sábado, 30 de novembro de 2013

FALSOS FILÓSOFOS E ESCRITORES ASSALARIADOS


Não há nem sombra de dúvida quanto ao fato de faltar um paradigma para a lógica na humanidade. Quando pessoas de alta intelectualidade e até filósofos se disponham a argumentar a favor de um modo de vida que produza mais infelicidade do que bem-estar, fica evidente haver algo de errado porque quando alguém se dispõe a pensar, atividade dos filósofos, chega à conclusão de que viver melhor é melhor do que viver pior. À conclusão simples desta realidade chegaram os primeiros humanos que tomaram a decisão de se ajuntarem a fim de caçar melhor e se proteger melhor tanto das feras quanto da natureza, visto que construir abrigo em grupo era mais fácil do que sozinho. Desse modo, evidencia-se haver algo de errado com os intelectuais e filósofos que fazem opção pelo viver pior ao tecerem loas para a individualidade do capitalismo. Este algo errado pode estar na loucura ou nas deformações sado/masoquistas, ou ainda no apego à riqueza, o que caracteriza tais pessoas como escritores assalariados e falsos filósofos.

A finalidade da vida nem de longe pode se resumir à tarefa de acumular dinheiro em infernos fiscais. De tal procedimento resulta o ambiente em que vivemos, onde mãe vende a virgindade da filha de nove anos, comportamento encarado com indiferença pelos frequentadores de igrejas e requebradores de quadris dentro da cultura estabelecida pelo sistema capitalista cristão, cujo sistema educacional incentiva a desumanidade de promover a exclusão social e a imoralidade de deturpar o verdadeiro sentido das coisas do sexo como faz a televisão ao vulgarizar este sentimento que na realidade é uma necessidade imposta pela natureza. Se a atividade sexual é parte integrante do organismo humano que dela não pode prescindir, não pode haver imoralidade na sua realização. A imoralidade está é em transformar em dinheiro a obtenção da satisfação sexual como acontece no sistema de vida aprovado por estes escritores assalariados e falsos filósofos. O sistema capitalista traz a imoralidade em suas raízes e por isso mesmo cria infelicidade ao transformar tudo em dinheiro, do mesmo modo que o rei Midas produzia infelicidade ao transformar tudo em ouro.

Toda a infelicidade que atormenta a humanidade decorre apenas da situação insustentável de considerar as fantasias como coisas reais. A humanidade vive tão iludida quanto viviam os habitantes de uma caverna que não conheciam a realidade do lado de fora. Trata-se de uma alegoria filosófica que nos mostra não só que nosso comportamento depende apenas das conclusões a que chega nosso pensamento, mas também que nosso pensamento pode chegar a conclusões falsas e produzir comportamentos também falsos. Consta que o filósofo não falsificado Platão teria imaginado uma situação em que alguns seres humanos que nunca tinham saído da caverna em que nasceram e cresceram, desconhecendo, portanto o que havia do lado de fora, encaravam como coisas reais as sombras das pessoas que passavam pela entrada da caverna projetadas no fundo desta caverna pela luminosidade de uma fogueira eterna do lado de fora, mas que não podiam ser vistas pelo grupo de dentro da caverna porque as pessoas que formavam esse grupo não podiam se virar e apenas conheciam as sombras e o murmúrio das vozes dos passantes, e por isso pensavam serem coisas materiais o que eram apenas sombras. Embora se diga que Platão apenas narrou esta criação elaborada no cérebro de Sócrates, seu professor, tal circunstância é irrelevante porque a relevância está no exemplo demonstrativo de como a mente humana pode errar a depender das aparências. A super amiga Wikipédia esclarece que um dos habitantes da caverna teria conseguido ir à entrada do buraco e enxergado a realidade, mas que teria sido morto como mentiroso pelos outros enganados para quem a realidade era aquela a que estavam acostumados. Esta complementação enriquece o exemplo dado pelo filósofo que nos permite entender o porquê de serem destruídos todos aqueles que perceberam viver a humanidade uma falsidade e tentar mostrar às outras pessoas a farsa.

Flagrantemente enganada está a juventude ao se deixar seduzir pelos falsos filósofos, escritores assalariados e falsos ídolos. Tudo isso visa esmagar as conclusões de pensadores que observaram do lado de fora do buraco negro em que se constitui o mundo capitalista. A questão do sexo é um bom exemplo deste engano e não é este iletrado que pode provar tal realidade. Quem o faz é uma escritora não assalariada, mas por convicção, e que traz na mesma pessoa uma filósofa não falsificada. Trata-se de Loretta Napoleoni, cujo perfil pode ser visualizado através do amigão Google, e principalmente na leitura do seu fabuloso livro Economia Bandida, do qual extraímos do primeiro capítulo, matéria intitulada O Muro do Sexo, o seguinte trecho sobre a brutalidade capitalista de transformar seres humanos em escravos de produzir dinheiro através da atividade sexual. Com a palavra a doutoríssima Loretta:

“Estendida ao longo da fronteira tcheco-alemã, a Rodovia E-55 é também conhecida como a Rodovia do Amor. Nesse tenebroso trecho de asfalto encontra-se a maior concentração de prostitutas da Europa. Mulheres oriundas do antigo bloco soviético ficam à beira da estrada oferecendo seus corpos a preço de banana: meia hora por 35 euros; sem preservativo, 45 euros. Só a indústria sexual de Dubai tem preços comparáveis. Mas a Rodovia E-55 não está só. Na antiga fronteira entre a Europa Ocidental e a Oriental não faltam instalações do ramo: um aglomerado de mercados sexuais, bordéis e, em lugar da imaginária Cortina de Ferro, quiosques acortinados.

Durante toda a década de 1990, a prostituição proliferou nas rotas que levam às fronteiras dos países ocidentais. O simbolismo impressiona: “As fronteiras abertas dão ao negócio sexual um ar de internacionalismo, especialmente na zona fronteiriça ocidental, onde se dá o ‘encontro de nações’. Daqui, o negócio do sexo é exportado para os países da Europa Ocidental”

Algumas das mulheres que trabalham na zona de fronteira não são prostitutas, mas escravas sexuais compradas em mercados especializados situados nas vizinhanças da antiga Linha de separação Leste-Oeste. O infame Mercado Arizona, no noroeste da Sérvia, é bem conhecido dos cáftens internacionais. Ele lembra uma cidade da corrida do ouro norte-americana do século XIX, donde o seu nome. Escondido atrás de um trecho da estrada batizado de Rodovia Arizona, próximo à fronteira croata, o mercado foi apelidado de “Wal-Mart da Sérvia” por ter sido construído com a ajuda das tropas norte-americanas no fim da guerra civil balcânica. Os comerciantes vêm ao Mercado Arizona para comprar mulheres. “Eles mandam as garotas tirarem as roupas e elas ficam nuas na beira da estrada. (...) Os homens chegam, tocam suas carnes, inspecionam sua pele e olham até dentro de suas bocas antes de fazer uma oferta”.

Em outro trecho do mesmo capítulo, prossegue a fabulosa escritora:

“O desmantelamento do comunismo catapultou a prostituição porque a população do antigo bloco soviético, feminina principalmente, foi lançada na pobreza. Em meados da década de 1990 o desemprego entre as mulheres russas atingiu a marca de 80%, contra praticamente zero durante o regime soviético... Nessas circunstâncias, muitas mulheres se tornaram prostitutas para poder sustentar os filhos”.

Esta é a qualidade de vida que o sistema capitalista proporciona. A prostituição, como as drogas, não se resolve com perseguição, mas com educação, coisa que o sistema capitalista abomina para evitar o esclarecimento porque ele se nutre da obscuridade da ignorância.

Um relacionamento sexual extra-matrimônio é salutar porque proporciona o fortalecimento dos laços familiares e, consequentemente, da sociedade, vez que a família é a célula social. A garota de programa funciona como uma válvula de escape que permite ao marido a oportunidade de dar vazão à pressão proveniente da mesmice de um relacionamento sexual obrigatório. O desejo sexual, como o amor, não pode ser imposto. São livres como os pássaros fora da gaiola. A descompressão decorrente da “pulada de cerca” faz surgir um pai e um marido mais amoroso. Mas, nem só o homem sofre o efeito danoso da exclusividade sexual. Esta idéia vem do tempo em que o macho nocauteava a fêmea e a arrastava pelos cabelos para dentro da caverna. Atualmente, quando foi banida a exclusividade do macho de prover os meios de satisfazer as necessidades do grupo familiar, sendo esta obrigação atualmente tanto do marido quanto da mulher, que já pode ser compelida a prestar pensão ao marido em certos casos, diante desta nova sociedade é de se estender à mulher o direito de “pular a cerca” vez que também ela passa pela mesma necessidade de “variar”. Tal entendimento, entretanto, só habitará uma sociedade de pessoas educadas, o que exclui a possibilidade de ter alguém a necessidade de trocar um relacionamento sexual por um prato de comida, coisa corriqueira no monstruoso sistema capitalista.

Entretanto, são várias as faces monstruosas desse sistema que transforma os seres humanos em consumidores e material humano. Mas, como os sacos tem limite, continuaremos depois de recompô-los. Inté.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A BÍBLIA E A REALIDADE XI


Por não ter um saco sobressalente, não aguentei fazer leitura corrida de todas as bestagens bíblicas e passei por cima do resto das baboseiras não só de Gênesis, mas também de êxodo, Levitício, Números e Deuteronômio, com o que evitei o desgosto de participar de uma carnificina em inúmeros sacrifícios de pessoas e animais, além de uma troca de porradas entre Deus e Jacó. É verdade. Está lá em Gênesis, 32; 28 a afirmação de que Deus não só trançou na porrada mais Jacó, mas também entrou numa ridícula disputa com o governo do Egito, e nessa refrega acontecimentos dignos de fazer criança dormir são encarados como coisa digna de respeito por adultos. Os fatos ali narrados não encontrariam abrigo nem mesmo no cérebro feito pelo Mágico de Oz para o espantalho. Mas, para não dizer que exagero em não aguentar ler tanta bestagem, tem ainda a afirmação de que a mulher ficaria imunda durante a menstruação e após o parto (Levitício, 12), ficando proibida de tocar em coisa santa ou entrar no santuário antes de decorridos sessenta e seis dias, período no qual voltaria a estar purificada. Mas, para ficar pura de novo, teria de levar para holocausto um cordeiro de um ano e um pombinho ou uma rola (pássaro).

Mas, fazendo do saco coração, ainda consegui passar as vistas em Números, 5; 11, sobre uma afirmação hilária quanto ao método empregado pelo marido para saber se a mulher o havia chifrado. Em vez do costumeiro detetive no pé da suposta traíra, a bíblia manda o suposto cornuto levar a suposta puladora de cerca a um sacerdote, juntamente com uma quantidade de farinha de cevada isenta de conter azeite e incenso.  O sacerdote, então, preparará uma beberagem a ser ingerida pela mulher espertinha. Se ela realmente tiver “deslizado” sua coxa decairá e seu ventre ficará inchado, ficando evidente o deslize que, na realidade nada mais é do que romper a monotonia de um só prato todo dia.

Fica, pois, devidamente esclarecido o motivo pelo qual apenas um saco não dá para ler corridamente tantas sandices. A cada coisa desse tipo o pensamento se contorce para entender como pode tanta gente encontrar sabedoria em toda aquela baboseira. Meu pensamento concluiu que as pessoas não leem corridamente a bíblia. Elas apenas tomam conhecimento das partes apontadas e interpretadas pelos gigolôs da fé. Além deste entendimento, resta o de que as pessoas realmente leem e realmente encontram sabedoria por lá uma vez que a humanidade é formada por idiotas tão idiotas que adoram até requebradores de quadris e elevam às alturas quem dá o coice mais violento numa bola ou o soco mais forte no rosto de um ser humano. Se a humanidade está tão desgraçada, deve-se o fato à condição de bobos dos seres humanos. Bobos não tem condição de fazer nada direito. Prova isto o fato de ser o ocupante de cargo escolhido não pelas virtudes, recaindo a escolha sobre o que conseguir convencer os escolhedores de que seu adversário ainda é mais safado do que o escolhido. Neste exato momento, italianos estão protestando contra a cassação de um político que fazia orgias monumentais com o dinheiro dos impostos, coisa que não acontece por aqui porque se acontecer de alguma autoridade fiscal de algum partido político comprar uma só garrafa de Cata Festa para presentear alguma destas agradáveis garotas de programa com o dinheiro do IPTU ou do ISS, nem é bom pensar o que aconteceria com o partido responsável pela administração que abrigasse tal descalabro. Mas, e na Inglaterra? Claro que não há nenhum bobo por lá. Afinal se trata de povo altamente civilizado. Lá só há demonstração de altíssima cultura e erudição como a noticiada pela imprensa de homens se internando em hospital para sentir a for do parto, ou uma pesquisa de caráter altamente científica sobre os lugares escolhidos pelos empresários para trepar com suas secretárias. Agora, altíssimo padrão de intelectualidade mesmo, está na apresentação da personalidade da semana apresentada pela imprensa. Seria de algum cientista que teria descoberto a cura da gripe, do câncer ou da caxumba? Nadica. A personalidade da semana apresentada pela imprensa de algo nível cultural londrina era um jogador de futebola. Assim caminha a humanidade.

Voltando às bestagens da bíblia, o saco ainda teve alento para dar uma paradinha no livro de Josué, onde mais uma vez fica demonstrada (Josué, 6; 19) o motivo pelo qual a religião afirma não haver necessidade de se raciocinar sobre as coisas de Deus, bastando aceitá-las como são apresentadas, recomendação que visa evitar o aparecimento da identidade entre as intenções canhestras da religião e as não menos repugnantes da política, evitando a percepção de que ambas sempre andaram de braços dados na arte de enganar o povão pagador de imposto e dízimo, para lhe tirar uma correia do lombo. Esta união se baseia no fato de que a política precisa da religião para conduzir a atenção do povo para o céu evitando que ela se volta para o erário. Isto fica evidente na isenção de impostos concedida pela política à religião. Uma mão lava a outra.

Lá por volta do ano de 313, o cristianismo era uma balbúrdia tão grande que o imperador romano Constantino ajuntou na cidade de Nicéia, donde o termo Concílio de Nicéia, um monte de bispos cristãos e ali se estabeleceu a vontade de Deus de acordo com a vontade da política.

O verdadeiro objetivo dos antecessores dos atuais políticos, os escritores da bíblia, era a gatunagem. Depois de destruídos a fio de espada homens, mulheres, velhos, crianças, bois, ovelhas e jumentos da cidade Jericó, as riquezas tomados daquelas infelizes criaturas deveriam ser remetidas ao tesouro do Senhor. Se já houvesses os Estados Unidos, as bombas teriam substituído as espadas e as riquezas iram para o Tio Sam e não para Deus como determinado em Josué, 6; 19. Como se vê, é evidente que o tesouro não podia ser enviado para os céus e teriam de ficar aqui mesmo no chão e no bolso de alguém.

A humanidade carece de modernidade. De idéias novas. Enxotar as idéias carcomidas pelo tempo. Tudo que se fez ou se apregoou até a presente data só serviu para afundar os seres humanos num mar de lama, falta de vergonha e muita infelicidade. Não se pode viver sem o exercício do pensamento. É dele que provém as conclusões sobre como melhor proceder para que se possa viver em paz por ser a melhor maneira de se viver. Vida atormentada, necessitando estar à espreita do lugar a ser atacado e destruído para roubar como destruído e roubado foi o povo de Jericó não vale a pena. O tormento, angústia e o sofrimento não precisam ser a regra. Se não podem simplesmente serem banidos do seio da humanidade, pelo menos que se restrinjam à exceção em vez de se constituírem na regra.

A estupidez humana aparece desnuda na recomendação de sermos obrigados a amar Deus por ser simplesmente impossível de ser cumprida uma vez que o amor não pode ser imposto. Seria como obrigar o faminto a se sentir saciado, mesmo com o estômago roncando. Ademais, as pessoas que mais amam a Deus são as mais infelizes. É nos lugares onde grassam a maior pobreza e ignorância onde também se encontra a maior religiosidade. Enquanto se perde tempo correndo atrás de Deus, perde-se o tempo de raciocinar sobre como sair do atoleiro em que meteram o mundo. Ele está totalmente fora do rumo. O conhecimento dos chamados intelectuais não sai do patamar das citações do que disse fulano ou beltrano há anos e anos passados. Fala-se o que disse o mais remoto pensador de que se tem notícia até o economista moderno, o monstruoso de espírito e de aparência Henry Kissinger, com sua afirmação de que sistema ideal é o que se baseia na competição entre ganhadores e perdedores, comportamento também defendido pelos brutos do Box e do futebola. Afirmam também os deformadores de opinião que os dirigentes da humanidade devem ser os bem nascidos. Bem nascidos para estes monstros é quem nasce na riqueza. São os eternos puxa-saco das classes privilegiadas na brutalidade dos mandões bem nascidos que levaram a sociedade humana à degradação física e moral em que se encontra a ponto de destruir à bala ou veneno os amantes da paz, ou denegrirem a imagens daqueles que pregam um governo sem tanto sofrimento cobrindo tais pessoas com impropérios muito ouvidos nas rádios CBN e Bandeirantes, embora na imprensa mundial não conte seus nomes como ladrões do povo como sempre acontece com os privilegiados de saco babado pelos deformadores de opinião em sua filosofia barata que procura inverter a realidade de que mundo bom seria um mundo de paz e nunca de competição.

Quando a Revolução Francesa cepou fora a cabeça dos principais privilegiados de então, novos privilegiados tomaram o lugar daqueles, de modo a que são eles, os privilegiados os responsáveis por toda a infelicidade do mundo. Quando acontece de um não privilegiado chegar à condição de dirigir a sociedade como aconteceu por aqui, sua falta de caráter o levou para o mundo dos privilegiados juntamente com a família, e passou a gozar das delícias do mundo dos ricos onde criou raízes e virou amigo de Bush, de Maluf e de Sarney.

Estes tais de intelectuais repetidores como papagaio do que disseram outros pensadores não dispõem de idéias próprias. De nada valem seus conselhos. O mundo nunca esteve em outras mãos senão dos privilegiados e o resultado é o que temos aí. Tanto não sabem o que falam estes infelizes que suas frases começam sempre por um “eu acho que”. Quem “acha” é por não sabe, e quem não sabe não deve dar pitaco.

O passado deve ser encarado como escola, um espelho que mostre ao presente os erros que podem ser evitados a fim de se chegar a futuro melhor. O passado nos ensina que a desunião recomendada pelos filósofos papagaios pregadores desse sistema monstruoso defensor da existência de famintos que precisam vender sua saúde na forma de força trabalho a fim de sobreviver, resultou na transformação do mundo em armas e guerras. O país maravilha para eles, por ser o mais rico e, consequentemente, mais poderoso, é também o que tem mais armas e mais infelicidades. Embora seu padrão de vida seja o mais alto, é uma altura sustentada numa base feita de sangue e bombas que arrancam braços de crianças. Ironicamente, também é um país de alta religiosidade, mas que apóia governos assassinos e destruidores de Jericós para lhes tomar os tesouros.

O mundo estará salvo da derrocada para a qual se dirige quando a juventude se ligar nos pensamentos de Cazuza, Renato Russo, Raul Seixas, John Lenon, enfim, gente desse tipo. Inté.  

  

 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

INUTILIDADE DA PESQUISA


O resultado de uma destas pesquisas idiotas que bamboleiam por aí e cujo resultado passa a anos luz de uma resposta coerente com a realidade da vida em sociedade de pessoas dignas de serem consideradas como seres humanos levou meu pensamento à seguinte reflexão:

SE FOR PERGUNTADO A:

MACACOS se preferem um lugar onde haja muito minério ou um lugar onde haja muita banana, a resposta será muita banana.

JOVENS BRASILEIROS se preferem ler um livro de Laurentino Gomes, ou conhecer o motivo pelos quais somos tão inferiores em relação a outros povos nas explicações do Mestre do Saber doutor Ubirajara Brito no livro Roteiro Para Reflexão Sobre o Pensamento Ocidental E A Educação No Brasil, ou se preferem futucar um “smart phone”, todos preferirão a futucação.

BANQUEIROS se preferem seus bancos numa terra de gente honesta ou no Brasil, evidente que dá Brasil na cabeça.

USUÁRIOS DE DROGAS se preferem um regime que reprime o uso ou um regime que nem liga para o fumacê, a resposta será pró fumacê.

EMPREITEIRO se prefere fazer uma construção para uma empresa privada ou para o governo brasileiro, a opção será pelo governo brasileiro porque o povo não se incomoda de pagar duas ou três vezes o custo.

POLÍTICO, EMPREITEIRO, BANQUEIRO, DONO DE PLANO DE SAÚDE, enfim, um membro de qualquer desses clubes do colarinho prateado se prefere Joaquim Barbosa como presidente da república, a resposta será NÃO E NÃO! NUNCA! JAMAIS! VADE RETRO!

ESSE MESMO GRUPO AÍ DE CIMA se prefere exercer suas atividades num lugar cujo povo prefere ter como lazer atividades ligadas à leitura, boas peças de teatro, boa música, educação, política e saúde, ou num lagar onde o povo prefere requebrar os quadris no axé, a resposta será pelo contorcionismo “das partes”.

UMA RATAZANA se prefere viver num lugar onde não haja gatos ou num lugar onde haja muitos gatos, a preferência será pelo lugar sem gatos.

PREGUIÇOSOS E IGNORANTES se preferem abastecer sua despensa com trabalho ou com cesta básica, a resposta será cesta básica.

JOGADOR DE FUTEBOLA se prefere a construção de um terreirão para escoicear bola ou uma escola ou hospital, a resposta será o terreirão para escoiceamento.

TELEVISÃO se prefere um povo que exija programas para um público de gosto refinado ou de preferência pelas putarias, dá putarias na cabeça.

            Nem mesmo um estrangeiro que tenha visitado o Brasil, como os atores americanos que zombaram desse povinho, seria capaz de discordar de ser esse o resultado de uma pesquisa nas condições mencionadas. O ânimo que orienta na resposta de cada um à pergunta sobre sua preferência depende do grau de desenvolvimento mental. Sendo nossa sociedade composta por pessoas de nível mental medíocre, as respostas só podem ser também medíocres do ponto de vista de uma sociedade formada por pessoas de nível intelectual elevado porque tal sociedade, quando houver, será composta de cidadãos em vez de ladrões, requebradores de quadris e escoiceadores de bola.

Entretanto, os parâmetros desnorteados que orientam a sociedade cristã e capitalista desnorteiam até cidadãos comprovadamente cidadãos como frei Beto e seu colega Leonardo Boff, os quais, mesmo envolvidos na batalha por uma sociedade melhor, ainda assim, seus pronunciamentos demonstram grandes equívocos. Sua luta par uma condição melhor para o povo através de uma política correta está em desacordo com a afirmação religiosa de que o bem-estar provém de Deus, coisa inteiramente descartada na evidência da falta da complementação por Deus do trabalho não só destes dois religiosos, mas também de outras figuras tão maravilhosas quanto eles, como Dom Hélder Câmara, Dom Paulo Evaristo Arns, Dona Zilda Arns, a irmã Dorothy, Joana Angélica, Irmã Dulce, e tantos mais que desconheço face às minhas limitações de iletrado. Por mais que tenham estas pessoas feito sua parte na briga por um Brasil melhor, ele está cada vez pior. Todos conhecem, como conheço eu, muitos casos de ser atropelada por canalhas da pior qualidade uma pessoa de boa índole, do tipo que a religião recomenda, e que lutou honesta e bravamente por um lugar onde ter algum sossego com sua família.

Para os religiosos com os quais converso, a felicidade só pode ser alcançada por pessoas religiosas, depois da morte, e ao lado de Deus, o que exclui os desobedientes que não contribuem com o dízimo. Além desta redução, embora insignificativa porque são poucos os descrentes, ainda assim haveria outra redução mesmo entre os religiosos. Se a felicidade só existe ao lado de Deus, como afirmam, tendo Deus um lado bom e outro ruim, a felicidade só seria alcançada por aqueles que encontrassem lugares ainda desocupados do lado bom de Deus. Os demais iriam para o lado onde também há chamas e lava escaldante. A esta constatação tanto chegarão os religiosos que não encontrarem vaga do lado bom de Deus quanto nós, os impuros dirigidos ao inferno onde teremos oportunidade de grandes proseamentos com os habitantes de Sodoma e Gomorra, uns assados por labaredas divinas, outros petrificados por um revestimento de cuspe vulcânico.

Não digo tais coisas para ofender pessoas babacas ligadas a pesquisas, religiosidade, futebola, pipoco de fogos, futucação de smart phone, corrida de carros ou de pessoas (inclusive em cadeira de rodas) e axé, além de dar apoio a um governo que compra votos com cesta básica e que morre de amores por Eike Batista. Se as digo é na esperança de advertir os jovens quanto à falsidade da orientação que lhes é dada, de onde provém os erros que pela inexperiência são cometidos e dos quais resulta uma sociedade tão infeliz que leva duas jovenzinhas ao suicídio por constrangimento de terem suas doces imagens divulgadas fazendo a putaria que a televisão lhes ensina. Tudo que é ensinado aos jovens são mentiras e mais mentiras. Não aceitem, jovens, a farsa usada para alívio de peso nas consciências egoístas de quem afirma ser o sofrimento dos deserdados pela vida produto de sua opção errada na encruzilhada do livre arbítrio. Em vez disso, observem que as pessoas a afirmarem esta sandice são as mesmas pessoas que promovem reuniões em templos rebocados a ouro, onde se prega a virtude da humildade, mas que ao saírem de lá se dirigem aos desfiles de moda onde trocam por uma roupa dinheiro bastante para alimentar centenas de crianças largadas à própria sorte na condição de bichos, e que como bichos irão atacar seus filhos.

Digo estas coisas por ter observado a vida por quase oitenta anos e aprendido que o bem-estar só pode ser alcançado com esforço de quem o deseja. Não é possível esperar que ele nos seja presenteado por Deus ou pelas autoridades preocupadas exclusivamente na sua manutenção em cargos que lhes permitam ações como as reveladas pelo auditor fiscal de São Paulo que declara ter feito farras monumentais com dinheiro roubado. Às autoridades interessa orientar os jovens para a indiferença quanto às coisas da política, única responsável pelo sofrimento humano. Os jovens estariam protegendo seus filhos com maior eficiência se em vez de orações procurassem saber se há verdade nos livros Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos e O Chefe.

Ainda que sujeito à zombaria de ser um “prosa” pelos que preferem se acomodar na ignorância de almejar paz através de riqueza, vou à luta em defesa das futuras gerações, e é esta a causa de refutar as bobagens que trouxeram o mundo à condição de morada de brutos tão brutos que o estão a destruir.

Digo estas coisas com a convicção de nunca ter feito mal propositadamente a ninguém. Ao contrário, nunca vi entre os frequentadores de igreja e proseadores com estátuas que conheço alguém tão empenhado quanto eu em ver aliviado o sofrimento daqueles que sofrem. É verdade que sou considerado desonesto por um ou dois comerciantes em virtude do trabalho que fazia, mas esta infelicidade pessoal se deveu ao mau caráter e desonestidade de um religioso que maldosamente me colocou nesta situação. Inté.

  

 

 

  

 

 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

BOBAGEM INFINITA


A Revista Veja publicou extensa matéria sobre maconha que confirma plenamente o dito de que o que é do chão não quer colchão. O modo de encarar o problema das drogas pela reportagem é digno de um povo cujo cérebro seja incapaz de elaborar algum raciocínio por mais elementar que seja. Os comentários, então, causam profunda tristeza a quem observa a vida e tem de conviver com pessoas tão inexperientemente bobas. Faz crer que tudo aquilo é uma encenação propositadamente urdida com a finalidade de enganar, como é próprio do sistema capitalista, especialíssimo em mentiras capazes de fazer escravos contentes com sua escravidão. Um comentarista empolgado pela babaquice da reportagem, disse: “Veja arrasou”. Isto me lembrou uma historinha ouvida num boteco: Uma bichinha muito rebolativa se dirigia para a igreja com a bíblia debaixo de sobaco, quando dá com alguns rapazes que lhe fizeram uma tremenda gozação. Nesse momento passa um carro em alta velocidade e dá um verdadeiro banho de lama nos brincalhões. Ao se sentir vingado ou vingada, a bichonilda religiosa eleva as mãos para o céu e exclama: “Obrigada, Jesus, você simplesmente arrasou!”.

É impressionante e intrigante o fato de partirem de psiquiatras e psicólogos, opiniões verdadeiramente bobas sobre o tema. A afirmação “maconha faz mal” usada várias vezes, sugere que alguém seja tão imbecil a ponto de não saber que maconha faz mal tanto quanto também fazem roliúde, coca-cola, açúcar, sal, sol em excesso, água em excesso, cerveja, cachaça, uísque. Tudo isso faz mal e a maioria delas causa tanta dependência quanto a maconha. Tais opiniões só encontram explicação no fato de que seus emitentes não sabem nada sobre a verdade das drogas. O sistema educacional apenas dá aos “sabichões” emitentes das opiniões infantis informações técnicas, o que é bem diferente do conhecimento amplo sobre a problemática que envolve tal assunto, principalmente do ponto de vista social.  Tal conhecimento ultrapassa de muito o fato de se medicar alguém que estragou seu organismo por fumar maconha.

Sociedades com nível de educação infinitamente superior ao nosso encaram o problema das drogas com olhos diferentes dos olhos de técnicos formados pelo sistema deseducacional desta República de Bananas, terra de macacos que imitam apenas o lado ruim das coisas que observam em povos com alguns milímetros na nossa frente na escala da evolução. Nenhum dos enaltecedores das bobagens da reportagem declarou ser ou ter sido usuário de maconha, portanto, falam apenas por ouvir falar. Como os religiosos, nenhum deles já abriu um livro escrito por pessoa realmente inteligente sobre a anti-religiosidade. Para eles, a religião dispensa o raciocínio porque as coisas de Deus dispensam explicação. É porque é e tá acabado.

A maconha é extremamente benéfica na velhice, quando momentos inexplicavelmente desagradáveis atormentam quem se sente infeliz por viver no meio de tanta mediocridade. Sou um destes velhos considerados chatos para a maioria absolutíssima das pessoas incapazes de sentir tristeza ante o quadro de uma menina-mãe na sarjeta a esmolar com outra criança no colo. Para os frequentadores de igrejas entre os quais estarão certamente os escritores assalariados e seus inocentes leitores e opinadores, o sofrimento daquela criança-mãe nem sequer os faz bater a passarinha. Ela está assim por ter se desviado o livre arbítrio. Então, que se arrume. Já para mim, ateu, o sofrimento de todos os deserdados pela vida está simplesmente na perversidade do sistema capitalista ferozmente defendido pelos escritores e pela grande imprensa com seus truques de idiotizar e desviar a atenção de inocentes para o lugar errado.

Fumar maconha, o que fiz por cerca de quinze anos, me aliviava a tristeza de ser obrigado a ver nesse ambiente de seres ideologicamente desprezíveis do mesmo modo como a injeção na veia me aliviava do sofrimento da cólica renal. A maconha é prejudicial apenas para quem não sabe se comportar racionalmente, como os jovens. A única verdade do que disseram os opinadores é que a maconha faz mal. A mim, depois de cerca de dez anos de uso, comecei a perceber aumentar o mal-estar já existente no estômago. Ao concluir que realmente isto acontecia, parei de fumar. Não perco oportunidade de dizer aos jovens que eles não devem se envolver com nenhum tipo de droga exatamente pela falta o autocontrole que os leva à escravidão do vício incontrolável e à ruína total.

Aqui está a opinião sobre o tema das drogas emitida por ninguém menos que o Dr. Alexandre Vital Porto, escritor e diplomata. Mestre em direito pela Universidade de Harvard, que trabalhou nas embaixadas em Santiago, Cidade do México, Washington e na missão do país junto à ONU, em Nova York. Portanto, pessoa de conhecimento sobre problemas sociais infinitamente maior do que o de médicos enclausurados em consultórios cuja experiência não passa do relacionamento com um doente e emissão de receitas. O Dr. Alexandre Vital Porto escreve aos sábados, a cada duas semanas, no caderno "Mundo" do jornal FOLHA DE SÃO PAULO, que publicou a seguinte matéria da autoria daquele experiente cientista social: A UTOPIA DE UM MUNDO SEM DROGAS. Eis aqui sua opinião:

 

“Os astecas comiam cogumelos alucinógenos; os antigos hindus fumavam maconha; os romanos misturavam ópio ao vinho. Parece que nunca houve sociedade sem drogas.

 

Sem contar os usuários das drogas já regulamentadas, como álcool e tabaco, atualmente, entre 3,4% e 6,6% da população adulta do mundo utilizam drogas ilícitas, como maconha, cocaína e anfetaminas.

 

A maioria destes fará uso eventual, sem maiores consequências ao longo da vida. No entanto, de 10% a 13% desenvolverão problemas de saúde, como dependência, ou contaminação por HIV e doenças infecciosas. O que era para ser recreativo vira patológico.

 

De cada cem mortes no mundo, uma decorre de atividades relacionadas ao tráfico de narcóticos. Estima-se que os custos dos problemas de saúde relacionados ao uso de drogas ilícitas alcancem de US$ 200 bilhões a US$ 250 bilhões anualmente.

 

Os prejuízos causados pela atividade ilegal – mas muito lucrativa – são absorvidos pelo conjunto da população. É como se o povo subsidiasse os traficantes com incentivos fiscais. É o pior de dois mundos.

 

Em 1961, a ONU aprovou sua Convenção Única sobre Entorpecentes com o objetivo de combater o problema das drogas por meio da repressão à posse, ao uso e à distribuição. O documento, assinado por 184 países, tornou-se, em grande parte, base conceitual para a elaboração das legislações mundiais sobre o tema.

 

No entanto, mesmo em países com leis especialmente severas, como Arábia Saudita e Cingapura, o tráfico e o consumo de drogas persistem. O exemplo clássico da ineficácia desse enfoque, a Lei Seca, tentou proibir o consumo de álcool nos EUA entre 1920 e 1933. O que acabou conseguindo foi transformar Chicago num antro de crime e criar personagens da linhagem de Al Capone.

 

Enquanto se persegue a utopia do mundo sem drogas, o comércio internacional de entorpecentes movimenta cerca de US$ 300 bilhões por ano. Em lugar de contribuir com impostos, esse dinheiro paga propinas e estimula a corrupção das instituições democráticas.

 

A história mostra que parte da população mundial vai continuar se drogando. Mesmo que, para isso, tenha de desafiar as leis. Se políticas de repressão estrita funcionassem, o Irã não teria uma das legislações mais severas quanto ao tema e um dos piores índices de dependência de heroína do mundo.

 

Os países que resolveram enfrentar a questão por meio de políticas inovadoras, que consideram o tema como de saúde pública e incluem a descriminalização do consumo de drogas leves, como a maconha, têm tido resultados encorajadores na reabilitação de usuários e no combate à criminalidade e outras consequências negativas da dependência.

 

A proibição das drogas só dá lucro aos traficantes. Não elimina o consumo nem seus efeitos deletérios, mas impede o controle, a tributação e potencializa o problema. Torna-se um fator de corrupção. Mas, acima de tudo, é irrealista. É tempo de considerar que "um mundo livre de drogas", como quis a ONU, talvez não seja possível. O jeito é conviver com elas pagando o menor preço.”

Aí está a opinião de alguém cuja visão ultrapassa as paredes de um consultório ou sala de aula destinada e preparar pessoas para não pensar em outra coisa que não seja ganhar dinheiro. É a opinião de quem entende da realidade da vida, principalmente da vida em sociedade, coisa inalcançável por médicos como o que tratou de mim e me disse depois ter eu ficado bom em função das graças da graça de Deus.

Quem nasceu para pardal jamais alçará vôos mais elevados. Inté

 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

HOMENAGENS BIZARRAS


Por que Lula tem tanto prestígio no Brasil a ponto de eleger quem indicar, e em Portugal a ponto de ser homenageado com título de DOUTOR HONORIS CAUSA? Seria ele uma personalidade de caráter tão positivamente marcante que se faz digno das honrarias? Evidente que não. Lula não merece outra coisa senão fazer companhia aos seus companheiros encarcerados e devolver a fortuna que tornou rica sua família de pau-de-arara. Se assim é, como se justifica o endeusamento desta personalidade? Tão simples a resposta como água potável em taça de cristal. Por dois motivos evidentes para quem pensa: A adoração do brasileiro por lula está na personalidade infantil da absoluta maioria desse povo requebrador de quadris cuja ignorância só encontra paralelo na ignorância do próprio Lula. Ele já afirmou publicamente o seguinte: “Vou telefonar para o meu amigo Bush”. Vê lá se Bush, na sua também altíssima ignorância vai se rebaixar a ser amigo de Lula. Sua amizade de amigo da onça é com as riquezas desse país de triste sorte. É por não saber de nada que este pobre povo comprado por uma cesta básica, paga pelo trabalho dos que trabalham, e que se não são comprados pela cesta o são pelos falsos discursos e as festas de futebola e de axé.

Se no livro 1808, Laurentino Gomes traça o perfil de inutilidade do brasileiro, no terceiro livro de sua trilogia sobre a História do Brasil, o que trata da Proclamação da República, denominado 1889, na página 72 encontramos a confirmação do que foi dito anteriormente sobre a distorção do caráter desse povo festeiro e imprestável para qualquer outra coisa que não seja requebramento de quadris. Eis a observação do historiador Koseritz mencionado pelo autor do citado livro sobre o caráter alegre e despreocupado do povo carioca: “Apesar da escravidão e da pobreza, que ainda dominavam a paisagem, nas ruas cantava-se e ria-se o tempo todo. As festas e os batuques eram frequentes”. Aí está, pois, a distância que separa esse povo festeiro da realidade da vida. A eterna propensão para as brincadeiras desse povo que não usa a capacidade de raciocinar não permite cair na realidade de que um vira casaca que agora anda de braços com Sarney e Maluf, a quem acusava de bandidismo, virou também acusado do mesmo banditismo provedor das falcatruas denunciadas no livro O Chefe. No jornal Correio da Manha, de 18/11/13, com o título Dinheiro de Lula veio para Portugal, temos a seguinte notícia: O deputado federal brasileiro Anthony Garotinho afirma que Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, exonerada por suspeita de corrupção, depositou 25 milhões de euros em Portugal”.

Todo o mal que aflige os brasileiros decorre unicamente da ignorância da absoluta maioria da população acomodada na infelicidade de viver de esmola e festa. Aí está o motivo da preferência Não só por lula, mas também por outros ídolos igualmente ridículos e também tão adorados a ponto de a imprensa não menos ridícula estampar notícia e foto de Ronaldinho ganhando mordidinha no beiço, de Daniela Mercury afirmando que gostaria de ser engravidada por sua companheira de imbecilidade, e assim por diante.

O fato é que o brasileiro teve origem num ambiente contrário ao bom senso e coerência das pessoas capazes de um comportamento compatível com um mínimo de inteligência. É um povo que aplaude o que lhe é prejudicial. Acredita em coisas das quais até crianças mais espertas duvidam. Os meios de comunicação mostram constantemente brasileiros sendo iludidos por idiotas que se acham espertos, mas que são tão idiotas quantos todos os demais idiotas que mesmo dependurados em transportes quentes como forno discutem futebola e indagam onde será a próxima festa de axé. Esse tipo de gente, como se pode ver, não tem discernimento para saber o que faz. Se soubesse, não aplaudiria os monumentais terreiros de futebola construídos com o dinheiro de evitar seu choro no corredor do hospital assim que acabar a disposição para requebrar os quadris. Do ponto de vista dos brasileiros, a explicação é, pois, a falta de discernimento.  

Mas, e como se justifica a adoração de Portugal pela mesma figura insignificante? Justifica-se, igualmente, pela falta de senso comum. É tradicional a fama do procedimento distanciado da lógica pelos portugueses. Não há quem não conheça alguma história de português sobre esse assunto. Além disso, a afirmação de terem sido levados para lá parte dos roubos de que trata o livro O Chefe, num mundo onde a coisa mais importante é dinheiro, pode muito bem ter influenciado para a homenagem tão merecida quanto a que a Academia Brasileira de Letras prestou a um também iletrado jogador de futebola. Afinal, o Brasil Nasceu em Portugal e, como se diz, filho de peixe é peixim. Inté.    

 

 

 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

COMPORTAMENTO INADEQUADO


O mundo carece de valores espirituais. Acreditam os seres humanos que a espiritualidade está nas igrejas ou nas seções espíritas, lugares onde não há nem sombra dela. A espiritualidade está em cada um de nós, mas é simplesmente ignorada e por isso não se manifesta. Ela não está presente em seres brutos. A expressão espiritualidade indica a disposição ou ânimo que orienta o comportamento. O comportamento de quem busca paz dirigindo seu pensamento a uma entidade imaginária e distante está em dissintonia com a realidade porque tal pessoa vive uma fantasia uma vez que os problemas estão à sua volta. A única causa de infelicidade é exatamente a falta de ligação com a realidade. A realidade é que nunca haverá a humanidade de viver em paz enquanto dissociada das causas que produzem os dissabores. Se não há quem não queira se dar bem na vida, também não há quem tenha o ânimo de agir nesse sentido. Das atitudes humanas provém dissociação em vez de união e esta é a causa de todos os tormentos porque é impossível haver um mundinho particular para quem quer que seja. Temos obrigatoriamente de viver em comunidade, o que exclui a privacidade.

Espiritualidade, pois, só há quando se alcança um nível mais elevado, um refinamento, no modo de agir dentro do grupo, o que está muito longe do comportamento humano. Os agrupamentos humanos formados pelas pessoas tidas como as mais civilizadas, como o grupo formado pelo povo americano, inclui em seu seio jovens que disputam quem é capaz de derrubar com apenas um soco no rosto alguém que passa desavisadamente pela rua, não importando de se tratar de homem, mulher, ou idoso. Não precisa ser sabido para saber ser o comportamento destes jovens orientado por total desconhecimento de sociabilidade, superando de muito a brutalidade do comportamento dos animais tidos como inferiores. Se o comportamento é orientado pelo ambiente em que se foi criança, outro comportamento não pode ter adultos que foram crianças em meio à brutalidade e à valorização das coisas medíocres em detrimento das coisas realmente valorosas e capazes de produzir elevação espiritual. Ao contrário, a humanidade caminha para uma degradação moral e espiritual nunca vistas nem mesmo nas épocas chamadas bárbaras porque em nenhuma época anterior a humanidade agiu conscientemente no sentido de sua autodestruição.

Os instintos bestiais que ainda não deixaram o homem nunca foram motivo de orgulho e promoção social, coisa agora verificada. As distorções de conduta que eram erradamente censuradas porque cada um deve ser senhor de suas vontades, se já foram ainda que indevidamente motivo de vergonha, atualmente é motivo de orgulho, o que também não está certo. Como encarará a vida social uma criança que vê sua avó alardeando que deseja ser engravidada por outra mulher? Ou um pai que se fecha num quarto onde vai se deitar com outro homem? Certamente ficará sem entender quando ouvir que a fantasia da sacralidade bíblica condena tal procedimento.

Pela superioridade que a natureza concedeu aos seres humanos eles tem o dever de se comportarem com a superioridade de viver em paz em vez de se igualarem aos bichos que precisam se destruir mutuamente. Esta superioridade, entretanto, só pode ser alcançada pela nobreza espiritual difícil de ser alcançada porque as pessoas dentro dos agrupamentos humanos mais admiradas e merecedoras de louros são exatamente as pessoas mais desprovidas de nobreza espiritual. Ao contrário, quanto mais insignificante do ponto de vista da sociabilidade, maior valor a sociedade atribui a tais pessoas. Se o sujeito adquire massa muscular suficiente para destruir seres humanos, ou se é capaz de escoicear uma bola dando-lhe forte impulso, ou se fica bom na arte de requebrar os quadris com uma guitarra dependurada no pescoço, ou se adquire habilidade para espetar espetos em um pobre touro até matá-lo, ou se dirige um carro mais rápido do que seus companheiros de idiotice, ou se consegue ajuntar de qualquer maneira uma montanha de dinheiro, passam tais pessoas a merecer o título de celebridade, respeito e admiração da sociedade, embora todas sejam prejudiciais à ascensão espiritual necessária a uma vida menos estúpida e, consequentemente, digna do ser humano.

Se a vida não precisa nem deve ser encarada com pessimismo e atitudes negativas, também não deve ser vivida apenas em brincadeiras e fantasias porque se chega inevitavelmente ao momento de se encarar a realidade da morte, coisa refutada pela fantasia. Age-se como se não se tivesse de encarar esta realidade. As únicas coisas merecedoras de reflexão dentro da cultura humana são as atividades relacionadas com bens materiais e esta é uma atitude geradora de infelicidade depois de passada a fase de requebramento de quadris ou a disposição para juntar dinheiro. Se a fantasia é fluida porque feita de enfeites e abstrações, a realidade é feita de concreto e permanente. Inté.  

 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

FAZER ALGO PELOS JOVENS


 

Se nós, os velhos de hoje, arcamos com as consequências das insanidades praticadas na juventude, os jovens de hoje que serão os velhos de amanhã terão infinitas consequências a mais para amargurar ainda maiores dissabores num futuro que eles pensam estar muito longe, ou mesmo que não vai chegar. Nem de longe percebem que cada pulinho do ponteiro do relógio é um passo nessa direção. Fatos que certamente passam despercebidos pelas pessoas que não me compreendem são motivos de preocupação para mim, independentemente de minha vontade. Mais ainda por saber que a alienação dos jovens é propositalmente inoculada neles por um sistema perverso de administração pública que assim age a fim de manter os jovens longe da realidade das coisas da vida. Há cerca de dez anos, na entrada de um dos cinemas do Shopingue Barra de Salvador, vi um jovem depositar sobre o balcão uma caneca imensa de refrigerante e sacudir furiosamente um saleiro sobre um não menos gigantesco saco de pipoca. Até hoje me lembro daquela cena sinistra. Mais recentemente, há cerca de quinze dias, numa das poucas vezes que almoço em restaurante, por ter aprendido com a experiência que comida precisa ser saudável, e que isto só é possível em casa, vi uma jovem sentada à mesa ao lado também sacudir incessantemente um saleiro sobre o prato ao qual dedicava menor importância do que a um aparelho eletrônico que manuseava empurrando as imagens para os lados, para cima e para baixo. Só tirava a mão do aparelho para aspergir sal na comida, beber um gole de refrigerante e colocar uma garfada na boca, voltando a futucar o aparelho enquanto mastigava, o que está a anos luz do procedimento correto de se alimentar.

É claro que qualquer pessoa da minha idade sabe perfeitamente que a combinação do sal e do açúcar resulta em hidratação exagerada do organismo, sem falar na tinta contida na garapa denominada de refrigerante que os meios de comunicação incentiva indiferente ao malefício que causa. Num Saite intitulado “o médico fala sobre água” o amigão Google mostra uma palestra em que o médico afirma que pai que leva refrigerante para sua casa é por não gostar dos filhos. Entretanto, ainda sabendo que aquele procedimento apressará a transformação de um jovem saudável em um velho na UTI, as pessoas de um modo geral nem batem a passarinha ante aquela cena brutal. Não consigo compreender como se pode presenciar o anúncio de uma infelicidade e não ficar ansioso para avisar o futuro infeliz da infelicidade que o ronda. Isto não acontece comigo e, em consequências me dizem para me ligar no lado bom da vida.

Quem já caminhou todos os caminhos que a vida nos apresenta para serem caminhados, salvo se nada observar durante a caminhada, chega inevitavelmente à conclusão que o lado bom da vida é só aquela fase em que se pensa ser eterna a juventude. Fazem-se planos para o futuro e se fala em felicidade para sempre. Mas esta mão é a realidade. Se não deve nem se pode chafurdar na amargura e ser um pária da sociedade, também não se deve chafurdar numa eterno festejamento acreditando que a vida é só festa. Toda festa traz o cansaço no dia seguinte. Se o cansaço da festa se cura com ingestão de líquido e repouso, o cansaço da vida é bem diferente porque sua cura só se dá na UTI, e nem sempre é alcançada.

Como dizia o Gonzaguinha, “não dá prá ser feliz” depois que a gente aprende como funciona a vida na realidade. Não tem cabimento que em vez de estimular o esclarecimento nos jovens, faz-se o contrário. É perversidade ser indiferente ao cometimento de um crime, e é crime pavoroso o que se faz com os jovens ao idiotizá-los a ponto serem indiferentes ao descalabro para onde vai a sociedade na qual apenas eles estarão daqui a pouco. Notícias como esta: “Rodrigo Faro fatura R$ 1,5 milhão por mês e sonha com um canal próprio” ou esta: “O lutador franco-canadense Georges St. Pierre é o 10º colocado na lista dos mais bem pagos de 2013, com a bagatela de US$ 400.000,00. Tá bom pra você?”. Não se pode ser indiferente a estas coisas, salvo se, como disse o médico sobre os refrigerantes, se os pais não gostam dos filhos. Estas coisas estão completamente erradas. É um desestímulo às atitudes que enobrecem o espírito. É preciso inverter esta situação de que quem menos vale é quem mais vale. Não dá para ser feliz sabendo que tão elevados salários tem como retorno não o benefício da sociedade, mas, ao contrário, seu malefício. Do trabalho destes promotores de brincadeiras, com o agravante da brincadeira violenta da qual resulta deformações físicas e psíquicas, a alta importância dada a elas tem por objetivo desviar a juventude e transformar os jovens em completos idiotas barulhentos, comedores de sal, açúcar e água colorida, sem nem desconfiar que à sua espera está uma UTI e muito sofrimento. Avisemos aos jovens que independentemente de pessimismo, é do procedimento atual que resultará a qualidade da velhice, e que ela chegará sem qualquer sombra de dúvida. Inté.

  

domingo, 17 de novembro de 2013

O MARTELÃO DO JOAQUIMZÃO


O brilho da centelha de esperança surgida nos protestos de junho, mas desvanecida com o recolhimento dos jovens protestadores que procuravam melhores caminhos por onde caminhar, mas que parecem ter se cansado, ressurge agora, não apenas como centelha, mas como estrela de primeira grandeza cuja luminosidade renova as esperanças nas cabeças de quem as tem. Este brilho traz consigo a promessa da mudança pela paz em vez de quebra-quebra. Os bancos, em vez de serem arrebentados, terão função social e, sob a fiscalização de um Banco Central comandado por um homem honrado, passarão a beneficiar a sociedade em vez de roubá-la para enriquecer parasitas. Os pregadores da mentira, aqueles que ganham dinheiro escondidos atrás de livros e microfones tendenciosos denegrindo a imagem do socialismo serão silenciados pelo predomínio da verdade. Os professores passarão a ter o prestígio dos jogadores de futebola e cantadores de axé, enquanto os jogadores de futebola e bailarinos de axé passarão a ter o prestígio que atualmente tem os professores. Isto é, serão tratados a cassetete, gás pimenta e bomba de efeito imoral. O “S” do BNDES sairá de dentro das aspas porque deixará de financiar pilantragens e financiará uma reforma agrária da qual resultará o desafogamento das cidades, comida mais barata e mais saudável. Os mármores e o luxo dos hospitais serão substituídos por um atendimento verdadeiramente humano a quantos dele necessitar. O colarinho alvejado dos planos de saúde e das empreitas será escorraçado por cães enraivecidos e irão substituir nas cadeias os ladrões de galinha, passando as construções a custarem o preço correto, como também uma consulta médica. A educação convencerá aos requebradores de quadris da vantagem da convivência harmoniosa e os ricos serão convencidos da vantagem de pagar imposto em vez de sonegá-lo. Os termos “material humano” e “consumidor” para se referir a seres humanos serão substituídos por “pessoa”. Os politiqueiros serão substituídos por estadistas e o povo passará a acreditar neles e nas instituições. A educação fará esvaziar os presídios e os hospitais, e o povo terá paz mesmo com um efetivo policial menor. Um policial será encarado como merecedor de confiança, apreço e respeito. O transporte individual será substituído por transporte coletivo e o povo respirará ar mais limpo, e os trabalhadores chegarão a seu local de trabalho descansados e na hora certa. Os caminhões serão substituídos por tens de ferro e as estradas serão de excelente qualidade e terão pedágio mais caro. Nelas trafegarão apenas automóveis de boa qualidade não só porque as pessoas de bolsos tão vazios quanto a cabeça serão desestimuladas a viajar em carros chechelentos presenteados por Deus, mas também por não terem necessidade de fazê-lo dispondo de transporte coletivo de primeiro mundo, como gostam de falar. O aroma das idéias novas expulsará o ranço das idéias mumificadas e os poetas serão estimuladas a produzir obras positivas e não terão mais o desprazer de escrever poemas de justificada lamúria como o deste anônimo denominado O ROUBO DO     ERÁRIO:


É ladrão roubando tudo,
De sabido e de otário,
E o povo sempre mudo
Com o roubo do erário.
É assalto à luz do dia,
Em um clima temerário,
No governo uma sangria...
Com o roubo do erário.
Vereador em excesso
Sem fazer o necessário,
Sem combate ou processo...
Com o roubo do erário.
Falta tudo na saúde,
Menos para o secretário,
E o tesouro no ataúde...
Com o roubo do erário.
Prefeito que só promete
Jamais ser um perdulário,
Mas também se compromete...
Com o roubo do erário.
 
Deputados, senadores,
De um feio prontuário,
Que revelam seus pendores...
Com o roubo do erário
Fico sempre pensativo,
É tanto imposto no salário,
E das benesses me privo...
Com o roubo do erário.
Governador, Presidente, Sempre no noticiário, A envolver filho ou parente...Com o roubo do erário.
Fico sempre pensativo,É tanto imposto no salário,E das benesses me privo...Com o roubo do erário.
 


 
Mas, de onde vem esta estrela com tanta luminosidade? Ela é um martelo do tamanho do Brasil portado por Joaquim Barbosa que vem aí feito uma fera. Tremei canalhas de todos os matizes, artífices do apocalipse. Tremei como tremem os politiqueiros do PSDB, que ao contrário do costumeiro escarcéu que fazem ao tripudiar sobre os politiqueiros de outro agrupamento por eles chamado impropriamente de partido político, quando apanhados em alguma bandalheira, desta vez, ante a oportunidade esplendorosa que lhes deu Joaquim Barbosa, o futuro presidente do Brasil, recolheram-se ao silêncio os politiqueiros do bico comprido e do nariz de Pinóquio.  Não emitiram sequer um piu sobre o encarceramento de seus adversários de politicagem e companheiros de falcatruas, tememerosos que estão de chegar a sua vez. Inté.