segunda-feira, 8 de abril de 2019

ARENGA 561


A sociedade humana vai à bancarrota, e não demora. Não pode ter outro destino uma sociedade cujo bem-estar social é determinado pelo desempenho da bolsa de valores, agiotagem bancária e pleno emprego. Entretanto, intelectuais de uma intelectualidade duvidosa, com seus insuportáveis “eu acho que” saturam o saco fazendo comentários ridículos sobre o que fará ou deixará de fazer o governo. Não saberão estes baba-ovos do, com licença da palavra, status quo que as ordens a serem seguidas pelos governos emanam dos ricos donos do mundo? Pois é. E quem se meter a besta de contrariar os ricos donos do mundo terá o mesmo destino que tiveram Salvador Allende, João Goulart, Juscelino Kubitschek, juíza Patrícia Acioli, irmã Dorothy, Chico Mendes, Marielle e tantos outros e outras. Os ricos donos do mundo contam com proteção de autoridades à espera de migalhas que caem de sua mesa farta. Portanto, não há perspectiva de mudança, embora a realidade clama por alguma coisa diferente desta indescritível estupidez de ter sido o mérito preterido pelo demérito. O banditismo assume o poder que devia ser do Estado e conquista a simpatia da imensa população desamparada, principalmente a escorraçado do campo para as cidades pelo poder dos ricos donos do agribiuzinesse. Por conta da violência decorrente desta situação os ricos donos da indústria de armas mandam a população se armar, e os ricos donos dos meios de comunicação que também são donos da vontade do povo fazem tal orientação ser aplaudida por pais cujos filhos incorrerão em acidentes com pistolas. Aliás, sobre meios de comunicação, Vinicius Bittencourt, que nenhum jovem futucador de telefone sabe quem é, disse o seguinte: O rádio e a tv degradam os costumes, distorcem os fatos, criam ídolos de fancaria, deificam o lodo e avacalham o mérito.

Portanto, a organização social no mundo continuará esta bosta que aí está enquanto não surgir uma juventude capaz de descobrir o motivo pelo qual as pessoas de menor importância social são consideradas as de maior importância social. Um exemplo: Não se diz que as crianças merecem cuidados? Pois a imprensa noticiou que embora estivesse no hospital, uma menininha morrei sem ser atendida, enquanto, em Paris, a assessoria de Pelé (é isto mesmo, A ASSESSORIA DE PELÉ) comunica à imprensa do mundo que o rei já está sem febre e que logo voltará a cuidar dos seus negócios. É o cúmulo da estupidez que a sociedade dê maior valor a pobres diabos mentais por serem bons desportistas do que àqueles que ralaram o trazeiro por mais de vinte anos nos bancos das escolas para se tornar um bom profissional.

Mas, para quem se liga em assuntos sobre trepadas, tamanho e grossura de rola, enfeitar com pedras precisas e lamber xoxotas (veja-se coluna O X DO SEXO no jornal Folha de São Paulo), estes são os assuntos preferidos das pessoas que para o povo são “celebridades” e “famosas”. Já os assuntos dos quais depende o futuro de seus filhos, estes são “prosa”. Perde tempo a papagaiada de microfone e seus nojentos “eu acho que” enquanto não houver uma juventude capaz de se interessar pelo que disse o mesmo Vinícius Bittencourt na página 22 do livro FALANDO FRANCAMENTE: Acenando com as delícias do paraíso ou ameaçando com as torturas do inferno, os homens cavalgam uns aos outros e locupletam-se com os dízimos e doações da crendice. Porém, não se pode perder de vista que a estupidez já foi maior. Se atualmente é menor, resta esperança. Quem sabe de uma hora prá outra a sabedoria resolve mostrar a cara? Afinal, a esperança... etc. e tal. Inté.

    


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