segunda-feira, 20 de agosto de 2012

JOVENS QUE PENSARAM COMO EU PENSO




Como a juventude adora ler e está muito mais interessada no Mensalão do que nos requebros do axé e do futebola, aqui estamos em nossa missão de ensinar a pensar, porque todos os nossos males decorrem apenas da falta de se dedicar algum tempo conjecturando se está certo o modo de vida como vivemos. Na certeza de estarem todos ligadíssimos em tais assuntos, mesmo porque eles tem tudo a ver com o fato de já estarmos ficando sem água e logo ficaremos sem nada, estou aqui novamente atendendo à ansiedade da juventude em aprender coisas outras que não soltar bombas e requebrar no axé e no futebola. Assim, vamos pensar sobre o seguinte:

No trabalho DIREITO AO DELÍRIO, do filósofo e escritor Eduardo Galeano, entre outras coisas, o filósofo classifica de estúpido o comportamento de quem vive apenas para ter ou para ganhar. Conta-nos o filósofo e escritor que estava em companhia de um argentino diretor de cinema chamado Fernando Birri em uma palestra para jovens estudantes na Índia, e que os estudantes faziam pergunta ora a um dos palestrantes ora a outro, quando um dos jovens perguntou ao argentino para que serve a utopia. A resposta do argentino assume ares de poesia:  “A utopia está no horizonte, eu sei muito bem que não a alcançarei, se eu ando dez passos, ela se afastará dez passos. Quando mais a procure, menos a encontrarei porque ela vai se distanciando. A utopia serve, pois, para CAMINHAR”. Sendo este o entendimento de dois ilustres figurões do mundo do saber, porquanto o filósofo concordou plenamente com a resposta, não haveria a princípio motivo algum para discordar dela. Entretanto, este seria o comportamento de quem não pensa porque há utopia inteiramente alcançável e realizável no novo entendimento de Raul Seixas, Cazuza, Bob Marley, Guevara e tantos outros como Edson Luis, jovem estudante morto pela ditadura militar por defender um mundo diferente, um mundo bom, coisa só inalcançável dentro do pensamento velho que deu origem a uma cultura depravada onde a prostituição midiática, o roubo, a mentira e o sofrimento são comuns. Considerar inalcançável a existência de um mundo bom é condenar-se à vida medíocre de viver para trabalhar e fugir dos ladrões comuns porque é impossível escapar dos ladrões da política.

O dicionário Aurélio, ao lado da definição tradicional de coisa inalcançável, também define a utopia como uma fantasia do pensador inglês Thomas Morus ao sugerir a existência de um país onde todos fossem felizes. Ser feliz é o sonho de cada um e ele só é irrealizável enquanto não se envidar esforço para sua realização. Não haverá felicidade no mundo enquanto cada um tiver como objetivo tomar alguma coisa do outro. A absoluta maioria das pessoas não aprendeu a pensar e por isso dá mais atenção às brincadeiras e à produção de riqueza.

Pode muito bem a humanidade realizar o sonho de Thomas Morus e fazer felizes todos os países do mundo, bastando participar da aplicação dos recursos públicos. As pessoas são infelizes porque lhes faltam as coisas das quais necessitam e não há motivo para que haja quem não possa tê-las enquanto outros as tem demais.

Estamos em direção contrária à que leva a alguma felicidade. Ela só pode ser alcançada quando não houver mais débeis mentais que se sentam sobre uma montanha de dinheiro estando arrodeados de famintos ignorantes. Quando as pessoas passarem do estado de manada a que se refere o poeta para o estado de pessoas civilizadas a que se refere Thomas Morus, aí haverá sociedade pacífica. A paz é o componente principal para a construção da felicidade. Se nos é ensinado ser impossível ser feliz e que é possível um velhinho voar numa carroça puxada por veados alados, de tal aprendizado não participa a capacidade de pensar. Embora a juventude considere tais conjecturas como “prosa” de velho, elas também passaram pela cabeça dos ilustres jovens citados e, portanto, “prosa” é a indiferença ao futuro que a ciência está a anunciar e a acomodação à tradição. Lutar por um lugar onde as infelicidades provenham apenas da indiferença da natureza para conosco em vez de serem produzidas em maior quantidade pelas próprias pessoas não é coisa impossível de ser realizada. Pelo menos a utopia sonhada por Thomas Morus podemos perfeitamente tornar realidade. Basta que todos estejam interessados em saber como está sendo empregado o dinheiro público. Há dinheiro suficiente para que todos tenhamos bem-estar. A existência de miserabilidade deve-se apenas ao modo como são empregados os recursos públicos direcionados apenas para servir a uma classe denominada de aristocracia. Sobre ela ainda teremos oportunidade de pensar a respeito.

Fica evidente o alheamento da juventude para com as coisas das quais depende seu bem-estar ao se constatar sua indiferença quanto ao julgamento do Mensalão. Quando houver interesse social pelos assuntos que dizem respeito às pessoas, aí começará o surgimento do mundo bom. O Mensalão é um dos muitos motivos de infelicidade geral, é mais um roubo imenso do erário feito por uma quadrilha organizada por políticos e empresários e que está dividindo o produto do roubo com uma plêiade de advogados, entre eles um que era ministro da justiça e cujo nariz cresceu ainda mais com as mentiras de garantir que o ladrão não é ladrão. Até entre  os julgadores pagos pelo povo para defender seus interesses há quem se proponha a defender a quadrilha.

O que é realmente uma “prosa” é apegar-se a idéias enferrujadas de antanho. Temos de caminhar para a frente em busca de uma vida dedicada também a coisas outras que não apenas comer, cagar e trepar para encher o mundo de tanta gente que nem mais se pode parar na estrada para mijar porque as casas estão por toda parte.

Enquanto não se aprender a usar a capacidade cerebral, não passaremos de manada. Inté.













 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

POVO MARCADO, POVO FELIZ


Falávamos da mensagem enviada à humanidade por quem deixara o posto de presidente da Coca-Cola. Ela representa na realidade exatamente o oposto do que a maioria absoluta das pessoas pensa representar. Elas encontram grande sabedoria ali onde só há esperteza, mentira e sem vergonhice do tamanho da riqueza que a Coca-Cola arranca destas mesmas pessoas que vêem ali coisa de grande sabedoria e se sentem enlevadas pela orientação de como melhor proceder. Viciar a juventude mundial em beber uma garapa danosa à saúde não é boa maneira de se proceder. Nenhuma diferença há para quem vicia adolescentes em qualquer droga. Até um tempo aí para trás aparecia na luminosidade da televisão vistosos rapazes e belas moças bebendo aquela garapa e fumando um cigarro chamado roliúde. Os dois garantiam que daquilo resultava muita saúde. Como a luminosidade da televisão convence mais que a razão, a humanidade está viciada na garapa, e a Coca-Cola cada vez mais rica.

Se não pode haver sentimentalismo nos capitalistas comuns, muito menos nos magnatas. A estas pessoas o único interesse é juntar tanto dinheiro quanto puder. São mais viciados em dinheiro do que o craqueiro no craque. O capitalismo escraviza a humanidade e comete crime ao tirar das pessoas a capacidade de exercer a inteligência. Nada de bom há nestes senhores capitalistas. O único interesse que eles tem nas pessoas é que elas possam manter funcionando suas máquinas de juntar dinheiro, tanto dinheiro que os ricos do mundo construíram um inferno que denominaram de paraíso fiscal onde armazenam montanhas de riqueza todas construídas pelos mesmos métodos da Coca-Cola. Métodos tão absurdos que enlouquecem as pessoas. Ainda ontem, nos Estados Unidos, o centro do capitalismo, mais um enlouquecido matou várias pessoas dentro de uma igreja e feriu outras tantas. Há guardados lá nesse local onde também se esconde o produto do roupo do colarinho branco, segundo a imprensa, mais de vinte trilhões de dólares. O Brasil, onde os jovens brincalhões de hoje irão morrer nos corredores dos hospitais depois que não prestarem mais para movimentar as máquinas de fazer a riqueza dos ricos, é o quarto entre os maiores depositários de riqueza lá, com a bagatela de um trilhão de dólares nas caixas-fortes para deleite dos Tios Patinhas brasileiros.  O tal de sistema capitalista é tão cruel que a cidade brasileira tida como o paraíso do capitalismo é a mesma cidade cujos habitantes, aqueles que fazem dela o paraíso dos capitalistas, são tão infelizes que a abandonariam se pudessem e morrem em acidentes todo fim de semana nas estradas em fuga desabalada à procura de vida menos infeliz ainda que por dois dias.

A maioria absoluta das pessoas discorda do que digo, e não podia ser de outro modo uma vez que o sistema capitalista castrou delas a capacidade de pensar. Deve ser a razão pela qual o poeta disse: “... vida de gado, povo marcado, povo feliz”, equiparando-nos à manada. Gado, tal qual o povo, não pensa. O jornal espanhol El Pais garante que a corrupção no Brasil, em vez de prejudicar, alavanca a carreira dos políticos brasileiros. Se o povo pensasse, procuraria saber o tipo de água que está consumindo. Vi um carro-pipa abastecendo com água suja lá em frente aos motéis que ficam depois da rodoviária. Como irracionais, os bichos em forma de gente param nas calçadas e obrigam os outros irracionais a se arriscarem entre os carros.

Basta olhar em volta para se perceber um ambiente inadequado para seres humanos que pensam. As festas barulhentas que não levam em consideração as pessoas à volta; o pipoco das bombas; os auto-falantes estrondosos; as calçadas esburacadas; o caldo de bosta a escorrer pelas ruas, onde proliferam as doenças que as pessoas levam para suas casas no solado dos sapatos, doenças que irão lhes infernizar ainda mais a velhice; as imensas filas aceitas pacientemente; a indiferença com que se inocula os pulmões com o óleo diesel mais venenoso do mundo contido na fumaça preta dos canos de descarga;  os obstáculos quase invisíveis nos quais tromba o carro e danificam tanto o carro quanto a coluna das pessoas; a moda de se dar um quilo de qualquer coisa na porta do supermercado para uma farta feira não se sabe para quem; as motos preparadas especialmente para fazer o barulho que vai danificar a audição e, pior ainda, os cientistas da ONU recomendaram aos governos de todo o mundo a dar prioridade ao combate à poluição sonora porque ela danifica o SISTEMA NERNOVO. Vai ver, é por isso que neguinho anda se estraçalhando até por um arranhão no carro.

Sendo este nosso comportamento, está realmente muito parecido com o comportamento da manada. Componentes de manada não estão nem aí um para o outro. E por quê? Porque eles não pensam, como também não pensa quem se comporta como se a juventude não desse lugar à velhice e às doenças, além de aceitar uma administração que gasta bilhões em festa e nem liga para a justa reivindicação por melhores salários de seus trabalhadores.

Por tudo isto, votarei num vaqueiro e seu chapéu de penduricalhos que se propõe a ser nosso prefeito. Ninguém mais indicado para cuidar de manada do que um vaqueiro e seu chapéu de penduricalhos.

Como todos leram avidamente nosso comentário sobre o esmero de cuidados e preocupação com a felicidade das pessoas por parte da Coca-Cola, voltaremos qualquer dia a comentar outra mensagem que precisa ser lida de cabeça para baixo porque tem significado oposto ao que faz crer.

Inté lá.



 

  

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

MÁS COMPANHIAS

A ninguém é dado o direito de desconhecer vivermos numa sociedade infeliz. A razão pela qual há tantas lágrimas interessa às pessoas muito menos do que lhes desperta o interesse a luz hipnotizadora da televisão mostrar em pleno século vinte e um uma fieira de gregos mambembes passando um para o outro um pedaço de pau com um fogaréu na ponta. Isto se fazia quando o homem já havia perdido medo do fogo, mas não sabia como acendê-lo. Quando pintava um incêndio, neguinho apanhava um pedaço de pau com fogo e não deixava mais se apagar. Quando acabava de queimar o pau que mantinha o fogo, iniciava outro fogo na ponta de outro pau, e assim por diante. Agora que o fogo não é mais difícil, qual o motivo pelo qual desperta menos interesse nas pessoas o futuro de seus filhos do que ver na televisão uns homão de todo tamanho correndo feito louco com um fogo na mão para passar para outro homão que por sua vez passa para outro homão, como se fossem criancinhas em brincadeira.
Um fato da maior importância para a qualidade de vida dos filhos dos jovens de hoje está ocorrendo exatamente neste momento em que se julga uma quadrilha de bandidos que roubou o dinheiro de pagar os professores e os soldados que poderiam estar cuidando da futura qualidade de vida. Entretanto, quantas pessoas estão menos interessadas em ver o pessoal lá em Londres brincar de correr, nadar, pular e dar pinotes no ar?
É por isso que nossa sociedade é tão ruim que pai mata filho, filho mata pai e mãe, mãe mata filho para ficar com herança, mulher carrega o marido em pedaços no saco plástico, as periferias das cidades amanhecem com cadáveres que lá permanecem por horas, uma menininha de treze anos foi morta bem ali nas imediações da Bartolomeu de Gusmão com três tiros na boca, mas nada disso interessa mais do que a luminosidade idiotizadora da televisão e as brincadeiras.
Muitos dos homens tidos como os mais inteligentes pensadores da humanidade sentiram-se em nossa companhia do mesmo modo como nos sentiríamos em meio a uma boiada. Sentiram-se tão deslocados que o escritor Fiódor Dostoievsky classificou as pessoas em instruídas e não instruídas e disse na página 18 do livro Memórias do Subsolo, que a presença de uma pessoa não instruída faz mal a uma pessoa instruída. Ele alega ser mesmo uma doença o mal-estar que sentem as pessoas instruídas com a nossa presença.
Nem precisa ser inteligente para sentir mal-estar em companhia de quem não pensa como ocorre com a absolutíssima maioria da humanidade. E não é por desinteligência que as pessoas não pensam. Elas não pensam porque a luminosidade da televisão não deixa. Ela entrega a estas pessoas os pensamentos já prontinhos. O poder de convencimento da luminosidade da televisão faz as pessoas acreditarem ser mais interessante ver um atleta dar cambalhota do que se interessar pelas ameaças que a ciência está anunciando em decorrência do consumismo desenfreado. A televisão transformou em obrigação o ato espontâneo de se presentear e ensina putaria e violência aos filhos das pessoas que não pensam sob sua completa indiferença. Elas assistem juntamente com seus filhos cenas de prostituição e degradação moral sem se incomodarem. É que não sabem pensar.
Vou propor um teste que demonstrará a completa incapacidade de raciocinar da absoluta maioria das pessoas, o que justifica nosso tipo maligno de sociedade. O teste consiste em analisar o conteúdo desta mensagem que recebi na internete, proveniente de amigo e ser humano da melhor qualidade, competente profissional médico capaz de se preocupar realmente com seus pacientes, o que prova não ser a falta de inteligência que impede as pessoas de pensar. É o modo moderno de vida. Nele só se aprende a trabalhar, ganhar dinheiro, comprar muitas coisas, ter filhos e guardar dinheiro para garantir-lhes o futuro. A única preocupação que se tem em relação aos filhos é quanto a dinheiro. Então, nesse corre-corre atrás de dinheiro não há espaço para se exercitar o pensamento e as pessoas até se esqueceram de fazer seus próprios pensamentos.

Esta é a mensagem:

O menor discurso de Bryan Dyson..., ex-presidente da Coca Cola. Ele disse ao deixar o cargo de Presidente:
“Imagine a vida como um jogo em que você esteja fazendo malabarismos com cinco bolas no ar.
Estas são: seu Trabalho - sua Família - sua Saúde - seus Amigos e sua Vida Espiritual, e você terá de mantê-las todas no ar.
Logo você vai perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha. Se soltá-la, ela rebate e volta.
Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidros. Se você soltar qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas, vale dizer, nunca mais será a mesma.

Deve entender isto: tem que apreciar e esforçar para conseguir cuidar do mais valioso.

Trabalhe eficientemente no horário regular do escritório e deixe o trabalho no horário.
Gaste o tempo requerido à tua família e aos seus amigos.
Faça exercício, coma e descanse adequadamente.
E sobretudo... Cresça na sua vida interior, no espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno.

Shakespeare dizia: "Sempre me sinto feliz, sabes por quê? Porque não espero nada de ninguém.

Esperar sempre dói.
Os problemas não são eternos, sempre têm solução.
O único que não se resolve é a morte.
A vida é curta, por isso, ame-a!
Viva intensamente e recorde:

Antes de falar... Escute!
Antes de escrever... Pense!
Antes de criticar... Examine!
Antes de ferir... Sinta !
Antes de orar... Perdoe!
Antes de gastar... Ganhe!
Antes de render... Tente de novo!
"ANTES DE MORRER... VIVA!"

Nosso objetivo é pensar sobre o conteúdo da mensagem, entretanto, como ninguém vai ler esta baboseira, e como não quero cansar ninguém, da próxima vez comentaremos.