domingo, 28 de janeiro de 2018

ARENGA 468


As bizarrices brasileiras redundaram na nomeação de uma transgressora da legislação trabalhista para comandar o Ministério do Trabalho e um candidato a presidente da república com maior intenção de votos condenado à prisão por conta de crimes praticados contra esse povo asqueroso e tão amante de roubo e de ladrões que não obstante as evidências de tratar-se de bandido fartamente denunciado, esse é seu candidato preferido e mesmo adorado por analfabetos agraciados com uma esmola denominada Bolsa Família, artifício com o qual a política da esperteza angariou adesão não só da malta ignorante de analfabetos políticos, mas também de pessoas mais esclarecidas e amantes de uma tal de democracia tão sem pé nem cabeça que resulta em “famosos” e “celebridades” eleitos para altos cargos da administração pública desta republiqueta de merda cujo instinto de rato do seu povo o identifica com a atividade de roubar e com ladrões. A política, e só não sabe disso quem passa pela vida usando um tapa-olho que impede apreender o que mostram as laterais do caminho, mas a realidade é que a política nunca deixou de ser uma forma de atochar o ferro no rabo do povo que briga pelo direito de ser atochado. Considerando o fato de ser o povo de uma asquerosidade tão acentuada que o torna repulsivo para quem conseguiu elevar-se espiritualmente até sair fora do seu meio reles e elevar-se à condição de gente, o povo brasileiro causa maior repulsa por ser o povo de mentalidade ainda mais reles do que a mentalidade reles que orienta todos os povos do mundo a limitar sua existência exclusivamente ao aspecto material da vida. Até mesmo aquilo que a massa bruta de povo cultua como o mais alto grau de espiritualidade, a religiosidade, é, na verdade, algo tão material quanto qualquer outra atividade que tenha o enriquecimento por objetivo, haja vista a estreita ligação entre religião e dinheiro. Se o mundo e as pessoas passaram a existir independentemente de custo monetário, por que, então, a manutenção destas pessoas depende de dinheiro, e principalmente por que os pobres não podem ter dinheiro se a vida depende dele uma vez que oração não põe comida na mesa? A massa bruta de povo nunca foi capaz de se aproximar da realidade da vida. Quando o imperador Calígula fez senador seu cavalo Incitatus, segundo informa a amiga Wikipédia, tê-lo-ia feito para demonstrar seu desprezo pelos senadores cujo objetivo era tão só desfrutar dos favores do trono, o que equivale dizer viver às custas do suor do bicho povo. Pois, apesar de decorridos aproximadamente dois mil anos desde os tempos em que aquele imperador romano aloprado percebesse que o objetivo dos políticos era atochar o ferro no povo, até hoje o bicho povo a quem passou a responsabilidade de escolher os ocupantes dos cargos políticos desconhece esta realidade e continua transformando cavalgaduras em líderes políticos na presunção de que eles cuidem de bem administrar a sociedade. Nesse exato momento a rádio CBN entrevista alguém sobre a finalidade dos Tribunais de Conta, e esse alguém diz com todas as letras que estes tribunais têm por objetivo fiscalizar para que os recursos públicos sejam bem aplicados, quando, na verdade, a Lava Jato mostra um contrário tão contrário que os responsáveis por tal fiscalização se locupletam com os recursos públicos enquanto os donos desses recursos requebram os quadris no axé, se estraçalham no futebola e lotam inutilmente as igrejas em busca de proteção.

No prólogo do livro O Anticristo E Ditirambos de Dionísio, o Maluco Beleza e Grande Mestre do Saber Nietzsche classifica a humanidade como “o resto” e diz haver necessidade (certamente por parte daqueles que superaram a fase animalesca de povo) de ser superior à humanidade pela força, pela altura da alma e pelo desprezo. Sendo a humanidade constituída do elemento asqueroso povo, que outro sentimento senão desprezo merece esse agrupamento de seres cuja atividade se resume às mesmas atividades dos irracionais, isto é, reproduzir, comer, cagar e trabalhar para produzir uma riqueza da qual não desfruta? A distância que separa o bicho povo da riqueza que ele produz é mostrada também nesta passagem da reportagem publicada pelo blog Outras Palavras, escola de alfabetização política, sobre a funesta realidade mundial denunciada pelo contestador Bernie Sanders, enquanto a humanidade (povo) festeja não se sabe o quê e nem o porquê uma vez que o ambiente está mesmo é para lamentação em vez de festa. Eis o que diz o pensador Sanders: “Difícil de compreender, o fato é que as seis pessoas mais ricas da Terra agora possuem mais riqueza do que a metade mais empobrecida da população mundial — 3,7 bilhões de pessoas. Além disso, o top 1% tem agora mais dinheiro do que os 99% de baixo. Enquanto os bilionários exibem sua opulência, quase uma em cada sete pessoas luta para sobreviver com menos de US$ 1,25 [algo como R$ 4] por dia e – horrivelmente – cerca de 29 mil crianças morrem diariamente de causas totalmente evitáveis, como diarreia, malária e pneumonia. Ao mesmo tempo, em todo o mundo, elites corruptas, oligarcas e monarquias anacrônicas gastam bilhões nas mais absurdas extravagâncias. O Sultão do Brunei possui cerca de 500 Rolls-Royces e vive em um dos maiores palácios do mundo, um prédio com 1.788 quartos, avaliado em US$ 350 milhões. No Oriente Médio, que possui cinco dos 10 monarcas mais ricos do mundo, a jovem realeza circula pelo jet set ao redor do mundo, enquanto a região sofre a maior taxa de desemprego entre os jovens no mundo e pelo menos 29 milhões de crianças vivem na pobreza, sem acesso a habitação digna, água potável ou alimentos nutritivos. Além disso, enquanto centenas de milhões de pessoas vivem em condições de vida indignas, os comerciantes de armas do mundo enriquecem cada vez mais, com os gastos governamentais de trilhões de dólares em armas”. A tal aberração foi levado o bicho povo do mundo por conta da estupidez de deixar seu destino a cargo de líderes cuja liderança é exercida contra os liderados de forma tão violenta e escancarada que por falta de perspectivas de uma vida menos animalesca os jovens estão se autodestruindo pelo uso de drogas que lhes aliviem a infelicidade de viverem como vivem os irracionais, tipo de vida que os líderes do mundo lhes impõem através de um sistema de escravidão denominado capitalismo, endeusado por mentes prostituídas que em troca de dinheiro afirmam ser a competição a melhor forma de se viver em sociedade. O mal que infelicita a humanidade decorre da falta de percepção da necessidade de pensar sobre a vida. Inté.

 

 

   

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

ARENGA 467


            A observação da vida leva à conclusão de que uma mentira repetida mil vezes tem a desvantagem de assumir foros de verdade. Mas o fato de ser considerada verdade não quer dizer que o seja. Continua sendo mentida e como tal convence de se estar procedendo corretamente, quando, ao contrário, procede-se erradamente. O fato de ter a vida dos seres humanos como paradigma duas grandes mentiras que acreditam serem verdades vem orientando-os de forma tão equivocada que eles produzem sua própria infelicidade em vez da comodidade indicada pelo pouco de sabedoria existente na natureza. Resultou em desassossego generalizado o procedimento humano orientado por duas grandes mentiras transformadas em verdade pela repetição transmitida de pais para filhos através das gerações. Uma destas mentiras é a promessa dos administradores públicos de organizarem uma sociedade justa com os recursos que seus membros lhes entregam para esta fim Outra grande mentira é contar com proteção divina. Da administração pública, em troca de muitos bilhões a sociedade é enganada com o mínimo necessário para conter a explosão que aconteceria se nada recebesse. Apenas migalhas e nada mais. Outra mentira que virou verdade de tanto ser repetida e transmitida de pais para filhos é Deus. O comportamento de esperar lisura dos administradores públicos na aplicação do erário trouxe ao caos proveniente da falta do dinheiro cujo destino a ninguém mais é dado o direito de ignorar porque a imprensa mostra diariamente o que é feito dele, enquanto que o comportamento de esperar de Deus alívio para os sofrimentos decorrentes da falta da aplicação correta dos recursos públicos, embora esperada desde que se tem notícia da existência das religiões, nunca veio nem nunca virá simplesmente por não existir Deus.

            É, pois, por ter seu comportamento fundamentado em duas mentiras transformadas em verdade que o ser humano é infeliz de uma infelicidade da qual nem sabe existir como evidenciam as festividades na juventude e tormentos depois dela em consequência de ter passado a vida inteira brincando e correndo atrás de dinheiro, sem ter tido um momento sequer de reflexão. Quando acontece de algum gato pingado parar para pensar, tais pensamentos versam sobre inutilidades como a preocupação em saber de onde viemos, para onde vamos, qual nossa finalidade no mundo. Enfim, apenas baboseiras, quando em primeiríssimo lugar a preocupação de todo aquele capaz de pensar deve ser no sentido de se viver de forma agradável, o que é inteiramente possível, dependendo unicamente de que os recursos produzidos pelos seres humanos sejam gastos visando tal objetivo. Entretanto, graças às mentiras tidas como verdades, não se percebe ser inteiramente inaceitável do ponto de vista do bem-estar social a existência das fortunas individuais mostradas à sobeja pela imprensa do mundo inteiro.

            Se a humanidade vai de mal a pior, tal fato se deve exclusivamente à falta de meditação sobre como ir melhor. Toda informação precisa ser examinada e reexaminada antes de ser aceita como verdadeira. Caso contrário, cai-se na mentira de ganhadores do Nobel de ser a competição a forma ideal para se viver em sociedade. A competição é uma invenção antissocial que deu origem à acumulação de riqueza num só lugar e miséria nos outros lugares. A sintonia fina da reflexão de Machado de Assis levou-o a dizer no conto A Igreja do Diabo que a economia tem por base a avareza. Portanto, a felicidade humana depende de uma juventude menos fácil de ser enganada que se ponha a refletir sobre a necessidade de pensar. Inté.

 

 

 

 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

ARENGA 466


De todas as línguas faladas na Terra, nenhuma delas tem um termo capaz de expressar o grau da estupidez que orienta o comportamento humano. Para os grandes pensadores, povo é termo tão pejorativo que viver no meio dele provoca um mal-estar corresponde ao causado por uma doença. Realmente, e nem precisa ser um grande pensador para se sentir incomodado no meio de uma malta para a qual a vida se resume no momento presente, como se o amanhã não lhe reservasse uma UTI onde curtir o resultado da passagem dos anos. Isso se tiver dinheiro para custear a despesa porque se não tiver amargará um corredor de hospital onde chorar. A euforia dos festejamentos dá a entender que a vida é uma alegria eterna, embora a miséria à volta denuncia coisa tão diferente que uma criança atingida por bala perdida, o que é comum nesse belo país de triste sorte, perambulou prá lá e prá cá até morrer sem atendimento médico. E esta história de povo civilizado aqui e ali é uma grande mentira porquanto em qualquer lugar povo é a mesma massa bruta de seres tão bestiais que seu comportamento não é diferente do comportamento das feras, porquanto também se destroem mutuamente. Além disso, nunca foi mais do que capacho sobre o qual falsos líderes pisoteiam. Aí está a imprensa noticiando que os ingleses das bundas brancas tidos como civilizados abastecem conta nos infernos fiscais para sua adorada rainha. O mesmo comportamento antissocial demonstram também os suíços quando procuram proteger os corruptos brasileiros cujos crimes dão origem à falta de socorro que salvasse a vida das criancinhas que morrem por falta de tudo. Entretanto, se o desatino é geral, aqui entre nós dá para qualquer Zemané perceber tratar-se do povo ainda mais povo do que o povo dos outros lugares. É de um ridículo indescritível o quadro em que pseudo cientistas políticos entrevistados por papagaios de microfone papagaiam ambos chavões seculares sobre democracia, respeito à opinião pública, vontade do povo, tripartição de poderes, justiça, economia, pesquisa de intenção de voto, campanha eleitoral, financiamento de campanha, eleição, democracia. Tudo é uma baboseira cujo ridículo não tem tamanho uma vez que o financiamento resulta na dependência do eleito ao financiador que conquista o voto da turba através dos espetáculos promovidos pelos molambos mentais denominados “famosos” e “celebridades”. A badalada democracia nada mais é do que uma forma de se ter bandidos ou “salvadores da pátria” eleitos e reeleitos indefinidamente pela malta de ignorantes políticos frequentadores de igreja e futebola, enquanto que a tal de economia resulta em que a massa bruta de povo, para ter água, luz, comida, estrada, casa, estudo para os filhos, segurança e assistência à saúde é obrigada a transformar mastodontes espirituais em multimilionários. Cada uma destas atividades canaliza montanhas de dinheiro para as contas de comparsas dos politiqueiros nos inferno fiscais.

Das entrevistas entre a papagaiada de microfone e os “cientistas” políticos nada resulta porque discorrem sobre problemas sociais, sem, entretanto, nenhuma alusão às causas desses problemas, ignorando o fato de não se poder resolver um problema enquanto perdurarem suas causas. Numa destas entrevistas um papagaio de microfone perguntava ao entrevistado o motivo da violência no Irã. A resposta dá como causa o mal desempenho da economia, o desemprego e a corrupção, caindo assim no ridículo porque aqui entre nós estas coisas são ainda em maiores proporções do que em qualquer outro lugar no mundo. É a própria imprensa que noticia ter sido registrado no Brasil o maior número de mortes violentas nos últimos 10 anos e que a corrupção toma conta de todas as instituições, inclusive da justiça.

A causa de todos os problemas que afligem todos os povos do mundo está no fato de terem todos os governos do mundo por único objetivo atochar o ferro no povo para que este os mantenha em suntuosos palácios nos quais a vida é tão auspiciosa quanto a vida dos deuses olímpicos. O Grande Mestre do Saber, Politzer, reconhece esta realidade quando afirma no livro Princípios Fundamentais de Filosofia, no capítulo A LUTA DE CLASSES ANTES DO CAPITALISMO, diz o seguinte: “... a luta das classes oprimidas conseguiu tão somente a modificação do regime da propriedade privada, substituindo uma forma de exploração por outra”. Se esta realidade é camuflada nos grupos “civilizados”, entre nós ela está aí escancarada para ser vista por quem tem olhos de ver. Tão escancarada que “autoridades” cuja despensa é abastecida pelo povo diz na cara desse povo estar cagando para sua opinião. Portanto, se não se pode resolver problema sem eliminar suas causas, de que adianta papagaiar sobre os problemas que nos afligem enquanto se procura impedir a ação saneadora da Lava Jato visando expurgar a ratazana da administração pública causadora destes problemas? Enquanto atua a ratazana, a massa bruta se esbalda na comemoração do nascimento de Cristo e da mudança de um ano para outro entre tiroteios que atingem os festeiros até dentro de suas casas durante os festejamentos, sem que nem de longe lhes passe pelo lugar onde quem pensa tem a cabeça que os administradores públicos ainda fora da cadeia só não estão lá dentro porque são eles mesmos que fazem as leis e os meios de fraudá-las através de mil e um recursos, no topo dos quais está o Foro Privilegiado que descamba no mais alto órgão da justiça, o STF, onde a conivência de juízes que até perseguem seus colegas zelosos do dever protela o julgamento até acontecer outra artimanha malandra contra o bicho povo chamada prescrição.

A história dos seres humanos mostra que também eles, como os peixes que pulam para dentro da boca do urso, do mesmo modo, buscam sua própria destruição. O que há de extraordinário nessa equivalência de comportamento do homem com o peixe suicida é que os peixes são movidos unicamente pelo instinto que os leva a assim proceder em virtude da necessidade de reprodução, enquanto os seres humanos, dispondo da capacidade de racionar, motivos há que os levam a abrir mão da necessidade de fazer descendentes, de forma que tamanha diferença não deveria permitir tamanha semelhança de comportamento uma vez que os seres humanos se destroem mutuamente a exemplo do que fazem os peixes. Mesmo raciocinando, os seres humanos tergiversam sobre o real e o ideal, mas sem nenhuma conclusão prática porquanto o mundo se encontra muito distante do ideal uma vez que a infelicidade supera de longa o desejo de felicidade que existe em cada ser humano indistintamente. Vez em quando, a experiência adquirida através da observação da vida dá lugar a algum avanço da capacidade de raciocinar, mas o apego ao que é recusa-se a marchar rumo ao que deve ser, e esse comportamento negativo leva à manutenção do primitivismo de quando a noção de sociabilidade se resumia apenas ao relacionamento instintivo entre pais e prole, comportamento que mesmo depois de se ter passado das cavernas para as cidades continua orientando o modo de ser do homem moderno, convencendo-o equivocadamente da possibilidade de se dar bem cuidando apenas de seus interesses particulares sem levar em conta a vida comunitária, resultando daí uma sociedade na qual seus membros atuam contra ela. Esse é o grande problema humano para o qual os intelectuais não apontam suas armas mentais. Ao contrário, muitos deles, estranhamente, fazem pronunciamentos por força de um emprego afirmando ser a competição a melhor forma de se viver em sociedade. Para encurtar conversa, a fim de se perceber haver algo de extremamente descabido no comportamento humano basta atentar para o fato de serem as pessoas realmente menos importantes aquelas consideradas em todo o mundo as mais importantes. Por trás disso estão as mãos e, principalmente, os pés do pão e circo.

O único problema que dá origem a todos os outros problemas é simplesmente a ausência de interesse demonstrada pelos seres humanos ao limitarem ao jogo de cartas marcadas do ato de votar sua participação na aplicação do dinheiro que eles entregam a falsos líderes para que eles façam dele o que bem quiserem. Aí está o aumento de combustíveis do qual decorrerá aumento de todas as coisas em consequência do estrago que a ratazana fez na Petrobrás. Enquanto a turba futucadora de telefone se empolga pelo fato de ter sido aquela empresa ressarcida em um e meio bilhão, ela foi condenada a indenizar investidores americanos em nove e meio bilhões e ainda terá de indenizar também os investidores tupiniquins com o dinheiro que falta para amenizar o sofrimento de quem chora no corredor do hospital e das crianças desassistidas. É inteiramente impossível esperar que dos cupinchas dos Reis Midas do mundo travestidos de governantes possa provir alguma tranquilidade para ninguém, nem para eles próprios, uma vez que de sua atuação resultaram a iminência de uma hecatombe nuclear e a danificação do mecanismo psíquico da juventude em função do vício na parafernália eletrônica que os monstros de cujas bocas escorre baba de dragão inoculam nos jovens em troca de fortunas imensas. A música que os falsos líderes tocam para o povo dançar é música fúnebre. A única coisa que falta para que a realidade apareça é o povo reconhecer que enquanto durar o analfabetismo político seu papal na história será o de capacho. Os falsos líderes mantêm o povo à rédea curta. Logo eles providenciarão para que em vez de nascer de ponta-cabeça o povo já nasça de quatro. Inté.

 





 

 

 

 

 

 

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

ARENGA 465


Evidente que fica excluída desta possibilidade uma juventude de mentalidade tão baixa a ponto de admirar o lixo espiritual que lhes é apresentado como dignos de fama e celebridade. Mas, embora pareça impossível, impossível não é haver o trabalho de endireitar nossa sociedade, uma vez que ela se encontra escangalhada por conta de uma política voltada exatamente para esse fim, com suas mais altas autoridades praticando crimes abertamente.  O problema é que pelo comportamento da juventude, percebe-se ser ela incapaz de realizar tal trabalho porque a educação a que são submetidos os jovens pelo perverso sistema de administração pública implanta neles a sensação de total incapacidade para qualquer coisa que não seja bobagem. Este é, realmente, o maior de todos os problemas, senão o único a impedir a evolução mental capaz de conduzir a sociedade humana à civilização. Entretanto, como todos os problemas, também este tem solução. O único problema que a burrice humana aponta como insolúvel é a morte. Tal afirmação, contudo, é apenas mais um dos erros da turba incapaz de raciocinar porque a morte é justamente a solução do problema de se viver com o destino dos irracionais cuja vida se resume a comer, trepar e cagar, posto que não podem pensar como os humanos que vivem do mesmo modo, também por não pensar. A solução para o estado mórbido de estupidez em que se encontra a juventude virá com o tempo. Não é à toa que se diz ser o tempo o senhor da razão. Uma simples olhadela num livro de história qualquer é bastante para se perceber que os seres humanos de outrora eram bem mais desprovidos de conhecimentos sobre si mesmos e a realidade, o que equivale a dizer que eram mais burros do que são atualmente. Embora demasiadamente devagar, o desenvolvimento mental acontece. Na página 46 do livro A GRANDE HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO, Richard Dawkins diz haver uma estrada de quatro bilhões de anos a ser percorrida a fim de se acompanhar a evolução da humanidade. Apesar de tanto tempo, apenas há menos de três mil anos, na Grécia Antiga, pensadores começaram a desconfiar de estar mal contada esta história da Criação Divina que posteriormente veio a ser desmentida pela ciência contestada por analfabetos fanáticos. Por mais que demore, a ação do tempo mostrará à juventude que ela pode pensar, e portanto, seguir caminho diferente do seguido pelos irracionais. Isto a tornará capaz de traçar seu próprio destino. Quando isto acontecer, alcançará o significado do dito pelo sábio quando afirmou: Ah, se o jovem soubesse, ou se o velho pudesse. A necessidade de virem os jovens a saber, depende muito da ação de virem aqueles que se tornaram capazes de distinguir entre a mentira e a verdade semearem ainda que em campo infértil a semente da evolução espiritual conquistada. Tal procedimento beneficiará inclusive aos semeadores de tais ideias uma vez ser bastante desagradável para quem logrou alcançar um mínimo discernimento sobre a vida ter de viver no meio de quem vive um estado de ignorância tão acentuado a ponto de ser convencido de de que o universo existe apenas há seis mil anos.

 

Assim, mesmo sabendo ser impossível fazer com que os jovens atuais elevem-se além do borralho mental, custa nada acreditar haver algum deles mais receptivo à razão para mostrar-lhe através de três notícias na imprensa o porquê da necessidade de pensar em coisas mais elevadas, sob pena de ser mal visto por seus descendentes. A primeira destas notícias, publicada no jornal Folha de São Paulo, é esta: Governo paga por calotes que BNDES levou por financiar obras no exterior. Tesouro Nacional já liberou R$ 124 milhões para acertar parcela de conta não paga por Moçambique, que deve cerca de R$ 1,5 bilhão; ainda há débitos de Venezuela e Angola. Aí está, pois, algo sobre o qual se faz necessário prestar atenção porque se em nossa sociedade existe um contingente de necessitados que por falta de dinheiro declararam um guerra civil que a todos infelicita, como, então, se justifica estes presentes, ainda que a outros necessitados? A segunda notícia, no Jornal do Brasil, proveniente da juventude incapaz de pensar, intitulada Juventude de Fé, é esta: “Natal: expansão do capitalismo ou chegada do menino Jesus?” Onde se lê o seguinte: “... o espirito natalino vem perdendo suas origens e a sua práxis. Infelizmente a festa natalina caiu nas armadilhas do capitalismo e fomenta uma economia pautada no consumo pelo consumo perdendo todo o sentido do que de é fato a vinda do menino Deus”. Esta notícia reflete a mentalidade paquidérmica de uma juventude que não merece fé alguma por ser ainda incapaz de perceber a realidade de ser a cultura do TER que determina o rumo de suas vidas. Estes mendigos espirituais emocionam-se ante o quadro ridículo do Papa beijando um boneco de criança e pedindo paz em nome de Deus àqueles que em nome de Deus cepam cabeças e explodem bombas para matar crianças. Mas estes molambos mentais que se intitulam Juventude de Fé, tão inocentes quanto os que se postam nas portas dos supermercados esmolando para a Campanha do Quilo, facilitando a vida dos malandros federais, não sabem que a religião não veio de Deus. Foi imposta pelos imperadores a fim de melhor subjugar o povo. No país mais rico do mundo, os Estados Unidos, babacas das bundas brancas se reuniram à espera do Jesus que eles afirmam amar as crianças e os pobres, mas que na realidade se encontram na situação desta notícia no jornal: Crianças de áreas pobres dos EUA têm traumas mentais similares aos de guerras”. Falta discernimento nessa gente pobre de discernimento para perceber a realidade de ser a religiosidade criação de nossos antepassados, vindo a servir depois como instrumento de enganação utilizado pelos ricos para manter os pobres conformados com sua pobreza. Dizem os inocentes jovens da tal Juventude de Fé que a festa natalina caiu nas armadilhas do capitalismo. Ora, o mundo é vítima eterna das armadilhas do capitalismo desde que ele foi criado nos princípios da Idade que se convencionou chamar de Contemporânea que já passou do prazo de validade, razão pela qual o processo evolutivo dará lugar a uma nova fase porque a situação atual é ainda pior do que as anteriores uma vez que os governantes não precisam mais esconder a verdade de não passarem de cupinchas dos Reis Midas capitalistas. São eles que colocam os governantes nos postos de mando para manter o povo de quatro a fim de ser atochado. Em troca da obediência, os políticos levam seu quinhão do butim arrancado do suor dos jovens da Juventude de Fé. Usem a capacidade de raciocinar, ó jovens pobres de espírito, e concluam ser conversa fiada esta história de um Deus que tudo pode, mas que não pode fazer prevalecer Sua vontade como vocês mesmos declaram quando afirmam que o espírito natalino perde suas origens. A religião perde força à medida que as pessoas se tornam menos inocentes. Seria considerado insano atualmente alguém que quisesse criar um Tribunal de Inquisição. No entanto, em época de maior força da religião, esta monstruosidade transformou muitas pessoas em cinzas depois de submetê-las a terríveis sofrimentos. Conheçam, ó jovens mendigos espirituais, a realidade sobre a reforma religiosa e o fato de não ter Lutero sido queimado por contar com o apoio da nobreza de olho grande nas terras da igreja que ele, Lutero, propunha a desapropriação. A ignorância é que mantém a religiosidade. Absolutamente ninguém terá motivo para ser religioso se tomar conhecimento da história das religiões.

 

A terceira notícia, também no jornal Folha de São Paulo, cuja análise mostra a necessidade pensar em coisas menos chã é esta: “Voluntários levam futebol a países isolados em que a Fifa não chega: Voluntários ensinam futebol para moradores de ilhas da Micronésia, no oceano Pacífico”. A absolutamente ninguém que não seja louco ou arrematado imbecil é permitido tamanho apego às brincadeiras a ponto de colocá-las acima de quaisquer outras prioridades como bem-estar pessoal como se faz ao destinar a elas os recursos que faltam para as necessidades primárias como saúde, segurança e educação. Muita coisa se esconde por trás do fato de serem os promotores de brincadeiras elevados à condição de celebridades famosas. A ninguém é dado o direito de não contestar uma situação tão extravagante na qual o professor passa necessidade enquanto promotores de brincadeiras semianalfabetos esbanjam riqueza. Há, realmente um mundo de coisas estranhas por trás desta realidade. O que será? O conhecimento sobre esta coisa realmente estranha só acontecerá quando a juventude deixar o estado reles de povo e ascender à condição de gente. Esse dia chegará. Inté.