domingo, 28 de abril de 2019

ARENGA 568


            Na página 645 do primeiro volume de História da Civilização Ocidental, o historiador Edward McNall Burns conta que reagindo contra os novos ideais propostos pela Ravolução francesa, o apego ao tradicionalismo defendia a ideia de ser a tradição mais importante do que a razão. A ser levada a sério a ideia de que a tradição deve prevalecer sobre a razão um navio ou um avião não deveria mudar o curso ante o advento de uma tempestade que se formou no seu caminho porque sua rota já estava estabelecida. Nem deveriam, como fazem as múmias mentais apegadas a preceitos religiosos, se vacinar contra doenças por ir de encontro à tradição segundo a qual o corpo que foi feito por deus não deve sofrer interferência humana. Enfim, por conta da tradição burra Galileu foi obrigado a se retratar, embora estivesse correta sua opinião. Se houve época em que as tradições eram respeitadas, atualmente elas devem ser relegadas ao mesmo sarcófago para onde foi mandada a convicção de haver piedade por parte dos monstros que em nome de deus condenavam pessoas à fogueira da Inquisição afirmando ser ato de piedade reconduzir a alma extraviada do condenado de volta à companhia de deus.  Conservadorismo é nada mais do que a burrice de ter medo do futuro por quem acredita estar a cômodo no presente, o que demonstra falta de discernimento por ser a mudança uma exigência da natureza.

            Segundo o texto citado no início, o movimento conservador recomendava que a humanidade deveria se guiar apenas pela infalibilidade da religião, o que é mais uma sandice das mentalidades mumificadas para as quais inovação é coisa do diabo. Se desde suas origens a humanidade é guiada por preceitos religiosos, e sua infelicidade é cada vez maior a ponto de nunca ter havido na história número tão grande de suicídios como agora, principalmente de jovens desiludidos com a vida guiada pela religiosidade, fica evidente só haver desvantagem em depender a vida da religiosidade. Se esta falsidade não é percebida é por ter sido atrofiada a já escassa capacidade de raciocínio do ser humano de modo tão espetacular que eles carregam sorridentes no lombo o peso de parasitas a sugar sua vitalidade. Concordar que o beijo do papa no pé do sofredor seja prevenção contra o sosfrimento é prova de total falta da capacidade de raciocinar.  Em seu estado normal, qualquer mente perceberia que a manifestação de pesar e dor feita pelo papa ante as mortes ocorridas no festejamento da cerimônia religiosa da Pácoa é clara declaração da inutilidade divina ao se restringir à lamentar o horror em vez de evitá-lo.

Como é impossível evitar que a marcha da história traga consigo algum esclarecimento ainda que mínimo, a cada dia aumenta o número de pessoas conscientes o bastante para saber que considerar como ordem dar prioridade à tradição em detrimento da razão é inverter as coisas porque o ser humano em sua eterna busca pelo bem-estar não pode desconhecer que o mal-estar prevalecerá sobre o bem-estar enquanto não se reconhecer que jamais poderá dar certo a sociedade tradicional segundo a qual a maior parte de seus membros deve se conformar em não poder satisfazer suas necessidades primárias a fim de que parasitas adoradores de bezerros de ouro possam satisfazer suas necessidades suntuárias. São imbecis completos aqueles que se colocam contrariamente às ideias marxistas por ser completa irracionalidade permitir que uma só pessoa possa se apossar legalmente de bens correspondentes ao valor de duzentos bilhões de dólares, o que corresponderia a mais ou menos cinco milhões e quinhentos mil dólares por dia durante cem anos de vida faustosa e estúpida, enquanto cerca de um bilhão e meio de pessoas no mundo vivam com apenas pouco mais de um dólar por dia durante toda a vida miserável e estúpida.

            É, pois, chegada a hora de se reconhecer a necessidade de mandar para os quintos dos infernos o tradicionalismo e seus defensores de mentalidade enferrujada e burra para dar começo a um novo tipo de sociedade por ser absolutamente impossível continuar vivendo a loucura na qual pessoas de alta espiritualidade sejam submetidas a uma regulamentação social estabelecida por trogloditas espirituais incapazes da percepção do descompasso na situação na qual o militar Jair Bolsonaro e o oráculo Olavo de Carvalho, por apego à tradição, consideram inimigo da educação o educador Paulo Freire cujo método de ensino recomenda incluir estímulo à capacidade de raciocinar dos educandos. Não se pode deixar de perceber o grande avanço civilizatório contido na sugestão do Grande Mestre do Saber Paulo freire reconhecendo a necessidade de se desenvolver no jovem a capacidade de reciocinar. Como para a tradição é preciso aprender a obedecer, estimula-se a educação religiosa que ensina a desnecessidade de raciocinar, e da língua inglesa que ensina alienação patriótica. Paulo freire sabia do entrave imposto pelo tradicionalismo bolofento contra um sistema educacional capaz de formar cidadãos esclarecidos em vez de idiotas futucadores de telefone e admiradores de “famosos” e “celebridades” de merda. Tanto era conhecedor que afirmou o seguinte: “a classe dominante brasileira jamais desejará que as maiorias sejam lúcidas”. É exatamente isto, Professor Freire, os trogloditas querem uma sociedade de trogloditas.

            Portanto, dependendo de lucidez a civilização, enquanto as crianças aprenderem conservadorismo, estará a população condenada a negar que a terra gira em torno do sol e aceitar a imbecilidade de que as mortes nas igrejas e hotéis de luxo são devidas à falta de deus e não ao cansaço dos necessitados de se conformarem em apenas contemplar imensa riqueza sendo jogada fora. Inté.

  



  

  

sábado, 20 de abril de 2019

ARENGA 567


Como disse alguém que acredito ter sido eu mesmo, os conservadores têm a tendência gastronômica do peru porque o que há para se conservar não é outra coisa senão um monte de merda. Entre os conservadores, segundo matéria do Le Monte Diplomatique Brasil, da doutora em Sociologia e Alimentação, Elaine de Azevedo, entre os conservadores que felizmente já deixou esse mundo, está um tal de doutor Ludwig Von Mises que teve a insanidade de afirmar que os agrotóxicos são responsáveis pela longevidade. É, ou não é o cúmulo do apego à vontade de conservar a produção de comida em mãos dos brutamontes mentais do agribiuzinesse produtor de cânceres? Onde já se viu ingerir veneno fazer bem à saúde? Os conservadores são pessoas que temem o novo e usam da técnica ensinada por Schopenhauer para que se possa vencer um debate independentemente de se ter razão quanto ao assunto debatido. Nesse caso, recorre-se a argumentos capciosos para fazer prevalecer sobre a verdade um ponto de vista falso. É o que ocorre quando por meio de xingamento os conservadores denigrem a personalidade dos inovadores na tentativa de diminuir o valor de suas ideias. Esse mesmo doutor Ludwig escreveu um livro chamado O Marxismo Desmascarado, onde certamente procura descaradamente condenar a luta de Marx em prol de uma sociedade menos infeliz. Só mesmo sendo povo para concordar com ideias de trogloditas mentais defendendo uma sociedade na qual um por cento possui noventa e nove por cento da riqueza.    

Embora os trogloditas espirituais ainda encontrem seguidores, são estes em número cada vez menor e sua influência só consegue se fazer sentir porque a juventude foi transformada também num monte de merda. Absolutamente nada se pode esperar de uma juventude incapaz de desconfiar haver algo de esquisitíssimo na notícia de que a assessoria de Pelé anuncia que o rei se trata em hospital de Paris, ou que o presidente da república e autoridades governamentais recebem em audiência um João Ninguém por ser pai de Neymar, também um João Ninguém espiritualmente, ou na cena ridícula no festival de beijos que o papa dá nos pés sujos de pobres diabos deserdados pela sorte. É a força da necessidade de se manter a tradição bolorenta incompatível com a vivacidade de uma juventude sadia fazendo um homem sincero como Francisco se submeter àquele ridículo porque qualquer Zemané sabe que aquela bobagem não pode exercer nenhuma influência para aliviar os sofrimentos decorrentes da exclusão social.

O mundo precisa mudar. Precisa de uma juventude capaz de trazer novos ares, escorraçando de volta para seus sarcófagos os Oráculos, os Gurus e a papagaiada de microfone com seus insuportáveis “eu acho que”. Inté.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

ARENGA 566


Do mesmo modo como os vaqueiros conduzem a boiada, os papagaios de microfone conduzem a massa bruta de povo cuja irracionalidade é inevitável uma vez que os afazeres não permitem a estes seres ainda brutos perceberem sua condição de irracional. Refletir sobre o trajeto da humanidade através de sua história leva impreterivelmente à conclusão de que os seres humanos nunca tiveram poder de decisão. Ao contrário, têm seguido por caminhos que lhes são indicados por interesses que em vez de corresponderem aos seus próprios interesses, correspondem a interesses de falsos líderes políticos ou religiosos. É facilmente percebível o interesse desses falsos líderes em afastar o povo da capacidade de raciocinar. No que diz respeito à política, a capacidade latente de raciocinar que é inerente ao ser humano, é intencionalmente abafada pelos falsos líderes para que possam exercer sua falsa liderança com tranquilidade. Os falsos líderes políticos, esborrachados em poltronas divinas dos palácios, chafurdam no bem-bom das melhores iguarias sem a menor possibilidade de haver algum questionamento quanto ao porquê de vida tão faustosa se o povo que lhes dá tamanha tranquilidade vive apavorado com medo e lhe falta tudo. Responsáveis pela administração da sociedade, estes falsos líderes estabelecem um sistema educacional que ensina às crianças nada mais do que capacidade de produzir dinheiro para ser manipulado na agiotagem do sistema financeiro enrustida no pseudônimo de Economia Política. Para maior tranquilidade, ensina-se também obediência enrustida no pseudônimo do bom comportamento recomendado por Papai-Noel como exigência para ser recompensado com os presentes que fazem a festança natalina criada pelo monstro Mercado. Sendo esta a realidade da vida do povo, por que, então, tantas festas? É aqui, exatamente, onde se encontra o X do problema. As festas, os “famosos”, as “celebridades”, as putarias, as notícias sobre haver vantagem em lamber a xoxota antes da trepada ou enfeitá-la com joias, que é mais conveniente ser roubado no banco A do que no banco B, tudo isto constitui o pão e circo que enreda o povo de modo tão envolvente que este mundo fútil e irreal passa a ser o seu único mundo e a expressão “um outro mundo é possível” passa a anos luz da sua capacidade de percepção. A futilidade assume o lugar das ações nobres e o povo se torna incapaz de elevar seu pensamento acima do solado do sapato, o que permite aos falsos líderes políticos sua festança de enriquecimento ilícito.

Do outro lado do cordão que manipula o Mané-Gostoso enrustido no pseudônimo de povo estão os líderes religiosos. Nas páginas 484/5 do primeiro volume do livro História da Civilização Ocidental, de Edward McNall Burns, esclarece que a Reforma Religiosa objetivava incentivar uma confiança tão absoluta da fé que fizesse dela a única verdade, desprezando, portanto, a atividade intelectual por ser esta afirmação de independência do homem perante deus, tendo Lutero, inclusive, afirmado que a razão é a prostituta do diabo e convocado seus adeptos a contentarem-se com a revelação sem necessidade de procurar entender o que lhes é revelado pelos assuntos divinos, devendo a fé excluir a dúvida e o desejo de submeter a verdade à apreciação. Como pode ver quem não tem obrigação de seguir recomendação dos falsos líderes, tanto a religiosidade quanto a política foram criações dos homens como forma de conter a brutalidade que por incrível que possa parecer já foi maior do que é hoje. É por isto que os Grandes Mestres do Saber que superaram a brutalidade declararam não precisar de deus.

É, pois, inútil o tagarelar da turma do “eu acho que” sobre as ações das “autoridades” porque elas têm por objetivo esfolar o rabo do povo que se ficou livre de produzir palha para a construção de tijolos com os quais os falsos líderes egípcios produziam templos destinados ao bolor, atualmente é obrigado a produzir fortunas também para o bolor das caixas-fortes nos infernos fiscais. Inté.

  


quinta-feira, 18 de abril de 2019

ARENGA 565


Quando o historiador disse que a humanidade é constituída de seres tão estúpidos que vivem a destruir o que acabaram de construir, esqueceu-se de que ao destruírem também o que a natureza construiu declaram-se idiotas além de estúpidos. Quem consegue tirar o pensamento de igreja, axé e futebola percebe encontrar-se a humanidade dividida em vários grupos de idiotas caracterizado cada um deles por um tipo específico de idiotia. O mais numeroso deles é o dos idiotas que vivem a olhar para o céu esperando que de lá venha outra coisa que não desastres aéreos, pássaros e os destemperos da natureza. Absolutamente nada é capaz de fazer com que esses idiotas tirem as vistas do céu e trazê-las para local onde têm os pés. O Grande Mestre do Saber Vinícius Bittencourt observou que a diferença entre as roupas de Cristo e as do papa significa que nem mesmo as evidências convencem esse grupo de idiotas da farsa que é a religiosidade. Uma vez que se dizem seguidores de Cristo, e Cristo era humilde sem ser fingido, ao passo que o papa é humilde e banqueiro ao mesmo tempo, algo de estranho deveria ser notado pelos idiotas do grupo da religiosidade. Nem mesmo as rajadas de metralhadoras, explosões terroristas, desabamento e incêndio de templos caríssimos, cadáveres espichados no asfalto que levam aos locais de orações, absolutamente nada consegue impor sensatez à malta religiosa para a qual nada existia antes de seis mil anos atrás, da qual fazem parte portadores de títulos universitários. Daí a afirmação do escritor e ensaísta Edimilson Movér de ter a humanidade desenvolvido o gene da religiosidade. Esse grupo de idiotas é tão idiota que considera importante fonte de sabedoria um livro idiota chamado bíblia, não obstante ser o conteúdo deste livro fonte de violência, prostituição, incentivo à riqueza e à escravidão, além de mentiras cabeludas como ter sido Jonas engolido por uma baleia e cuspido são e salvo três dias depois. A monumental idiotia dos idiotas do olhar voltado para o céu os faz encara com solenidade e enlevo o gesto na verdade ridículo do beijo do papa no pé do infeliz como meio de prevenir a infelicidade. Não fosse a idiotia, esses idiotas perceberiam que a infelicidade provém do seu analfabetismo político. Ao dedicar sua preocupação à religiosidade, não percebem estar na política o que buscam no céu e que a política tem por objetivo único esfolar o seu rabo. Se as escolas ensinam às crianças ser o céu o que importa, estas crianças se tornarão adultos incapazes de perceber a realidade de não se recorrer às igrejas na doença, mas aos hospitais, onde a possibilidade de atendimento depende da política.

Outro grupo de idiotas é o grupo dos idiotas esfoladores do rabo dos idiotas do grupo do rabo esfolado porque nenhuma sociedade chegará jamais a bom termo se seus integrantes estão divididos entre prejudicados e prejudicadores, realidade mostrada pelas revoltas das quais resultaram cabeças cepadas fora dos corpos. Daí que a vantagem suposta dos esfoladores de rabo se mostrará como desvantagem mais cedo ou mais tarde. Além da idiotice de explorar os semelhantes, os idiotas do grupo dos esfoladores de rabo ainda cometem idiotice maior ao providenciar para evitar que os idiotas do grupo do rabo esfolado superem a condição de analfabetos políticos para que possam alcançar o conhecimento necessário à análise da informação recebida, sem o quê fica-se incapacitado de distinguir entre o falso e o verdadeiro, sujeitando-se a ser massa de manobra de interesses escusos tais como essa já revoltante malandragem da reforma previdenciária.   

Outra parcela de perfeitos idiotas é a dos tagarelas que se dividem em dois subgrupos de idiotas: o subgrupo dos que enganam o povo com a conversa fiada de representar seus interesses, e que se dizem políticos, e o subgrupo dos bons de conversa que conversam exaustivamente sobre a malandragem dos políticos, e que se dizem cientistas políticos. Como a política é um engodo tão grande quanto a religião, as falas destes cientistas políticos têm tanto resultado prático quanto as falas dos representantes de deus assegurando mundos e fundos como recompensa por ficar a olhar para cima e que para maior credibilidade de suas falas inúteis fazem representar Cristo com o olhar pidão para o céu. Por trás disso tudo está a seguinte matéria de Ladislau Dowbor, no blog Outras palavras, intitulada Paulo Guedes: o banqueiro e seus tentáculos: Investigação sobre o banco fundado pelo ministro indica: agia para os super-ricos, ajudando-os a esconder dinheiro em “paraísos fiscais”. Não é natural que queiram abocanhar a Previdência e enterrar políticas sociais?

Dito isto, digo mais: o que me move a escrever sem saber é a vontade de que venham todos os idiotas a se livrar da idiotia porque segundo os Grandes Mestres do Saber há superioridade em viver com sabedoria. Inté.









  
















segunda-feira, 15 de abril de 2019

ARENGA 564


Há de se discordar do pensamento de intelectuais afirmando não valer a pena adquirir conhecimento e tornar-se instruído uma vez que se é obrigado a viver em meio à ignorância generalizada que caracteriza quase a totalidade dos seres humanos que demonstram sua infantilidade nas igrejas, no axé e no futebola. Entretanto, nada justifica a ignorância porque instruir-se é civilizar-se, é elevar-se espiritualmente, é afastar-se da animalidade, é conquistar sabedoria. O fato de se estender tapete vermelho para brutamontes em vez de o entender para os sábios, apesar de ser uma realidade, é uma realidade da qual se deve discordar. O sábio aceita com tranquilidade o que para o ignorante é motivo de tormento. Portanto, há mais vantagem em seguir o sábio ao ignorante. O sábio não desconhece que a frivolidade dos que ignoram a realidade da vida tem prazo de validade que se esgota quando o organismo exigir repouso. Por esta ocasião, para o ignorante, quando a frivolidade é substituída pela necessidade de repouso vem o horror do vazio e o medo da morte apavora os ignorantes. Mas é necessário observar que ignorância aqui não vai no sentido de ofensa, mas de referência à falta de oportunidade de se instruir, o que é propositadamente orquestrada pelos governantes que precisam de um povo que aceite a condição de burro-de-carroça. Para tanto, nada melhor do que ter por objetivo apenas orar, requebrar os quadris no axé e espernear no futebola. A falta de conhecimento generalizada independe da capacidade mental porque são também ignorantes portadores de títulos universitários que comungam com pobres analfabetos as crendices sobre divindades, milagres e vida depois da morte.

A felicidade que faz a alegria dos ignorantes mostrar-se-á injustificada se se dedicar um minuto apenas para refletir se há realmente razão para emocionar-se às lágrimas porque Michel Jackson lhe apontou o saco ou balançar os braços prá lá e prá cá ao ritmo de uma melodia ridícula cantada por algum não menos ridículo pobre diabo cujo desconhecimento da realidade o faz achar-se realmente uma celebridade. Mais um minuto de reflexão levaria à conclusão de haver um grande erro em valorizar tanto as brincadeiras que seus protagonistas viram reis enquanto professores são relegados a salários miseráveis. E mais um minuto de reflexão levaria à conclusão de que a frivolidade, como a bebedeira, dará lugar à ressaca.

Embora conste da história humana pessoas de grande nobreza espiritual revoltadas por viverem em meio à malta festiva que ignora a realidade da vida, não se deve revoltar contra o inevitável sob pena de aumentar ainda mais a contrariedade e a infelicidade. Melhor, portanto, convencer-se da necessidade de conviver com as diferenças porque há compensação na constatação de ter-se elevado acima da mediocridade que caracteriza a massa bruta de povo incapaz de perceber algo esquisito quando a papagaiada de microfone se refere a brutamontes mentais como celebridades, quando insinua haver vantagem em abrir conta no banco, quando garante ser a competição a melhor forma de se viver em sociedade. Quem ouve tais afirmações sem questionar a razão pela qual se é indiferente a tamanhas falsidades é um ignorante completo. O fato de se viver pacificamente esta realidade é evidência de se viver uma grande falsidade. Não é porque o mundo foi transformado numa grande mentira que se deve aceitar esta situação. Ao instituir um sistema educacional que ensina religiosidade e indiferença política o governo reforça a cultura da falsidade de forma tão espetacular que chega a considerar inimigo o grande educador Paulo Freire que propôs uma educação que valorizasse o desenvolvimento da capacidade de raciocínio dos jovens.

A atividade de viver para os seres humanos foi convertida na obrigação de carregar no lombo uma plêiade de ajuntadores de riqueza parasitando a coletividade. A coisa foi pervertida de tal maneira que a atividade de governar tem atualmente o objetivo de sacrificar o povo em benefício de alguns gatos pingados. E o interessante nisso tudo é que o próprio povo está de acordo com esta inversão de valores. Inté.









 


sábado, 13 de abril de 2019

ARENGA 563


Corre aí pela imprensa a notícia de que os brasileiros rejeitam a velha prática de combater a violência com mais violência adotada pelos governos como meio de dissipar verbas públicas, mas é difícil admitir que o povo mais povo do mundo venha de uma hora para outra a ser acometido de tamanho surto de lucidez.

Alguém pode esclarecer para que serve o governo, afinal? Se a segurança, inclusive no trânsito, através da indústria da multa, foi deixada a cargo da população, agora também o governo se livra da obrigação fornecer escolas por meio do ensino doméstico, o que só faz por saber que os pais ensinarão aos filhos o que aprenderam: conformação com a servidão e se comportarem bem para merecerem o reino do céu. Tais imbecis nem mesmo sabem que há mais de dois mil anos um filósofo chamado Epicuro afirmou que somos enteados de uma natureza indiferente em vez de filhos de um deus benevolente.

Julian Assange é a última pessoa viva a ser sacrificada por tentar revelar o que se passa nos bastidores do poder político exercido por líderes de fancaria (frase de Vinícius Bittencourt no livro Falando Francamente), que também disse esta frase: A DIFERENÇA ENTRE AS VESTES DE JESUS E AS DO PAPA EVIDENCIA QUE PARA REINAR SOBRE A ESTUPIDEZ HUMANA NÃO É PRECISO VELAR NEM PELA APARÊNCIA. E pode-se acrescentar que nem mesmo a realidade é capaz de superar a estupidez de quem continua buscando proteção nas igrejas onde encontram explosões de bombas terroristas e rajadas de metralhadoras disparadas por jovens enlouquecidos em consequência da liderança dos líderes de fancaria.

 Por trás dos bastidores do poder (podre poder) passam-se coisas tão escabrosas que o elemento asqueroso povo não faz a menor ideia. Nem mesmo os suntuosos palácios e uma plêiade de parasitas vivendo nababescamente às suas custas é capaz de tirar a atenção do povo das nulidades elevadas pelos papagaios de microfone à estatura de “celebridades”.

Bolsonaro condecora militares de Israel que ajudaram em Brumadinho. É ridículo a foto no jornal Estado de São Paulo do dia primeiro de abril, dia da mentira, na qual faz pose a cúpula do governo brasileiro em Israel prestando homenagem aos militares que ajudaram na busca dos cadáveres do desastre de Brumadinho porque os vários desastres que matam pobres no Brasil decorrem exatamente por culpa dos governos, não obstante o povo pagar dezenas de funcionários para cada parlamentar ficar com uma parte do salário de cada um deles.

Consta na imprensa que o político José Serra teria comparado o ateísmo ao tabagismo. Também consta na imprensa que José Serra roubou mais este povo miserável, burro e religioso do que roubou o Sérgio Cabral.

Há mais de um século que Quincas Borba louvou o “caráter benéfico da guerra”: Se duas tribos dividem um pequeno campo de batatas ambas morrem subnutridas. Mas se uma delas extermina a outra, fica com a batatada toda. Daí a expressão “ao vencedor, as batatas”. É incompreensível que um gênio da literatura como Machado de Assis pode ter visto algo de positivo na estupidez da guerra.

Marx fez referência a uma revolução permanente como o processo que levaria à conquista do poder estatal pelo proletariado do mundo inteiro. Certamente o Grande Mestre do Saber não percebera que proletariado é povo e que para o povo o que interessa é axé, futebola, igreja, “famosos” e “celebridades”. Se povo prestasse para algo diferente veria com escárnio os papagaios de microfone fazendo alarde sobre as vantagens dos bancos e do agribiuzinesse, se este é provedor de cânceres, e aqueles, como corretores do papa na venda de indulgências, são tão embusteiros que vendiam ingressos que davam acesso ao céu. 

A turma do “eu acho que” de baba-ovos do poder, qualquer que seja o tipo de poder, erra feio quando recomenda necessidade de se observar cuidados ao executar prisões preventivas pela possibilidade de se cometer injustiça. Em se tratando de político não há possibilidade de cometer injustiça porque injustiça há é na existência de políticos e advogados dividindo com eles o roubo do dinheiro do leite das criancinhas pobres.

É preciso colocar o mundo na posição certa porque está ponta-cabeça. Prá não ser torrado na fogueira da Inquisição Galileu teve de negar que a Terra girava em torno do sol. Por levar ao conhecimento público as canalhices do podre poder Julian Assange está sendo perseguido. Na página 148 do livro Uma Breve História do Tempo do Grande Mestre do Saber Stephen Hawking, consta que um papa recomendou que os cientistas não especulassem sobre o buraco negro uma vez que se tratava da origem da vida, portanto, assunto divino. Deve haver engano nessa história porque a vida não começa num buraco negro. começa num buraco cor de rosa que fica pertinho do buraco negro. Inté. 
Em tempo: Como há quem lê este blog, preciso corrigir uma falha grave que cometi. Horas depois de publicar esta arenga, retomando a leitura do livro Uma Breve História do tempo, verifiquei que o pedido do papa se referia ao  big bang e não ao buraco negro. Assim, peço perdão ao possível leitor e à memória do grande cientista e Grande Mestre do Saber Stephen Hawking. 











   








quarta-feira, 10 de abril de 2019

ARENGA 562


Quando o presidente da república declarou que no seu governo o sistema educacional vai ter por objetivo desestimular na garotada o interesse pela política incorreu em crime contra a sociedade de tamanha gravidade que justifica seu impedimento de continuar no exercício do cargo. Dois motivos explicariam tamanha estupidez: a sinceridade do Papa Francisco ou inocência que o teria levado a cometer um ato falho porque o desinteresse pela política é o objetivo visado pela economia capitalista que precisa de um povo mais interessado no mundo das “celebridades” e “famosos” de merda do que no ensimento dos Grandes Mestres do Saber como Platão ao afirmar que o governo deve ser exercico por filósofos e Bertold Brecht que afirmou estar no analfabetismo político a origem de todos os males sociais. Realmente, um colégio eleitoral composto de quem aprendeu em criança que sua qualidade de vida depende da política jamais entregaria o destino de seu país a desonestos, religiosos ou militares porque só inocentes caem na lábia de ladrões, no engodo da religião ou em quem é educado para cumprir ordens, azeitar e disparar canhões.

É por conta do analfabetismo político que a vida vivida pelos homens é uma história de lutas sangrentas e destruição. Portanto, mais condizente com vida de rracional. Está na hora de surgir um adulto sensato que chame os humanos à razão pela insensatez de lutar pela posse de poder, como faria com duas crianças engalfiadas aos tabefes pela posse de um doce. Afinal, o poder, é tão insignificante que os poderosos também viram comida de germes, e no dia em que for inventado óculos com Raio X seria ridículo fzer pose de poderoso expondo o recheio de bosta, mijo e secreções putrefatas.

Em função da ignorância que o presidente diz pretender preservar é que o homem vive subjugado por dois grilhões: o da política e o da religião. Esclarecendo-se o povo, ele será capaz de se livrar do jugo da religiosidade e endireitar o da política por ser realmente necessário. A religiosidade é tão inútil quanto o beijo do Papa no pé do infeliz e tão prejudicial que além de atrofiar a capacidade de raciocinar, por mais suntuoso que seja o tempo, a qualquer momento explodem bombas ou metralhadoras lá dentro. É inteiramente possível viver sem religião como vive quem se recusa a seguir por caminhos indicados pela tradição e procura seu próprio caminho. Não haveria prejuízo algum em se libertar do jugo da religiosidade por que independe dela a obtenção das coisas de que se necessita para viver porque a política é que cuida disso. Mas também o jugo da política precisa ser repensado porque seus executores cobram tão caro pelo seu trabalho que se tornam ricos e poderosos o bastante para se autodenomirem EXCELÊNCIAS e, sendo empregados, viraram patrões. Pensar não dói, nenão? Inté.    

 




segunda-feira, 8 de abril de 2019

ARENGA 561


A sociedade humana vai à bancarrota, e não demora. Não pode ter outro destino uma sociedade cujo bem-estar social é determinado pelo desempenho da bolsa de valores, agiotagem bancária e pleno emprego. Entretanto, intelectuais de uma intelectualidade duvidosa, com seus insuportáveis “eu acho que” saturam o saco fazendo comentários ridículos sobre o que fará ou deixará de fazer o governo. Não saberão estes baba-ovos do, com licença da palavra, status quo que as ordens a serem seguidas pelos governos emanam dos ricos donos do mundo? Pois é. E quem se meter a besta de contrariar os ricos donos do mundo terá o mesmo destino que tiveram Salvador Allende, João Goulart, Juscelino Kubitschek, juíza Patrícia Acioli, irmã Dorothy, Chico Mendes, Marielle e tantos outros e outras. Os ricos donos do mundo contam com proteção de autoridades à espera de migalhas que caem de sua mesa farta. Portanto, não há perspectiva de mudança, embora a realidade clama por alguma coisa diferente desta indescritível estupidez de ter sido o mérito preterido pelo demérito. O banditismo assume o poder que devia ser do Estado e conquista a simpatia da imensa população desamparada, principalmente a escorraçado do campo para as cidades pelo poder dos ricos donos do agribiuzinesse. Por conta da violência decorrente desta situação os ricos donos da indústria de armas mandam a população se armar, e os ricos donos dos meios de comunicação que também são donos da vontade do povo fazem tal orientação ser aplaudida por pais cujos filhos incorrerão em acidentes com pistolas. Aliás, sobre meios de comunicação, Vinicius Bittencourt, que nenhum jovem futucador de telefone sabe quem é, disse o seguinte: O rádio e a tv degradam os costumes, distorcem os fatos, criam ídolos de fancaria, deificam o lodo e avacalham o mérito.

Portanto, a organização social no mundo continuará esta bosta que aí está enquanto não surgir uma juventude capaz de descobrir o motivo pelo qual as pessoas de menor importância social são consideradas as de maior importância social. Um exemplo: Não se diz que as crianças merecem cuidados? Pois a imprensa noticiou que embora estivesse no hospital, uma menininha morrei sem ser atendida, enquanto, em Paris, a assessoria de Pelé (é isto mesmo, A ASSESSORIA DE PELÉ) comunica à imprensa do mundo que o rei já está sem febre e que logo voltará a cuidar dos seus negócios. É o cúmulo da estupidez que a sociedade dê maior valor a pobres diabos mentais por serem bons desportistas do que àqueles que ralaram o trazeiro por mais de vinte anos nos bancos das escolas para se tornar um bom profissional.

Mas, para quem se liga em assuntos sobre trepadas, tamanho e grossura de rola, enfeitar com pedras precisas e lamber xoxotas (veja-se coluna O X DO SEXO no jornal Folha de São Paulo), estes são os assuntos preferidos das pessoas que para o povo são “celebridades” e “famosas”. Já os assuntos dos quais depende o futuro de seus filhos, estes são “prosa”. Perde tempo a papagaiada de microfone e seus nojentos “eu acho que” enquanto não houver uma juventude capaz de se interessar pelo que disse o mesmo Vinícius Bittencourt na página 22 do livro FALANDO FRANCAMENTE: Acenando com as delícias do paraíso ou ameaçando com as torturas do inferno, os homens cavalgam uns aos outros e locupletam-se com os dízimos e doações da crendice. Porém, não se pode perder de vista que a estupidez já foi maior. Se atualmente é menor, resta esperança. Quem sabe de uma hora prá outra a sabedoria resolve mostrar a cara? Afinal, a esperança... etc. e tal. Inté.

    


quinta-feira, 4 de abril de 2019

ARENGA 560


GRETA THUNBERG é uma jovem mais sensata do que todos os velhos moralmente decrépitos que destroem os recursos naturais em troca de riqueza e transformam pais de família em ridículos papagaios de microfone que a troco da despensa abastecida endeusam a insensatez do agribiuzinesse causador de câncer. Segundo matéria no blog Outras Palavras, a jovenzinha Greta Thunberg está sendo criticada por imbecis futucadores de telefone e frequentadores de igreja, axé e futebola por liderar um movimento de protesto contra o envenenamento do planeta. A estupidez humana é fato consumado e se explica pela origem de suas crenças. Elas lhes são transmitidas em vez de adquiridas por meio de seus próprios pensamentos. Sendo a crença a base do comportamento, comportamento baseado em falsa crença só pode ser também um comportamento falso. No capítulo denominado CONHECIMENTO, que inicia na página 49 do livro FILOSOFIA, de Stephen Law, editora Zahar, há uma boa dica sobre crença verdadeira ou conhecimento verdadeiro e falsa crença que leva a um conhecimento também falso. Supondo uma situação em que a uma pessoa que nunca tivesse visto um elefante fosse dito que a cor do elefante é vermelha. Tal pessoa teria a falsa crença de ser vermelho o elefante, quando a verdade é que a cor do elefante é cinza. Desta forma, uma falsa informação gera uma falsa crença que, por sua vez, gera um conhecimento falso. Aliás, esse papo de elefante lembra uma historiazinha ouvida no Aerobar entre goles de uísque: Apresentou-se ao juiz um casal. O homem, com a cabeça enfaixada, e a mulher, com a cara emburrada. O juiz perguntou: Mas, minha senhora, por que atirou na cabeça do seu marido o machucador de tempero por ele tê-la chamado de hipopótamo, se ele faz isto há vários anos? E a mulher: Pruquê foi hoje, doutô, qui eu cunhici esse tal de popoto.

Como absolutamente todas as crenças da humanidade são falsas, seu comportamento foge à racionalidade, daí sua estupidez de se deixar levar por falsos líderes que a explora do mesmo modo como o gigolô explora a prostituta apaixonada. A falsa crença de estar sendo bem administrado o dinheiro que o povo entrega às “autoridades” para custear despesas com a sociedade gera no povo um conhecimento tão falso que a Lava Jato não para de descobrir montanhas de dinheiro roubado. A falsa crença de serem importantes o esporte e a religiosidade gera o falso conhecimento que dá origem ao comportamento de lotar estádios de brincadeiras e igrejas em detrimento da acuidade com as diabruras das “autoridades” que na verdade não podem realmente ser autoridades porque o primitivismo dos tempos primeiros ainda presente no ser humano leva qualquer pessoa a procurar precaver-se exageradamente do perigo da escassez. Nas páginas 616/617 de História da Civilização Ocidental, de Edward McNall Burns, esta realidade aparece até no movimento revolucionário que abalou o mundo, a Revolução Francesa, quando em sua última fase, a do Diretório, as “autoridades” descambaram para tamanha roubalheira e corrupção tão generalizada como a nossa de hoje. A falsa crença da necessidade de se proteger contra escassez produz o comportamento socialmente falso de competir por riqueza. É por isto que o povo faz papel de besta ao confiar nas “autoridades”.

A enxurrada de “eu acho que” em torno da reforma da previdência, além de antipática é também falsa. Não se pode negar que a previdência, como todas as instituições está eivada de erros. Porém, a crença de que ela é a causa da escassez de dinheiro é tão falso quanto a de ser vermelho o elefante. A verdade é que o dinheiro é desbaratado a torto e a direito. A papagaiada de microfone está a babar o saco do ministro Paulo Guedes por sua fala sobre a falta de recursos previdenciários. Entretanto, grande parte dos recursos que o ministro diz faltar estão em sua fortuna privada e nas fortunas dos imbecis que fazem pose na revista Forbes. São incontáveis os desperdícios do dinheiro no mundo. A papagaiada de microfone, volta e mais, papagaia sobre o seguinte fato: Pelé, o rei (simplesmente ridículo), encontra-se internado em hospital de Paris, por causa de uma febre. Sua assessoria avisa que o rei voltará logo às suas atividades empresariais. Agora, diga, aí, ó juventude imbecil, há justificativa para que alguém seja alçado da pobreza a milionário porque joga bem futebola?

Desde a primeira impropriamente chamada civilização, a egípcia, que se pode perceber a união satânica entre religião e política. A história registra que para entrar no céu o morto devia provar que dera água ao sedento, comida ao faminto, roupa ao despido e condução a quem dela precisasse. Aí está, pois, o porquê de imbecis se postarem nas portas dos supermercados esmolando um quilo de comida para os pobres famintos. Disto resulta que as “autoridades” políticas se vejam menos pressionadas pela necessidade dos necessitados, uma vez socorridos pelos idiotas que atendem ao pedido idiota dos idiotas da campanha idiota do quilo idiota.

Ou o povo se conscientiza da burrice que é esperar que as “autoridades” se preocupem consigo ou terá de recauchutar eternamente o rabo para aquentar o ferro da barra pesada de carregar no lombo uma plêiade de parasitas. Embora seja o senhor, o povo se porta como o servo. Nesse exato momento, no Senado Federal, as “autoridades” estão mudando as placas personalizadas dos carros para placas comuns para evitar que seu patrão, o povo, identifique carrões com motorista, combustível e oficina pagos por ele, o povo, em festanças e restaurantes de luxo. Enquanto isso, uma garotinha morre de tanto esperar no hospital por atendimento, três brasileiros idiotas vão escalar o Monte Everest e uma juventude imprestável para o menos gesto inteligente futuca telefone. Inté.