sábado, 30 de julho de 2016

ARENGA 294

Embora não se possa negar que a classe dos ricos seja de uma burrice lapidar, a burrice da classe dos pobres ainda é maior. É certo que a burrice dos primeiros causará sua destruição, mas de modo indireto pela destruição da natureza, ao passo que os pobres se destroem diretamente matando-se mutuamente para roubar o pouco que tem. Enquanto os ricos se protegem mutuamente, os pobres digladiam entre si. A seção País-Opinião do Jornal do Brasil dá panos prá manga ao pensamento de quem é levado a pensar pelas coisas que vê e sente. No dia 30/07/2016 publicou interessantíssima matéria reveladora dessa união que os ricos usam entre si para amenizar ou mesmo encobrir suas ações deletérias sobre a sociedade. Tendo sido o Bradesco apanhado enchendo as burras no dinheiro do erário, o Jornal do Brasil publica editorial intitulado O QUE DEVE ESTAR SENTINDO AMADOR AGUIAR, na qual pinta o senhor Aguiar, dono do Bradesco, como o anjo Rafael que ajudou Tobias a receber de Gabael o dinheiro que ele devia a Tobit, seu pai. A matéria do jornal pinta o Bradesco como um templo de santidade, e seu dono, o senhor Amador Aguiar, o santo do altar. Ora, Jornal do Brasil, respeite os cabelos brancos de quem não passou pela vida sem nada aprender e que se enquadra na classe de enchedores de latrina a que se referiu Leonardo da Vince, observação que nos é lembrada por Alex Ferraz do jornal Tribuna da Bahia. Com que então, senhor Jornal do Brasil, o senhor vem nos dizer que banqueiro tem respeito pela sociedade? O senhor por acaso sabe quanto o Bradesco arranca todo mês desse povo miserável que chora por todo canto? É claro que sabe. Mas se sabe, por que este pouco caso com a nossa inteligência? O senhor também sabe que alguém de grande inteligência e conhecimento afirmou que abrir um banco é um crime maior do que assaltar um bando. É nos considerar toupeiras ao imaginar desconhecermos as falcatruas criminosas dos bancos tais como a compra do Baneb pelo Bradesco.
Sei o que digo porque entre as penúrias que penei como pequeno agricultor fui forçado a fazer no Bradesco um empréstimo consignado, recebendo cinco mil e pagando dez. Em outra oportunidade, o Bradesco me perseguiu e colocou meu nome na instituição fajuta Serasa para que eu pagasse uma dívida que não devia, o que ficou provado e o banco ladrão foi obrigado pela justiça a me indenizar em quatro mil. Por essas e muitas outras senhor Jornal do Brasil, vá lamber sabão e respeite o sofrimento de quem sofre em consequência da imensa fortuna que o Bradesco rouba da sociedade e armazena nos infernos fiscais. Inté.


      

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