A mudança é
uma constante na natureza. Os incontáveis e diferentes seres existentes em
nosso planeta resultaram de uma longa mudança iniciada a partir de uma ocorrência
casual verificada há alguns bilhões de anos atrás, quando o
calor solar aqueceu uma partícula de determinada matéria aqui na Terra, resultando
desse encontro um serzinho vivo de constituição tão simples que foi batizado de
unicelular. Posteriormente, sempre com muita preguiça, a natureza, apesar de
ser uma verdadeira “roda presa”, ajuntou estes bichinhos de apenas uma célula,
dando origem a outros bichinhos já mais complexos por serem formados de mais de
uma célula, por isso mesmo batizados de pluricelulares. Esta complexidade foi
se tornando cada vez mais complexa até formar a extraordinária diversidade de
seres vivos existentes atualmente em eterna transformação imperceptível pela
morosidade com que ocorre. Grosso modo, assim explicam os estudiosos das
ciências que procuram um entendimento racional para a existência das coisas,
descartada que está a explicação da criação divina dos idealistas de que as
coisas já surgiram como são agora em vez de terem sido resultado de uma longa
série de transformações.
Embora muito longe da
explicação, a ciência vai desfazendo uma a uma as afirmações idealistas de tal
forma que só os inocentes ainda lhes dão guarida. Tão inocentes que afirmam
também contar com o amor e o apreceiamento da proteção divina aqueles que a
rejeitam, sem atinar que ao assim afirmarem estão declarando a inutilidade de
todo o aparato de templos, funcionários, cerimônias, montanhas de dinheiro,
etc. À medida que as teses científicas avançam, a crença na criação divina recua.
Tal fato, embora visível, é escondido a todo custo porque a humanidade até hoje
está tão destinada a ser enganada que acredita não haver necessidade de pensar.
Estão aí os fósseis, restos de seres vivos que a ciência prova terem existido
há centenas de milhares de anos, ou mesmo milhões, mas, para os idealistas por
inocência ou conveniência, nada existe há mais de cinco mil anos, época em que
Deus mandou haver água, luz, terra, plantas, bichos e gente, história incapaz de
convencer a uma criança esperta. Tais afirmações serão apreciadas futuramente
como deleite ou diversão, do mesmo modo como hoje nos divertem as explicações apresentadas
pela Mitologia Grega para a criação do mundo, magnificamente apresentadas no
livro Mitologia, Histórias de Deuses e Heróis, apresentadas pelo escritor Thomas Bulfinch.
Pelo tempo
decorrido entre o surgimento daquele primeiro tipo de vida na terra e o
resultado das mudanças ocorridas de lá prá cá, percebe-se quão lento é o
trabalho da natureza na execução de suas eternas mudanças. O Mestre do Saber, Doutor
Ubirajara Brito, em seu livro pequeno no tamanho, mas gigantesco no conteúdo, Roteiro Para Reflexão Sobre
O Pensamento Ocidental E A Educação no Brasil, nos dá notícia de que apenas nos
últimos quatro milhões de anos estas mudanças resultaram num bicho denominado
hominídeo, que de mudança em mudança chegou ao que somos atualmente. Para
compensar esta morosidade, verifica-se, entretanto, que a evolução humana atrai
cada vez mais evolução, principalmente na capacidade cerebral. Nessa direção,
apenas um passo dado na escala evolutiva leva a uma posição várias vezes
superior àquela em que se encontrava antes daquele passo. Se a evolução
precisou de um espaço de tempo de bilhões de anos para
chegar à criatura denominada hominídeo, em apenas quatro milhões de anos esse
hominídeo que não passava de um bicho evoluiu tanto sua capacidade mental que
se tornou capaz de retirar um coração saudável de um corpo morto e colocá-lo a
funcionar e dar vida a outro ser que iria também morrer porque seu coração não
prestava. Nesse sentido, o historiador Eduard McNALL Burns, em seu fabuloso
livro História da Raça
Humana, afirma que o tempo desde o surgimento do homem (fato
acontecido há cerca de quatro milhões de anos) até a invenção da escrita (fato
acontecido há cerca de seis mil anos), ocupa noventa e cinco por cento da
história da raça humana. Isto significa que em apenas cinco por cento de sua
existência a humanidade deu um pulo tão gigantesco em sua evolução mental que
passou de um estágio primitivo em que nem existia ainda a escrita para outro
estágio tão extraordinariamente elevado que viaja pelo espaço e cura doenças.
Entretanto,
este extraordinário avanço na capacidade de trabalho do cérebro não parece
ocorrer nos jovens na mesma proporção em que ocorre nas pessoas cujos cérebros
produzem pensamentos capazes de nos alumiar com alguma saberia e lucidez. As
coisas que despertam a atenção dos jovens são coisas inapropriadas a um
ambiente salutar. Por exemplo, inexiste no jovem a capacidade de entender que o
bem-estar deve merecer maior dedicação do que qualquer outro assunto, e que ele,
o bem-estar, depende do bom funcionamento do complexo organismo humano. Ao
contrário, os jovens arruínam tanto o funcionamento do seu corpo físico quanto a
espiritualidade que dele provém. Consumindo drogas, injetando veneno para fazer
desenhos na pele, espetando espetos até nas partes mais sensíveis do corpo,
submetendo-se a um barulho infinitamente superior ao suportável, bebendo refrigerantes
em vez de leite, consumindo as porcarias dos “fast foods”, provocando um
desenvolvimento artificial dos músculos através de anabolizantes, atitudes tão
estúpidas que lhes diminui grandemente o período saudável. Esta imagem representa
o quão diminuta está a capacidade de raciocinar dos jovens facilmente enganados
pela propaganda mostrando um jovem envenenado para produzir músculos, e garotas
encantadas com tão estúpida atitude e deformação. Músculos são necessários em
cavalos cujo trabalho não precisa de inteligência.
O
funcionamento da mente também é prejudicado pelos jovens como provam os
assuntos de sua preferência expressos nas seguintes notícias: Kamila afirma que André é impotente e gay – Zagueiro do Tricolor gaúcho, aparece em imagens fazendo
sexo com duas mulheres – Globo dá passo à frente com beijo lésbico – Saiba onde Xuxa já fez sexo – Ronaldo
posta foto ganhando mordidinha na boca – Tenho peitão, coxão, bundão, diz
Marimoon – Lu Gimenez mostra calcinha fio dental – Casamento de Bolina chega ao
fim – Kamila diz que Garrido é gostoso e irrita Eliéser – Ivete Sangalo fala de
caso com Xuxa. “Não sou lésbica”.
Tal futilidade está mais apropriada para
antes da invenção da escrita. De tal mentalidade só pode resultar o ambiente cão
em que vivemos. Inté.
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