O grande trunfo do regime democrático
endeusado pelos politiqueiros como panaceia para a política correta é ser o
governo do povo pelo povo e para o povo. Entretanto, das três informações desta
premissa apenas a primeira é verdadeira porque realmente cabe ao povo eleger os
governantes. Quanto e ser o governo exercido pelo povo e para o povo, nem nunca
foi e nem nunca será se reina o analfabetismo político demonstrado no gesto
comum de alguém afirmar a título de demonstração de integridade moral não se
envolver com política para não sujar as mãos, o que é de uma estupidez
imensurável por ser justamente o que querem os politiqueiros. Esta indiferença
permite aos maus políticos exercerem o poder em benefício próprio.
Aliás, a propósito de analfabetismo,
a professora e escritor Mara Helena Souza Patto escreveu um livro onde discorre
sobre o sucateamento do ensino no Brasil, Chamado A PRODUÇÃO DO FRACASSO
ESCOLAR. Mas tudo que a professora diz nas 454 páginas está resumido no título
do seu livro porque o fracasso escolar é realmente intencionalmente produzido
para permitir a má política que não encontra espaço se o povo é esclarecido o
bastante para não votar em malandros. A estes interessa um povo que não queira
saber o que está sendo feito com a dinheirama dos seus impostos.
É por isto que bons educadores como
Paulo freire são escorraçados. Desta forma, tem-se um povo feito de carnavalescos,
torcedores e frequentadores de igreja de onde não se pinça um só indivíduo
capaz de dar a estas duas opiniões o valor que têm por nem mesmo ser capaz de
alcançar-lhes o sentido. Daí que uma sociedade formada por pessoas desse tipo
em nada difere da sociedade dos bichos. Estas duas frases de suma importância
para a vida social são as seguintes e estão na página 23 do livro Filosofia do
Direito: a primeira frase, do autor d livro, Ricardo Castilho diz: “a
filosofia observa o direito como ele é e pensa no direito como deveria ser”.
A segunda frase é do filósofo alemão Max Weber e diz:“...o homem tem menos
sentido como indivíduo do que como agente social”.
Fossem observadas literalmente o
sentido daquelas afirmações ter-se-ia a sociedade ideal para se viver. Nem MESMO
é preciso ser inteligente para perceber o quanto distante está o direito
daquilo que deveria ser porque chega a ser ridículo abrir a Lei Magna, a
Constituição Federal, e se dar com o absurdo de sermos todos iguais perante a
lei. Se assim fosse não haveria famintos por falta de comida e obesos por
excesso.
Da mesma forma, o que preceitua a
segunda frase a respeito da importância da pessoa como agente social porque o analfabeto
político jamais chegará à posição de agente social apesar da importância que de
se reconhecer a necessidade de se ter com a vida social o mesmo cuidado que se
tem com a vida pessoal. Só assim a sociedade terá o padrão ideal para se viver
bem e o dia a dia das pessoas não faria parte o ladrar de cães nem pipocar de
bombas que não permitem a concentração necessária para a leitura nem escrever
estas bobagens.