matadores eliminou toda a população do mundo de uma só vez como fez Deus, deixando vivos no planeta apenas oito pessoas numa barca lotada de bichos vagando a esmo.  Muitas mentalidades, entretanto, já percebem a chegada de novos tempos, para alimento da esperança de quem gostaria de viver os seres humanos vivendo uma irmandade real, diferente daquela das igrejas que acaba quando atravessa a porta de saída. Inté.

 
 


 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 13 de julho de 2016

ARENGA 286




 
Antes da esquisitíssima intervenção do Tribunal de Justiça a seu favor, alguns meliantes do colarinho branco ficaram presos por falta das tornozeleiras eletrônicas, situação que confirma o vaticínio de que o feitiço às vezes volta contra o feiticeiro. A falta do dinheiro público que aqueles ladrões roubaram ocasionou a falta do instrumento que lhes permitiria voltar para a companha de seus familiares. Entretanto, de suas ações nefastas resultarão consequência inclusive para eles próprios infinitamente maiores do que faltar tornozeleiras. Não precisa ser inteligente nem ter vivido a experiência para saber do sofrimento resultante de uma conflagração social que a situação atual está a prometer. Se a História nos dá notícias pavorosas sobre tal acontecimento, por que, então, não evitar que aconteça? Para quê esperar para ver os filhos sendo passados a fio espada, as riquezas saqueadas como em Jericó (Josué 6:21), como também aconteceu em Ai (Josué 8:2-29) e as filhas estupradas como aconteceu em (Gênesis 34:2)? A violência recomendada em (Êxodo 21:21-28) e que serve para justificar toda a injustiça existente no mundo deve ser substituída por um sentimento de companheirismo e irmandade. É com esta arma que deverá ser substituída a injustiça de uma sociedade para a qual há quem não precise comer por uma sociedade na qual prevaleça a solidariedade. Inté.   

 
 
 


 

terça-feira, 12 de julho de 2016

ARENGA 285




 
Os interessados na aprovação da Lei de Abuso de Autoridade garantem e assinam embaixo que ela tem por objetivo aperfeiçoar os instrumentos de moralização pública, impedindo que juizes e delegados autorizem e conduzam cidadãos às delegacias, submetendo-os indevidamente a constrangimento. Disfaçatez e pura canalhice. Isso, sim, é o que é esta excrescência de Lei de Abuso de Autoridade. Justifica acrescentar à Hora do Brasil um capitulo intulado: POVO, VOCÉ SÓ NÃO É MAIS BURRO POR SER INTEIRAMENTE IMPOSSÍVEL HAVER QUEM SEJA MAIS BURRO QUE VOCÊ. O objeto daquela canalhice é justamente impedir a moralização pública, colocando entraves ao trabalho saneador da Lava Jato para ampliar o cobertor de proteção sobre a bandidagem.  O experiente observador e jornalista Elio Gaspari, em matéria no Jornal do Brasil intitulada  ALERTA SOBRE O PREÇO DA SACRALIZAÇÃO DO JUDICIÁRIO, se refere à também excrescência Foro Privilegiado como “adocicar”. Certamente adocicar a amargura deixada pelos crimes da bandidagem travestidos de políticos. Chegou-se a uma situação tão amarga que um homem de caráter não suporta o ambiente de bandidos que domina a política e se afasta do ministério que ocupava, o que deixa claro ter sido o ambiente político tornado de pura criminalidade. É graças a esse adocicamento que Paulo Maluf tem seu processo escondido no STF há trinta anos, não obstante as crianças esquálidas por falta do leite deixado de ser adquiro por força das falcatruas por ele praticadas para surrupiar o dinheiro público. Os bandidos do colarinho branco são mais bandidos do que os assaltantes de banco porque estes roubam de outros ladrões enquanto que os primeiros roubam do povo alegre e festeiro. Roubam o leite das crianças. É do crime desses bandidos que resultam os corredores de hospitais abarrotados de chorões ao lado de festas monumentais inexplicavelmente aprovadas por pessoas como o frei Leonardo Boff ao enaltecer as maravilhas da abertura dos Jogos Olímpicos cujo resultado o povo do Rio de Janeiro amarga ainda mais do que o povo das outras regiões. Como todo mistério tem uma explicação lógica, qual será a explicação para o mistério de uma pessoa como o frei Leonardo Boff que se manifesta como empenhado no bem-estar social fazer louvação à canalhice do mesmo circo com que os governantes romanos enganavam o povo?

 A vida foi virada pelo avesso e a bandidagem tomou conta de tudo. Coberto de razão estava o escritor Carlos Amorim quando escreveu na capa do seu livro ASSALTO AO PODER, o seguinte: “O crime organizado se infiltra nas instituições democráticas, nas empresas e na política. O país cresce e as elites aproveitam, mas populações inteiras sofrem o apartheid social. Enquanto isso, o crime corrompe a sociedade de alto a baixo.”  Amorim previu o que agora aí está: Funcionários públicos bandidos propondo uma lei para coibir a ação saneadora de funcionários públicos zelosos no cumprimento do dever. Absolutamente nada mais faz sentido nesta sociedade de broncos. As opiniões de Delfim Neto, Consultor Econômico da Rádio Bandeirantes AM de São Paulo, demonstram ter a sociedade o procedimento do cachorro correndo atrás do rabo. Ao senhor Delfim Neto como representante dos defensores do crescimento econômico à custo da desarmonia natural do planeta interessa o fortalecimento da agiotagem nos infernos fiscais, praga de onde se origina toda a infelicidade que atormenta a humanidade.

O banditismo tomou realmente conta do país. Quando se fala em bons advogados, está-se falando em comparsas de bandidos, portanto, também bandidos. É degradante as manifestações cretinas de senhores posudos e aparentemente respeitáveis empenhados na defesa de ladrões que privam as crianças do leite salvador e que precisam ser retirados do convívio social sob pena de resultar na volta da  guilhotina por conta das consequências da ação nefasta desses bandidos. Como pode ser legal a atividade de usar conhecimentos jurídicos para defender ladrão e dividir com ele o produto do roubo como mostra esta manchete do blog O IMPLICANTE: “Cachoeira e Márcio Thomaz Bastos: A defesa de R$ 15 milhões.”? Enquanto tudo isso acontece a juventude futuca telefone!

Se os pais em todo o mundo desejam o bem de seus filhos devem ter procedimento contrário ao do frei Leonardo Boff e repelir energicamente desperdiçar os recursos públicos em circos porque já não mais se admite alimentar leões com carne humana. Aqueles que realmente se preocupam com os filhos devem se ligar na canalhice de economizar os recursos da previdência social para engordar as contas nos infernos fiscais porque é destes recursos que dependerá um mínimo de conforto para os filhos na velhice. No blog Outras Palavras, blog que deve ser visitado por quem pensa, há matéria a esse respeito com o seguinte título:  BRASIL, O GRANDE ATAQUE AOS SERVIÇOS PÚBLICOS. Lá está dito o seguinte por quem entende do assunto: “Apesar dos alardes contrários, o Orçamento da Seguridade Social é superavitário. Consequentemente, os orçamentos da Saúde, da Previdência e da Assistência também são. Em 2014, por exemplo, a Seguridade Social teve uma receita de R$ 686 bilhões e uma despesa de R$ 632 bilhões, tendo como resultado um superávit de R$ 53 bilhões. Até quando canalhices e mais canalhices serão armadas prá cima dos frequentadores de igreja, axé e futebola? Inté

 
 
 
 


 

 

 

 

sábado, 9 de julho de 2016

ARENGA 284




A dependência que o comportamento tem da personalidade é o mesmo que tem a personalidade do aprendizado. Criança que aprende a procurar conforto espiritual na igreja e diversão em disputas brutais que não raro terminam em morte ou danos físicos se torna adulto com a personalidade dos seres humanos. E como é que é a personalidade dos humanos? Do jeito descrito pelo Grande Mestre do Saber Charles Darwin. Embora ele se referisse especificamente aos brasileiros ao dizer que eles são desprovidos das qualidades que dignificam o homem, como lembra o jornalista bisbilhotador Alex Ferraz do jornal Tribuna da Bahia, embora nos brasileiros este desprovimento seja mais acentuado do que nos outros povos, na verdade, nenhum deles possui tais qualidades, realidade facilmente observável no fato de merecerem glórias aqueles que mais mataram seus semelhantes. Nenhum Alexandre deve ser grande por matar, mas por salvar. Vive o mundo em eterna disputa por algum tipo de vitória. O mesmo fanatismo que movia os gregos pelas competições esportivas e os Vikings pelas guerras de saque estão aí em pleno vigor a orientar o comportamento dos seres humanos mundo afora. Todas as sociedades humanas são dirigidas por espertalhões que delas se aproveitam, o que prova sobejamente a realidade de serem ambos desprovidos das qualidades que dignificam o homem uma vez que nem parasita nem escravo tem dignidade. A maior de todas as disputas é o engalfinhamento verificado entre ESQUERDA e DIREITA do qual resultam infindáveis mortes, mas que a falta de percepção própria de quem é educado para não pensar afirma ser uma batalha ideológica. Ainda hoje um papagaio de microfone afirmava que o comunismo cubano é responsável por muitas mortes no continente sul americano, prova de que o esquerdismo não se limita ao campo das ideias. Das ações do direitismo resultam mortes em quantidade infinitamente maior por ser o lado com maior poder de fogo. Ante tal situação, portanto, inexiste nos seres humanos qualidades que dignificam esquerdistas ou direitistas.

Verdade que os seres humanos das bandas de cá são mais indignos do que os das outras bandas. Aqui é onde fica mais evidente que as forças do mal são mais poderosas do que as do bem. Este belo país de triste sorte parece ser a moradia de Satanás, embora os biltres daqui afirmam ser a moradia de Deus. Se nos outros lugares a justiça disfarça sua injustiça, aqui, não. Aqui justiça atua abertamente contra os bons e a favor dos maus como mostra esta notícia na imprensa:Livre de ação penal, Daniel Dantas receberá mais de R$ 4 bi por determinação da justiça”. O senhor Daniel Dantas é um criminoso que roubou imensa fortuna dos brasileiros rebolativos no axé, mas que teve quatro bi do roubo devolvidos como penalidade por ordem da justiça, enquanto que penalidade de restriçao de direitos e comodidade quem as receberam foram os doutores Protógenes Queiroz e o juiz Fausto Martin de Sanctis por terem executado a investigação denominada Satiagraha para punir o criminoso e fazê-lo devolver o roubo. Aconteceu com o doutor Protógenes Queiroz o que mostra este absurdo noticiado pelos jornalistas Fausto Macedo e Julia Affonso: Governo demite delegado da Satiagraha”. E complementa com o seguinte esclarecimento: “Acabou em pizza: banqueiro tem fortuna desbloqueada e suspensão da acusação de corrupção ativa.” Perseguido também foi o doutor De Sanctis por agir corretamente. Acontecimentos assim são fartos por aqui. Nesse momento as autoridades das forças malignas criam uma lei para impedir que as autoridades das forças do bem protejam a sociadade contra os malefícios provenientes dos seus crimes. Enquanto isso os jovens futucam telefone. Inté.

 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 2 de julho de 2016

ARENGA 283


Os meios de comunicação no mundo inteiro estão a fazer um bafafá dos diabos em torno da União Europeia. Em se tratando de Europa, local habitado por um povo bárbaro, mas tido como civilizado por ser ainda maior a barbárie nos outros lugares, a palavra união sugere tratar-se de algo positivo. Entretanto, tudo se refere exclusivamente à materialidade em que foi reduzida a atividade de viver. Nesse bolodório infernal sobre União Europeia nada tem de união. Não se trata de uma elevação espiritual capaz de levar à concretização da irmandade tão falada do lado de dentro das igrejas, mas inexistente do lado de fora. A tal da União Europeia, na verdade, é uma desunião. Trata-se de atividade mercantil pura e simples. Um processo cujo objetivo é tão somente acumular riqueza através da astúcia e habilidade na prática comercial da qual resulta ganhador e perdedor, prática adotada pelo sistema capitalista que encontra mérito na brutalidade da mesma competição das selvas onde o mais forte destrói e mais fraco. Como falar de união num procedimento orientado pela cultura bárbara da disputa, do cada um por si? A natureza humana exige o contrário desse comportamento bárbaro presente no falatório da papagaiada de microfone em torno de Bolsa de Valores, perspectivas de empresários, Mercado Financeiro, cotação de moedas, coisas desse tipo. Todos estes assuntos visam exclusivamente rechear cada vez mais as contas nos infernos fiscais, maldição abençoada pelos escritores assalariados e a papagaiada de microfone ao garantirem que os bancos, excrescência capitalista, beneficiam a sociedade com o argumento de que eles irrigam a economia ao levar dinheiro para onde há necessidade dele. Na prática, o que se vê é exatamente a sociedade irrigando a fortuna do colarinho branco dos banqueiros, cada um deles embolsando mais de um bilhão a cada mês, lucros tão exorbitantes que tiveram seu nome mudado para “spread” para não dar muito na pinta.

As notícias da União Europeia nada significam para o povo mais ligado nas brincadeiras e notícias sobre “famosos” e “celebridades”, sem se dar ao trabalho de refletir sobre o malefício resultante da disputa ferrenha por dinheiro. Dela resulta o mundo cão. O mundo inteiro foi tomado por uma epidemia de babaquismo que leva as pessoas a procedimentos estúpidos como encontrar motivo de apreciamento em quem não tem relevo espiritual. Ao contrário, quanto maior o egoísmo, a falta de noção do que seja viver em sociedade, maior o apreciamento que a sociedade dispensa ao parasitismo social encarnado nas “celebridades” e nos “famosos”. A imprensa noticia que o povo argentino enquanto tem a atenção voltada para Maradona e Messe, foi roubado por empresários numa montanha de dinheiro que esconderam na Suíça. A Operação Lava Jato põe a nu a realidade de que o papel de povo é ter o cangote à disposição da canga graças à limitação mental imposta pelos papagaios de microfone e os escritores assalariados a mando de seus patrões, os ricos donos do mundo e das autoridades. A imprensa dá conta de que pessoas abandonam os planos de saúde por falta de dinheiro. Entretanto, estas mesmas pessoas são obrigadas a pagar planos de saúde não só para as autoridades, mas também para seus parentes. Da união do tipo da União Europeia resultam muralhas protegendo gatos pingados de abastados das multidões de necessitados, muralhas estas que terão o mesmo destino das de Jericó. Inté.