Se povo não
fosse povo, fazia como fez o Cícero do império romano que botou prá correr um
sujeito chato prá cachorro, chamado Catilina, por infernizar a vida política da
República Romana. Depois da Operação Lava Jato, as palavras mais ouvidas depois
de “graças a Deus” e “gôôôôôôôôô” é “nega as acusações”. Acusações das quais
apenas a justiça ainda não tem certeza de sua veracidade. A Lava Jato está orientando
a juventude no rumo certo mostrando a ela o quanto está errado o rumo indicado
pela cultura do levar vantagem própria do individualismo herdada de seus pais. É
hora, juventude, de educadamente mandar para os quintos do inferno o espírito
de Catilina presente na orientação individualista que lhes é servida nas
Harvards e nas Sorbones da vida. Há de se cuidar em abandonar a condição reles
de povo porque embora cada um dos indivíduos que formam a massa amorfa de povo
tenha capacidade de aprender, juntos, entretanto, vira manada, joguete,
rebotalho insignificante que conversa com estátua, se interessa por todo tipo de
brincadeira, mas não aprende que cuidando da sociedade é que se cuida dos
filhos que dizem amar.
Enquanto o povo permanecer na condição de
coisa, material humano, proseador com estátua, pagador de dízimo, adorador de
terreiros de brincadeiras e igrejas, ajuntador de quilo de comida na porta do
supermercado, ganhador de carro presenteado por Deus, enfim, enquanto não subir
alguns degraus na escada da evolução civilizatória não poderá compreender que a
burrice de que é vítima é fabricada e injetada em sua personalidade pelo
grupinho de um por cento da população que em função da cultura de ajuntar
riqueza já ajuntou noventa e nove por cento da riqueza do mundo e ainda quer
muito mais. Sendo senhores de escravos numa época em que a escravidão é
proibida, este grupo numericamente insignificante de escravocratas precisa
esconder a realidade, razão pela qual emprega montanhas de dinheiro para manter
o povo no mais completo analfabetismo político ou ignorância. Uma vez infectado
com o germe da ignorância, o povo se torna incapaz de pensar e, como bicho,
vive apenas para o momento presente, convicto da necessidade de pagar dízimo e
da desnecessidade de saber o rumo dos impostos que paga, deixando o campo livre
para que outros escravos, os escravos da usura, da fome por riqueza, para que possam
dar curso à ignorância de fazer figa com suas fortunas na revista Forbes, o que
constitui uma situação insustentável e perigosa.
A canalhice
nesse belo país de triste sorte chegou a níveis insuportáveis. O cinismo com
que ladrões eternizam-se roubando abertamente, graças aos jovens da Lava Jato,
tem agora o “nego as acusações” trocado pelo espetáculo deprimente da condução
para a cadeia, algemados e marchando na frente de policiais federais no desempenho
da nobre função de proteger a sociedade dos ladrões. A onda da politicagem
começou a quebrar. Deve-se providenciar para que próxima onda seja de Ciência
Política. Inté.
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