Os
brasileiros de triste memória tanto regrediram que acabaram voltando ao estado
de nômades obrigados a sacrificar os filhos quando estes se tornavam embaraço ao
deslocamento constante a que eram obrigados os seres humanos do nomadismo. Como
os pais daqueles tempos bárbaros, também os pais modernos matam suas crianças,
embora por outras dificuldades. As dificuldades de enfrentar a vida em virtude
de terem sido relegados pela sociedade à condição de miserabilidade. Não tem
nada a ver com falta de Deus a brutalidade destes seres infelizes considerados
“monstros” pelos papagaios de microfone. A “monstruosidade” destes “monstros”
tem origem na injustiça social em dividir a riqueza de modo tão criminoso que
dá direito a imbecis a fazer pose na revista Forbes e dá aos pobres o direito
de chorar nos corredores dos hospitais. A pobreza é a única causa da existência
dos “monstros” detestados pela mentalidade rasteira de quem se liga em BBB,
Fazenda, igreja, axé e futebola. Só quem aprendeu ler nas entrelinhas com os
Grandes Mestres do Saber, o que exclui a categoria asquerosa de povo com seus
filhos escanchados no pescoço rumo às igrejas ou aos terreiros de escoicear
bola, pode perceber que as crianças nascem todas iguais. Isto é, choronas,
sujas, cagonas, mijonas, chatas e inocentes. Aquelas cujos pais chegam de
helicóptero ao hospital sofisticado, quando crescer será um bacana ajuntador de
riqueza, pessoa da melhor qualidade aos olhos vesgos da sociedade de mentalidade
vesga. Mas a criança que nasce ao lado do esgoto será “monstro” para a
televisão. A verdade, portanto, é que é a falta do dinheiro que faz a criança
virar “mostro” ou bacana. Sendo a sociedade responsável pela existência do
esgoto, tem-se que a sociedade é responsável pela existência dos “monstros” que
ela tanto odeia. Entretanto, como todos os impérios, também cairá um dia o
império da injustiça social que teve início quando alguém descobriu que podia
fazer alguém de bobo, fortaleceu à medida que mais gente era feita de boba, e chegou
ao ápice ao transformar a administração pública em arte de espoliar os
administrados. Como todos os império, também sucumbirá o da injustiça. A
operação Lava Jato está ensinando aos jovens aonde leva a cultura da ladroagem.
Velhos carecas e senhores de cabelos brancos sendo conduzidos à prisão. Estes,
sim, são os verdadeiros monstros por terem herdado de seus pais tal
monstruosidade. Assim, jovens, mirem-se na dignidade dos bravos jovens que
procuram evitar tal futuro para outros jovens. Inté
Será necessário haver tanta pobreza, choro, sofrimento? Que jovens pobres tenham que se endividar para estudar? Estará certa a conduta tradicional de terem as pessoas de trabalhar para sustentar as autoridades vivendo em palácios e com todas as suas necessidades pagas, inclusive riqueza pessoal para levar quando deixarem seus postos de trabalho? Há necessidade de tantas autoridades? Que tal matutarmos sobre estas coisas? Este é o objetivo deste blog. Nenhum mal haverá de fazer.
segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
ARENGA 227
“Para nós, católicos, a Quaresma é um tempo no
qual Deus permite que possamos olhar para nós mesmos e a partir de
nossos passos trilhar novos rumos para o céu. A tradição da Igreja afirma que
esse tempo quaresmal é propício para se plantar o sacrifício para colher na
páscoa a ressurreição”.
Esta asnice
aí em cima, própria dos analfabetos políticos citados por Bertold Brecht, que
se voltam para o céu em vez de se ligarem na forma como são gastos os recursos
públicos, por incrível que pareça, tal sandice foi escrita por um jovem que
deve ser parente do senador que do alto de sua “sabedoria” afirmou
categoricamente que nós somos o resultado daquilo que sempre fomos. Como sempre
fomos ridículos, o resultado foi nos tornarmos o povo mais ridículo do mundo. O
autor daquela baboseira que dá início a estas mal escritas ponderações é um
jovem que só é jovem na aparência. Sua mentalidade ainda cumprimenta Matusalém
ao passar por ele levando pela mão seu neto Noé, que por ser ainda criança, nem
desconfiava que seria obrigado a construir uma barca, enchê-la com um casal de
cada bicho e vagar por meses sobre as águas do dilúvio em meio às bostas da
bicharada e o trabalho insano de alimentar de comida e água o zoológico
aquático.
Ante
tantos descalabros, infelicidade, choro, e o iminente desaparecimento das
condições de vida no planeta, ante condição tão aflitiva, imbecis se aglomeram
numa triste instituição denominada Juventude de Fé, voltada para a fantasia da
religiosidade. Se todos aprendessem um milésimo dos ensinamentos dos Grandes
Mestres do Saber as pessoas não teriam tantos problemas porque a mentalidade de
quem aprende não lhe permite praticar ações antissociais das quais resultam os
sofrimentos. Agir no sentido de tornar a vida agradável é a única maneira de se
viver de modo agradável. A religiosidade é uma fantasia maldita destinada a
moldar a opinião dos sofredores e levar sua atenção para as alturas do céu,
desviando-a de onde devia estar: na política. Este trabalho satânico resulta em
que por falta de dinheiro os sofredores fiquem à espera que suas necessidades
sejam satisfeitas apenas pedindo a entes sobrenaturais que as satisfaçam. Para
solução dos problemas, segundo o jovem companheiro de Matusalém que escreveu
aquela idiotice, seria suficiente entrar numa igreja como fazem os imbecis com
os filhos escanchados no pescoço, mexer os beiços em cochichos com uma suposta
força divina e lhe pedir o que precisa, inclusive carro de presente. Pelo
visto, a tal força divina funciona porque molambos espirituais são presenteados
por Deus com carrinhos pebas feitos para pobres entre os quais a religiosidade
é maior. A única maneira de se obter as coisas é lutar por elas, fato percebido
pelo poeta Paulo Gabiru quando diz que “Quem espera sempre alcança, só basta
lutar”. Assim, só haverá paz no mundo quando se lutar para substituir o
espírito de Midas pelo de irmandade. Quem não acredita em Deus, mas acredita na
irmandade como promotora de uma sociedade agradável, não pratica atos
antissociais.
Não posso
culpar meus pais por ter sido analfabeto político porque o ambiente onde eles
nasceram, cresceram e me colocaram no mundo era um ambiente cujo conhecimento
girava em torno de trabalhos braçais exclusivamente. Mas os descendentes dos
atuais jovens imbecis e indiferentes aos assuntos dos quais dependerão suas
vidas condenarão a imbecilidade de seus antecedentes futucadores de telefone.
Inté.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
ARENGA 226
Anunciada
como alvissareira a notícia de que a China está construindo um gigantesco e
sofisticado aparato tecnológico para pesquisar o espaço sideral, tal notícia
não é senão mais um desvario do monstruoso sistema capitalista das obras
gigantescas que propiciam aos grandes grupos construtores retirar da sociedade
imensas fortunas graças à deseducação social aprendida desde o berço que
transforma as pessoas em seres indiferentes a às coisas do mundo político. O
povo permanece com a mesma noção de realidade quanto na Idade Média quando se
atribuía a Peste Negra à feitiçaria e se queimavam mulheres como remédio. Tal
mentalidade também orienta a especular o espaço em vez de cuidar da Terra. Os
seres humanos se afastaram da natureza e acreditam estupidamente que a vida só
depende do social. No entanto, pelas manhãs, os vasos sanitários testemunham
nossa dependência da natureza. O comportamento humano está tão antinatural que
a interdependência entre as pessoas que levou os primitivos a se unirem parece ter
deixado de existir e cada um voltou a cuidar apenas dos interesses pessoais
como se fosse possível usufruir apenas das vantagens da união sem cumprir as
obrigações que dela decorrem.
Há tanto
sofrimento no mundo por falta de dinheiro que corrigir esta situação deixa de
ser questão de justiça para ser questão de segurança porque a inquietação que
já começa a pipocar prenuncia a possibilidade de conflito social, situação em
que sobrará sofrimento prá todo mundo. Carece de lógica o comportamento humano
ao Jogar fora, desperdiçar, tornar de nenhuma utilidade a quantidade de riqueza
esbanjada em coisas de nenhum valor real para a sociedade. O livro “O Lado Sujo
do Futebol” mostra como esse tal de futebola usado para atrair os analfabetos
políticos absorve vultosas quantias através da corrupção que tomou conta de
tudo. Montar gigantescas árvores de natal, clarear o céu com fogo de pólvora e
estrondos é outra forma de jogar dinheiro fora. Monumentais palácios para
política e religião é outra forma de desperdício. Enfim, o que falta mesmo é
racionalidade porque neste país de povo constituído quase que exclusivamente de
espécimes de povo a insensatez e o ridículo não tem limites. A situação desse
povo lembra um personagem de Jô Soares que tinha um filho homossexual, mas que
para o pai era um verdadeiro machão de quem seu pai muito se orgulhava. Citava
como exemplo de práticas machistas praticadas por seu filho coisas que na
realidade são próprios de afeminados. A semelhança entre esse pai e o Brasil
está no ridículo de ambos. A imprensa noticia que a empresa causadora do
desastre mineiro foi multada seis vezes em bilhões, mas que nenhuma das multas
foi paga. Falta uma juventude menos burra para colocar as coisas em ordem. Como
disse o general De Gaulle, a política é assunto muito sério para ficar a cargo
de políticos. Inté.
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