terça-feira, 26 de abril de 2022

ARENGA 653

 

Os pedidos de medidas protetoras do meio ambiente pela juventude francesa ao ora reeleito presidente e a esperança insistentemente presentes na imprensa em novidades de melhores condições com um advento de pós-capitalismo são tão inúteis quanto as orações do Papa pela paz no mundo. Tais esperançosos parecem desconhecer a triste realidade de ser tão grande o poder dos parasitas acomodados na situação atual que nada será mudado se o povo que tem o poder de fazer a mudança não tá nem aí para mudança nenhuma. Algum dia será dada razão a esse cantinho de pensar quanto à sua afirmação de que sem mudar o elemento asqueroso povo para a condição de gente, nada mudará.    

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Na coluna Opinião do jornal Estado de São Paulo, a matéria intitulada ATACAR A DEMOCRACIA É CRIME, dá notícia de que a PGR e o STF afirmam que a imunidade parlamentar não inclui agredir a democracia e o livre funcionamento das instituições. Pensam estas autoridades entre aspas estar se dirigindo a completos idiotas? Para começo de conversa, a imunidade parlamentar é uma excrescência à qual uma autoridade que merecesse respeito, em vez de a ela se referir com naturalidade, condená-la-ia como artimanha de evitar que bandidos ricos fossem para a cadeia. Em segundo lugar, a democracia é atacada por estas mesmas autoridades entre aspas ao atuarem aberta e despudoramente em proteção do banditismo que se assenhoreou da política. É, pois, com cinismo que tanto a PGR quanto o STF fingem defender uma democracia tão mambembe quanto os integrantes destas instituições. A que raio de democracia se referem, se o próprio STF jogou no lixo o princípio constitucional de serem todos iguais perante a lei ao dizer cinicamente no julgamento do Mensalão que bandidos grã-finos não devem ir para as mesmas cadeias imundas lotadas de bandidos pobres? Não havendo cadeias luxuosas no país, tais bandidos devem voltar para suas casas, concluem os cavaleiros negros mambembes do STF, certamente para que pudessem desfrutar do dinheiro roubado da sociedade, o que efetivamente tem ocorrido.

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O “é preciso”, tão comum na imprensa, só não é mais cansativo e nauseante do que o “eu acho” da papagaiada de microfone e cientistas de politicagem. Quem acha não tem certeza e ciência não admite dubiedade. Tem de ser taxativa. Um cientista estará condenado ao ridículo se disser que acha que os pulmões são responsáveis pela oxigenação do sangue ou que fumar os impede de realizar seu trabalho.

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Na assembleia estadual paulista, antiga terra da garoa e atual terra do orgulho gay, um deputado declara que uma sua colega será reeleita porque o fato de ter tido a bunda apalpada em plenário por outro deputado chama atenção do eleitorado e renderá voto por conta da bunda manuseada. Quer dizer, então, que a mentalidade desse eleitorado se encontra em tamanho estado de mediocridade que tem putaria por meritória? Para que putaria assuma a divina sublimidade a que faz justiça é preciso que a mulher esteja participando prazerosamente e entre quatro paredes. Se, não em público, muitíssimo menos num local onde se acredita merecer a nobreza da responsabilidade de elaborar as leis que regulamentam o comportamento social. Mas, da cultura do venha a mim e os outros que se danem a putaria faz parte das instituições, inclusive a da família quando diante da televisão. na Suíça, segundo notícia no jornal O Estado de São Paulo, banqueiro é preso por envolvimento fraudulento em clube de strip-tease. Ao praticar putaria em público, os legisladores paulistas dão péssimo exemplo aos jovens que os substituirão.

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Na sociedade brasileira, aculturados apresentadores de programas chulos de televisão e ex-presidiários se apresentam com chance de vitória a candidatos aos mais importantes cargos políticos. Tamanha é a esculhambação que o escritor e jornalista da Folha de São Paulo, Ruy Castro, em matéria intitulada O JOIO E O JOIO, numa alusão à história de separar do trigo a impureza (o joio), com faro de bom jornalista e capacidade de encaixar humor em assunto sério, o que torna agradável a leitura, atributo de grandes escritores a exemplo de Machado de Assis, Eça de Queiroz, Zé Saramago, e mais gatos pingados, disse o Ruy que o joio vai acabar pedindo separação. Realmente, a falta de compostura das autoridades entre aspas chega a níveis tão alarmantes que pessoas honradas acabarão pedindo separação da escória que por ter transformado em banditismo as ciências política e econômica se fizeram merecedoras de impropérios de baixíssimo calão tanto da parte do povo quanto entre as próprias autoridades entre aspas. Não resta dúvida quanto a ter a política se tornado uma grandessíssima esculhambação, debaixo das barbas de uma juventude tão submissa aos desmandos que é jovem apenas de corpo.

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Na página 59 do livro JANGO E O GOLPE DE 1964 NA CARICATURA, do historiador brasileiro Rodrigo Patto Sá Motta, consta que João Goulart era acusado de demagogo e de ser um político inescrupuloso e capaz de explorar o sentimento de frustração dos pobres em benefício próprio. No entanto, sendo os líderes políticos responsáveis pela administração pública que por sua vez é culpada por se encontrar o mundo em tamanha petição de miséria que pipocam guerras, bombas, rajadas de metralhadora, facadas, alastram-se pobreza, doenças, violência, apodrecem as águas, o ar se torna irrespirável e os alimentos se tornam cancerígenos, e sendo os líderes religiosos responsáveis pela religiosidade que por sua vez é responsável por tamanho atraso mental que leva as pessoas a conversar com estátua e comprar feijão milagroso, é de se concluir logicamente que as qualidades negativas atribuídas ao coitado do Jango (de saudosa memória se comparado com que temos hoje) também estão presentes tanto nos líderes políticos quanto nos religiosos.

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Nas páginas 78 e 79 do livro A Coroa, A Cruz E A Espada, de Eduardo Bueno, consta que no Brasil Colônia eram proibidos os livros, as universidades, a imprensa, debates culturais, e que a inteligência brasileira era controlada pela Companhia de Jesus. Estudantes leem isto sem que lhes ocorra ter por objetivo estas coisas manter no ar a peteca do atraso mental e do conformismo à servidão pela ação nefasta dos jesuítas de triste memória, que custaram ao genial Marquês de Pombal pela nobreza de escorraçá-los, ser escorraçado pela louca e beata D. Maria I. Cabadaí tem gente que diz ser exagero desse cantinho de pensar afirmar não só de ser maior a religiosidade onde também é maior a ignorância, mas também de ser a religiosidade aliada da má política que leva vantagem com o conformismo ao sofrimento proveniente da cultura do venha a mim e os outros que se danem.

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Respeitar a religiosidade corresponde a ser indiferente aos males que por ignorância vitimam a humanidade. A religiosidade, a exemplo do que fez Nietzsche, deve ser combatida em nome do incremento espiritual necessário ao advento da civilização, portanto, da harmonia social. Uma vez que solidariedade é imprescindível à vida comunitária, não estaria sendo solidário quem se negasse a levar algum esclarecimento a nossos irmãos tão desprovidos dele que desperdiça seu minguado dinheiro contribuindo para riqueza de pastores safados pagando dízimos ou comprando bíblias pensando que elas representam proteção. Assim, em termos de civilização, procede melhor quem combate a religiosidade. Não fazer isso proceder como alguém que se negasse a avisar alguém de se encontrar sob ameaça de perigo até então desconhecido por este alguém sob ameaça. Por falta de convencimento é que a humanidade se encontra ameaçada de ficar sem os recursos naturais dos quais depende sua existência. E tudo fica ainda pior quando se sabe que o convencimento da religiosidade, fonte da ignorância, é passado de pai prá filho desde que se tem notícia da invenção de deus. Dos males decorrentes deste procedimento não escapam nem as pessoas de ambientes de grandes conhecimentos literários e intelectualidade, a exemplo do conselho que o grande economista e autor de vários livros esclarecedores, Joseph E. Stiglitz, na página 390 do já citado livro O Mundo Em Queda Livre, diz ter recebido de seus pais na adolescência, quando cogitava de qual profissão adotar mais tarde: “Use a cabeça que deus lhe deu para decidir” ter-lhe-iam dito seus pais. Se até entre pessoas tão nobres em conhecimento a falsa ideia de deus predomina, que dizer, então, ente o rebotalho que escreve “foi deus que mim deu” em carrinhos ordinários. A esta realidade acresce o agravante de serem tais pessoas ignorantes que por meio do voto elegem gente até por ter tido a bunda apalpada. A ignorância deve ser combatida, nunca respeitada.

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 Na página 34 do livro Se Não Fosse O Cabral, de Tom Cardoso, consta que ao ser criticado por receber propina em troca de isenção de imposto o governador marginal adorado pelos “espertos” cariocas alegou estar seguindo o procedimento do governo petista que entre 2011 e 2014 concedeu principalmente para o setor automotivo renúncia fiscal no valor de sessenta bilhões de reais. Cabadaí vem prá cá com essa conversa fiada de dizer que na cultura do venha a mim o objetivo da economia não seja prejudicar o pobre e beneficiar o rico, realidade confirmada também na página 13 do livro O Mundo Em Queda Livre, de Joseph E. Stiglitz, onde declara o respeitadíssimo economista (o mesmo cujos pais incutiram a mentira deus) hoje ensina ao mundo que entre os anos 1970 e 2007 ocorreram cento e vinte e quatro crises do sistema financeiro em países em desenvolvimento, resolvidas todas elas pelo governo. E de onde sai o dinheiro que o governo passa para os ricos agiotas do sistema financeiro quando em crise senão dos mais pobres do povo uma vez que os ricos sonegam impostos? Prá todo canta que se volte, lá está o velho e sábio Marx a lembrar zombeteiramente: Eu não avisei que o mundo precisa ser mudado?

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 Nas páginas 73 e 133, do livro Os Onze, de Felipe Recondo e Luiz Weber, constam, respectivamente, as seguintes declarações: do ministro do STF Luiz Fux de dever a Sergio Cabral sua nomeação para o cargo de ministro do ridículo STF. Do ex-ministro também do ridículo STF Nelson Jobim, de dever a Fernando Henrique Cardoso a sua nomeação para aquela “Suprema Corte”. Sendo notórios tanto o mau caratismo do político quanto que quem com porcos se mistura farelos come, não é o caso de se perguntar onde teria ido parar a exigência constitucional de reputação ilibada e notório saber jurídico para que alguém pudesse ocupar tal cargo?

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Ainda sobre o STF, quando, segundo consta das páginas 238 e 239 do livro O Mensalão, de Merval Pereira, ministros do STF, supostamente guardiões da Constituição Federal, sob argumentos deslavada e cinicamente tendenciosos, procederam claramente de modo a evitar a prisão de ladrões do colarinho branco, não estariam esfarrapando o cansativamente repetido respeito à constituição insistentemente martelado pela papagaiada de microfone e cientistas de politicagem?

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Na página 20 do livro A Ditadura Escancarada, de Elio Gaspari, consta que apenas no segundo semestre de 1970 explodiram 140 bombas nos Estados Unidos e que em 197l, na Irlanda, detonaram-se mais de mil bombas, e as forças de segurança perderam 59 homens em combate. Isto não significa ser uma grande bobagem falar em povo civilizado e nem faz repensar a ojeriza ao velho Marx por afirmar que o mundo carece de modificação?

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Tanto embuste a envolver a humanidade faz lembrar Honoré de Balzac e sua afirmação de haver duas histórias: a história oficial, mentirosa, aquela que nos insinuam, e a história secreta, na qual se encontram as verdadeiras causas dos acontecimentos, uma história vergonhosa. Diz o sábio autor de A Comédia Humana, título que devia ter sido antecedido da expressão A Ridícula. Sendo mentirosa a história que nos contam e na qual baseamos o comportamento, é o caso de buscar a história verdadeira para ter nela a base do comportamento vez que comportamento baseado numa história falsa resulta em uma juventude tão mediocremente alheia à realidade que é incapaz de perceber ter sido induzida a se conformar na condição de eterna hospedeira de parasitas de todos os tipos.

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Para confirmar que no mundo tem bobo prá tudo, o livro recém-lançado LAVAGEM CEREBRAL, para o qual abundam injustificados elogios, principalmente pela precocidade do autor que aos 34 de idade já devia saber que nem todos os leitores do mundo são tão bobos a ponto de não serem capazes de distinguir entre mentira e verdade. O livro resulta de aprendizado na escola do Frankenstein americano da bunda branca Henry Kissinger que ensina ser ideal a competição, falsidade desmentida pelos primitivos que percebendo ser melhor a cooperação, abandonaram o isolamento e formaram comunidades, comportamento natural mais sábio do que o comportamento atual do venha a mim e os outros que se danem. O livro considera lavagem cerebral o que na verdade é limpar os efeitos danosos da lavagem cerebral que convenceu a humanidade de ser certo o que é errado, foi legalizada a violência dos assassinatos em campos de batalha para proveito de irresponsáveis chefes de estado que festejam em rodas elegantes vitórias de subordinados, jovens que foram convencidos a considerar inimigos outros jovens que apesar de nenhum mal lhes ter feito, estraçalham-se mutuamente em campos de batalha. Na página 13, entre bobagens de todos os tipos, o autor se mostra horrorizado porque um professor argumentou não haver imoralidade em sacrificar nascituros deficientes. Tal ideia, apesar de natural no reino animal, realmente causa espanto. Entrementes, não espanta aos medíocres lambe-botas divinas o sacrifício no mundo inteiro de milhões de fetos no estado mais avançado, quando crianças, por desnutrição e doenças dela decorrentes, em função de estar o dinheiro de evitar tamanha monstruosidade dormindo inutilmente em mãos de parasitas graças ao sistema injusto que o "jovem" balzaquiano escritor procura justificar. Na página 21 deste "maravilhoso" livro nas declarações de intelectuais constantes de suas capas, o autor repudia a maldade terrorista que matou civis nas Torres Gêmeas, ignorando ou fingindo ignorar os inúmeros civis que seu país matou e mata mundo afora para tomar petróleo. Além disso, estaria a matança justificada desde que se transformasse civis em militares? Na página 23, condena o escritor Paul Ehrliche, segundo a Wikipédia considerado pai da quimioterapia, por ter comparado o Holocausto ao bombardeio atômico do Japão. Diz o "precoce" escritor de 34 anos ser absurdo comparar a morte de seis milhões de inocentes no Holocausto com a ação militar que ao lançar a bomba teria salvado centenas de milhares de vidas americanas e japonesas. A verdade, entretanto, é de ser tanto condenável uma ação quanto a outra porque também eram inocentes muitos japoneses mortos pela bomba atômica. E assim, de bobagem em bobagem ou de maldade em maldade, o livro inverte as coisas e, como tantos outros, considera verdade o que é falsidade porque a verdade verdadeira sobre a cultura aprovada pela escola do Frankenstein americano da bunda branca é desmentida por economistas que se preocupam com o futuro da juventude a exemplo do já citado Joseph E. Stiglitz que na página 388 do livro também já citado O MUNDO EM QUEDA LIVRE, afirma o seguinte: “...o crescimento rápido que atingimos não é sustentável, nem do ponto de vista ambiental nem do social; em que não agimos em conjunto, como uma comunidade, para atender nossas necessidades comuns, de certa forma porque o individualismo desabrido e o fundamentalismo do mercado erodiram qualquer sentido de comunidade e levaram a uma exploração selvagem de indivíduos inocentes e desprotegidos e a uma crescente divisão social. Ocorreu uma erosão da confiança – e não apenas nas nossas instituições financeiras. Ainda há tempo para curar essas feridas”.  Na mesma linha de insustentabilidade do tipo de sociedade defendida pela escola do Frankenstein conterrâneo do prematuro escritor de 34 anos, nosso economista Ladislau Dowbor afirma na página 127 do livro A ERA DO CAPITAL IMPRODUTIVO que os infernos fiscais manejam um quarto a um terço do PIB mundial, o que significa que esta parcela resultante do trabalho de quem trabalha vai servir para especulação de parasitas, comportamento só justificável pelos próprios parasitas. E ainda desmentindo o ideal da competição, o também nosso economista Eduardo Moreira, na página 27 do seu pequeno grandioso livro DESIGUALDADE, mostra que entre nós um por cento dos donos de terras concentram mais de cinquenta por cento das terras cultiváveis e que um por cento mais rico possui mais reservas acumuladas do que os noventa por cento mais pobres, uma verdadeira catástrofe social. Conclui o economista.    

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Para encerrar a “prosa” sobre a “prosa” do prematuro escritor balzaquiano que por inexperiência ou por ter a consciência prostituída mostra-se adepto da cultura antissocial do venha a mim, nas páginas 31 e 36, ele condena as ideias de cobrar imposto de ricos e de justiça social. E por aqui ficamos porque para de desmitificar falsidades basta por hoje.         

 

 

 

 

quinta-feira, 21 de abril de 2022

arenga 652

 

Monumental é a estupidez do forrobodó da festança de eleições na qual o elemento asqueroso povo está gastando cinco bilhões do dinheiro que lhe falta para comer, morar cuidar da saúde e aprender o tamanho da burrice que é pagar para ser seduzido a entregar a chave do cofre do tesouro a quem quer que seja que uma vez de posso dela irá escancarar a imensa riqueza lá guardada para interesses totalmente diferentes dos interesses destes infelizes esfarrapados mentais que chegam a digladiar por esse ou aquele candidato, na verdade, cada um mais malandro que o outro. Na atualidade, Lula é exemplo maior desta realidade. Depois de despongar de um pau-de-arara e periperciar pela política sob aplausos e esperança de eleitores tão iludidos quanto os de agora e de sempre, conforme mostra o livro O Chefe, arrancou da sociedade fortuna tão grande que lhe deu bastante riqueza para comprar os bandidos de toga a que se referiu Eliana Calmon, que por ser honrada foi preterida pela massa bruta de eleitores em sua pretensão a um lugar no senado, do mesmo modo como também foi preterida a honrada Heloisa Helena pelos mendigos mentais do eleitorado alagoano em favor de Collor de triste memória colecionador de Lamborghinis. 

O verdadeiro objetivo dos candidatos no engodo das eleições está sobejamente demonstrado pelo ladrão de nove dedos do livro O Chefe que  de pau-de-arara frequenta os hospitais mais caros, paga os advogados vendáveis mais caros, é homenageado pelo governo francês (como prova de que em todo lugar sucesso político está na malandragem, mau caráter e falta de honra). Não são outros os motivos pelos quais aplausos e pipocar de foguetórios saúdam o ladrão de nove dedos que segundo a imprensa voltará à presidência a fim de roubar ainda mais. Desta forma, a realidade é que a decepção de cada eleição é renovada a cada nova eleição.

Não haverá estabilidade social enquanto houver parte significativa da sociedade na pobreza e depender a sociedade de um tal de mercado que não admite colocar pobre no orçamento, como diz o economista Paulo Kliass em matéria no jornal Outras Palavras, procedimento que eternizará a pobreza e os males dela decorrentes.

Por trás da algazarra das eleições rolam trapaças que a malta de frequentadores de igreja, axé e futebola nem imagina. Ao ser estimulada pelo pão e circo a se desinteressar pela realidade do que ocorre em torno de si, a humanidade se tornou incapaz de perceber que de falsos líderes só se pode esperar falsidades a exemplo da notícia na imprensa de que o líder dos ucranianos promete melhor futuro para os habitantes daquele país, cinismo característico de todos os líderes políticos sob cuja irresponsabilidade a massa bruta de povo entrega seu destino. Poderiam os ucranianos ter futuro pior do que este triste presente se até o momento já morreu número incontável deles? Se causar a morte de uma só pessoa, é crime, falsos líderes, impunimente, causam a morte de milhares ou milhões de pessoas sem que a ninguém ocorra o motivo de total concordância com tamanha insensatez e injustiça.

A indiferença à realidade à sua volta faz com que os seres humanos desprezem o risco a que está exposta a vida dos filhos que dizem amar. No entanto, estes seres estúpidos se interessam por cantoras cujo atrativo maior é a exposição de imensa bunda (e na parte da bunda demonstra bom gosto), pelo aniversário do “rei” Roberto Carlos e o milésimo gol de Pelé, lembrados estes dois “monumentais e auspiciosos” acontecimentos nesta manhã pela rádio Bandeirantes AM de SP, eficiente arauto do pão e circo. Vai daí que a busca por uma sociedade sem tanta estupidez será mais beneficiada com um trabalho voltado para despertar a humanidade do torpor imbecilizante em que se encontra do que apontar-lhe erros decorrentes desse torpor. Como diz o velho ditado, ensinar a pescar é mais eficiente que dar o peixe.

Nenhum trabalho que não de conscientização poderá fazer a humanidade sentir a monumental discrepância entre o que lhe é dito e o que é na realidade. Um exemplo: nas páginas 12 e 134 do livro A Lei, o economista e escritor francês Frédéric Bastiat faz estas duas declarações: a primeira diz: “...a única função da lei é fazer com que reine a justiça – na verdade, impedir que reine a injustiça”. A segunda declaração diz: “Deus deu ao homem o que ele precisa para cumprir seu destino”. É como se o escritor considerasse não haver no mundo um só leitor capaz de raciocinar e concluir que as leis têm justamente a finalidade de assegurar o predomínio da injustiça. Se as leis garantem a injustiça de haver milhões e milhões passando fome enquanto gatos pingados têm o bastante para milhões e milhões de vidas luxuosas, como se falar que tais leis têm por objetivo assegurar que reine a justiça? Esta conclusão, além de irrefutável, também prova a falsidade da segunda declaração do escritor francês porque em vez de dar alguma coisa aos pobres, o que faz o tal de deus a que ele se refere é permitir que os pobres sejam penalizados em benefício dos ricos como mostra o economista brasileiro Eduardo Moreira na página 139 do pequeno grande livro Desigualdade: “A sigla HNWI representa em inglês o grupo chamado High-net-worth individuals. São indivíduos que possuem mais de um milhão de dólares em investimentos líquidos. Naturalmente, os membros desse seleto grupo são cortejados por consultores, instituições financeiras e escritórios de advocacia, ávidos por prestar consultoria para reduzir a carga tributária sobre tais investimentos. Acontece que fazer planejamento para um HNWI no Brasil, apesar de perfeitamente legal, é injusto. Isto porque toda a legislação é feita para privilegiar quem detém patrimônio, em detrimento daqueles cuja renda apenas se destina ao sustento e cumprimento das obrigações básicas”.

A realidade, pois, é que enquanto ricos ignorantemente se negam a contribuir com dinheiro para custear as despesas de administrar a sociedade, deixam este encargo sob responsabilidade dos pobres que não têm como escapar do cumprimento desse dever. Enfim, nada condiz com a realidade. Há pouco, no vaso sanitário, lugar apropriado para a política atual, ouvia o senhor vice-presidente desta infeliz pátria de deus, amada só na propaganda do governo, falar de soberania e desenvolvimento econômico. Como soberania se o idioma inglês disputa espaço com nosso estropiado português a ponto de não se falar mais “está bem” e até crianças dizem o “O.K.” americano e se o resultado do desenvolvimento econômico serve para fomentar contas nos infernos fiscais, inclusive do ministro da economia da pátria amada?

São tantos os exemplos do desinteresse dos seres humanos pela realidade que não escapam a quem quer que se dedique a pensar sobre o assunto. Vejamos alguns deles:

1 – Se ninguém ignora que a finalidade dos eleitos é roubar, por que, então, continua o povo a concordar com isto?

2 – Se a sociedade não pode prescindir de produzir o que necessita, por que não haver harmonia entre capital, trabalho, justiça social, uso racional dos recursos naturais e da produção, extinção de uso perdulário do que é produzido, uma vez que os recursos naturais são finitos?

3 – As guerras religiosas visando impor a vontade de um deus tão poderoso que podia fazer isso com um estalar de dedos não provam ser falsa a ideia desse tal de deus?  

4 – Não estaria a humanidade sendo induzida a não perceber a realidade? Afinal, um mágico induz a ver um anel desaparecer da mão e aparecer dentro de uma laranja, o que acontece desviando a atenção do público do que está sendo feito. Não estaria o pão e circo fazendo a mesma coisa acontecer com a humanidade? Afinal, ela não consegue perceber coisas tão simples quanto  mediocridades virar celebridades.

 

            

 

 

  

   

sexta-feira, 15 de abril de 2022

ARENGA 651

 

Por nobreza de espírito, pela preocupação com o futuro de uma juventude tão facilmente manipulável pela inexperiência, pela inconformação com as injustiças da justiça, seja lá qual for a razão, o certo é que desde sempre houve pensadores que percebendo ser a maioria absoluta dos sofrimentos humanos causados pelos próprios seres humanos, dedicaram-se à sublime tarefa à qual também se dedicou Cristo, de fazer ver à humanidade procedimentos que se adotados evitariam a maioria dos tormentos que não obstante desnecessários motivam tanta infelicidade à qual se submetem de bom grado estes seres eternamente sofridos e enganados por inescrupulosos aproveitadores que deles se utilizam impiedosamente como ponte para uma vida isenta de necessidades. Nem poderiam mesmo os seres humanos serem capazes de procedimentos baseados em espiritualidade elevada se apenas há pouco tempo de sua existência viviam no topo das árvores em matas virgens, tendo frutos muitos dos quais venenosos e insetos por alimento. De tal mentalidade só se pode mesmo esperar guerras, fome, peste, debilidade mental da juventude,  administração pública corrupta, excesso de riqueza ao lado de excesso de pobreza, aproveitadores vis se locupletando com a vitalidade de quem precisa vender a força/trabalho para sobreviver, instituições governamentais transformadas em antro de banditismo, legalização do crime, tamanha deterioração mental que em vez de evoluir, a política  regrediu à teocracia medieval, vulgaridade e maus costumes superando atitudes nobres e bons costumes,   pessoas de mentalidade das mais medíocres sendo notícia constante na imprensa como celebridades. Estas são apenas pequena amostra das distorções que encontram defesa em consciências prostituídas a soldo de adeptos da desordem para os quais esta seria a melhor forma de vida não obstante a realidade de ser incontestavelmente intolerável para quem superou a mentalmente reles, medíocre e obscura daqueles que por serem impedidos de aprender a realidade da vida se veem presos à condição de massa bruta de povo. A realidade da vida não se aprende em escolas porque as escolas têm por objetivo escondê-la e ensinar irrealidades. Daí doutores com a mesma mentalidade de analfabetos em assuntos pertinentes à atividade de viver. No tocante a crendices, por exemplo, a única diferença entre doutores e analfabetos é que doutores não escrevem em seus carrões FOI DEUS QUE MIM DEU. 

Nesse ponto cabe refletir sobre o motivo pelo qual os chamamentos à verdade não surtem efeito, ao contrário do que acontece com os chamamentos à falsidade que têm tanto êxito a ponto de serem recebidos de braços abertos a repugnância às ideias de cooperação defendidas pelos socialistas e, inversamente, a simpatia com que de braços ainda mais abertos do que os do Cristo do Corcovado são recebidas as ideias de competição defendidas pelos adeptos da privatização que resulta em locupletação por parasitas que enriquecem vendendo bens adquiridos com dinheiro da coletividade. O fato de andar a humanidade sempre sempre na contramão encontra explicação nos seguintes raciocínios:

1 – As primeiras reflexões entraram na mente humana quando a humanidade ainda estava nos cueiros e desconhecia a ideia de sociedade.

2 – Conforme mestre Platão, o comportamento do adulto depende do que ele aprendeu em criança.

3 – Se, em criança, a humanidade aprendeu falsidades como dependência de divindades e de liderança exercida por outros seres humanos que também aprenderam as mesmas falsidades e que por isso também desconheciam a realidade de que a dependência devia ser de solidariedade, cooperação, paz e tranquilidade, e que para isto as próprias pessoas em lugar de um deus inexistente é que devem buscar por si mesmas. Para tanto basta saber não ser correto do ponto de vista da harmonia social ter mais que o necessário para se viver com dignidade, evitando ser indiferentes à necessidade dos demais. A vida em sociedade requer contenção dos desejos sexuais, vingança ou quaisquer outros que fossem contrários à paz entre os membros da sociedade. Sem observação de tais princípios não há de se esperar outro tipo de sociedade senão este pandemônio considerado sociedade humana.  

Temos, pois, que sendo o comportamento determinado pelas convicções, e que as convicções são determinadas pelas crenças, e que as crenças uma vez estratificadas na mente tornam-se tão difíceis de serem removidas quanto as rochas, como nos ensinam grandes mestres do saber, tendo sido a crença dos seres humanos, como vimos, fundamentada no aprendizado de falsidades, têm, necessariamente tais seres de ter falsidades enraizadas na personalidade, do que resulta comportamentos incompatíveis com racionalidade.

Daí que os seres humanos aceitam mentiras e rejeitam verdades. Além da dificuldade em erradicar das mentes as falsidades aprendidas em criança, e de haver empenho deliberado em ensinar mentiras e evitar que sejam ensinadas verdades, de tal procedimento resultam crenças como a existência de deus e de não se dever especular sobre seus mistérios, apequenando o raciocínio de tal forma que se acredita haver vantagem em se conformar com os infortúnios em vez de especular sobre como evitá-los.

A realidade é haver um trabalho que a custo de ouro fomenta a aceitação do que deve ser rejeitado e rejeita o que deve ser aceitado. De outra forma seria impossível que seres capazes de raciocinar aceitassem haver pobreza no mundo se há recursos suficientes para que tal não acontecesse. Um exemplo: aqui ao lado, o livro A Lei, do economista e filósofo francês Frédéric Bastiat, afirmando o seguinte na página 24: “Provém a nós, de Deus, o dom que inclui todos os outros...”.  Não existindo nenhum deus, como mostra a razão, tal afirmação significa haver farta quantidade de anos luz a separar a humanidade da capacidade de raciocinar e tirar conclusões próprias. Daí a facilidade com que artimanhas têm conseguido sucesso em assegurar a manutenção  do parasitismo e em fazer com que a humanidade finque pé na incapacidade de formar sociedade baseada em verdades e de entender que em vez de deus e riqueza os bens dos quais depende a vida, na realidade, se encontram tão distantes disso que esta crença está levando o mundo à falência dos recursos naturais dos quais depende a existência, sob indiferença total e universal.

 Vivendo os seres humanos nas mesmas condições das feras, disputando território entre si, fica evidente estar sendo inútil o empenho no sentido de elevar a mentalidade destes seres brutos e tão desprovidos de discernimento que o rendimento do seu trabalho é desbaratado debaixo do seu nariz por líderes do pé de barro de forma tão escandalosamente depravada que a riqueza feita pelo trabalho dos liderados está sendo usada até para pagar processo cirúrgico de endurecimento da rola de militares na sociedade brasileira que em estupidez não é diferente das demais sociedades do mundo se também lá líderes de pés de barro parasitam seus liderados e empregam em material de destruição e em benefício próprio a riqueza produzida por aqueles que esperam contar com uma administração correta dos recursos que produzem. Patrocinar endurecimento de rolas dá a entender que a exuberância do homossexualismo e a depravação dos costumes em nossa sociedade está levando o povo a fazer questão de rolas duras. Tendo a depravação sido transformada em motivo de fama e celebridade, torna-se difícil, mas não impossível influenciar os seres humanos a exemplo do que se faz com irracionais, civilizar seu comportamento e se chegar à civilização, desde que haja eficiente trabalho voltado para despertar a juventude do torpor imbecilizante em que foi envolvida.   

Talvez seja ridículo este cantinho de pensar se arvorar a desmistificar a questão da persistência humana em comportamentos irracionais, achando-se capaz de entender assunto que parece escapar a mestres do saber. Mas ninguém tira da cabeça desse cantinho que a incapacidade humana de aprender boas maneiras está na questão levantada pelo mestre Rousseau de não se poder ser claro com quem é desatento. É, pois, na desatenção, na não observação de encontrar em perigo, onde está o Nó Górdio da dificuldade de aparar as arestas da brutalidade humana. Se qualquer pessoa, por mais estúpida que seja, tendo consciência de estar sob ameaça terá sua atenção totalmente tomada pela prioridade de assumir providências de autoproteção tanto mais enérgicas quanto maior for a amaça, o povo, entretanto, tendo sua atenção aprisionada no pão e circo, embora ameaçado de se tornar tão insalubre o ambiente em que vive a ponto de impossibilitar sua sobrevivência a exemplo do acontecido com os dinossauros,  a falta de atenção para com esta realidade explica as pipocações de foguetórios, requebramento de quadris nas variadíssimas modalidades de axé, alvoroço de campeonatos esportivos, e quando incomodados, buscam conforto em orações.

Vai daí que os alertas de perigo a um povo desatento não produzirão mudança de comportamento sem torná-lo consciente de estar em perigo, o que só poderá ser feito despertando-o do enfeitiçamento do pão e circo que segurando a mentalidade na infância faz adulto se engalfinhar porque a bola passou pelo goleiro, faz adulto pensar que não lhe diz respeito se o político rouba porque não estará roubando nada seu, faz rico sonegar impostos, faz pais estimular inocentes crianças à religiosidade, a ver celebridades onde só há imbecilidade, participar de concurso de beleza ou esconder dos filhos o assunto sexualidade que um dia despertará inevitavelmente. Tudo isso dá prova de desatenção ao resultado desastroso de tais comportamentos incutidos pela anticultura do farinha pouca meu pirão primeiro da qual resultam ouvidos de mercador e eternização da falsa realidade de nada haver a se opor, nenhum problema a ser resolvido, embora a cada dia a imprensa mostra coisas socialmente tão perigosas como trilionários esnobando a cara de bilhões de esfarrapados, exuberância da corrupção e autoridades totalmente desacreditadas, situação que já resultou em revoluções como a Francesa e Russa.

 

sábado, 9 de abril de 2022

ARENGA 650

 

Graças ao Movimento de 31 de março de 1964 hoje não somos um país comunista. Sou testemunha ocular daquele grave momento em que o Brasil poderia ter ido para o caminho errado com os comunistas no poder. É o que declara o ricaço Salim Mattar, empresário da Localiza, cujo nome indica se tratar de mais um dos muitos gringos que se aproveitam do almoxarifado Brasil eternamente de pernas abertas para que rufiões do parasitário sistema financeiro tenham aqui na pátria de deus e juventude imprestável de torcedores, religiosos e bailarinos de axé o lugar ideal onde dar vasão ao incontido e bestial instinto de busca por riqueza fácil explorando a classe trabalhadora entorpecida pelo efeito imbecilizador do pão e circo.  Não é outro o motivo pelo qual esse mesmo senhor Mattar volta à imprensa para defender a privatização da Petrobrás. As privatizações são mais uma das muitas fontes que abastece tanto políticos canalhas quanto empresários canalhas, verdade a que se chega tomando conhecimento do que diz o insuspeito jornalista Hélio Fernandes sobre a privatização da Vale do Rio Doce que proporcionou enriquecimento para o então presidente Fernando Henrique Cardoso. 

Quando o gringo Salim Mattar dá graças por ter o povo se livrado do comunismo, não só sugere ter acontecido algo de bom para o povo que teria se livrado de algo ruim, mas também angaria a simpatia da opinião da massa bruta de povo para o ideário político do seu grupo de Bezos e Hangs, anulando, desse modo, possibilidade de protesto, não obstante estar tudo tão ruim para o povo que a ele cabe um futuro de terra arrasada como resultado da ação predatória e assassina de destruir a natureza para construir imensas riquezas cuja finalidade é encher as burras desses parasitas especuladores do sistema financeiro, assassinos por desnutrição de milhões de crianças mundo afora.

Embora não faltem chamamentos de atenção da massa bruta de povo para a realidade da necessidade de se viver outra realidade, falta, contudo, a percepção de que a anuência dos pobres ao ideário dos ricos eterniza a situação atual. Levado por manipulação cerebral a acreditar estar tudo bem do jeito que está, o povo, que é quem decide o destino do mundo embora não saiba disso, não vê necessidade de mudar coisa nenhuma, realidade materializada nos festejamentos e pipocamentos de foguetórios que nos finais de ano queimam fortunas incalculáveis sob aplausos da massa brutalmente imbecilizada pelo pão e circo. O povo foi levado a pensar como querem os ricos e é por isso que tanto nas casas dos pobres, como também nos bancos (casa dos ricos) não falta a imagem de um Cristo com cara de bobão babão, olhar suplicante voltado para o teto, o coração do lado de fora do peito e uma rudia de espinhos na cabeça de onde escorre sangue, cuja finalidade é banalizar o sofrimento e a acomodação materializada no "seja como deus quiser" que evita o "seja como nós queremos" porque se sendo como nós queremos a riqueza do mundo será usado em benefício da humanidade em vez de servir ao parasitismo de decrépitos exploradores do suor de quem trabalha.

A identidade de pensamento entre pobres e ricos dá origem à aversão a ideias socializantes, e esta aversão garante a permanência da exploração da classe trabalhadora de forma tão evidente que Douglas Rushkoff, no jornal Outras Palavras, qualifica o trabalho como forma de tornar a vida desfrutável, expressão que desnuda a verdade sobre o motivo pelo qual o gringo Mattar fomenta aversão a uma cultura que defendesse a ideia de que a riqueza pública fosse usada em benefício de todos.

Mas como essa “prosa” já vai longe, encerremo-la com a seguinte constatação: uma vez que tanto tristeza quanto alegria fazem parte da vida e ser a preferência pela alegria, deve-se fazer prevalecer a alegria sobre as inevitáveis tristezas que afligirão a juventude no momento em que esvair o vigor e chegar a velhice, motivo de tristeza para quem nada aprendeu na vida por tê-la deixado escorrer feito água entre os dedos sem ter dedicado um só momento em cogitar de coisas como o porquê de haver tantos necessitados se no mundo se há riqueza bastante para que todos possam viver com dignidade.