A humanidade não aprende por reflexão
e dedução. Aprende porque o tempo lhe empurra goela abaixo, pela experiência
que a observação obriga a ter, alguma racionalidade como, por exemplo, evitar
colocar a mão no fogo. Mas, por ser este um tipo de aprendizado demasiadamente
lento, contribui muito pouco para influenciar na melhoria da qualidade de vida.
Deus é exemplo perfeito para demonstrar este tipo de aprendizado. Inventado
pelos nossos antepassados menos experientes do que nós porque contavam com
menos antepassados que lhes transmitissem experiência, a ideia de deus continua
influenciando fortemente na atualidade o comportamento humano, não obstante não só a evidência
de falsidade por ser mais forte onde é mais fraca a escolaridade e o
conhecimento, mas também as afirmações científicas em contrário
No que diz respeito à economia, o passar do tempo fez vir abaixo também a teoria de Adam Smith da existência de uma mão invisível que organizava as transações comerciais fazendo-as benéficas à sociedade. O resultado das transações comerciais, em vez de organização, vem a ser a desorganização da situação caótica em que se vê o mundo com pessoas morrendo em consequência de pobreza enquanto múmias mentais por não saberem o que fazer com tanta riqueza inventam de brincar como criança, o que é ridículo em adulto, de fazer rodopios no espaço sideral.
Na página 45 do livro de Eduardo Moreira, O
QUE OS DONOS DO PODER NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA, diz que os oito indivíduos
mais ricos do mundo detêm metade da riqueza da população mundial. É nisso que
dá deixar as transações comerciais ao bel prazer da mão invisível de Adam
Smith, que certamente não considerou a selvageria humana, contrassenso louvado pelo
Frankstein da bunda branca Henry Kissinger, que teve como resultado fazer do
país dele o mais rico e o mais infeliz do mundo, cuja infelicidade se não é percebida, deve-se à estupidez de
seu povo que nada aprendeu com a lição maior do Onze de Setembro e outras
menores nas rajadas de metralhadoras sobre a multidão.
Mas Smith não estava totalmente
errado. Além de não poder prever o desastre em que vira dar sua teoria, estava
certo ao afirmar não ser por benevolência, mas pela perspectiva de lucro, que o
vinicultor, o padeiro e o açougueiro nos fornecem vinho, pão e carne para nossa
mesa. Corretíssimo. Realmente, para que estes fornecedores possam dedicar seu
tempo na labuta que nos permite ter o vinho, o pão e a carne, principalmente de
boa qualidade, o vinicultor, o padeiro e o açougueiro precisam ter a
contraprestação remuneratória oriunda do lucro a fim de terem a tranquilidade
de satisfazer dignamente suas necessidades e de seus familiares, além do
pé-de-meia para imprevistos e para os remédios na velhice, em outras palavras,
serem homens livres e felizes porque a felicidade, como ensinou Cristo, não
está em ter mais do que o necessário. Se o mundo não pode dispensar as guerras,
pestes, fome, violência, miséria e infelicidade de todo tipo, deve-se à sede de
riqueza desnecessária que tem origem no egoísmo nato no ser humano, sentimento incompatível
com a vida social que não pode funcionar bem abrindo mão de uma elevação
espiritual capaz de fazer renunciar
espontaneamente às vontades individuas que causem desconforto às outras
pessoas, razão pela qual não haverá evolução civilizatória ficando a depender da vontade de egoístas a organização social.
O venha a mim e os outros que se
danem que move os egoístas é totalmente fora de cogitação para vida em sociedade. Filósofos,
intelectuais, “Best-Sellers”, papagaios de microfone, analistas de politicagem,
enfim, mil e uma teorias são engendradas em torno dos desacertos humanos, coisa
tão simples, na verdade. A desunião, o desapego à simplicidade e a burrice que
desaguam no oceano do egoísmo são a causa de toda a desarrumação que infelicita
a humanidade.
O egoísmo resulta da lembrança dos
tempos duros de caçador/coletor, quando, sob pena de sucumbir por inanição,
agarrava-se ferozmente a tudo que servisse para saciar a fome e pudesse ser
apossado e levado debaixo do braço. Esta realidade é percebível no comportamento do irracional que
rosna e mostra os dentes se outro animal se aproxima da presa infinitamente
superior à sua capacidade de consumo.
Sendo o homem bruto o bastante para
permitir que o egoísmo o impeça de respeitar as necessidades das outras pessoas,
como as feras, açambarcam fortunas incalculáveis apenas pelo prazer de
aparecer, comportamento imbecil fartamente encontrado no mundo fútil dos
“famosos”, “celebridades” e reis de pau oco, onde bundas e vulgaridades abundam
com tamanha exuberância que uma mulher, de pernas abertas, expõe para a imprensa e o público sua roupa manchada de menstruação no lugar onde fica o furo da
xoxota usado pelas “celebridades” do Yahoo como mealheiro.
A existência da vulgaridade e de
pessoas vulgares é necessária para tornar de menor importância as coisas mais
importantes da vida. Ao se deixar levar pela vulgaridade da orientação dos
egoístas ajuntadores de riqueza, a humanidade se condena e à sua juventude a
tamanho infortúnio que jovens mais espiritualmente elevados, não aguentando um
mundo de tamanha vulgaridade, se veem deprimidos e tão infelizes que suicidam.
O mundo não está para quem não é vulgar, para quem sabe que a finalidade do
festejamento japonês é a mesma do PRÁ FRENTE, BRASIL. SALVE A SELEÇÃO. Assim
como em 1968 o Pão e Circo objetivava desviar a atenção da massa bruta de povo da vergonhosa realidade então
vivida na época, atualmente, no Japão, o Pão e Circo tem o mesmo objetivo em relação à importância da mortandade pela pandemia. A vida não é desimportante como pretendem fazer crer os falsos líderes do mundo.
O escritor citado Eduardo Moreira,
por meio de uma alegaria que podemos chamar de Alegoria Do Sabonete E Das
Bactérias, chama a atenção de quem superou a mentalidade tacanha de frequentador de igreja, axé
e futebola para a irracionalidade da aceitação de se viver egoisticamente. Assim
como Platão facilitou o entendimento sobre a questão de se ter a falsidade por verdade
com a Alegoria Da Caverna, Eduardo Moreira facilita compreender o motivo pelo
qual é perpetuado o comportamento antissocial do venha a mim e os outros que se
danem, criando a seguinte ficção: um sabonete cuja propaganda garantisse ser
eficiente para matar noventa e nove por cento das bactérias tivesse seu uso
defendido pelas próprias bactérias. É assim que a humanidade se comporta. Não
só aceita viver as consequências da orientação egoísta de mentalidades
mumificadas, mas também defender seu egoísmo condenando opiniões contrárias a
exemplo da afirmação de Marx de que o mundo precisa de mudança.