domingo, 30 de março de 2014

OLHA A MACACADA AÍ, GENTE!


Quando jogadores brasileiros são chamados de macacos e lhes atiram bananas, a imprensa tem levado essa macacada para o campo do preconceito racial, no que erra redondamente porque todos os brasileiros ainda se encontram no estágio de símios, e não só os negros, azuis, ou marrons. Todos indistintamente sempre foram imitadores. Primeiro, o “chic” era demonstrar familiaridade com os hábitos dos franceses e ingleses, povos de clima frio que se vestiam com trajes pesados confeccionados com lã. Como isso era chiqueza pura, os babacas por aqui suavam aos montes, mas não deixavam de imitar os ingleses em seus ternos pesados aos quais ainda se juntava um colete. Atualmente, o “top”, o “point” do “chic” são os Estados Unidos e fazer compras em Miami. O alvoroço chega ao ponto de uma criancinha que começava a ler, com uma revista na mão, perguntar à mãe o que significava fazer compras em me ame. Autoridades e empresários de lá e de cá não param nem cá e nem lá. Há uma tramóia entre eles que é um embaraço só. Reparando direitinho até que dá prá capiscar alguma coisa. A realidade é que nenhum brasileiro recusa propina em troca de subserviência porque o brasileiro é orientado desde o berço para a ladroagem. Notícias de roubo estão em todos os veículos de comunicação. Entregar riqueza a ladrões para administrar, apesar de dar na roubalheira que enriquece todos à volta do centro de decisões, é o que acontece quando o povo requebra os quadris enquanto do outro lado acontece o que acontece. Desse prá cá e prá lá de gringos e autoridades resulta no fechamento de escola por falta de dinheiro e pela situação daquela velhinha deitada no chão do hospital, e de todos que choram no corredor do hospital e acreditam que é assim porque tem de ser assim. Só é assim enquanto todos pensarem que assim tem de ser.

Pois é. É bem assim: Quando os gringos das bundas brancas jogaram banana para os jogadores de futebola, estavam procedendo do mesmo modo como procedemos no jardim zoológico na jaula dos macacos. Não jogamos banana pela cor do macaco e não a entregamos na mão prá não tomar mordida. Deve ter sido o mesmo motivo para atirar as bananas de longe para os macacos que os gringos enxergavam nos brasileiros cuja vocação para bobo da corte não tem limite. Quando escrevi um arremedo de livrinho chamado A Inferioridade do Brasileiro, argumentei sobre uma propaganda em voga na época, destinada a atrair turistas fazendo-os sonhar com a “paixão” da mulher brasileira, numa insinuação maliciosa de ser aqui a terra apropriada para satisfação da libido, o que é incentivo à prostituição por parte do governo em busca de imposto. É o procedimento do prefeito que a presença do tubarão impedia de atrair turistas e escondeu o tubarão.

Então, um povo que só pensa em brincar e imitar, não tem realmente semelhança com os macacos? Tem, sim, e muita. Tá na hora da juventude despertar para a necessidade de incentivar a capacidade de pensar e assumir uma postura de dignidade no lugar da pura bandalheira que envergonha a quem tem vergonha e por isso mesmo precisa dar lugar a um sentimento oposto ao que até aqui orientou o comportamento, porque, a seguir como vamos, estará decretada a infelicidade das criancinhas de hoje. Inté.   

 

sábado, 29 de março de 2014

EFEITO BUMERANGUE


Pensar ou refletir sobre a vida é tão útil a quem vive quanto útil é uma lanterna para andar na escuridão. A vida nos abre tantos caminhos que é preciso pensar antes de escolher um deles. Por não pensar sobre o que se faz, é que o homem afundou na mediocridade de viver para festejos e produzir riqueza. Estas atividades são necessárias, mas não podem ter prioridade àquelas das quais depende a existência da sociedade, tais como educação saúde e segurança, sem as quais resulta um aglomerado de dissidentes a digladiar eternamente, passando pela fase em que nos encontramos, seguindo daqui para rumo desconhecido, mas com certeza nada promissor, e tudo isso sob a indiferença da juventude festiva.

Verdade que a sociedade precisa de alegria. Entretanto, alguém a esbanjar alegria sob ameaça de perigo é prova de insanidade. A alegria é apropriada para um ambiente sadio onde todos trabalham e tem dignidade. Alegria alivia a mente dos efeitos da mesmice contrária à natureza que exige mudança. Nossos antepassados peludos emitiam sons guturais para extravasar um incontido sentimento de alegria quando abria um tempo bonito depois das tormentas que os apavoravam. Aquela era uma alegria inteiramente justificada pela emoção que sempre causa a substituição da sensação de perigo pela de segurança. Alegravam-se por ter saído de uma situação ruim para uma situação boa. Mas, e nós, que motivo temos para tanta alegria se desta situação ruim vamos para uma pior? Que futuro pode esperar um povo mundialmente conhecido por jogar futebola; sugerir ao mundo ser aqui o lugar das mulheres desfrutáveis; imitar tão bem quanto macaco; por serem safados e ladrões? Assim, pois, nas atuais condições não se justifica a alegria.

Nem se justifica a opção pela sociedade da acumulação de riqueza endeusada pela Economia Política Capitalista amiga da onça. O acúmulo da riqueza num só lugar é prejudicial à sociedade. Cria inimigos dentro dela ao expulsar do convívio determinado número de pessoas e considerá-las sem as mesmas necessidades e vontades das pessoas consideradas normais. Pior ainda é o açanhamento que a televisão coloca nas mentes dos do lado de fora da sociedade ao fazer-lhes figa com as maravilhas usufruídas pelos de dentro. Não precisa ser inteligente para perceber que esta situação é tão perigosa para os que estão do lado de dentro quanto perigosa será a situação de quem fustiga o cão preso no dia em que os dois se encontrarem em campo aberto. Só há desvantagem em criar inimigos, mas é o que faz o atual modelo de sociedade capitalista com os que estão excluídos de sua proteção e invejando o carinho dispensado aos cães e gatos lá do lado de dentro.

O mundo encantado dos produtores de riqueza não é mais do que uma Caixa de Pandora à espera de quem lhe destampe. A obsessão pela atividade de acumular riqueza ocupa toda a capacidade mental de seus adeptos de tal modo que não lhes deixa lembrar da Revolução Francesa e a violência resultante da separação entre um mundo fantasioso dos privilegiados e outro mundo real dos excluídos. A fantasia atual já embevece tanto os produtores de riqueza que um deles lá das bandas do norte está propondo que o direito ao voto seja fundamentado na quantidade de imposto pago. Isto daria aos ricos o direito a vários votos. Seria boa a idéia se o rico pagasse imposto na mesma proporção que o pobre paga sobre tudo o que ganha e possui. Além disso, a riqueza do rico é feita pelo pobre. A pose dos acumuladores de riqueza pressupõe presunção, inocência, falta de visão a mais de um palmo do nariz e muita burrice.

O caminho escolhido aleatoriamente como sempre se fez, anulada que foi a atividade mental, leva ao lugar escolhido pelos fazedores de riqueza. Se o caminho por eles escolhido nos trouxe ao estado deplorável em que nos encontramos, não é de se esperar que de uma hora para outra eles mudem de opinião. Os produtores de riqueza precisam ser ajudados para chegar a esta conclusão e cabe à juventude aprender a pensar e mudar o defeito da boca de seus pais que o cachimbo da usura entortou porque não pode estar certa a boca de quem emprega estratégias para fomentar a exclusão social, atitude de quem deixa um vespeiro se alojar dentro de casa.

A carência no país de trinta e dois mil professores do ensino médio noticiada pela imprensa é manobra dos produtores de riqueza para manter os excluídos afastados da educação e do esclarecimento. Este, entretanto, é procedimento com efeito bumerangue. Inté.

 

 

 


 


    

 

 

quinta-feira, 27 de março de 2014

ARENGA NÚMERO TREZE


Se festa e falta de vergonha trouxesse progresso, o Brasil seria o primeirão em educação, saúde, segurança e boa convivência entre os brasileiros. É com base nesses elementos que se mede o progresso de um povo. O hábito de considerar progresso o acúmulo de riqueza é resquício da barbárie dos tempos em que a comida era rara e a necessidade orientava no sentido de se acumular o mais que pudesse qualquer coisa que prestasse prá comer. Atualmente, ante o incremento populacional, quando a razão se sobrepõe ao instinto, não há mais ambiente para continuar abocanhando tudo que se encontra no caminho, e muito menos que se vá longe tomar no grito os recursos de outras pessoas, porque isso vai criar uma legião de necessitados com um olhão gordo em cima das posses daqueles que lhes deixaram na condição de necessitados, nascendo daí a inquietação que a todos infelicita por falta da montanha de dinheiro carreada para os infernos fiscais dos criadores de necessidades sociais que fazem pose de idiotas na Revista Forbes. A distorção existente entre quem tem acesso a todas as comodidades existentes e a imensa pobreza que permite a uma velha ter como leito apenas o chão do hospital, tanta disparidade entre os usurpadores e os usurpados impossibilita a existência de uma sociedade onde se pode falar em progresso e civilização.

Nossa sociedade chegou ao mais baixo nível de degradação moral e de vilania a que pode chegar um povo. A única coisa capaz de despertar o interesse do brasileiro é saber onde será a próxima festa, o próximo feriado, o próximo jogo e o próximo assalto. Os noticiários da imprensa versam sobre a “celebridade” que foi à festa sem calcinha ou sem cueca; sobre os lugares inusitados onde determinada “celebridade” teve relação sexual; sobre as baixarias de Fazenda e BBB; sobre a “celebridade” com maior quantidade de silicone no peito e na bunda e que adquiriu músculos de cavalo mediante ingestão de veneno; sobre quanto a vendedora está cobrando por sua virgindade; quanto o senador ou o deputado recebeu para retirar seu nome do pedido de CPI; notícia sobre corpos esquartejados pelas ruas e as bandalheiras da politicagem.

O banditismo tomou conta do país de ponta a ponta. Não é possível encontrar uma só ilha de sensatez no mar de insanidades em que transformaram este país que merece um povo mais digno do que os bichos que o habitam. As exceções, porque há exceções, e muitas, parecem confusas em sua sinceridade. Na palestra da ministra Eliana Calmon, perguntei-lhe como se explica a existência de acusações gravíssimas de crimes contra o patrimônio público cometidos por FHC, Sarney e Lula, nos livros Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos e O Chefe. A resposta de Sua Excelência não esclarece nada. Respondeu que nem tudo que se fala pode ser tomado por verdade e que o próprio FHC teria negado no programa Manhattan Connetion as acusações feitas a ele. Ora, não era de se esperar que o acusado referendasse as acusações. Maluf também jura de pés juntos que é um santo. Além disso, por que os acusados nos livros mencionados não levaram à justiça os acusadores se eles caluniaram? Até mesmo o povo que tem a mente no lugar de requebrar afirma que quem cala consente. Além de tudo, a cultura depravada do brasileiro insolente incorporou o enriquecimento a qualquer custo em troca do que deve ser feito pela responsabilidade da obrigação. No que diz respeito apenas ao Senhor FHC, é bem outra a história a seu respeito contada pelo grande patriota e grande jornalista, monumento de dignidade, Hélio Fernandes. Para conhecer a verdadeira história de FHC basta pedir ao amigão Google o “blog do hélio Fernandes”. Lá está, entre outras coisas, que FHC enriqueceu com falcatruas em privatizações, sobretudo da Vale do Rio Doce e da telefonia.

O que leva um povo a ser tão desqualificado moralmente? O brasileiro é igual àquele demente babão capaz de ir às raias da indignação mediante a recusa de um doce, mas incapaz de comportamento coerente. Esperneiam por causa de vinte centavos no preço da passagem, mas não se incomodam no duto condutor de montanhas de dinheiro para os infernos fiscais. Os processos chamados de licitação, mediante os quais uma empresa privada é contratada para executar obra pública, é uma coisa verdadeiramente surreal. Ao preço da obra são acrescidas propinas que chegam a dobrar ou mesmo triplicar seu custo real. Dados estatísticos são para bobos porque tudo é manipulado de acordo com a conveniência dos conluios entre as autoridades e uns homens portando pastas 007, elegantes, educados e “mui amigos” que não saem dos palácios onde armam poucas e boas em cima dos requebradores de quadris e admiradores de BBB.

É ou não é hora de possuidores e possuídos consultarem o travesseiro? Prá mim, é. E é porque se não houver mudança todos vão se dar mal. Inté.

 

 

 

 

 

  

quarta-feira, 26 de março de 2014

APENAS SONHO?


Sendo a mudança uma constante da natureza, e sendo nós parte da natureza, evidente que também mudamos. De espermatozóide e óvulo, viramos um organismo tão complexo quanto o universo. É estranho, portanto, a resistência humana às mudanças e seu apego ao mesmismo. A velhice é encarada como desagradável e a morte causa horror. Mas, como mudar é inevitável quer queira quer não, está aí a Nova Ciência a anunciar novidades nos conceitos estabelecidos pela ciência velha. Entre estas novidades uma é de extrema importância para nós brasileiros. Trata-se do fato auspicioso de que não somos comandados por carga genética. Esta descoberta nova nos desobriga de estarmos condenados eternamente a ser preguiçosos, batuqueiros, requebradores de quadris, entreguistas, desonestos, cachaceiros, safados e religiosos, qualidades integrantes do ambiente que nos serviu de berço e que haveriam de fazer eternamente parte de nossa cultura segundo o determinismo genético. Agora que a Nova Ciência ensina que nossa mente é que comanda tudo, inclusive que os genes piam baixo ante o poderio mental, desfaz-se o determinismo genético e fica muito mais fácil sonhar em encontrar um caminho para um novo conceito de sociedade uma vez que isso só depende da atividade mental e uma vez que esta atividade pode ser dirigida para o entendimento de se organizar uma sociedade onde todos se beneficiam do resultado do trabalho de todos, portanto, o contrário do modo como acontece nos diversos agrupamentos humanos até hoje existentes onde a vida para muitos resume em trabalhar para prover os desperdícios de uma vida faustosa para poucos.

Se é a mente a responsável pelo comportamento, o atrativo de uma sociedade agradável onde não haja sofrimento provocado pelas próprias pessoas do grupo produzirá comportamentos que levem à realização desse sonho sonhado por todas as pessoas com educação social suficiente para compreender que a vida não deve ser desperdiçada nas desarmonias que desde sempre infelicitam os seres humanos em eterna guerra por todos os motivos, até em nome do Deus que dizem adorar e ser fonte de paz e amor. Agora, com o entendimento de se poder seguir o caminho que a mente escolher, podemos pedir a nossa mente para escolher um caminho que leve a uma sociedade com enfoque na irmandade e espiritualidade, o que não era possível quando se acreditava na condenação genética à disputa companheira da desarmonia. Podemos inovar e trazer à luz uma nova mentalidade que inverta a predominância do conceito do TER sobre o conceito do SER. Podemos trabalhar no sentido de criar uma sociedade nova na qual não seria motivo do constrangimento que é para as sociedades tradicionais um desempenho menor na atividade de produzir riqueza porque a preocupação desta sociedade nova seria produzir bem-estar.

O Jornal do Brasil de 9/3/14 noticiou que no ano de 1960 a renda per capita da Coréia era de US$ 155 e a do Brasil de US$ 208. Em 2012 a renda média de cada coreano foi de US$ 22.600 e a do brasileiro de US$ 11.300. É a supremacia do TER sobre o SER. Por acaso os coreanos vivem em paz? Se não vivem é porque o enfoque na riqueza como indicativo de progresso social não funciona tanto quanto o enfoque no bem-estar social que só existe quando as mentes são doutrinadas para a união em vez da disputa e os valores morais e espirituais substituírem a falta de caráter, maldade e cinismo que norteiam este mundo de bestas humanas.

Custa nada sonhar, né não? Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 24 de março de 2014

ESQUINA DA VERDADE


Um dia, sem quê nem prá quê, numa esquina da vida, destampei com a realidade também chamada de “A VERDADE”. Fui levado àquela esquina pela observação das coisas que vejo há três quartos de século com estes dois olhos da cara que até hoje ainda são elogiados pelas mulheres que ora os acham verdes, ora azuis. Mas ela, “a verdade”, não é o que as pessoas pensam que ela é. Ao contrário, é coisa bem diferente. Há muito que eu já desconfiava de haver algo estranho nos ensinamentos que ensinam prá gente. Depois de aprender com os Grandes Mestres do Saber haver vantagem em se pensar sobre o que se escuta, desde então analiso as informações que me chegam e nenhuma delas corresponde à realidade. É muito esquisito que as pessoas de um modo geral sentem que há alguma coisa errada em algum lugar, mas não querem saber de que lugar está vindo essa coisa errada prá ir lá e fazer ela parar.

A “verdade” com a qual esbarrei, me explicou tim-tim por tim-tim como é que as coisas são. Disse que tudo aquilo que aprendemos como verdade, é tudo mentira. E ainda disse mais: disse que não pode ser encontrada por quem não analisa as informações que recebe, acatando-as só por estar acostumado a agir desse modo. Fiquei feliz de constatar a coincidência entre meu modo de pensar e o modo de pensar de “a verdade” porque depois que comecei a ler bons livros nunca mais deixei de analisar as informações que me chegam, e que depois de bem pensadas mostram-se incompatíveis com a realidade porque do ponto de vista de quem pensa, a realidade para as pessoas comuns equivale à realidade do surdo vendo os casais dançar. A falta de conexão decorre do fato de que as pessoas estão papagueando em vez de conversando.

 Como papagaio, ouve e fala sem nenhuma vinculação com a realidade. Por exemplo, fala-se que todos devemos fazer orações para provar amor a um Deus do qual só se ouve falar. Jamais visto por ninguém ainda vivo, tudo que se sabe a respeito desse Deus é por ouvir falar e, assim mesmo, em situações esquisitas como conversar escondido dentro de um fogaréu. Fala-se na existência de um imenso contingente de divindades encarregadas de zelar pela paz e felicidade das pessoas, mas o que se vê são guerras e infelicidade. Fala-se ser necessário frequentar igrejas, e ser religioso, mas o que se tem encontrado nas igrejas e na religião é a morte e muito sofrimento. Fala-se em “constitucionalidade”, “respeito à constituição”, mas entre os preceitos constitucionais e a realidade há uma distância espetacular como a afirmação de serem todos iguais perante a lei. Fala-se nas excelências de um tal de regime democrático, mas a realidade não confirma estas falas. Não pode ser ideal um regime que permite chegar aos altos postos de mando não as pessoas intelectualmente munidas dos conhecimentos que lhes capacitem o bom desempenho do ofício. Em vez disso, postos de legisladores são ocupados por pessoas qualificadas para dar socos, coices em bola e provocar risos com palhaçadas. A verdade é que é mentira ser ideal uma situação em que alguém como Eliana Calmon dispute de igual para igual uma vaga no Senado Federal com Romário ou Tiririca, e muito menos ainda de aceitar a realidade de que ela perderia se concorresse com Pelé ou Neymar.

A minha verdade me disse que as pessoas nem percebem quando se deparam com uma verdade que seja realmente verdade como aquela que diz que “a democracia só é o melhor regime político porque não existe outro melhor”. Esta afirmação, quando é lembrada, é em termos de troça. Se, entretanto, fosse pensada e repensada, levaria à conclusão de haver necessidade de algo melhor do que a democracia uma vez que ela só existe porque ainda não se criou algo melhor. Há necessidade urgente de um método menos involuído de escolher as autoridades porque quem o faz é a massa que tem a mente no lugar de requebrar, o que resulta nas escolhas conhecidas.

E não foi só isso que “a verdade” me falou, não. Falou coisa do arco da velha sobre nossa situação de eternos colonos, e ainda muito mais. Inté.      

 

domingo, 23 de março de 2014

ARENGA NÚMERO DOZE


Preencher com cidadania o vazio que as pessoas tem na cabeça, transformando bobos em cidadãos, é a única forma de fazer uma sociedade humana capaz de proporcionar vantagem a seus membros, objetivo de todos os outros tipos de sociedade, menos a sociedade formada pelos seres humanos para sua própria convivência. Pessoas que se associam para montar uma atividade comercial empenham-se para dar certo sua sociedade. Entretanto, para conviver, empenham-se os seres humanos na tarefa de impedir que esta sociedade funcione e dê certo. Brutos que ainda somos, os esquisitos humanos estraçalham-se entre si numa fúria superior à das feras, vivendo o “cada um por si” individualista grotesco e ferrenho. Em tal ambiente não prospera a união necessária para o sucesso da sociedade humana que anda por caminhos de todos os tipos, menos o caminho da sensatez e dignidade.

Com tanta animosidade não há outra perspectiva para a humanidade senão continuar guerreando como fazíamos no tempo em que ainda éramos peludos. Até quando vai ser assim? A humanidade já está bem velhinha para continuar tão inocente que nem percebe para onde está sendo levada. Já se faz necessário trocar de idéias antes que não tenha mais volta, e cabe à juventude tomar a dianteira na procura de um caminho capaz de levar todos a um porto seguro. Se os já adiantados nos anos nada fazem em busca de melhor forma de viver, uma vez que vivem só para juntar riqueza, é preciso que os jovens acionem seu motor de produzir pensamentos e pensem idéias novas porque disto depende seu futuro e o de seus descendentes. O que está aí vai de mal a pior.

O primeiro passo a ser dado é aprender a pensar, e o segundo passo é pensar por si mesmo. Ao fazer isso, percebe-se que a realidade da vida é diferente do mundo falso da televisão para o qual a festa é eterna. A festa só tem graça durante a passageira vitalidade de jovem. Quando acabar a disposição para requebrar os quadris, aí a porca torce o rabo porque o choro espera pelos pobres e o desespero por ter envelhecido espera pelos que nada aprenderam e que são a quase totalidade dos seres humanos, tão descuidados que se assustam ao perceber a chegada da velhice apesar de passar por velhos a todo instante e saber que todos ficam velhos. Seria de bom alvitre ter em mente esta realidade e se familiarizar com a idéia de velhice em vez de encará-la com o desgosto proveniente do medo do desconhecido. Quanto mais baixo na escala da evolução mental, mais apegado à vida e mais acabrunhado por não ser eterno.

Não se pode andar de olhos fechados para a realidade como faz a juventude. Os jovens se rebaixam a viver uma vida indigna de sua vivacidade e condição de ser pensante ao limitar suas ações às dos irracionais de manter-se vivo, brigar, reproduzir, comer e cagar.  A vida não pode se resumir nisso aí. É por isso que os jovens precisam resgatar o hábito de pensar perdido no tempo e comparar as informações recebidas com a realidade da vida. Esta comparação mostraria que a juventude vive um falso mundo de fantasias. Um exemplo perfeito para este raciocínio ocorreu num encontro casual com um amigo. Depois dos cumprimentos de praxe, ante a observação de estarmos ambos bem de saúde, o meu amigo disse que Deus tem sido generoso conosco. Esta afirmação de que Deus tem sido generoso conosco é fala de papagaio, sem lógica porque Deus não tem motivo para gastar generosidade comigo que sou ateu e não com tanta gente mais infeliz que eu a chorar na televisão e no corredor do hospital.

E para encurtar a conversa, está próxima a hora de ocorrer alguma mudança em virtude de ter se tornado insustentável o alto volume de ignorância dos seres humanos. Se o homem não se antecipar à natureza e contornar como tem feito com muitas de suas agressões, pode acontecer com os descendentes dos jovens de hoje o mesmo que aconteceu com os que não faziam parte da família de Noé. Tá na hora de exercitar o pensamento. Inté.

terça-feira, 18 de março de 2014

ARENGA NÚMERO ONZE


O jornal Folha de São Paulo do dia 3/3/14 noticia que 32,5 mil escolas rurais foram fechadas nos últimos dez anos sob alegação de ser muito alto o custo de aluno no campo. O jornal O Globo de 10/3/14, em artigo de Jorge Vidor, diz que muitos jovens de 15 a 24 anos continuam sem estudar ou fora do mercado de trabalho na região metropolitana do Rio.

Enquanto isso, segundo declarou frei Beto na Revista Caros Amigos, os gastos com a festança do futebola não fica apenas no que já seria um absurdo de dez ou doze bilhões, mas que chegam aos vinte e oito bilhões de reais.

Virou às avessas o sentido de governar. Em vez de ser a obrigação de empregar o governante sua capacidade de trabalho e o apoio do erário na atividade de zelar pelo bem-estar da população que governa, é o contrário. Atendem-se as necessidades dos próprios governantes de forma tão exagerada que ficam ricos depois de ocupar postos de mando. Embora pareça brincadeira, é a dura realidade. Saem de lá podres de ricos. A arte de governar está resumida a duas atividades apenas. Uma delas é promover festas para manter o povo com a mentalidade tão baixa quando as partes rebolativas, e a outra atividade é fazer malabarismos inimagináveis numa engenharia politiqueira de parte e reparte que é prá ficar com a maior parte. Os malabarismos norteiam a atividade na politicagem. Aquele com maior jogo de cintura na arte de convencer que o errado é que está certo, esse leva o posto com maior prodigalidade de verbas. A atividade política assumiu um caráter tão oposto ao que deveria ter que o povo não pode saber como são feitos os gastos do dinheiro que é seu. Existem verbas secretas e só as autoridades tem acesso a elas, embora não pingassem um pingo de suor em sua produção.

Não pode ter futuro essa politicagem que evita a todo custo a evolução mental do povo por meio de um sistema deseducacional destinado a idiotizar.  Às autoridades não interessa uma população esclarecida e educada, como deveria acontecer. Ao contrário, lhes é benéfica a alienação, a idiotice que lhes permite a indiferença dos eleitores e a reeleição.

Enfim, da politicagem atual nunca resultará numa sociedade civilizada por ser isso indesejado. Ao impedir a todo custo uma educação social, consegue a politicagem facilitar as coisas para que os ricos retirem suas fortunas da sociedade para ir mostrar lá na Revista Forbes. Segundo esta outra notícia do Jornal do Brasil de 15/3/14, em 1987 o Brasil tinha apenas três nomes figurando na lista divulgada pela revista Forbes dos homens mais ricos do mundo, tendo esse número subido assustadoramente de modo a chegar atualmente a 64 os bilionários brasileiros.

É aí que está o motivo da violência que os frequentadores de igreja e requebradores de quadris pensam estancar prendendo os garotos violentos.

A vida tem muito a ser observada além do trabalho e da diversão. Pensar sobre a informação recebida para sentir se ela corresponde à realidade é atitude sábia, mas inutilizada pela religião e a politicagem porque ambas vivem de irrealidades. Quando o Papa ou Edir Macedo informam que Deus é responsável por tudo, é de se imaginar por que o Sr. Papa tem o Banco do Vaticano e o Sr. Edir Macedo tem um bilhão e cem milhões e é dos mais ricos do Brasil, fazendo parte dos bilionários listados na Revista Forbes. Do mesmo modo, quando o governo apresenta como bom trabalho incentivar a produção de carros e o agribiuzinesse, é necessário pensar nos danos à saúde resultantes destas duas atividades que só beneficiam a ignorância dos ricos donos do mundo.

Perdura o comportamento dos primitivos cuja única preocupação era conseguir comida. Embora haja homens verdadeiramente sábios na humanidade, seus ensinamentos não encontram eco na mente de requebradores de quadris e escoiceadores de bola porque a mente fica na cabeça e não na buzanfa ou nos pés. Ao se ler na imprensa notícia do tipo: “No Brasil, Hebe Camargo lidera a lista de mais influentes, à frente de Pelé e ex-presidentes”, alguém sem ter sido idiotizado haveria de pensar que motivo tem Hebe, Pelé e ex-presidentes para serem exaltados. A única preocupação destas pessoas é enriquecer, enriquecer e enriquecer.

 Nesse exato momento, está na imprensa outra notícia que também reflete as trevas da monumental ignorância que assola esse país de triste sorte. Uma deputada do partido comunista foi assaltada e os integrantes de manada zombam na internete que o assalto à deputada é a realização da distribuição de renda a que se propõe o comunismo. Para tais energúmenos, ideal é que a renda fique acumulada nas mãos dos posudos da Forbes em vez de ser usada para educar, alimentar, dar saúde e segurança à população. Efetivamente, estamos a quaquilhões de anos luz da possibilidade de viver em meio ao que se pode chamar de POVO.

A luz dos olhos da imprensa reflete e estado de espírito da sociedade. É por isso que pessoas espiritualmente desqualificadas como os brasileiros tem BBB, Fazenda e coisas que tais como diversão. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 15 de março de 2014

ARENGA NÚMERO DEZ.


 

É burrice sem tamanho querer combater o efeito de algo que incomoda e deixar intacta a fábrica que produz aquele “algo que incomoda”, porque ela, a fábrica, também chamada de causa, fabricará ou causará outros “algos que incomodam” para substituir aquele “algo que incomodava” e que deixou de incomodar.  É algo assim como uma fábrica de sapatos e as pessoas que compram sapatos. Por mais que sapatos sejam comprados, nunca falta sapato para ser comprado porque a causa de haver sapatos são as fábricas de sapatos. Caso os sapatos fossem problema em vez de solução, o problema sapato não poderia ser resolvido sem acabar com a produção de sapato nem que se tivesse de demolir as fábricas de sapato.

Com nosso corpo físico acontece a mesma coisa. Se infecção no dedão produz dor na cabeça, cepar fora o dedão resolve o incômodo da dor de cabeça. Tomar analgésico não resolve porque o dedão continuará produzindo a dor que ressurgirá na cabeça quando passar o efeito do analgésico. Da mesma forma, também acontece no âmbito social. Quando a imensa maioria do povo brasileiro, constituída de inocentes religiosos, bailarinos de axé, fanáticos por futebola, alimentadores da jogatina no Cassino Caixa Econômica Federal, admiradores de BBB, Fazenda, veneradores das “celebridades” e “famosos” do tipo das que temos nas pessoas de verdadeiros ignorantes e desprovidos do sentimento de solidariedade humana, pessoas capazes de trocar dignidade por dinheiro, enquanto prevalecer este ambiente de baixo astral essa gente continuará incorrendo no equívoco de eliminar o efeito em vez da causa que produz o medo de violência que lhes atormenta como faz ao pretender paz e segurança encarcerando a infeliz garotada levada à marginalidade.

Esta garotada é só o efeito. A causa é o enorme contingente da população vivendo em condições de deplorável miserabilidade enquanto posudos disputam na Revista Forbes quem tem a maior montanha de riqueza. Esta é a causa de toda a violência. Enquanto não se mudar essa forma absurda de sociedade não será possível paz porque os bolsões de miséria são não apenas uma fábrica, mas uma verdadeira indústria da violência que perturba o sossego dos inocentes que se acham seguros escondidos debaixo de suas riquezas imensas, sem tempo para enxergar ao seu lado crianças e mais crianças em situação tão miserável que invejam a vida levada pelos cachorros e gatos.

 Jeitão seguro de ter paz e segurança é transformar em cidadãos toda esta criançada e promover os meios pelos quais possam ter acesso à dignidade de prover suas necessidades independentemente de esmola.

A capacidade de aprender é inerente aos seres vivos. Se às crianças é ensinado que pessoas importantes são esses tipos rasteiros de ignorância monumental, ávidos por dinheiro, a quem a imprensa se refere como “famosos” e “celebridades”, sociedade desse tipo não pode ser diferente da nossa sociedade. Entretanto, ensinando às crianças as verdadeiras qualidades que devem integrar a personalidade de alguém a fim de ser considerada uma pessoa importante, o resultado dessa aprendizagem será de homens e mulheres capazes de pensar, raciocinar e chegar à conclusão de estar tudo errado como realmente está.

Ao ser cultivado um ambiente educado a tendência é ficar ainda cada vez mais educado. Do mesmo modo, cultivando-se um ambiente onde qualquer chutador de bola ou requebrador de quadris é mais importante do que o professor, tal ambiente será sempre próprio para palhaçadas, igrejas e presídios lotados, além de muito desassossego e choro no corredor do hospital.

Enquanto não houver sentimento de sociabilidade seremos infelizes. Esse negócio de Revista Forbes de um lado e favelas do outro lado nunca dará certo. Os descendentes dos ricos inocentes de hoje perceberão isso a duras penas. Infelizmente. Inté.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

terça-feira, 11 de março de 2014

ARENGA NÚMERO NOVE


 

Os brasileiros são bons na execução do que não presta como buscar paz social encarcerando marginais em cubículos inapropriados para gatos, cães e cavalos, ou dizer que o menor foi apreendido em vez de preso, ou impor pena a um ser humano para ser cumprida durante quatrocentos anos, ou soltar órfão para visitar a mãe, e mais coisas desse tipo.  A última novidade sobre inutilidade, depois das falas de politiqueiros, depois de comentários sobre o fato da “celebridade” Roberto Carlos estar comendo carne, a imbecilidade mais badalada são as falas a discutir na mídia sobre a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal, principalmente Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Roberto Barroso. Ora firmam as falas desperdiçadas que estes ministros agiram mais politicamente do que no cumprimento de seu dever no exercício da função jurisdicional, protegendo políticos com os quais tiveram ligação política ou de amizade, mas que haviam cometido vários crimes, inclusive o de terem combinado entre si uma forma de roubar dinheiro do estado. Outras falas falam que os ministros citados lá em cima, desde o começo do julgamento que procuram proteger os acusados os quais apesar dessa proteção foram condenados e esta condenação deveu-se à atuação rigorosa do presidente daquele órgão quanto ao cumprimento da lei, o Ministro Joaquim Barbosa.

Depois disso aí as falas ainda falam que estes ministros que elas falam serem defensores disfarçados, que todos eles, menos o Joaquim Barbosa, tiveram relacionamento político ou por amizade com os acusados, e falam com justa razão de que é impossível para um verdadeiro amigo ser impossível negar socorro a outro amigo verdadeiro, ainda mais quando esse favor tem seus custos bancados pelo erário. Já outros faladores garantem e assinam embaixo da afirmação, ter havido proteção aos acusados por parte dos ministros que lhes deviam o favor de terem contribuído para que eles chegassem ao posto que ocupam, estando assim na obrigação de retribuir. Acontece, porém, que a posição firme do Presidente do Tribunal, Ministro Joaquim Barbosa, no cumprimento da lei, impediu a ajuda dos outros ministros, e disto teria restado mal-querença.

Também correm argumentos de que o Ministro Joaquim Barbosa despertou a atenção do povo que ficou admirado da existência de uma autoridade verdadeiramente rigorosa no cumprimento daquele já desmoralizado e cômico “apurar com rigor doa a quem doer”, e por causa dessa admiração o povo pudesse ter oportunidade de votar nesse tipo diferente de político e elegê-lo presidente da república e ele viesse a exigir o cumprimento das leis de todo o país, principalmente no que se refere à aplicação do erário.

Essa lenga-lenga sem fim não tem razão de ser, salvo considerando a sugestão de vir o Brasil a ter uma bunda como símbolo representativo de brasilidade, uma vez que também o Brasil só produz porcaria como a celeuma sobre Roberto Carlos comer carne. Ele não poderia ganhar dinheiro da Friboi e dizer que não come carne.

Entre as muitas porcarias deste país de requebradores de quadris está a forma pela qual são preenchidos os cargos que compõem a magistratura do órgão mais alto da justiça, o Supremo Tribunal Federal (STF). É bizarra a situação de serem eles indicados pelo chefe político. Daí que nasce a desordem sobre a qual tanto papel, tempo e intelectualidade são desperdiçados nas tais falas de comadres.

Para ficar clara a situação, é bastante tomar duas providências simples: uma delas é ter forma mais inteligente de escolha para preencher os cargos de maneira mais condizente com as atividades a que se propõem os escolhidos. A outra providência esclarecedora das falas sobre as dívidas de favores, para se saber a verdade toda, basta lembrar o velho ditado “Me diga com quem anda que eu lhe digo quem é você” e aplicar esta sabedoria buscando saber o comportamento de todos os ministros acusados de favorecimentos aos acusados desde o tempo em que eram apenas acusados. Verificando quais deles mantiveram relações anteriores e que tipo de relações com os condenados e supostamente protegidos por eles como apregoam as falas, e os que não devem favor a ninguém. Esta constatação dispensaria o bolodório inútil em torno de uma situação facilmente explicável. Inté.

   

 

 

segunda-feira, 10 de março de 2014

ARENGA NÚMERO OITO


Na página 60 do livro Evolução Espontânea, mencionado na Arenga anterior, seus autores falam de uma Ciência Nova segundo a qual não somos comandados por carga genética como até hoje afirma a ciência velha. Muito a contrário, garantem, é a mente quem manda em tudo, inclusive nos genes. Afirmam ser a mente capaz de fazer alguém executar proeza infinitamente superior às suas condições físicas normais como a mulher que manteve um carro suspenso com as mãos enquanto tiravam seu filho lá de baixo. Conhecidos casos de cura inexplicável que até médicos afirmam tratar-se de milagre, nada mais é do que uma proeza mental. Quando médicos afirmam tratar-se de milagre estão, na verdade, demonstrando desconhecimento da realidade da vida com a qual lidam apenas como instrumento de um trabalho executado sem muita ou nenhuma preocupação com o resultado. Onde os inocentes acreditam haver intervenção divina, só há fenômeno natural. Aconteceu comigo ao reagir e vencer uma maldita depressão que atormentava e me fazia ser o mais infeliz dos seres humanos. Entretanto, sendo ateu, não podia contar com nenhuma divindade, mesmo porque sei não passar tudo de fantasia empregada para desviar a mente do lugar onde ela deveria estar. Se praticamente nada se sabe sobre a atividade mental, nem mesmo o lugar no cérebro responsável por ela, nem por isso a ciência se nega a reconhecer seu imensurável poder.

 Exercitar o pensamento é se aproximar um pouco da possibilidade de entrar em contato com a mente. Eleva a espiritualidade e amplia os horizontes. Assim é que refletindo sobre uma passagem do livro Evolução Espontânea, dos doutores Bruce H. Lipton e Steve Bhaerman, ocorre a seguinte dúvida: Não é crível que o planeta reaja por meio de uma evolução espontânea que recuperasse a saúde da biosfera como tem acontecido com doentes terminais que voltam a ficar fagueiros. Este fenômeno só pode ocorrer num corpo que tenha atividade mental proveniente de um cérebro mais desenvolvido domo o do ser humano. Não parece ter fundamento contar com uma remissão espontânea do planeta que o recupere dos achaques porque este fenômeno depende de um “querer” que não existe na natureza onde também não há objetivo. Para a natureza, tanto faz como tanto fez. A chuva, indispensável à existência da vida, acontece não por ser necessária, acontece quando acontece de elementos naturais se combinarem. Quando isso se dá, chove independentemente da alagar e afogar. Ao contrário, não havendo o ambiente propício, pode morrer tudo esturricado que não chove. Este é o procedimento da natureza. Na última mudança ocorrida há 65 milhões de anos a natureza dizimou a espécie dos dinossauros. Como os seres humanos, ao contrário dos dinossauros, podem pensar, é de se esperar que não esperem ter sua espécie dizimada pela próxima mudança, tarefa de que deve se incumbir a juventude a fim de evitar a extinção e substituição da sua espécie por outra espécie como aconteceu com os dinossauros. Nesse sentido, precisa a juventude valorizar as coisas realmente merecedoras de atenção em detrimento da atividade de encher igrejas e latrinas, terreiros de axé e futebola, BBB, Fazenda, e tantas imbecilidades mundo afora, voltando sua atenção um para as informações científicas e o mundo ainda desconhecido porque desta aprendizagem resultariam comportamentos que dariam origem a uma vida onde dignidade fosse mais importante que riqueza.

O interessantíssimo livro Evolução Espontânea sucinta muitas cogitações interessantes e salutares, sobre as quais arengaremos mais. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 7 de março de 2014

ARENGA NÚMERO SETE


A proibição de usar maconha tem a mesma ineficácia que tem os apelos do papa para que os violentos se tornem pacíficos. O Papa é apenas mais um enganador entre os criadores do mundo ilusório em que vivem os enganados. Ele, e não a paz, é beneficiado pelas orações porque os demais criadores da ilusão humana, contentes com tanta gente a badalar o papa, estão pensando em lhe agraciar com o Nobel da paz inexistente.

Embora seja impossível saber em que ponto da evolução se encontra a humanidade, sabe-se ainda se encontrar inferior aos outros animais no que diz respeito à convivência, posto que se compõe de duas categorias antagônicas: enganados e enganadores. A realidade, porém, é que estão todos enganados.

Um interessantíssimo livro chamado Evolução Espontânea, dos doutores Bruce H. Lipton e Steve Bhaerman, que será muito falado nas próximas arengas, na página 32, fala textualmente o seguinte: “Para não manter o foco na crise em que vivemos, somos convenientemente encorajados a viver distraídos entre informações e vícios diversos que nos tornam passivos e preocupados com detalhes insignificantes”. O povo de todo o mundo está tão distraído com as futilidades sociais do que com o futuro dos filhos e da própria espécie humana. Na página 33 os cientistas indicam a forma correta de se viver em sociedade, e que é completamente diferente da forma como se vive. Dizem eles: “É preciso mudar a idéia de prioridade de sobrevivência do indivíduo em detrimento da sobrevivência da espécie”. Isto mostra o quanto estava errado o feioso Henry Kissinger ao afirmar ser ideal a competição que implica em vencidos e vencedores, procedimento fundamentado em violência.

A espécie humana está ameaçada de extinção pela natureza ou por si mesma. Um dia algum “líder” apertará um botão e queimará a pele de toda a humanidade como resultado da orientação de bastar crer em vez de pensar, orientação da qual resulta maior crédito à bíblia e ao Luciano Huck do que aos ensinamentos de cientistas como o Dr. Carlos Bayma que escreveu matéria intitulada Como a Medicina da Doença Funciona, artigo ao alcance de todos no amigão Google, relatando esta triste realidade: "Aos 30 anos, você tem uma depressãozinha, uma tristeza meio persistente: prescreve-se FLUOXETINA.
A Fluoxetina dificulta seu sono. Então, prescreve-se
CLONAZEPAM, o Rivotril da vida. O Clonazepam o deixa meio bobo ao acordar e reduz sua memória. Volta ao doutor. Ele nota que você aumentou de peso. Aí, prescreve SIBUTRAMINA. A Sibutramina o faz perder uns quilinhos, mas lhe dá uma taquicardia incômoda. Novo retorno ao doutor. Além da taquicardia, ele nota que você, além da “batedeira” no coração, também está com a pressão alta. Então, prescreve-lhe LOSARTANA e ATENOLOL, este último para reduzir sua taquicardia. Você já está com 35 anos e toma: Fluoxetina, Clonazepam, Sibutramina, Losartana e Atenolol. E, aparentemente adequado, um “polivitamínicos” é prescrito. Como o doutor não entende nada de vitaminas e minerais, manda que você compre um “Polivitamínico de A a Z” da vida, que pra muito pouca coisa serve. Mas, na mídia, Luciano Huck disse que esse é ótimo. Você acreditou, e comprou. Lamento! Já se vão R$ 350,00 por mês. Pode pesar no orçamento. O dinheiro a ser gasto em investimentos e lazer, escorre para o ralo da indústria farmacêutica. Você começa a ficar nervoso, preocupado e ansioso (apesar da Fluoxetina e do Clonazepam), pois as contas não batem no fim do mês. Começa a sentir dor de estômago e azia. Seu intestino fica “preso”. Vai a outro doutor. Prescrição: OMEPRAZOL + DOMPERIDONA + LAXANTE “NATURAL”.    Os sintomas somem, mas só os sintomas, apesar da “escangalhação” que virou sua flora intestinal. Outras queixas aparecem. Dentre elas, uma é particularmente perturbadora: aos 37 anos, apenas, você não tem mais potência sexual. Além de estar “brochando” com frequência, tem pouquíssimo esperma e a libido está embaixo dos pés. – Para o doutor da medicina da doença, isso não é problema. Até manda você escolher o remédio: SILDANAFIL, TADALAFIL, LODENAFIL ou VARDENAFIL, escolha por pim-pam-pum. Sua potência melhora, mas, como consequência, esses remédios dão uma tremenda dor de cabeça, palpitação, vermelhidão e coriza. Não há problema, o doutor aumenta a dose do ATENOLOL e passa uma NEOSALDINA para você tomar antes do sexo. Se precisar, instila um “remedinho” para seu corrimento nasal, que sobrecarrega seu coração.    Quando tudo parecia solucionado, aos 40 anos, você percebe que seus dentes estão apodrecendo e caindo. (entre nós, é o antidepressivo). Tome grana pra gastar com o dentista. Nessa mesma época, outra constatação: sua memória está falhando bem mais que o habitual. Mais uma vez, para seu doutor, isso não é problema: GINKGO BILOBA é prescrito.    Nos exames de rotina, sua glicose está em 110 e seu colesterol em 220. Nas costas da folha de receituário, o doutor prescreve METFORMINA + SINVASTATINA. “É para evitar Diabetes e Infarto”, diz o cuidador de sua saúde (?!).    Aos 40 e poucos anos, você já toma: FLUOXETINA, CLONAZEPAM, LOSARTANA, ATENOLOL, POLIVITAMÍNICO de A a Z, OMEPRAZOL, DOMPERIDONA, LAXANTE “NATURAL”, SILDENAFIL, VARDENAFIL, LODENAFIL ou TADALAFIL, NEOSALDINA (ou “Neusa”, como chamam), GINKGO BILOBA, METFORMINA e SINVASTATINA (convenhamos, isso está muito longe de ser saudável!). Mil reais por mês! E sem saúde!!!    Entretanto, você ainda continua deprimido, cansado e engordando. O doutor, de novo. Troca a Fluoxetina por DULOXETINA, um antidepressivo “mais moderno”. Após dois meses você se sente melhor (ou um pouco “menos ruim”). Porém, outro contratempo surge: o novo antidepressivo o faz urinar demoradamente e com jato fraco. Passa a ser necessário levantar duas vezes à noite para mijar. Lá se foi seu sono, seu descanso extremamente necessário para sua saúde. Mas isso é fácil para seu doutor: ele prescreve TANSULOSINA, para ajudar na micção, o ato de urinar. Você melhora, realmente, contudo... não ejacula mais. Não sai nada!
Vou parar por aqui. É deprimente. Isso não é medicina. Isso não é saúde. Essa história termina com uma situação cada vez mais comum: a
DERROCADA EM BLOCO da sua saúde. Você está obeso, sem disposição, com sofrível ereção e memória e concentração deficientes. Diabético, hipertenso e com suspeita de câncer. Dentes: nem vou falar. O peso elevado arrebentou seu joelho (um doutor cogitou até colocar uma prótese). Surge na sua cabeça a idéia maluca de procurar um CIRURGIÃO BARIÁTRICO, para “reduzir seu estômago” e um PSICOTERAPEUTA para cuidar de seu juízo destrambelhado é aconselhado. Sem grana, triste, ansioso, deprimido, pensando em dar fim à sua minguada vida e... DOENTE, muito doente! Apesar dos “remédios” (ou por causa deles!!). A indústria farmacêutica? “Vai bem, obrigado!”, mais ainda com sua valiosa contribuição por anos ou décadas. E o seu doutor? “Bem, obrigado!”, graças à sua doença (ou à doença plantada passo-a-passo em sua vida)."

Esta matéria foi inteligentemente comentada da seguinte maneira: “Sendo lucro o objetivo dos laboratórios, e se os lucros dependem de vender remédios, e se para vender remédios é necessário haver doença, não tem lógica esperar que os laboratórios queiram a saúde de ninguém.

Inté outra arenga.