sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

ARENGA 203

Não se pode esperar outro tipo de sociedade senão esta pocilga em que chafurda no lamaçal o povo brasileiro, o mais desqualificado que a natureza produziu, povo capaz de roubar a Cruz Vermelha, uma entidade com objetivo de aliviar as feridas feitas pela brutalidade de bestas humanas. Se do conceito de sociedade faz parte a noção de união, solidariedade, cooperação e esforço conjunto, no arremedo de sociedade brasileira inexplicavelmente ocorre o contrário. Se até nas sociedades de bandidos valentes de arma na mão cultiva-se a solidariedade, não há motivo porá ser diferente numa sociedade de bandidos covardes que roubam o direito do leite indispensável à boa formação das crianças. Aqui, comportamentos individuais e antissociais são aceitos pelos demais indivíduos indiferentemente do malefício deles decorrente para a coletividade. A imprensa publicou a seguinte declaração de um ajuntador de riqueza: O INCRA dizia que tenho 17 milhões de hectares, mas não é nada disso. A verdade mesmo é que tenho de 6 a 7 milhões de hectares de terra bem documentados”.  Embora para os frequentadores de igreja e futebola seja irrelevante tal notícia, é deste comportamento socialmente inaceitável que resulta o inchaço dos cidades, a violência e as doenças. Se é da terra que brota a vida, como pode a organização social permitir a um brutamontes mental o direito de ter chancelada pelas autoridades o domínio de área suficiente para ser explorada racionalmente por milhares de famílias? Nada justifica que a autoridade permita ser legal tamanha aberração uma vez que a autoridade é constituída para promover a harmonia social em vez da desintegração da sociedade.
A humanidade permanece na animalidade brutal que levou Thomas Hobbes a dizer que o homem é lobo do homem. Mas, em função da dependência mútua entre os seres humanos, comportamento adequado seria também haver uma proteção mútua assim como se protegem os animais dos quais também depende a vida do ser humano. Mas o que se tem é a mesma irracionalidade dos tempos em que cada ser humano representava perigo para outro ser humano. Os sinônimos de burrice arrolados no trabalho Elogio à Burrice, do amigo Movér, são ainda insuficientes para definir a pusilanimidade desta malta ignorante e ladravaz de completos idiotas e imitadores de americanos aparentemente requintados, mas tão brutos e ignorantes quanto seus admiradores das bandas de cá. Por esta ocasião que o Mercado denomina de Natal, pré-macacos abarrotam aviões, lojas, trens, ônibus, automóveis pebas doados por Deus, e se lançam mundo afora em direção às compras em obediência ao berrante da televisão. Multidões de imbecis participam de missas nos locais onde ocorrem tragédias que vitimam centenas ou milhares de outros imbecis, comprovando os dizeres de Rui Barbosa de que todo o mal do mundo decorre da ignorância.
Outro órgão da imprensa, o blog Outras Palavras, publica importante trabalho do cientista Washington Novaes, intitulada O Solo Que Desaparece Sob Nossos Pés, mostrando o perigo que ameaça os frequentadores de igreja e futebola ante a iminente falta de terras capazes de produzir alimentos, o que é desdenhado por analfabetos com uma bíblia debaixo do sobaco fedorento a caminho das igrejas que melhor nominadas estariam sob o título de postos de arrecadação de dízimo.
Eduardo Cunha teme por prisão de mulher e filha, diz jornal. É outra notícia que justifica a situação degradante e inaceitável, salvo pela corja de politiqueiros e pela malta ignorante de adoradores de brincadeiras. Afinal de contas, Eduardo Cunha é um homem que ocupa um dos cargos mais importantes da administração pública. Se assim é, por que motivos estaria apreensivo em virtude da possiblidade de serem presas sua mulher e filha? Seriam elas criminosas, ou é ele que as fez passíveis de prisão? Afinal, vive-se tempo tão temerário que ao acontecer algum acidente com criança os pais são investigados a fim de se verificar não ter sido por eles provocado.
Esta outra noticia da imprensa justifica a falta de dinheiro do lado de fora das caixas-fortes nos infernos fiscais:"LICITAÇÃO DO MARACANÃ: CONSÓRCIO DE EIKE BATISTA E ODEBRECHT É CONFIRMADO." 
  O que se sabe dos conluios entre a Odebrecht, Lula, a presidente e o mega trambiqueiro Eike Batista, são parte da explicação da falta de dinheiro para tudo. 

Crime hediondo comete um imbecil vestido de vermelho e barbas brancas entregando uma bicicleta a uma inocente criança pobre. É um mundo deveras canalha este de ensinar mentira às crianças. Precisamos urgentemente de líderes autênticos para escorraçar a quadrilha de canalhas travestidos de autoridades. Inté.









ARENGA 202



O que fazem os pobres de espírito e de dinheiro para se protegerem contra as doenças trazidas pelo mosquito é amorcegar num ônibus, ou caminhão, comer farofa com Coca-Cola, deixar prá trás algumas vítimas de acidente, descer na Cidade de Aparecida em São Paulo, entrar emocionados num imenso templo que abriga uma estátua enorme de uma santa chamada Aparecida e com ela manter o seguinte monólogo (porquanto estátua não fala): “Tô vindo de muito longe, minha santa. Vim pedir prá senhora não deixá o mosquito ferroar meus inchadim, que a bem da verdade tá tudo muito magrim, como a senhora bem tá sabendo”. Depois de deixar sua segurança a cargo da estátua, depositam dinheiro nas urnas sagradas para garantir a proteção e voltam comendo farofa com Coca-Cola, sacolejando quando o ônibus ou caminhão passa pelos quebra-molas, deixando vítimas de acidente pelo caminho outra vez. Da proteção da imagem resulta para a saúde dos pedintes o mesmo benefício para a saúde social que resultará das reformas políticas badaladas pelos papagaios de microfone euforicamente entusiasmados com a criação de mais uma “celebridade” na figura do menino que permaneceu mais tempo sobre as ondas em cima de sua prancha, para engrossar o coro das inutilidade destinadas ao circo que mantém as atenções longe da malandragem dos politiqueiros.

Todo o alvoroço em torno de Dilma, Temer, Cunha, Congresso, STF, TCU, Financiamento de Campanha, Democracia, Capitalismo, Comunismo, Direita, Esquerda, absolutamente tudo isso daí pode ser colocado numa imensa latrina e dar descarga com a lama dos ajuntadores de dinheiro que causaram o desastre Mariana em Minas Gerais. A triste realidade é que os seres humanos ainda estão longe de perder o ranço da brutalidade inicial. Veja só o que diz matéria escrita pelo jornalista Serge Halimi do Le Monde Diplomatic: Não sou contra todas as guerras. Eu me oponho a uma guerra imbecil, irrefletida, uma guerra fundada não na razão, mas na raiva”. O fato de haver na fina flor da intelectualidade razão para guerra, é demonstração cabal da monstruosidade espiritual em que ainda se encontra a humanidade. A única razão para que jovens se matem mutuamente numa brutalidade incompreensível é a sanha que levava à construção de impérios. Entretanto, decorrido tanto tempo nova mentalidade tem de substituir a velha mentalidade e concluir pela necessidade de se viver em paz, nada justificando portanto haver razão para guerra. É preciso subir na tribuna mais alta do mundo um homem que mereça crédito, porque ainda os há, e não me deixa mentir a rapaziada da Lava Jato, e bradar bonito: Não, senhores! Nada justifica a guerra porque dela só resultam sofrimentos! Escorracemos os falsos defensores da paz que saem da tribuna para negociatas de intermediar venda de armas para a guerra. Inté. 

 

 

 
   

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

ARENGA 201





Chega a ser nauseante a época de natal. Não há limite para a estupidez desta coisa asquerosa chamada povo. Toda esta arenga nojenta em torno de Papai Noel, nascimento de Jesus, confraternização, ceia de natal, tudo isto se resume em atividade comercial implantada na massa asquerosa com ares de sacralidade. Onde já se viu obrigação de dar presente? É a mesma coisa com as festas de aniversário, Dia do Pai, da Mãe, da Criança, do Cachorro, do Gato, da PQP. É tudo desfaçatez, que infelizmente escapa à percepção do povo graças ao aprendizado a que foi submetido, aprendizado este objetivando exatamente este resultado uma vez que ninguém capaz de raciocinar participaria deste festival satânico destinado a encher as lojas de biltres num compra-compra infernal do qual resulta a destruição da natureza com única finalidade de satisfazer a sanha demoníaca dos Reis Midas do mundo em sua sede insaciável por riqueza. É entristecedor o fato de ser obrigado a conviver com pessoas tão obtusas a ponto de armarem árvores de plástico em suas casas, enchê-las de penduricalhos e enorme quantidade de lampadazinhas piscando semelhantes a vagalumes. É tamanha a estultice na cabeça destas pessoas que as leva a encontrar algo de positivo onde só há a negatividade do consumismo. Não menos nauseantes são as conversas dos papagaios de microfone tipo “Ganhou muitos presentinhos?” “Também Ganhei”. O trabalho perverso de fazer o povo ser tão mentalmente incapaz como é se deve exatamente à papagaiada de microfone para a qual são importantes as notícias sobre brincadeiras, ser socialmente positivo o agribiuzinesse, ser coisa do demônio a reforma agrária, haver motivo para fama e celebridades nos “famosos” e nas “celebridades”. A ação perniciosa desse trabalho pode ser percebida, por exemplo, na substituição da palavra “hectare” por “campo de futebol” cuja finalidade é manter o pensamento no circo. O apocalipse que a natureza promete se deve à ação nefasta do exército de papagaios de microfone a espalhar imbecilidade pelo mundo, resultando na anulação da capacidade de pensar.

A malta ignorante em delírio nos estádios de futebola e a bola rolando, como dizem aos berros os papagaios de microfone, lembram os tempos em que multidões de bestas humanas tão bestas quando as de agora ovacionavam o gladiador quando cepava fora a cabeça do oponente e ela saia rolando. É impossível uma vida agradável numa sociedade formada por pessoas de espiritualidade tão raquítica. Inté. 

 
 















segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

ARENGA 200




Depois de ler um interessante trabalho do ensaísta Edmilson Santos Silva Movér, intitulado O ELOGIO DA BURRICE, a dor nas costas me lembrou a ficar de pé por algum tempo e liguei a televisão, dando de cara com Faustão e bobagens que demonstram quanta inferioridade mental tomou conta do povo. Como pensamento não espera convite, outro pensamento concluiu haver profunda diferença entre gente e povo. Povo não consegue viver sem televisão. Certa vez, num bar, pude observar que um espécime de povo ao ouvir a televisão que ficava na parede e do lado oposto anunciar algo sobre futebola, o sujeito pegou a xícara, e com ela numa mão e o sanduiche na outra, disparou para a frente da televisão e, com os olhos arregalados e a boca cheia, parecia meditar sobre o que ouvia. Aí está o perfeito e acabado representante de povo. Contrasta com o espécime de povo o espécime de gente porque este sabe que o comportamento daquele é que impede o desenvolvimento espiritual da sociedade pelo fato de serem eles a absoluta maioria da humanidade. Como a humanidade precisa de condução, e como esta condução é feito por quem a maioria escolhe, resulta daí serem escolhidos condutores também espécimes de povo, acabando numa condução que leva à preferência pelos estádios de futebola na aplicação dos recursos públicos. É como entregar a crianças a responsabilidade de gerir uma fábrica de doces ou a alcóolatras a responsabilidade pela administração de um alambique. A escolha errada de administradores resulta no fracasso do empreendimento. Esta é a única causa pela situação desastrosa em que se encontra o mundo. É preciso repetir à exaustão a necessidade de se encontrar outra forma de procedimento.

A cultura resultante do modo como tem sido o mundo conduzido dispensa a meditação, o que é um erro monumental. Uma vez desprezada a atividade de pensar tem-se a massa de zumbis em que foram transformados os seres humanos com sua preferência pelas coisas menos importantes para a vida em detrimento das mais importantes, haja vista que as pessoas mais importantes do mundo são as menos importantes em termos de sociabilidade. As pessoas que merecem maior apreço social são as que promovem brincadeiras, cuja formação dispensa o necessário conhecimento de sociabilidade indispensável a uma sociedade com espiritualmente elevada o bastante para possibilitar uma vida cujos tormentos se resumam aos inevitáveis. Desta forma, tais pessoas são, na realidade, nocivas ao desenvolvimento civilizatório. As segundas pessoas mais importantes para a cultura resultante da desnecessidade de pensar são também pessoas nocivas porque sendo também desconhecedoras de sociabilidade, aproveitam-se de sagacidade para exorbitar o individualismo e arrancar do ambiente social recursos monumentais que aprisionam em seu poder em detrimento do conjunto. Pensar, pois, é tão necessário quanto viver. Inté

 
 
 


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

ARENGA 199




 “Quando chegam perto da morte, pessoas que não são religiosas são mais propensas a acreditar em Deus ou na vida após a morte”. Esta declaração na imprensa é tão falsa quanto a que dá conta de um canceroso curado pelas orações a Madre Tereza de Calcutá, razão pela qual o papa vai transformá-la em santa. Comentei esta notícia no Jornal do Brasil da seguinte forma: “todo o mal do mundo tem uma única causa: a ignorância”. Mas aposto um tostão furado como não será publicado o comentário ao lado dos outros comentários beatos que surgirão em abundância. Por que será que os milagres só acontecem aqui, ali e acola, sempre distantes? Quando eu era jovem e imbecil como todo jovem, a primeira vez que vi o filme A Vida de Cristo fiquei intrigado porque ele salvou apenas duas pessoas do leprosário. E as outras? Saí do cinema pensando sobre isso. Hoje, aos oitenta, percebo que a resposta está nas palavras de Rui Barbosa que copiei no comentário, quando disse que todo o mal do mundo nasce da ignorância. Os meios de comunicação que bradam contra a corrupção são os mesmos que dão sustentação ao caos e promovem alienação mental bastante para permitir a corrupção. Promover a ignorância é o trabalho nefasto dos papagaios de microfone e dos escritores assalariados por força do contrato de trabalho assinado com os meios de comunicação dos ricos donos do mundo. O ser humano considerado normal dentro do atual padrão de vida é o mais anormal dos seres vivos. É o sujeito que troca sua paz pela guerra de ajuntar riqueza. É nesse clima que se diz ter sido o próprio governo americano quem provocou a destruição das Torres Gêmeas para justificar a guerra contra os terroristas cujas armas lhes foram vendidas pelos próprios americanos, o que não é descartável dado ao estado de selvageria que orienta a política no mundo inteiro. Por aqui, corre agora a fala de que a degeneração dos nascituros provém de uma vacina alterada que o governo aplicou na população em vez do alarde dos papagaios de microfone sobre ser a doença proveniente de picada de mosquito, o que também não é de se descartar. A cada vez que o mosquito é acusado pela doença, tem-se a impressão de que o papagaio de microfone vai dizer que o mosquito nega as acusações.

A hipocrisia, falsidade, interesses escusos, malandragem, desonestidade, enfim, tudo que é contrário ao interesse da sociedade é o que orienta os responsáveis pela administração da riqueza pública. Por que motivo o povo não pode participar das decisões das quais depende seu bem-estar e o futuro de seus filhos? Simplesmente não pode, e tá acabado. Não tem de ser assim e o porquê de não poder está aí na cara de todo mundo. Basta tirar os olhos da igreja, do axé e do futebola para ver a situação em que se encontra esta sociedade parva de brasileiros capazes de se submeterem à conversa fiada de faltar dinheiro na previdência para garantir o descanso dos trabalhadores aposentados, quando a imprensa dá conta de bilhões e mais bilhões roubados através de mil e uma falcatruas.

A afirmação de que os descrentes viram crentes com a aproximação da morte é tão falsa quanto a que informa ser deficitária a previdência. O empregado de Edir Macedo, o Datena, afirmou em seu programa de horrores que o homem sem Deus é capaz de cometer os piores crimes. Ora, quem comete crimes são justamente os homens de Deus, os patrões de Datena, estelionatários que espoliam os ignorantes vendendo-lhes falsas esperanças. Quem é sem Deus é por ter lido muito, como prova a inexistência de ateu analfabeto. Quem lê muito aprende sociabilidade e, portanto, se torna incapaz de cometer crime por ter tomado conhecimento da necessidade de harmonia entre os membros de uma sociedade para que ela possa funcionar a contento. Inté.

 
 
 


 


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

ARENGA 198

Lula sabe tanto sobre educação quanto eu sei de missa. Seus grunhidos em nome do Brasil se justificam apenas por se tratar do povo menos qualificado no mundo inteiro. A fala desse pré-presidiário sobre a culpa de Portugal pela deseducação do brasileiro é mais um dos motivos pelos quais o personagem do livro O Chefe, ou seja, o próprio Lula, não deveria ter permissão para grunhir em nosso nome. No livro 1808, Laurentino Gomes cita vários autores afirmando que a ação de Portugal em suas colônias resumia-se a extrair o que houvesse por lá, sem qualquer preocupação com o desenvolvimento de qualquer espécie do povo do lugar. Esta é uma verdade histórica irrefutável. Entretanto, o sofrimento dos brasileiros proveniente das administrações públicas decepcionaram-nos tanto que os pobres coitados resolveram experimentar um trabalhador que prometia cobrar imposto sobre a grandes fortunas e reformar o direito à posse da terra de modo transformar o latifúndio em pequenas propriedades. Como sempre, sendo um povo cagado de arara, o trabalhador de ajuntou a Maluf e banqueiros e deu no que deu. Há deseducação tanto no Brasil como no mundo inteiro por ser esse o interesse das administrações públicas voltadas para garantir aos donos dos infernos fiscais um fluxo contínuo de riqueza para suas contas, objetivo ao qual, segundo a imprens, Lula teria se aderido. Se Portugal fez isso ou aquilo, não interessa porque o que interessa é deixar de lado o ruim e seguir o bom em vez de ficar choramingando e procurando bode expiatório para nossas deficiências. O de que este belo país de triste sorte carece mesmo é de uma juventude diferente da que tem. Uma juventude disposta a fazer com que seus país tenha motivo do qual se orgulhar. Mas um motivo deferente da aberração social da qual resulta um Donald Trump com uma patrimônio tão grande que demando o gasto de um milhão de dólares diários, D I Á R I O S, para protegê-lo dos pobres que abarrotam os presídios do país mais rico do mundo, mas cujo povo pode ser a qualquer momento vitimado pela violência decorrente das ações das quais resultam do pelo qual se orgulha.
Disse um pensador que os primeiros grilhões se devem à brutalidade, e sua manutenção se deve à covardia. Certamente a covardia de enfrentar novas situações ainda que diante da realidade de estar errado o modo pelo qual se pauta a vida. A alienação mental dos jovens que os transforma em completos idiotas a futucar telefone para avisar as rádios onde há uma poça d’água na rua precisa ser superada sob pena de sucumbirem tanto os alienadores quanto os alienados porque uma sociedade de parvos não pode subsistir. É de dar tristeza o quadro mostrado pelo televisão de jovens tentando fazer gestos do palhaço Tiririca. O que esperar de uma juventude cuja meta maior do jovem é ser palhaço? Pois é nesse pé que se encontra nossa sociedade, para tristeza de quem tem vergonha na cara e sentimento na alma. Inté.
 

domingo, 13 de dezembro de 2015

ARENGA 197




A imprensa tem cada uma do arco da velha. Além de dizer à exaustão que “o acusado nega as acusações”, apresenta agora uma notícia de exacerbar a libido até de oitentão. Veja só que notícia alvissareira: “Já viu? Gisele Bundchen abre sua intimidade em vídeo lindo para a chanel". Fiquei a imaginar coisas também do arco da velha e com monumental inveja desse ou dessa tal de Chanel para quem a Bundchen estava abrindo sua intimidade. O lado de fora da intimidade das “celebridades” não é novidade alguma porque nas fotos e na televisão a roupa delas só cobre o lado de dentro da intimidade. Estaria a dona Bundchen mostrando o lado de dentro de sua intimidade até agora escondida de nosotros? Antes de ponderar não ser impossível porque num tal de sistema capitalista onde o importante é ajuntar dinheiro de qualquer forma, até vendendo xoxota, fui afoito à matéria anunciada para também conhecer o lado de dentro da intimidade de dona Bundchen, mas dei com os burros n’água. O lado de dentro que ela mostrava era o lado de dentro da sua mansão. Todo rico sente coceira se não mostrar o muito que tem a quem tem menos, comportamento tão imbecil quanto o de ajuntar riqueza. Fazer figa aos bandidos que já superam em número o de policiais é ideia de jerico. Quanto mais riqueza se ajunta, mais depressa chegará o fim da ajuntação porque a quantidade de jovens entrando para o banditismo e para o Estado Islâmico indica um futuro sem possibilidade de haver paz, muito menos nas mansões, conclusão a que se chega lembrando que o pessoal mais atormentado nas revoluções Russa e Francesa eram exatamente os ocupantes de mansões. O comportamento do povo, categoria reles na qual se incluem os ajuntadores de riqueza, é um exemplo perfeito do significado da expressão “Eles não sabem o que fazem”. Esta malta que não sabe o que faz é o motivo pelo qual o país virou inferno. A notícia no jornal Folha de São Paulo dando conta de que o homem mais rico do Brasil defende união e diálogo entre Lula e FHC mostra bem as más intenções da cambada de ricos que preferem as más companhias. Os fatos constantes dos livros Privataria Tucana e O Chefe atestam a inidoneidade moral de Lula e de FHC, sendo que o próprio tio de FHC disse publicamente que seu sobrinho não é de confiança. Pessoas desonestas são as melhores companhias bilionário. Para ricos, honestidade só é necessária nos empregados.

Enquanto pervertidos morais e curtos de mentalidade se ocupam de ajuntar riqueza, o Estado Brasileiro chega à ridícula situação no caso de acontecer o impedimento da presidente Dilma, vir o país a ser governado por Michel Temer, acusado de crime na Operação Castelo de Areia. Que esperar de um presidente cujo caráter se molda a qualquer modalidade de poder, numa demonstração de mau caratismo, além disso, desonestidade? Foi suprimida da internete a parte da Operação Castelo de Areia que acusa de falcatruas o futuro presidente desta malta imbecil brasileiros. Para não ficar feio um presidente da república com o nome sujo na praça, joga-se a sujeira para baixo do tapete e os frequentadores de igreja, axé e futebola seguem orando e esperneando nas alegrias com um presidente do tipo do Michel Temer. Triste país, tristíssimo povo. Inté.

 
 
 

 


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ARENGA 196



Quantos futucadores de telefone, quantos religiosos, quantos adoradores de futebola, “famosos” e “celebridades” sabem o que são as Operações Castelo de Areia e Satiagraha? Ou o significado da alegoria A Caverna de Platão? Absolutamente nenhum. Pode-se apostar nisso. À lida diária junta-se o desinteresse pelas coisas importantes, o que se deve principalmente ao incentivo que recebem nesse sentido maldosamente ministrado por quem devia ser os primeiros interessados numa juventude mentalmente sadia: seus líderes. É aqui que a porca torce o rabo. Como sair da indiferença política ou social se o sistema educacional montado pelos governantes tem exatamente por objetivo estimular o analfabetismo político? É com tal objetivo que as festas têm prioridade sobre as escolas. Um mínimo de esclarecimento sobre sociabilidade repudiaria uma administração pública da qual resultassem monumentais montanhas de dinheiro gastas em brincadeiras de todo tipo enquanto corredores de hospitais estão abarrotados de chorões sem atendimento por falta de dinheiro. É realmente muito esquisito alguém não se interessar como será seu amanhã. Impera uma desorientação tal que um jovem corria na Avenida Paulista entre fileiras de veículos com a finalidade de ganhar saúde, enquanto imensa multidão dispara na São Silvestre com o único objetivo de fazer bonito aos olhos de outra multidão de apreciadores, tão parvos quanto os corredores.

Desta forma, faz-se necessário um empurrãozinho no esclarecimento mental da juventude a fim de aumentar o número daqueles que já perceberam haver algo de errado e esperneiam contra elas, no que fazem muitíssimo bem. Entretanto, não há necessidade de quebrar vidros, brigar com a polícia, tocar fogo em coisa nenhuma. Arma mais eficiente que brutalidade é a sagacidade da inteligência. Como não demonstra ser portador de inteligência quem vê motivo para fama e celebridade nos “famosos” e nas “celebridades” cultuadas pela juventude, precisa ela reciclar sua mentalidade. Fazendo isso, haverá de chegar ao conhecimento da realidade de ter sido a administração pública apossada por pessoas desonestas que objetivam exclusivamente roubar o erário, atitude da qual decorre a falta de dinheiro para as coisas básicas enquanto são erguidos templos monumentais destinados a brincadeiras e nada mais. A solução para endireitar tal situação pode ser, por exemplo, usar do poder que tem a multidão e fazer o doutor Joaquim Barbosa ser presidente da república. Aposto um tostão furado como ele não escolheria absolutamente ninguém dessa turma aí para trabalhar com ele. Não seria uma boa ideia pagar para ver? Inté.   

 
   
 





   


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

ARENGA 195




Uma senhora com oito anos a mais do que os meus oitenta me disse ser bobagem se incomodar com o sofrimento alheio. Explicou com bastante convicção que sofre apenas quem não tem Deus. Este é o comportamento típico de quem passou pela vida sem nada aprender, o que, lamentavelmente está acontecendo também com a juventude. Outro fato que também me fez pensar sobre o quanto distante estão os seres humanos da evolução espiritual foi a notícia de que a barriga de Angélica fez sucesso. Certamente o mesmo sucesso que assustou o mestre Ariano Suassuna ante a letra da música alardeada como de grande sucesso e que dizia: “Se você quiser me conquistar, vai ter de rebolar, ô, ô, ô”. Quando a parcela verdadeiramente dinâmica da sociedade, a juventude, é tomada por uma letargia mental de tais proporções, fazem-se necessárias urgentes medias para preencher o vazio intelectual que tomou conta de suas mentes. Outro dia as notícias que interessam aos jovens falava da verruga no nariz da Sabrina. Hoje, está uma senhora de cinquenta e seis anos que apresenta programa de televisão publicando fotos suas despedia. A degradação moral assumiu proporções tão elevadas que não existem homens honrados em número suficiente para permitir a formação de um corpo de ministros porque ao ser nomeado, chega a polícia pare conduzi-lo à prisão. Fala-se na possibilidade de administradores públicos exercerem suas funções de dentro do presídio. A desmoralização do brasileiro supera com vantagem todas as desmoralizações do resto do mundo. Mas há ilhas de dignidade nesse mar de indignidades. Uma delas é nossa querida Heloisa Helena. É a certeza de haver mais mulheres e homens dessa fibra que não deixa a esperança morrer. Aqui está uma declaração dela que dispensa comentário:

“Hoje (me ligaram pra lembrar, se não, nem lembraria mesmo!!) dia 14 de dezembro, é “aniversário” de 11 anos da nossa expulsão do PT pela motivação – no meu caso– de não aceitar votar em um banqueiro (Henrique Meirelles) para o BC, por não votar em Sarney para Presidência do Senado, por não aceitar farsa, promiscuidade política e roubalheira dos cofres públicos... e com nosso voto contrário à dita Reforma da Previdência, veio pra nós quatro (Babá, João Fontes, Luciana Genro e eu) o veredito, com o selo presidencial da realeza da safadeza, impondo nossa expulsão por termos fidelidade partidária aos princípios de esquerda. Guardei mágoa e rancor?? Nenhum!! Aliás, tenho orgulho de ter sido testada na realpolitik entre ter cargos, prestígio, riqueza e poder e escolher a dolorosa, honrada e corajosa posição de defender o que eu verdadeiramente acredito! No PT conservei meus grandes e honrados Amigos e ganhei, na cúpula palaciana do partido, muitos inimigos sujos, repugnantes e implacáveis! Da experiência aprendi que há sempre vida corajosa e militante fora das estruturas partidárias também! Hoje, sigo com minhas lutas e contemplo cada uma das profundas cicatrizes das batalhas travadas como sinais sagrados da minha fidelidade aos princípios que acredito e da minha coragem em defendê-los sem rendição nem covardia! Obrigada a todas e todos que permitem, com suas honradas e corajosas lutas cotidianas, que eu siga meu caminho sem perder a esperança, mesmo em tempos tão tristes e sombrios! Muito obrigada!! Portanto... Saudações a quem tem coragem e desprezo à pusilanimidade!”. Inté.

 

 

 

 
 
 


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

ARENGA 194

Os movimentos sociais de insatisfação com a administração pública, embora ainda não passem de simples reivindicações sem maiores consequências, podem assumir proporções alarmantes e por um basta ao hábito de acumular fortunas nos infernos fiscais. Embora pareça impossível, o mundo já foi mais bruto do que é hoje. Houve época em que a brutalidade não precisava ser disfarçada e o governo era exercido por brutamontes denominados déspotas, que até por servir um vinho errado mandava maltratar ou matar o responsável por tamanha insignificância. Entre estes brutamontes espirituais, entretanto, outros governantes com os mesmos direitos absolutos que a cultura da época lhes atribuía, evitavam exageradas demonstrações de poder. O comportamento destes últimos, denominados pela história de Déspotas Esclarecidos, lembra o comportamento de bilionários fazendo doações de fortunas para assistência social. Assim como aqueles governantes despóticos, mas nem tanto, os bilionários atuais também são movidos pelo medo. Dotados de insignificante capacidade de raciocínio acima de seus pares, concluíram que dos maus tratos resulta violenta que mais cedo ou mais tarde se volta contra quem lhe dá origem. Como todo bilionário é um déspota não esclarecido porque não se forma uma montanha de riqueza sem matar e roubar. Os males que atacam a humanidade através de secas, enchentes, tormentas várias, inclusive doenças desconhecidas que matarão muitas pessoas, tudo isso decorre da ação de ajuntar riqueza pelos bilionários ajuntadores de riqueza.
O procedimento do bilionário ao devolver à sociedade parte do butim conquistado à custa dos que choram nos corredores dos hospitais, na verdade, é tão socialmente improducente quanto a ação daqueles pobres rebotalhos espirituais que se prostram em frente aos supermercados para esmolar um quilo de comida para os pobres, ou às multidões que mexem os beiços em cochichos com estátuas para que as protejam do mosquito encolhedor de cérebros já encolhidos. A quantia devolvida pelos bilionários, quando comparada ao total de butim resultante do saque sobre o trabalho do trabalhador, corresponde àquela moeda que alguém do cérebro encolhido dá ao esmoler para sentir-se conectado com Deus. São ações de nenhuma vantagem prática, não passando tudo de esmola que não resolve absolutamente nada. O mesmo significado de coisa nenhuma tem os afagos que as autoridades entre aspas fazem às empresas que mais contratam deficientes físicos. Os governantes concedem a estas empresas benefícios que o povo paga a fim de que estas empresas façam o trabalho que teria de ser feito pelo governo, procedimento do qual resulta a situação de sempre: alguém fazendo o que teria de ser feito pelas autoridades com aspas. Com isto, para provar que são boas na malandragem, as autoridades economizam dinheiro e tempo para gastá-lo em devorteios pelo mundo com despesas protegidas por sigilo. A imprensa noticiou que a comitiva brasileira e dona Dilma se hospedaram num dos hotéis mais caros de Paris. Na atual forma de administração pública não há quantidade de dinheiro que não desapareça antes de cumprir sua finalidade, o que desnuda a falsidade dos escritores assalariados e dos papagaios de microfone que fazem apologia desta monstruosidade de sistema que até tira das crianças o direito de tomar leite. Enquanto isto acontece, a imprensa noticia um proprietário de sete milhões de hectares de terra. É esta forma de vida monstruosa que os papagaios de microfone e os escritores assalariados não tem vergonha de mentir em troca de pagamento para afirmar ser uma boa forma de se viver. Nas ruas da cidade mais rica do país, a Cidade de São Paulo, ao lado de fortunas fabulosas, pessoas com as mesmas necessidades dos demasiadamente abastados vivem do modo mostrado por esta foto:

Aposto um centavo furado como as doações dos Bilionários Esclarecidos jamais chegarão até aqui. Inté.





terça-feira, 1 de dezembro de 2015

ARENGA 193




Embora pareça impossível, o mundo já foi mais bruto do que é hoje. Houve época em que a brutalidade não precisava ser disfarçada e o governo era exercido por brutamontes aos quais a História se refere como déspotas, governantes um pouquinho de nada mais desinteressados no bem-estar dos governados que os governantes modernos. Entretanto, ali e acolá alguns destes brutamontes que a História denominou de déspotas esclarecidos não eram tão indiferentes às agruras de seus governados, de modo que podem ser comparados aos governantes modernos porque pelo menos procuravam evitar exageradas demonstrações de poder. Seu comportamento lembra o comportamento de bilionários fazendo doações de fortunas para assistência social, levados pela percepção de que dos maus tratos resulta violência que mais cedo ou mais tarde se volta contra quem os pratica, no que tinham razão tanto o déspotas esclarecidos quanto os bilionário que devolvem pequena parcela de seus bilhões à sociedade da qual eles foram tirados. Tal procedimento, na verdade, é tão socialmente improducente quanto a ação daqueles pobres rebotalhos espirituais que se prostram em frente aos supermercados para esmolar um quilo de comida para os pobres uma vez ser mais producente ações das quais resulte a desnecessidade de quem tenha necessidade de esmola. Além disso, a quantia devolvida pelos bilionários, quando comparada ao total do butim resultante do saque sobre o trabalho dos trabalhadores, que é como se formam as fortunas, corresponde àquela moeda que alguém do cérebro encolhido dá ao esmoler para sentir cumprida a obrigação de puxar o saco de Deus. São ações de cuja vantagem social têm tanta significação quanto os afagos que os governantes fazem às empresas justificados pela contraprestação de contratarem trabalhadores, principalmente portadores de alguma deficiência física porque no final sobre o povo acaba caindo o ônus de arcar com o peso de tais afagos uma vez que, como é dito com propriedade, não existe almoço sem custo.

“Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. Com esta declaração a Constituição Federal se apresenta à sociedade. Entretanto, cadê a dignidade, cadê a igualdade de direitos, cadê a liberdade, a justiça e a paz em lugar algum do mundo, Cadê? Tudo não passa de um faz-de-conta próprio de criança. Entretanto, o que leva adultos a serem tratados como crianças e aceitarem o tratamento? Há algo de errado nisso daí e cabe descobrir onde está o erro porque há um abismo comportamental entre adultos e crianças que precisam ser enganadas porque em razão de ainda não terem elas completado seu desenvolvimento mental podem se comportar de modo a se auto prejudicar. Nos adultos, entretanto, o organismo já se desenvolveu tudo que tinha para desenvolver, o que lhe permite esclarecimento suficiente para escolher seu próprio caminho, não havendo, portanto, explicação plausível para que adultos sejam tratados como crianças. É tudo uma questão de pensar. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 
 



domingo, 29 de novembro de 2015

ARENGA 192




A humanidade desconhece a coerência companheira da lucidez. Diante da tragédia de Paris, os franceses correram a acender velas e colocar flores nos lugares onde outros franceses morreram vitimados pela reação às ações antissociais que alguns seres humanos praticam das quais resultam a imensa legião de atormentados psicologicamente por se encontrarem perdidos na inutilidade de uma vida desgraçada limitada à obrigação de produzir uma riqueza que desaparece como bufa. Absolutamente nada justifica a orientação que os líderes dão aos liderados porque o mundo apresenta um cenário de horror e não pode ser este o destino de seres pensantes. A reformulação das mentes se faz necessária vez que até pessoas da mais elevada categoria intelectual fazem afirmações que se analisadas não correspondem à realidade. Quando o historiador Henry Thomas afirma na página 57 do livro História da Raça Humana que em função do instinto guerreiro, os homens são guiados pela loucura, tal afirmação é descabida porque a violência humana tem origem em sua recusa de avançar no rumo da civilização e teima em permanecer no mundo instintivo que orientava seu comportamento no tempo de bicho peludo. Tal afirmação, se real, levaria à conclusão de haver loucura também entre os irracionais porque entre eles há uma guerra constante em função da necessidade imposta pela natureza que tem o mais forte de destruir o mais fraco, dependendo disto sua existência.

É tudo uma incoerência só. Alguém é capaz de encontrar alguma finalidade outra senão produzir lixo encher de flores os cemitérios? E os cultos religiosos celebrados em homenagem às vítimas do desastre mineiro de Mariana, em Minas Gerais, para que servem eles? Na África, ante crianças esquálidas de um povo tão fora da realidade que entre eles morreram muitas pessoas porque a religião lhes dizia ser pecado usar preventivo nas relações sexuais, o Papa, representante de Deus, faz pedidos de paz em nome de um Deus que se existisse não seria a pessoa propensa à paz por conta das guerras e morticínios que praticou. Existe coerência nas falas do Papa no que diz respeito à condenação corajosa e sincera que faz ao modo atual de vida, mas acompanhadas da incoerência de ensinar a existência de um Deus que nunca existiu e cuja presença é altamente prejudicial à humanidade por induzi-la à irrealidade. Pode haver maior incoerência do que destruir os rios, as matas, os animais, envenenar a comida e a água? É apenas uma questão de pensar. Inté.

 

 
 










sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ARENGA 191




Só as entrelinhas do que se lê e ouve revelam o motivo pelo qual persiste o sistema capitalista que trouxe o mundo à situação em que se encontra. A vulgaridade lhe é indispensável para implantar a indiferença pelos assuntos nobres. Estes, para os capitalistas, são questão de dinheiro porque o seu ego se alimenta de riqueza. A revista Forbes prova esta realidade. Lá, monstros espirituais sem a mínima noção de sociabilidade desfilam acintosamente com suas fortunas tiradas da massa por eles levada à incapacidade mental de encontrar nada de errada naquilo. Tão fora da realidade estão estes senhores, na realidade imbecis incapazes de enxergar depois do nariz. O filósofo Platão mostrou na alegoria O Mito da Caverna o domínio que a convicção depois de implantada pode exercer sobre as pessoas, mesmo a convicção de algo irreal, uma falsidade ou mentira. Com o Mito da Caverna Platão demonstrou de forma prática e de fácil compreensão o quanto é difícil fazer alguém aceitar a realidade depois de ter sido convencido da falsidade. Platão inventou uma situação na qual algumas pessoas nasceram e sempre viveram no interior de uma caverna, tendo como único panorama as sombras de quem passava do lado de fora, projetadas no fundo da caverna por uma fogueira que ficava do outro lado do caminho por onde passavam pessoas e bichos, caminho esse que ficava entre a fogueira e a entrada da caverna. Como as pessoas dentro da caverna não podiam se virar e a única coisa que viam era a parede onde as sombras se moviam, estavam absolutamente certas de que tudo que existia no mundo eram aquelas sombras. Determinado dia, alguém por algum motivo conseguiu sair da caverna e conheceu a realidade da vida. Voltou para comunicar a seus companheiros ser outra a realidade e foi morto por eles por desrespeito à realidade. Com esta ficção, Platão convida a um passeio pelo mundo das ideias, passeio que só de ouvir falar o sistema capitalista se borra porque o uso da inteligência lhe é tão prejudicial quanto cryptonita para o super-homem.

À medida que aumenta o número de pessoas que pensam tende a enfraquecer a base do capitalismo, do mesmo modo como acontece com a religiosidade porquanto não se sustentariam não fosse a tramoia ardilosamente armada para manter o pensamento absorvido na luta pela sobrevivência, o que dá origem à indiferença em relação às outras coisa da vida, mesmo ante a realidade de serem as pessoas ocupadas os que não desfrutam do resultado da ocupação. Enfim, a infelicidade das pessoas é apenas uma questão de pensar. Pensando, chega-se inevitavelmente à conclusão de não haver motivo para tanto sofrimento. Há sofrimentos inevitáveis, não resta dúvida, mas todos os decorrentes da falta de alguma intervenção de outra pessoa são completamente evitáveis porque há pessoas no mundo inteiros especializadas no combate às mais diversas origens de sofrimento. É tudo uma questão de pensar. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 
 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

ARENGA 190

As Forças Ocultas que preferem o mal ao bem não são ocultas. Apenas se escondem nas entrelinhas do que se lê nos livros de autores assalariados que escrevem de acordo com o que lhes encomendam os ricos donos do mundo, verdadeiros trogloditas espirituais manipuladores da mente das pessoas que ainda não conhecem os ensinamentos dos Grandes Mestres do Saber, portanto, impossibilitados de perceber o engodo que é a forma como está estruturada a sociedade humana orientada pela vontade de ajuntadores de riqueza ignorantes de sociabilidade, protegidos ideologicamente por um séquito de lambe-saco cuja profissão é desempenhar a triste missão de convencer que o errado é que é o certo, não havendo, portanto, nada de estranho em conflitos até em nome da figura inexistente de Deus que, segundo Seu representante maior, o papa, limita-se a chorar pelas criancinhas mortas em águas geladas. A cena vista na televisão de um pai aflito com o filho nos braços procurando proteção atrás de um automóvel é algo que só mesmo a brutalidade da ignorância justifica a indiferença de alguém. É nisto que dá esta forma de administração pública baseada na competição, onde o mais forte pela força do dinheiro escraviza os mais fracos para fabricar mais e mais dinheiro a ser escondido nos infernos fiscais com a finalidade de dar direito a fazer pose na revista Forbes, demonstração reles de monumental estupidez porque a riqueza aprisionada liberta ações violentas onde sua falta se faz sentir. O mundo torpe do capitalismo é apropriado para figuras inúteis como Ibraim Sued e um asqueroso Chiquinho Scarpa que convida a protestos fazendo barulho com latas de caviar. É um mundo tão às avessas que as pessoas mais insignificantes em termos de moralidade, educação, honestidade, alcançam glórias sociais em detrimento das celebridades sem aspas. Trata-se de um mundo tão esquisito que Sílvio Santos é bilionário distribuindo presentes entre brincadeiras, enquanto um velho que passou a vida trabalhando morreu chorando as dores de um câncer de próstata no mais completo abandono, tendo seu sofrimento minimamente aliviado antes da santa paz da morte pela ação de um ateu que lhe levou analgésicos e cobertores que o protegeram um pouco da dor e do imenso frio. É esse mundo maldito que pessoas ilustres aprovam ao mesmo tempo em que demonstram sensibilidade nas feições ao se referirem aos filhos e netos, sem que lhes ocorra o futuro reservado a estas amadas criaturazinhas pela ação predatória sobre a natureza por parte dos monstros ajuntadores de riqueza.
A sanha destruidora dos ricos donos do mundo em busca de riqueza deve-se ao fato de terem sido transformados em Midas por seus pais, que, por sua vez, também foram transformados em Midas por seus pais. Entretanto, quem não faz parte desse maldito mundo capitalista perverso, indiferente ao sofrimento e movido a riqueza, não deveria jamais apoiá-lo como fazem os inocentes de sociabilidade e admiradores de escritores prostitutos que vendem suas opiniões a quem lhes pagar o maior preço, do mesmo modo como as prostitutas vendem momentos de namoro. A Fundação Templeton é o exemplo máximo desta realidade desconhecida pela absolutíssima maioria dos seres humanos que embora vivenciando os crimes do capitalismo, estão certos de serem os socialistas criminosos execráveis sem nem mesmo ter noção alguma do que seja socialismo. Se os chefes de governos socialistas fossem também ladrões como os chefes dos governos capitalistas não haveria motivo para que os escritores assalariados a mando dos ricos donos do mundo se empenhassem tanto em denegrir sua imagem porque também estariam a participar abertamente da farra permitida pelo capitalismo. Este alheamento da realidade é a ignorância à qual se referiu Rui Barbosa como sendo a origem dos males da humanidade, conclusão perfeita porque todos os sofrimentos que afligem os humanos decorrem de ignorar a impossibilidade de se poder ter uma paz particular, um mundinho de tranquilidade em meio a uma multidão de necessitados à espreita de um momento propício para atacar e tomar aquilo de que necessita. A única forma de salvar a humanidade da derrocada total é arrancar-lhe pela raiz a indisposição de analisar as informações recebidas, acatando-as independentemente de suas contradições. Inté.




 


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ARENGA 189




Só as entrelinhas do que se lê e ouve revelam o motivo pelo qual persiste o sistema capitalista que trouxe o mundo à situação em que se encontra. A vulgaridade lhe é indispensável para implantar a indiferença pelos assuntos nobres. Estes, para os capitalistas, são questão de dinheiro porque o seu ego se alimenta de riqueza. A revista Forbes prova esta realidade. Lá, monstros espirituais sem a mínima noção de sociabilidade desfilam acintosamente com suas fortunas tiradas da massa por eles levada à incapacidade mental de encontrar nada de errado naquilo. Tão fora da realidade estão estes senhores, imbecis incapazes de enxergar depois do nariz. O filósofo Platão mostrou na alegoria O Mito da Caverna o domínio que a convicção depois de implantada pode exercer sobre as pessoas, mesmo a convicção de algo irreal, uma falsidade ou mentira. Com o Mito da Caverna Platão demonstrou de forma prática e de fácil compreensão o quanto é difícil fazer alguém aceitar a realidade depois de ter sido convencido da falsidade. Platão inventou uma situação na qual algumas pessoas nasceram e sempre viveram no interior de uma caverna, tendo como único panorama as sombras de quem passava do lado de fora, projetadas no fundo da caverna por uma fogueira que ficava do outro lado do caminho por onde passavam pessoas e bichos, caminho esse que ficava entre a fogueira e a entrada da caverna. Como as pessoas dentro da caverna não podiam se virar e a única coisa que viam era a parede onde as sombras se moviam, estavam absolutamente certas de que tudo que existia no mundo eram aquelas sombras. Determinado dia, alguém por algum motivo conseguiu sair da caverna e conheceu a realidade da vida. Voltou para comunicar a seus companheiros ser outra a realidade e foi morto por eles por desrespeito à realidade. Com esta ficção, Platão convida a um passeio pelo mundo das ideias, passeio que só de ouvir falar o sistema capitalista se borra porque o uso da inteligência lhe é tão prejudicial quanto cryptonita para o super-homem.

À medida que aumenta o número de pessoas que pensam tende a enfraquecer a base do capitalismo, do mesmo modo como acontece com a religiosidade porquanto não se sustentariam não fosse a tramoia ardilosamente armada para manter o pensamento absorvido na luta pela sobrevivência, o que dá origem à indiferença em relação às outras coisa da vida, mesmo ante a realidade de serem as pessoas ocupadas os que não desfrutam do resultado de sua ocupação. É tão injustificável ter de trabalhar durante a vida para tudo se resumir a uma velhice mendigando mísera aposentadoria que mal dá para comer, quanto injustificável é perder a vida numa guerra estípida sem questionar o motivo pelo qual se vai guerrear. O comportamento destes pobres jovens que vão se matar mutuamente porque seu comandante lhes ordenou é o mesmo comportamento do cão que avança sobre quem seu dono o instigar.

A vida não pode ser vivida sem pensar sobre o que se vive. Este é o comportamento do burro para o qual não há necessidade de se explicar nada. Basta colocar-lhe a carga no lombo e tá acabado. Com Gente não deve ser assim. Alguém já parou prá pensar o motivo pelo qual as pessoas sem qualquer valor moral ou intelectual são célebres e famosas? Por trás disso aí há uma malandragem tão grande que estes pobres jovens futucadores de telefone nem de longe imaginam porque a imaginação envolve a nobre atividade de pensar, coisa que estes imbecis nem sabem o que é. Se soubessem, descobririam que a juventude será substituída pela velhice e que a velhice é uma coisa horrorosa para quem nada aprendeu na escola da vida. Para gente assim, incapaz de um único ato inteligente, a velhice será um grande sofrimento, e a morte, simplesmente um pavor. Mas quando se percebe a realidade, sabe-se perfeitamente que a morte nada tem de apavorante, salvo para os espíritos medíocres. É tudo uma questão de pensar. Inté.

 
 
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 
 




sexta-feira, 6 de novembro de 2015

ARENGA 188





Charles Darwin disse que o brasileiro é desprovido das qualidades que dignificam o homem; Charles de Gaulle disse que o Brasil não é um país sério; Os atores americanos espinafraram os brasileiros, mas erraram quando nos chamaram de macacos porque ainda somos pré-macacos; Caetano Veloso disse que o Brasil é o cu do mundo e Zé Ramalho compara o povo à manada. O que está errado neste exuberante pedaço de chão? Teria o Brasil o destino de ser inferior? Na verdade, o mundo inteiro ainda é inferior em termos de civilização, encontrando-se a humanidade ainda tão imatura a ponto de se apegar a divindades e desconhecer a interdependência entre os seres humanos. Nem mesmo a experiência e a observação da vida pelos primeiro grupos humanos foi capaz de levar tais agrupamentos a uma elevação espiritual capaz de levar aquelas pessoas a uma vida diferente da disputa vivida pelos irracionais. Decorrido todo o tempo desde que os egípcios e os mesopotâmicos formaram os primeiros agrupamentos, ainda se acredita depender o bem-estar social da atividade comercial, portanto, do lucro. Se as crianças com mais idade ainda se encontram em tal incapacidade mental, nada há de estranho em que as crianças que formam o povo brasileiro ser motivo de chacota para as outras crianças incapazes de perceberem seu próprio ridículo. As sociedades chamadas erradamente de civilizadas também não passam de um amontoado de seres incivilizados porquanto alheios à sociabilidade, princípio primordial sem o qual não há que falar em civilização.

Entretanto, se os outros agrupamentos humanos são ainda incapazes de perceberem sua ignorância social, o brasileiro supera de longe tal mediocridade mental por ser incapaz de indignação. Faz questão de ser ridículo. É de fazer nojo a expressão de subalternidade de José Serra e Michel temer ente a figura socialmente execrável do Secretário de Estado Americano John Kerry. Corre o fato nada impossível de ter um senador brasileiro beijado a mão de um presidente americano. Como pode um povo ser tão ridículo? Cadê uma juventude com vergonha na cara? Chega a dar tristeza pertencer a tal povo. Pobre país. Pobre de quem lê e descobre haver modo mais agradável de se viver, mas ter de chafurdar na mesma lama dos biltres futucadores de telefone e ajuntadores de dinheiro. Acabo de chegar de Aracaju onde me hospedei num dos melhores hotéis, o Real Classic, onde o banheiro tinha cheiro e esgoto e à noite não se podia ler nem dormir por conta de uma barulheira infernal do outro lado da rua.

Somos um povo tão sem pé nem cabeça que o nosso ministro da justiça está questionando a Polícia Federal por exercer seu dever de apurar denúncia de roubo praticado pelo filho de Lula. Embora pareça inacreditável, está aí na imprensa a seguinte notícia: “Ministério da Justiça questiona PF sobre ação contra empresa de filho de Lula”. É, com um povo tão povo quanto o brasileiro, esmorece até a esperança de uma vida menos indigna. Inté.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

ARENGA 186





O instinto de destruição que leva as crianças a arrebentar seus brinquedos é inato no ser humano. Como a natureza os dotou com a capacidade de pensar, ante a realidade de não se poder viver senão em coletividades, concluíram pela necessidade de conter a própria selvageria que se corresse solta acabaria por inviabilizar a sociedade. Criaram normas punitivas aos comportamentos antissociais e instituições destinadas a aplicá-las aos infratores. Entretanto, como os encarregados de zelar pela comunidade, sendo também dotados do mesmo instinto animal, acabaram usando da autoridade conferida pela comunidade para praticarem atos a ela prejudiciais em vez de protegê-la. Tal prática criminosa desenvolveu através dos tempos de tal modo que atualmente aqueles protetores ou administradores públicos, como vieram a ser chamados, deixaram a condição de empregados da comunidade e se autoproclamaram uma casta privilegiada de senhores absolutos com poder ilimitado sobre a sociedade que se vê na obrigação de cumprir suas ordens sem direito de opinar sobre coisa nenhuma. Lançam na cara de quem lhes garante a despensa abastecida não lhes interessar a opinião pública. Tendo por justificativa a complexidade proveniente do incremento populacional, multiplicaram as normas de comportamento de forma tão complicada que se fez necessária a profissão de jurista para interpretá-las. Um conjunto de normas passou a ter denominação de Lei e o conjunto das leis passou a ser Sistema Jurídico, havendo, inclusive, justamente para complicar, várias leis sobre o mesmo assunto, e uma infinidade de penduricalhos acrescentando modificações a determinados artigos destas leis. No frigir dos ovos, afinal, é tudo uma canalhice por ser a enrolação a praia dos canalhas.  

De toda esta embromação resulta na realidade escabrosa de que a lei passa a ser a vontade do seu intérprete, o que equivale a dizer que a lei passa a ser favorável à vontade de quem tiver maior poder de “molhar” a consciência do jurista. Assim, é ridícula a pose dos cientistas políticos na televisão a discutir sobre Democracia, Capitalismo, Constituição Federal, Ações Governamentais, Economia Política. Tudo não passa de baboseira porque absolutamente nada beneficiará a população enquanto ela ficar a esperar pelas autoridades. Basta subir num murundu e olhar para o mundo. O panorama descortinado, para o povo, apenas para o povo, supera o Inferno de Dante. Inté.  

 
 
 
 
 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

ARENGA 185

Escrever sem saber, além da vantagem de fazer o “escritor” não saber que está errado, o que afasta o medo de dar o recado, tem também a vantagem de se deliciar com chocolate para repor as forças queimadas no esforço de decidir se coloca ou não coloca a vírgula, ou descobrir qual é a serventia da dupla formada por um ponto e uma vírgula. Já vi analfabeto suar, fazer careta, mudar de posição, fungar, e até botar prá fora a ponta da língua, tudo isso para assinar o nome. Trilhões de vezes pior que não escrever errado é não escrever nada e ficar omisso ante tanta injustiça e não espernear contra as coisas ruins que estão acontecendo. São raros os que se preocupam com o futuro das crianças de pais dominados pela falta de senso comum que os faz levar os filhos escanchados no pescoço para a igreja ou o futebola, onde serão transformados em outros pobres rebotalhos mentais incapazes de um pensamento elevado. Colocar uma criança de menos de dois anos a futucar telefone demonstra ignorância indescritível dos pais. Graças a esta pobreza de conhecimento é que predominam as opiniões estapafúrdias de escritores assalariados esparramando mundo afora a mentira de ser bom viver disputando em vez de viver cooperando, o que exige harmonia e irmandade sincera, diferente das irmandades religiosas para as quais os infelizes são infelizes por escolha própria. A tranquilidade destes ratos de igreja, povo que teve o sopro da vida saído dos pulmões de Satanás, não se abala ante a seguinte matéria publicada no Jornal O Globo: Canibalismo, esquartejamento, estupro coletivo, decapitação, “jogo de bola” com cabeças, sevícia com cabo de vassoura, olhos vazados, ida para cela sem luz e com escorpião. São exemplos de punições — talvez as piores — da espécie de “código penal” que se criou entre presos do sistema penitenciário brasileiro, segundo levantamento do GLOBO”. É, ou não é coisa de ritual satânico? No entanto, afirmam os imbecis frequentadores de igreja, axé e futebola ser esta a terra da naturalidade de um Deus de bondade infinita, embora seu povo só tenha de humano o aspecto. No mais, é formado por seres irracionais incapazes do menor esforço mental por terem uma bola no lugar da cabeça.
Está aí um sujeito que desceu do caminhão pau-de-arara, virou presidente da república, virou multimilionário juntamente com a família sem trabalhar, e, como Sergio Cabral, apanhado em altas farras com um empreiteiro em Paris, garante ser honesto. Bota o Lula de volta no pau-de-arara, aquele usado no DOI-CODI que ele contará direitinho a sacanagem que fez para enriquecer. O livro O Chefe explica as peripécias que levaram Luís Cláudio da Silva, filho de Lula, a viver hoje num imóvel nos Jardins, em SP, avaliado em R$ 1,2 milhão, depois de amargar pobreza extrema. É um energúmeno desse quilate que Portugal homenageia. Afinal, Portugal é mote eterno para criação de piadas. Inté.
 


ARENGA 184

Escrever sem saber, além da vantagem de fazer o “escritor” não saber que está errado, o que afasta o medo de dar o recado, ainda de sobra tem a vantagem de precisar comer chocolate para repor as forças queimadas no esforço de decidir se coloca ou não coloca a vírgula, ou descobrir qual é a serventia da dupla formada por um ponto e uma vírgula. Já vi analfabeto suar, fazer careta, mudar de posição, fungar, e até botar prá fora a ponta da língua, tudo isso para assinar o nome. Trilhões de vezes pior que não escrever errado é não escrever nada e ficar omisso ante tanta injustiça e este modo errado de viver em meio às coisas ruins que estão acontecendo. São raros os que se preocupam com o futuro das crianças de pais dominados pela falta de senso comum que os faz levar os filhos escanchados no pescoço para a igreja ou o futebola, onde serão transformados em outros pobres rebotalhos mentais incapazes de um pensamento elevado. Colocar uma criança de menos de dois anos a futucar telefone demonstra ignorância indescritível dos pais. Graças a esta pobreza de conhecimento é que predominam as opiniões estapafúrdias de escritores assalariados esparramando mundo afora a mentira de ser bom vier disputando em vez de viver em paz, o que exige harmonia e irmandade sincera, diferente das irmandades religiosas para as quais os infelizes são infelizes por escolha própria. A tranquilidade destes ratos de igreja, povo que teve o sopro da vida saído dos pulmões Satanás, não se abala ante a seguinte matéria publicada no Jornal O Globo: Canibalismo, esquartejamento, estupro coletivo, decapitação, “jogo de bola” com cabeças, sevícia com cabo de vassoura, olhos vazados, ida para cela sem luz e com escorpião. São exemplos de punições — talvez as piores — da espécie de “código penal” que se criou entre presos do sistema penitenciário brasileiro, segundo levantamento do GLOBO”.
Está mais propensa para Satanás a responsabilidade de administrar este maravilhoso pedaço de chão. Seu povo só tem de humano o aspecto. No mais, é formado por seres irracionais incapazes do menor esforço mental. Exemplo disso está no fato de Lula não estar na cadeia junto com a turma que joga futebola com cabeça de gente no lugar da bola. Em vez disso, continua dizendo serem honestos ele e a família, o que é absolutamente impossível porque ninguém fica rico com salário. Então, de onde saiu a riqueza do canceroso senão das falcatruas com as empreiteiras como fez também o outro ladrão, Sergio Cabral, apanhado em altas farras com um empreiteiro em Paris? Bota o Lula de volta no pau-de-arara que ele contará direitinho a sacanagem que fez para enriquecer juntamente com a família tomando dinheiro de comprar o leite das crianças. O livro O Chefe explica as peripécias que levaram Luís Cláudio da Silva, filho de Lula, a viver hoje num imóvel nos Jardins, em SP, avaliado em R$ 1,2 milhão, depois de amargar pobreza extrema. É um energúmeno desse quilate que Portugal homenageia. Afinal, Portugal é mote eterno para criação de piadas. Inté.