sábado, 5 de dezembro de 2020

ARENGA 474

             

              Considerando ser a juventude a força motriz do mundo, os jovens não devem desprezar a atividade de meditar sobre temas filosóficos porque a falta disso dá origem ao analfabetismo político que impede entender o motivo pelo qual os currículos escolares se limitam ao lado puramente material da vida. Não obstante deverem os jovens se preocupar com a segurança da manutenção, principalmente pela certeza de virem a ter dependentes, razão pela qual não podem descuidar da profissionalização, nem por isso devem ser indiferentes à atividade meditativa ou filosófica. Só assim poderão se tornar convictos da necessidade de contribuir em vez de parasitar sua sociedade como faz quem vive na ilusão de conquistar bem-estar por meio de riqueza pessoal. Obrigados a viver em sociedade, e se na sociedade ou todos estão bem ou ninguém estará bem, não é racional fazer opção pelo não estar bem como fazem os adeptos da insustentável cultura capitalista geradora de pobreza, miséria e violência.

Sendo a filosofia nada mais do que o exercício da atividade de pensar, evidente não se poder abrir mão dela sob pena de se igualar ao irracional. Veja-se a precisão deste pensamento filosófico do clérigo Jean-François Paul de Gondi, Cardeal de Retz: Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito. Aí está encerrada uma questão indiscutivelmente irretocável. É por terem perdido a vergonha que nossas autoridades não merecem respeito de quem merece respeito.

Tendo sido o ser humano dotado pela natureza da faculdade de poder pensar, por que não fazer uso deste presente se usando-o podemos nos elevar além do mundo das feras onde, por falta do seu uso, teimamos em permanecer ao nos limitarmos a trabalhar, comer, cagar e trepar? O comportamento de quem retribui com ninharia a vitalidade de quem mal pode comer e dormir além de privar-se do convívio familiar a fim de atender ao apito insistente do emprego em nada difere da perseguição insana dos animais que têm presas e garras contra os animais despossuídos destes instrumentos.

São tantas as coisas que precisam ser endireitadas face ao estado calamitoso em que vivem os seres humanos que se tornaram enjoativas as referências às coisas erradas que precisam ser concertadas. Se aqueles que têm o poder de fazê-las as fazem justamente para serem erradas, dentro de tal ambiente jamais deixarão de ser erradas. Daí que só um novo panorama social substituindo o atual pode trazer a sociedade desejada por quem almeja viver civilizadamente, isto é, diferente da vida grotesca e fútil de povo.    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

ARENGA 473

Ganha um doce o jovem que entender o significado da resposta de um sociólogo a um colega seu quando este lhe perguntou se ele sabia de que se tratava uma aglomeração em frente a uma igreja e a resposta foi tratar-se de uma reunião de infiéis. Apesar de parecer enigmática como a orientação de Cristo para deixar aos mortos a tarefa de sepultar os mortos (Mateus 8-22), a referência à correspondência entre uma reunião de religiosos e uma de infiéis encerra uma realidade que se a massa bruta de povo fosse capaz de alcançar solucionaria noventa e nove por cento dos problemas que a infelicitam e que têm origem justamente nesta incapacidade e entender a realidade para noventa e nove por cento da humanidade, e de aceitá-la para os poucos que apesar de a entenderem recusam-na devido ao apego à tradição.

Sendo este aqui um lugar onde pensar, lembremos que Nietzsche comparou a religiosidade à feiticeira Circe, que por interesses inconfessáveis transformou em porcos (irracionais, portanto) os companheiros de Ulisses. Inteligente como não são os religiosos, geralmente inocentes feito crianças, o filósofo quis nos dizer que também por interesses inconfessáveis a religiosidade castra a capacidade de racionar do ser humano. E é exatamente o que acontece com o pretexto de que os mistérios de deus não devem ser motivo de especulação, dificultando, desta forma, o desenvolvimento do raciocínio e, consequentemente, da inteligência.

Esta realidade materializa-se no fato facilmente observável de serem as pessoas mais desprovidas de conhecimento, portanto, as mais ingênuas, as que escrevem em seus carrinhos baratos FOI DEUS QUE MIM DEU, ou que compram feijão santo, as mais religiosas. Daí a observação da sociologia de que um grande número de farmácias e igrejas denunciam alto grau de atraso do povo do lugar.

Sendo os religiosos pessoas de menor discernimento, são também as que mais facilmente se deixam levar pela lábia de espertalhões que disso se aproveitam para fazer carreira na política. Sendo a política que determina a qualidade de vida, vai daí que sendo de religiosos a quase totalidade dos seres humanos, resulta em ser a política usada para promover alto padrão de vida dos políticos às custas do povo obrigado a fornecer-lhes não só o imprescindível, mas também e com maior custo, supérfluos entre ao quais até chicletes.

Assim, o “infiéis” da resposta do sociólogo a seu colega estaria se referindo à realidade de que os religiosos, sendo maioria são quem escolhem os líderes políticos mal escolhidos em função da imaturidade intelectual, motivo pelo qual o jovem filósofo americano Sam Harris, no pequeno grandioso livro Carta A Uma Nação Cristã, manifestou preocupação quanto ao destino de sua pátria por ter seus líderes escolhidos por uma população de maioria religiosa, no que estava certo, visto os constantes ataques terroristas que vitimam aquele povo por conta da política desastrosa de seus religiosos chefes de estado.

 

 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

ARENGA 472

 Uma criancinha chorar por não tirar foto junto com Papai Noel tem uma significância monumental em termos de avanço rumo à civilização, embora passe por algo de menor importância, coisa de criança. É realmente coisa de criança. No porquê de a criança se comportar desse jeito é o reflexo da falsidade que envolve a humanidade, razão pela qual ela é tão inconsequente quanto a criança que embirra pela companhia de Papai Noel. Se a humanidade vive a falsidade de ter por objetivos maiores deus e dinheiro é porque os adultos que a integram foram crianças que aprenderam falsidades por verdades. Quando Shakespeare afirmou que o rumo em que a educação inicia o homem decide seu destina nos ensinou que o adulto resulta da criança que foi. Se às crianças é ensinado que um velho numa carroça voadora percorre o mundo em uma hora distribuindo presentes para crianças, tal criança virá a ser um adulto incapaz de dar à realidade o devido apreço.

Tudo o que serve de lastro para as crenças humanas são falsidades. Desde que se tem notícia de agrupamentos humanos são acompanhadas de notícias sobre pessoas deixando-se levar ou por lunáticos ou por espertalhões. Entre os muitos exemplos da estupidez humana que nos dá o cinema, o filme Forrest Gump mostra um maluco que desembestou numa carreira durante anos e em algum tempo havia uma multidão inteira correndo atrás dele, que ficou sem saber o que fazer quando o maluco se cansou e parou a correria. O apego às falsidades é tão exuberante que os chamamentos sensatos à realidade motivaram punição para pensadores como Cristo e Sócrates, na antiguidade, e, atualmente, para Luther King. Julian Assange e Marielle Franco. Entretanto, nunca faltaram seguidores para a insensatez das compras de Natal, turismo, pensar ou desejar ser o que não se é.

É tão falsa a formação do ser humano que a satisfação das necessidades a que estamos todos obrigados depende da esperteza e insensibilidade social para enriquecer porquanto quem não é rico fica condenado a apenas contemplar a vida sem dela participar como devia. 

 

 

 


sábado, 14 de novembro de 2020

ARENGA 471

 Este cantinho de pensar nem deixa de instigar a juventude para sair da pasmaceira mental nem de pedir aos intelectuais que desçam do mundo da intelectualidade para nosso mundo real e participem da construção de um novo mundo onde a injustiça não prevaleça sobre a justiça. Com o vasto conhecimento de que dispõem, os intelectuais podem escrever escritos que possam ser entendidos por nós todos, mostrando-nos uma forma de superar a imensurável estupidez humana que se apresenta com tamanha magnitude a ponto de fazer a humanidade ser indiferente à destruição de suas condições de vida. Veja-se, por exemplo, a simplicidade e eficiência com que o intelectual Ladislau Dowbor, no livro A Era Do Capital Improdutivo, mostra a necessidade de mudança ao dizer que o desenvolvimento econômico atual cria um débito que vai cair nas costas das futuras gerações. O débito a que se refere o grande economista será a falta de água, solo fértil, ar respirável e doenças cada vez mais letais que as gerações futuras herdarão de seus antecedentes futucadores de telefone. É assim que os intelectuais devem proceder em vez de perderem tempo escrevendo textos complicados que em nada contribuem na luta contra a carência de bem-estar social determinante do bem-estar individual.

Outra economista que com poucas palavras disse muito, foi o velho Marx, que do alto de sua sabedoria desprezada por ignorantes visto que para estes o sábio é que é o ignorante, disse que o mundo carece de modificação em vez de análises. E é uma grande verdade porque realmente não precisamos dos comentários sobre o que está errado porque está tudo errado se a riqueza existente em vez de estar a serviço da coletividade humana foi aprisionada por Reis Midas com a finalidade de satisfazer seu vício mórbido de ostentação. Caso fosse acatada em vez de escorraçada, a observação de Marx, estariam resolvidos noventa e nove por cento dos problemas da humanidade uma vez que decorrendo eles do fato de ser a organização social lastreada em falsidades como religiosidade, consumismo e acumulação de riqueza, em vez da realidade de que só união, justiça social e irmandade podem trazer paz e tranquilidade, modificar esta falsa estrutura é como se poderia mudar o mundo para melhor.

Está mergulhada no oceano de mentiras das quais não poderão se livrar pela falta hábito de pensar sobre o que ocorre à sua volta. A primeira destas mentiras sobre a qual se deve debruçar é a religiosidade, e este começo estará fadado a levar à verdade fazendo a si mesmo as seguintes indagações:  Por que as pessoas menos instruídas são as mais religiosas e, ao mesmo tempo, as mais sofredoras? Por que nenhum intelectual não escreve no carro FOI DEUS QUE MIM DEU? Por que deus mandava cortar animais e colocar os pedaços em altares? Por que deus precisa ser engrandecido constantemente?

Por serem estas questões irrespondíveis é que para fugir delas os representantes de deus dizem aos pobres de espírito que compravam passaporte para o céu e hoje compram feijão santo é que os mistérios de deus não devem ser motivo de questionamento. 

 

 

 

 

  

 

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

ARENGA 470

 


  Uma coisa que sempre aguçou a curiosidade deste cantinho de pensar é qual seria o resultado de uma pesquisa que perguntasse a cada uma das pessoas de um grupo de um bilhão das pessoas do povo de vários países a opinião sobre comunismo e o motivo pelo qual é contra, como diria ser a absoluta maioria dos entrevistados.

Embora Vinicius Bittencourt estivesse absolutamente certo quando afirmou que elevar-se espiritualmente é privar-se de tudo que faz a alegria e felicidade do povo, nós, do cantinho de pensar, optamos por adquirir conhecimento porque assim haveremos de nos elevar espiritualmente o necessário para superar o total desconhecimento do funcionamento desta vida cuja complexidade é tão grande que o historiador Carlo M. Cipolla, nas páginas 30 e 33 do livro As Leis Fundamentais Da Estupidez Humana, afirma que a estupidez não provém de forças ou fatores culturais, mas da natureza, tanto quanto o tipo de sangue de cada um. E Einstein: Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri certeza absoluta. É, pois, o Grande Mestre do Saber afirmando não ter dúvida quanto à infinitude da estupidez humana.

Para nós aqui do cantinho de pensar, embora seja inquestionável a estupidez humana, a afirmação de ser ela natural é questionável porque sendo o comportamento determinado pela formação mental resultante do aprendizado e as práticas que o tempo estratifica em usos e costumes, se às crianças forem ensinados comportamentos inteligentes, isto daria origem a um ambiente social onde fosse inteligente a maioria absoluta dos comportamentos, o que tiraria a primazia da estupidez que grassa mundo afora de maneira tão espetacular que da mesma forma como um burrico entornaria no deserto sua água salvadora, a humanidade destrói os recursos naturais dos quais depende sua vida.

Como as crianças aprendem a mentira de que para viver bem é preciso adorar deus e riqueza, é de tal aprendizado que resulta a estupidez da qual resulta o ambiente em que vivemos onde as pessoas abominando ideias socialistas se colocam contra a favor de uma sociedade de abastados e necessitados em vez de uma sociedade na qual a riqueza pública atendesse as necessidades de todos indistintamente. Esta estupidez, em vez de ser congênita, é transmitida de geração para geração pelo sistema educacional montado pelo interesse antissocial da cultura individualista que dita as regras no mundo e cujos interesses por serem obscuros procuram e conseguem evitar que o povo evolua mentalmente porque quem evolui mentalmente evolui espiritual e se recusa a servir de hospedeiro para o parasitismo do sistema financeiro que enche as burras dos avarentos e cruéis Reis Midas do mundo que borram nas calças ante a possibilidade de lhes faltar uma caixa forte recheada nos infernos fiscais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

      

 

 

 

           

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

ARENGA 469

 

            Quando candidato à presidência desta republiqueta de macacos apaixonados pela cultura rude da paixão americana por deus e riqueza, o doutor Enéas Carneiro, como todo candidato, prometia promover o bem-estar social. Não teve oportunidade de mostrar se faria o que disse, ou se, como fizeram os anteriores e farão os posteriores, usaria do cargo para coisas que ninguém mais desconhece.

Dispondo apenas de quinze segundos para expor suas ideias no programa eleitoral que a papagaiada de microfone diz ser gratuito, apesar de custar os olhos da cara da massa bruta de povo, o candidato Enéas Carneiro enfatizava – MEU NOME É ENÉAS! –, motivo que serviu injustamente para chacota de imbecis incapazes de perceber a sensatez de quem se mostrava contrário ao controle da política mundial por grupos avarentos e antissociais de Reis Midas que transformam a natureza em dinheiro, ou quando afirmou que nenhum pai de família deixaria de ser contra a putrefação televisiva que deturpa a sexualidade dos jovens com cenas de lascívia, ou ainda quando disse que se para ser gerente de um estabelecimento comercial exige-se qualificação, não se justifica que não fosse exigida qualificação alguma para ser gerente do país.

Vale a pena ver no Youtube a entrevista do candidato Enéas Carneiro no programa Roda Viva. Percebe-se na hostilidade dos entrevistadores testas- de-ferro do, com licença da má palavra, ESTABLISHMENT, o processo pelo qual é feita a cabeça do povo pelos defensores da cultura capitalista que por meio do sistema financeiro usa a sociedade como hospedeira para sua parasitagem. Não existia motivo para hostilidade se não existia insensatez nas discordâncias do candidato, visto estar acontecendo coisas totalmente inaceitáveis como incentivo à prostituição por meio do proxenetismo dos órgãos de imprensa ganhando dinheiro para banalizar putarias disfarçadas em notícias sobre “famosos” e “celebridades”, e nem é insensato exigir qualificação para se tornar a maior autoridade do país. Mestre Platão afirmava que o governante deve ser um filósofo.

A desfaçatez dos entrevistadores aparece espetacularmente quando apesar de não perderem oportunidade de espinafrar Lula, contradisseram o questionamento de poder um analfabeto ser presidente da república levantada sensatamente pelo candidato Enéas Carneiro, quando os entrevistadores vestiram a casaca da discordância novamente afirmando ter sido legítima a eleição de Lula, posto que democraticamente escolhido pela vontade do povo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

ARENGA 468

 

           

   Negligenciar o fato de basear suas crenças em falsidades é o maior erro que a humanidade comete porquanto a irracionalidade predomina sobre a razão. Daí declarações como a do religioso presidente do Brasil de que deus é uma pessoa. É tão falso pensar que existe deus quanto pensar que ele é alguém a quem se pode dar um alô. O mal de se apoiar em falsidades dá origem a todos os males que a afetam.

É falsa a crença em haver motivo para que mediocridades mereçam fama e celebridade.

É falsa a fé que se deposita na Constituição Federal como garantia de direitos se as demais leis nela fundamentadas não põem em prática os direitos constitucionalmente garantidos.

É falsa a ideia de ser a democracia a melhor forma de governo porque ficando a cargo do elemento mentalmente reles de povo a responsabilidade pela eleição do governante resulta em se eleger uma pessoa pela destreza no futebola, por ter semelhança física com um destro nesta arte, ou por aparecer em público ao lado de um deles.

É falsa a recomendação para não desejar a mulher casada se a natureza tem suas próprias leis que são fielmente cumpridas.

É falsa a crença em ser o casal feliz para sempre porque depois do só vou se você for o que resta são deveres a serem cumpridos.

É falsa a política porque diz visar a paz social, mas reina o belicismo.

É falsa a crença na liberdade porque ninguém ingeriria veneno sem ser obrigado como Sócrates.

É falsa a ideia de justiça porque muitos trabalham e poucos desfrutam.

É falsa a educação porque não ensina como viver bem coletivamente como somos obrigados.

É falsa a pregação religiosa porque só existe deus na bíblia que o povo tem no lugar onde gente tem cabeça.

É falsa a esperança de encontrar proteção na igreja porque lá se encontra mentira e, por vezes, morte violenta.

É falsa a esperança de haver bem-estar na riqueza porque ela gera pobreza que é fonte de mal-estar.

É falsa a afirmação de depender a tranquilidade social do pleno emprego porque é impossível haver pleno emprego.

É falsa a afirmação de ser gratuita a campanha eleitoral porque custa os olhos da cara dos pagadores de imposto.

É falsa a economia capitalista porque ela explora os pobres em benefício dos ricos visto que não se fica rico trabalhando sozinho.

É falso o papagaiamento dos papagaios de microfone a favor dos bancos e do agribiuzinesse porque os primeiros privatizam imensas fortunas que deveriam estar a serviço da sociedade, enquanto que o agribiuzinesse, envenenando as águas e o solo, deixará terras arrasadas para as futuras gerações.

Virou falsidade até o que era a verdade de ser a juventude o elemento dinâmico da sociedade se os jovens foram transformados em babacas futucadores de telefone.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

ARENGA 467

 

 É comum as pessoas bem sucedidas na atividade de ganhar dinheiro serem gratas a deus a quem atribuem o privilégio de terem alcançado o que consideram sucesso, e nunca se esquecem de agradecer-lhe pela comida sobre a mesa. Entretanto, se deus diz a estas pessoas para desejarem ao próximo o mesmo que desejam para elas mesmas, estas pessoas estão fora da curva fartando-se à larga sem dar bola para as pessoas que por não terem sido bem sucedidas na vida não têm comida nem mesa. Significará realmente sucesso o fato de enriquecer, ou, como disse Philipe Patrik Dimitruk, “O verdadeiro sentido da vida não é chegar primeiro, mas chegar todos juntos ao mesmo destino.”?

Para nós cá do cantinho de pensar, a indiferença dos afortunados em relação aos desafortunados significa que eles estão enganados.

XXXXXXXXXX

Na apresentação do livro enfadonho Guerra e Paz, de Leon Tolstói, Ivan Pinheiro Machado afirma que com Guernica e com Guerra e Paz, o pintor Picasso e o escritor Tolstói teriam dado muito bom exemplo à humanidade ao construir um monumento à paz.  O fato de não se abrir mão das guerras e de se optarem pelas piores pessoas para seus líderes prova que os homens só se interessam pelos maus exemplos.

XXXXXXXXXX

A viagem do campeão Pelé a Brasília, especialmente para cumprimentar efusivamente o general Médici, fato registrado na página 217 do livro Ditaduras À Brasileira, de Marco Antonio Villa, significa que enquanto os campeões do mundo dos bovinos, caprinos e suínos são valorizados em função da capacidade de deixar descendência apta a produzir maior quantidade de carne,  os campeões do mundo do pão e circo são valorizados pelos papagaios de microfone pela capacidade de deixar descendência de maior analfabetismo político.

XXXXXXXXXX

Na página 590 de História Da Civilização Ocidental, o historiador Edward McNall Burns observa que os promotores das mazelas políticas que resultaram na Revolução Francesa estavam tão seguros da passividade do povo que foram indiferentes aos ataques virulentos de intelectuais como Voltaire e Rousseau. Rola aí na distribuidora Amazon de Filmes um filme – Rampage 2, A Punição –, cuja exibição deve-se certamente à mesma indiferença dos promotores atuais de mazelas políticas porque, no filme, o terrorista Bill Williamson torna públicas e sugere vingança contra as injustiças decorrentes da compra de decisões políticas pelos capitalistas, processo pelo qual o câncer social representado pelos parasitas do sistema financeiro estendeu suas metástases pelo mundo inteiro. 

domingo, 8 de novembro de 2020

ARENGA 466

 

     O mundo é tão carente de um sistema político coerente com a dignidade de que o ser humano deve se orgulhar de fazer por merecer que eleições nos Estados Unidos despertam interesse mundial como se aquele país fosse exemplo a ser seguido. Nesta pobre e infeliz republiqueta de bananas. habitada por carnavalescos, torcedores, religiosos e ladrões,  massa bruta de que é feito o povo de mentalidade tão medíocre que doutor acredita que vírus tem ideologia política, por aqui a baixeza da subserviência e a exorbitância do servilismo faz abaixar até mostrar a bunda tamanha é a paixão pelo imperialismo americano. A imprensa recomenda à população para se interessar em acompanhar a eleição do presidente dos Estados Unidos, numa babosidade revoltante para quem gostaria de ter motivo para se orgulhar de seu belo país. 

Em troca de salário, baba ovos profissionais apologizam regimes políticos que transformam seres humanos em carneiros de Cristo onde são tosquiados os que têm lã e esfolados os que não têm. A ninguém que tenha superado a fase bruta de povo é dado desconhecer a monstruosa desumanidade da cultura capitalista. Entretanto, subir um degrau na escala da evolução mental a fim de superar na vida esta fase obscura da povo  exige esforço pessoal nesse sentido visto serem tão camaleônicas as artimanhas capitalistas que conseguem a malandragem de implantar nas pessoas, mesmo as esclarecidas em tecnologia, horror à ideia de justiça social. Manhosamente, a custo de imensas riquezas em propaganda falsa, o capitalismo torna a opinião pública aliada de suas maldades. 

A existência de aparelhos de televisão onde quer que se agrupem pessoas é uma das armadilhas por meio da qual papagaios de microfone, disfarçadamente, fazem a cabeça da massa bruta de povo com tamanha eficiência que pessoas vulgares, totalmente desprovidas do mínimo de intelectualidade passem a merecer tamanha afeição da sociedade que até se arvoram à se tornar presidentes do país. Embora surreal, é a triste realidade. Tamanha é a influência negativa da televisão, apelidada de máquina de fazer doido, que  pais não se incomodam que seus filhos tenham deturpada sua sexualidade presenciando cenas de prostituição. 

Sendo vulgaridades que preenchem todos os espaços, fica a mente incapacitada de elevar-se além das vulgaridades, eternizando desta forma a condição reles de povo. Enquanto as pessoas tiverem mentalidades tão medíocres que se afirmam seguidores dos ensinamentos do Cristo que pregou desprendimento enquanto digladiam por riqueza, tais pessoas serão incapazes de enxergar a falsidade em que vivem, portanto, presas fáceis dos monstros de cuja boca escorre baba de dragão, os Reis Midas dos sistemas financeiros que parasitam a sociedade contanto com a indiferença das pessoas.


  

 

 

 

 

 

 

 


quarta-feira, 4 de novembro de 2020

ARENGA 465

O mundo é carente de um sistema político coerente com a dignidade de que o ser humano deveria se orgulhar e fazer por merecer, realidade espetacularmente demonstrada pelo alvoroço que despertam no mundo as eleições nos Estados Unidos, como se a infelicidade que ronda aquele país fosse exemplo a ser seguido. Nesta nossa ridícula republiqueta de bananas, onde a Rádio Bandeirantes AM de SP tem um programa chamado Brasil com Z, habitada por carnavalescos, torcedores, religiosos e ladrões, povo de mentalidade tão medíocre que doutor acredita que vírus tem ideologia política, por aqui a baixeza da subserviência e a exorbitância do servilismo faz abaixar até mostrar a bunda tamanha é a paixão pelo imperialismo americano. A imprensa recomenda à população para se interessar em acompanhar a eleição do presidente dos Estados Unidos, numa babosidade revoltante para quem gostaria de ter motivo para se orgulhar de seu belo país que apesar de rico, está sempre de pires na mão.

Em troca de salário, baba ovos profissionais apologizam regimes políticos que transformam seres humanos em carneiros de Cristo, onde são tosquiados os que têm lã e esfolados os que não têm. A ninguém que tenha superado a fase bruta de povo é dado desconhecer a monstruosa desumanidade da cultura capitalista. Entretanto, subir um degrau na escala da evolução mental a fim de superar na vida esta fase obscura de povo  exige grande esforço pessoal visto serem tão camaleônicas as artimanhas da cultura capitalista que implanta nas pessoas, mesmo as esclarecidas em tecnologia, horror à ideia de justiça social. Manhosamente, a custo de imensas riquezas em propaganda falsa, a cultura capitalista torna a opinião pública aliada de suas maldades.

A existência de aparelhos de televisão onde quer que se agrupem pessoas é uma das armadilhas por meio da qual papagaios de microfone, disfarçadamente, fazem a cabeça da massa bruta de povo com tamanha eficiência que pessoas vulgares, totalmente desprovidas do mínimo de intelectualidade passem a merecer tamanha afeição da sociedade que até se arvoram a se tornar presidentes do país. Embora surreal, é a triste realidade. Tamanha é a influência negativa da televisão, apelidada de máquina de fazer doido, que pais não se incomodam que seus filhos tenham deturpada sua sexualidade presenciando cenas de depravação. É tão negativa a influência da imprensa capitalista que brutamontes espirituais parasitam a sociedade sob auréola de fama e celebridade atribuídas por motivos ridículos como expor bundas e peitos ou ter habilidade em atividade esportiva. Preenchendo com vulgaridades os espaços do tempo em que não se está trabalhando para produzir a riqueza dos ricos é a artimanha que a cultura capitalista usa para eternizar as vulgaridades que impossibilitam a evolução espiritual que tolhe a percepção de depender da política tudo que se espera obter por benevolência divina.

A humanidade vive tão distante da realidade que uma senhora idosa do mundo das “celebridades”, embora avançada em idade, mostra-se tão ingênua quanto uma adolescente ao afirmar que os comunistas odeiam os cristãos. Na verdade, pleiteando justiça social para o povo, os comunistas estão mais perto dos ideais de Cristo do que aquela rica senhora que por cantar e requebrar recebe da sociedade involuída recompensa maior do que as abnegadas profissionais da saúde em sua atividade de salvar vidas.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

ARENGA 464

               Pensar que político trabalha está absolutamente correto porque deve ter sido trabalhão para Hércules dar a volta por cima e passar de acusado em acusador, postergar o castigo por crime cometido até não poder mais ser aplicado por decurso de tempo, montar uma Suprema Corte De Justiça formada por julgadores escolhidos por quem vai ser julgado, ou estabelecer a crença de não se dever punir corruptos para não prejudicar a economia. São ações que demandam suor e noites insones. O que está errado é pensar que políticos trabalham no cumprimento do dever que lhes cabe de cuidar para que haja bem-estar social. Isto está fora de cogitação visto implicar em aplicar os recursos provenientes de impostos para civilizar a massa bruta e asquerosa de povo, tornando-a da total ignorância e civilizando-a o suficiente para que tenha interesse e capacidade de participar das decisões políticas.

 O verdadeiro trabalho dos políticos está esplendorosamente mostrado no livro DITADURA À BRASILEIRA, onde seu autor, Marco Antonio Villa, mostra a confusão que tal qual baratas tontas os políticos fizeram no Brasil nas três primeiras décadas da segunda metade do século XX, o que não é privilégio das sociedades ainda colonizadas como a nossa porque é o mesmo que também acontece nas sociedades supostamente civilizadas a exemplo da confusão nas eleições americanas atuais com um brutamontes que aboletou o bundão no poder e disse que se for derrotado nas urnas não arredará de lá sua farta bunda branca. Sendo o poder, sonho de mentalidades medíocres como a do rei nu, e sendo medíocre a mentalidade humana, o trabalho dos políticos tem finalidade única grudunhar como visgo na posição de mandatários que lhes faculta tanto o pavoneamento de que se gaba o imbecil, quanto a possibilidade de locupletação, contando com o absoluto desinteresse dos donos da riqueza pública em fiscalizar o que é que os políticos estão fazendo com o seu dinheiro.

              Sob uma estupidez de dimensão oceânica, além de deixar-se roubar à larga, a sociedade humana em todo o mundo ainda cuida de garantir aos políticos vida regalada em palácios onde se desconhece totalmente o que seja dificuldade, o que justifica o alvoroço infernal em torno de eleições. É o interesse em uma “boquinha” que justifica o ridículo de alguém desfilar com o saco de um político montado em seu pescoço. Manoel Bandeira fez referência inteligente a esta baboseira nos versos do poema Vou-me Embora Prá Passárgada.

              Sendo o parasitismo, a desonestidade, o mau caratismo o ambiente político, por que, então, pessoas honradas se misturam com os elementos reles e asquerosos que esvoaçam como urubus na carniça em torno da oportunidade de parasitar a sociedade? A explicação está na falta de meditação sobre a realidade da vida pelo fato de se encontrarem tais pessoas tão envolvidas na atividade de assegurar não só os recursos realmente necessários à sobrevivência, mas também a riqueza desnecessária cobrada pela cultura capitalista sugada com o leite materno. A falta de meditação é o motivo pelo qual doutores da área da saúde cujos conhecimentos da anatomia humana os tornam sabedores da semelhança entre nós e as feras comungam com analfabetos a crença de ter sido o ser humano já surgido no mundo pronto e acabado como é hoje. Mas nem de longe pode a política deixar de contar a presença de pessoas honradas sob pena de ser convertida em imenso puteiro. Portanto, para nosso bem, precisamos votar nestas pessoas, apesar de tão desmoralizada a política que autoridades são merecidamente apupadas pelo bicho povo porque, como lembra o doutor Vinícius Bitencourt, no livro FALANDO FRANCAMENTE, o filósofo sentenciou que “Quando os que mandam perdem a vergonha, os que obedecem perdem o respeito”.  


 

 

        

 

 

 

 

sábado, 31 de outubro de 2020

ARENGA463

 

Desde os pré-socráticos, passando por Cristo e incontáveis pensadores, sempre se falou e ainda se fala sobre procedimentos errados e procedimentos corretos. Mas, pelo que se vê, os procedimentos errados estão para os procedimentos corretos assim como a seleção brasileira estava para a seleção alemã na Copa do Mundo de 2014. E nem podia o povo proceder do modo certo porque seu proceder é determinado por uma vastíssima gama de papagaios de microfone encarregados por seus patrões, os ricos donos do mundo, de fazer o povo proceder de modo errado. São os papagaios de microfone que fazem o povo ser desfavorável às ideias socialistas, mesmo lhe sendo elas favoráveis, e ser favorável às ideias capitalistas que lhe são desfavoráveis. São os papagaios de microfone que fazem o povo se entusiasmar com futebola a ponto de haver quem sofra ataque cardíaco se a bola passa pelo goleiro. São os papagaios de microfone que torna o povo convencido de que “celebridades” são celebridades.  

É por caminhos ilusórios que a humanidade caminha. Foge da realidade como o diabo foge da cruz. Uma pessoa dialogar com uma estátua é algo realmente incompreensível para quem encara a realidade de que as estátuas só servem de latrina para pombos. É por se distanciar da realidade e se deixar levar pela ilusão de encontrar felicidade em deus e na riqueza que a humanidade é infeliz. São João Crisóstomo acionou a tecla certa quando disse que nós mesmos é que nos fazemos infelizes. Realmente, a infelicidade humana tem origem no fato de serem os seres humano induzidos a fundamentar seu procedimento em informações falsas. Assim, é por não agir como devia que a própria humanidade se faz vitimada por veneno; guerras, fome, peste excesso de riqueza e de pobreza.    A esse respeito, o escritor Jacob Petry, na página 19 de PODER & MANIPULAÇÃO, lembra o seguinte pensamento de Maquiavel: “Existe uma distância tão grande entre como se age e como se deveria agir que aquele que despreza o mundo real para viver num mundo imaginário encontrará antes sua ruína do que sua salvação”.

domingo, 25 de outubro de 2020

ARENGA 462

 

 A estupidez humana incomoda a quem tem nobreza espiritual prá sentir e maldade insuficiente para nada sentir diante da indiferença em relação ao futuro das inocentes criancinhas que pais desnaturados não só trazem a um mundo de perspectivas funestas, mas também matam em acidentes de automóvel, explosão em igrejas, ou permitem que monstros ajuntadores de riqueza matem pela ingestão de veneno e destruição da natureza. Os únicos cuidados que os pais têm com seus filhos, fora do assunto dinheiro, são reuniões estéreis onde se tratam dos procedimentos adequados para que eles se deem bem depois de mortos.

As futuras gerações estão completamente abandonadas. Não podendo contar com pais festeiros e futucadores de telefone, com quem contar? A princípio, reinava completa indiferença. Depois, espíritos mais elevados levantaram a questão da possibilidade de ser incerto o futuro das crianças face à destruição dos recursos naturais. A partir daí, apareceram pessoas que fizeram por merecer esperança de serem capazes de concertar o que se percebeu estar errado no que diz respeito ao destino das pobres criancinhas desamparadas. Porém nada ocorreu de prático e as criancinhas estão cada vez mais desamparadas.

Entre os que nos deram esperança de normalização dos transtornos que infelicitam mossa sociedade pintou um líder sindical de dezenove dedos que em vez de cuidar das criancinhas, cuidou de trepar no céu com dona Rosemary Noronha em avião comprado com o dinheiro dos pais das criancinhas que além de sustentar o aviaozão, também sustentava a distinta amante. Cooptado pelo deslumbramento do poder, o falso líder acabou aos abraços com o doutor Paulo Maluf, mestre na arte de comprar coisas com o dinheiro de cuidar das criancinhas.

Veio, depois, uma simpática senhora Dilma, ex-guerrilheira cuja história o Google ficará muito satisfeito em mostrar se lhe for sugerido “COMO FOI O ENVOLVIMENTO DE DILMA NO MAIOR ASSALTO DA DITADURA”. Era, pois, de se esperar real preocupação com o bem-estar social de quem arriscou a vida por esta causa. Mas, qual o quê, também esta senhora, apesar de ter dado esperança de cuidar das criancinhas, acabou aos abraços com o doutor Eike Batista, também mestre de ensinar a Arsene Lupin a arte de comprar coisas com o dinheiro de cuidar das criancinhas.

Desiludidos dos políticos, a esperança da salvação das criancinhas foi transferida para fora da política. Primeiro, um doutor Joaquim Barbosa foi o alvo desta esperança, mas também se mostrou desmerecedor dela porque, como qualquer admirador do jeitão americano de se pavonear com o dinheiro de cuidar das criancinhas, em vez de comprar a briga política, comprou um apartamento em Nova Iorque.

Veio, depois, outro doutor, o doutor Sergio Moro, que, como os demais, deixando-se encantar pelo falso mundo que os ricos constroem comprando coisas com o dinheiro de cuidar das criancinhas, para aquele mundo ilusório, segundo a imprensa, se embandeirou de malas e cuias que serão substituídas por finas grifes e baixelas douradas.

Como esperança não morre, pinta neste cenário desolador a figura de outro doutor dando mostras de querer cuidas das criancinhas, é o doutor Guilherme Boulos. Como o sindicalista de dezenove dedos, também diante dele os pais que superaram o analfabetismo político ficam com uma interrogação preta em cima da cabeça: "Será que vai dar certo desta vez?" Mas eles não têm mais o que perder porque pior do que tá não pode ficá. Devem, por isso, deixar o doutor Boulos mostrar prá que veio.

sábado, 24 de outubro de 2020

ARENGA 461

  Neste cantinho de pensar há tanta bestagem que mais uma não importa. Assim é que ousamos nos dirigir aos pensadores que se preocupam com a qualidade do futuro a que chegarão outras gerações em consequência das ações ambientalmente desastrosas como resultado das ideias jurassicamente fixas no ajuntamento de riqueza para pedir a estes novos pensadores, verdadeiros anjos-da-guarda das futuras gerações, que observem o fato de que o motor que sempre moveu o mundo, o modo de produção, que a partir da Idade Moderna tinha deixado de depender exclusivamente da terra, veio depois do advento das fábricas, passou a depender exclusivamente delas, e que agora, com o advento nova tecnologia das informações, passou a depender do conhecimento.

O pensador Ladislau Dowbor levanta interessantíssimas observações a respeito, inclusive que essa tecnologia, diferentemente da tecnologia das fábricas, produz sem consumir a matéria prima porque sendo o conhecimento sua matéria prima, ele permanece com a fonte que o passou adiante. Realmente, uma grande reviravolta da qual resultarão consequências ainda imprevisíveis.

É aqui que este cantinho de pensar pede perdão por se intrometer e lembrar que se o futuro da humanidade corre perigo, deve-se ao modo como tem sido usado o resultado das inovações, e não destas em si mesmas.  Se um veículo bem conduzido tem sempre mais chance de sucesso em alcançar seu destino, a mesma regra pode ser aplicada à condução das inovações.

Se a riqueza produzida pelas fábricas, em vez de ser usada para promover bem-estar, foi empregada para criar imensas fortunas privadas e teve como contraponto a criação da imensa pobreza que ao infelicitar o mundo torna duvidoso o futuro, o que é realmente motivo de desconforto para pessoas espiritualmente superiores, sendo os frutos das novas tecnologias empregados em benefício da coletividade em vez de servirem para fazer a riqueza dos vários Bill Gates do mundo, a preocupação deve se voltar para a finalidade a que é destinada a produção proveniente da nova tecnologia em vez de se ater a esta.

Nenhuma surpresa desagradável ocorrerá caso o resultado da nova produção seja usado de modo a possibilitar que todos indistintamente possam satisfazer suas necessidades em vez de ser desperdiçada em Torres de Babel ou para que débeis mentais possam se pavonear infantilmente na revista Forbes como os mais ricos do mundo.

 


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

ARENGA 460

 

O mundo está uma desarrumação tão grande quanto a insanidade mental da humanidade que se materializa espetacularmente na estupidez de destruir não só o que construiu, mas também as construções da natureza. Estudiosos têm se manifestado contra esta estupidez. O mestre do saber, doutor Ladislau Dowbor, é um destes abnegados batalhadores pela causa nobre de dar sentido à vida da sociedade humana. Mas, no livro A ERA DO CAPITALISMO IMPRODUTIVO, página 14, ao dizer ter estudado economia para entender como se mantém tanta barbárie e primitivismo no relacionamento humano ele cria confusão na cuca de quem vê nas pessoas que fazem a economia e não na economia o motivo pelo qual falta sentido à vida na Terra. Um exemplo de desatino é a afirmação de economistas de ser progresso o incremento das indústrias se a ninguém mais é dado o direito de saber que o aumento das chaminés das indústrias está na razão direta da destruição das condições de vida. Portanto, qual a finalidade de um progresso que se faz acompanhar da inviabilização do mais precioso bem, a saúde?

Nem deixa de ser a mesma falta de lógica da crença religiosa, a crença em haver vantagem no desenvolvimento econômico, se, no frigir dos ovos, significa produzir riqueza que no frigir de mais ovos vai parar nas mãos dos malditos Reis Midas do mundo, de modo a ser totalmente inútil ao único desenvolvimento realmente capaz de produzir bem-estar, a civilização do povo por meio do sistema educacional proposto por Paulo Freire, com introdução de matéria no currículo escolar que estimule nas crianças a capacidade de raciocinar. Em vez disso, o que se tem? Inclusão de ensino religioso que, ao contrário, atrofia a capacidade de raciocinar ao insinuar que Cristo nasceu em vinte e cinco de dezembro, razão pela qual se deve festejar trocando presentes em torno de mesas fartas e que elas, as crianças, não devem se preocupar com quem não tem comida nem mesa porque eles são amados por deus.

O pleno emprego dos economistas, então, é um desatino de pocar a boca do balão (lembram desta sábia construção?) porque para cada criação de um emprego chegam ao mercado de trabalho centenas de novos mendigantes de emprego. Além disso, para os economistas, é inexistente o desempregado desenganado que parou de procurar emprego.

O doutor Ladislau levanta uma questão fundamental para a desarrumação, uma realidade que embora visível, os protagonistas têm mantido longe das vistas do povo graças ao pão e circo que consegue prender a atenção dele nos grandes peitos e bundas recheados de silicone de “famosas” e “celebridades”, ao lado de notícias sobre trepadas. Se não é possível negar as maravilhas da companhia feminina, elas ficam ainda mais maravilhosas se restritas ao casal. Sem testemunhas.

A realidade que só o doutor Ladislau e mais ninguém parece ter percebido é ser o mundo governado por grupos de parasitas que por meio de agiotagem no sistema financeiro endeusado por papagaios de microfone que vomitam loas a bancos, ao agribiuzinesse produtor de câncer e exportador de nossa água e fertilidade do solo. Os tais grupos econômicos enriqueceram tanto que assenhoreando dos governos ditam regras que não obstante serem prejudicais à sociedade, são cumpridas sem contestação graças ao bom mocismo exigido por Papai Noel. 

terça-feira, 20 de outubro de 2020

ARENGA 459

Eminentes estudiosos de economia que não vendem opiniões como juízes vendem sentenças, preocupados com as consequências desastrosamente nefastas do capitalismo, têm condenado a impotência dos governos ante a sanha avassaladora dos grandes grupos econômicos, o que é de se estranhar porque como estudiosos não podem tais homens deixar de saber  que sendo estes grupos formados por agiotas e que agiotas trocam a mãe por um rendimento vantajoso, e que nenhum rendimento pode ser mais vantajoso do que o proveniente do mercado financeiro, com um mínimo de despesa em relação à imensa riqueza de que dispõem subornam os governantes e os tornam lacaios seus. É por isto que ao ouvir um político dizer agir em benefício da sociedade só os bobos não se lembram que os bancos dizem a mesma coisa de sua atividade parasitária.

Em termos de organização social salutar, isto é, uma sociedade organizada de modo a que o produto dos impostos seja revertido em benefício dos pagadores, os governos são uma falsidade tão grande quanto as religiões com as quais a política sempre foi mancomunada para fazer com que o povo seja incapaz de se interessar pela realidade de ser feito de bobo tão ridículo que embora vivendo no sufoco, proporciona aos agentes políticos altíssima qualidade de vida, e, dos agentes de deus, compra feijão santo e conversa com estátua.

Nem é preciso falar sobre algo errado porque está tudo errado. O maior dos erros é a falta de interesse coletivo em pôr as coisas no lugar, ou, pior do que isto, colaborar para que as coisas permaneçam fora dos seus devidos lugares. As montanhas de dinheiro desperdiçadas pelo pão e circo, algo assombrosamente inaceitável, em vez de ser repudiada pela opinião pública é apoiada pela participação de multidões de necessitados cujas necessidades poderiam ser atendidas com esse bruto dinheirão. São fazendas extraordinariamente ricas, jatinhos, iates, mansões, que o povo carente de tudo paga para jovens que apesar do mal social que causam inocentemente, acreditam-se realmente merecedores de fama, celebridade e riqueza.

Desta forma, a única luta que surtirá efeito real para endireitar o que está errado é no sentido de convencer o povo da necessidade de pensar sobre estas coisas porque consciente de estar errado, haverá de querer concertar e terá sucesso porque é ele, o povo, o verdadeiro senhor que tudo pode, embora não saiba disso.

 


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

ARENGA 458

 

Na imprensa, notícia de pessoas criticando o "famoso" Luciano Huck por estar a navegar em luxuoso iate. Cabe indagar o motivo das críticas tanto quanto o motivo de ser famoso o jovem aculturado Luciano Huck. Seria ele famoso por ter criado algo que trouxesse benefício à humanidade superior ao benefício proveniente do trabalho de profissionais da saúde que nos livra dos sofrimentos causados por distúrbios infelicitantes, ou maior do que o benefício que nos prestam advogados honrados (porque os há desonrados) que com seus conhecimentos jurídicos podem nos livrar de injustiças? Não! Absolutamente, NÃO! O motivo da fama que a imprensa atribui ao senhor Huck é por ser ele apresentador de programas mambembes de televisão. O primeiro deles, cujo nível intelectual era tão baixo quanto o dos atuais, consistia em mostrar a um público tão inculto quanto o apresentador e a coadjuvante, uma mulher seminua a chicotear o nada. E no nada intelectual permanecem. Há alguma coisa demasiadamente estranha numa sociedade que se propõe a ser liderada por tão insignificante personalidade.

É pela atividade de marionete do pão e circo, manipulada para manter o nível de mediocridade mental da massa bruta de povo que o também mentalmente medíocre jovem Huck é famoso e rico. Tão rico e ridículo que como marionete da Rede Globo e políticos espertalhões visando continuarem aproveitando da incapacidade de indignação do senhor Luciano Huck pretendem mantê-lo na condição de agente de suas pretensões inconfessáveis.

Quanto ao iate, fichinha comparado ao jatinho, mansão e riqueza. Não é de se esperar que a mentalidade do senhor Huck permita que ele faça outra coisa senão tirar proveito do que o povo lhe dá por livre vontade. Pode alguém supor que um cachorro de rua recuse um osso que lhe é atirado?

Não se justifica censurar as imensas riquezas dos medíocres “famosos”, “celebridades” e reis de pau oco. O senhor Neymar, por exemplo, não forçou ninguém a lhe encher as burras de dinheiro suficiente para aparecer na imprensa como capaz de oferecer comilança e beberança à larga para várias centenas de apreciadores de uma “boquinha”.

Dir-se-ia estar errado o sistema por permitir tamanho desperdício de dinheiro. Mas também aí não há erro porque é o sistema que financia o pão e circo do qual se beneficia, levando jovens capazes de atrair a atenção da massa ignara de povo a um mundo fantasioso. Inocentes, estes jovens são levados a se acharem realmente importantes e não raro acabam na infelicidade do goleiro Bruno e do menino Robinho, razão para que suas famílias levassem o pão e circo às barras dos tribunais. 

domingo, 18 de outubro de 2020

ARENGA 457

 

Embora sem o exagero de propor ao parlamento a oficialização do tupi-guarani como língua oficial do Brasil, por ser genuinamente brasileira, como fez Policarpo Quaresma, personagem de Lima Barreto em O Triste Fim De Policarpo Quaresma, o certo é que ninguém, salvo se for arrematado analfabeto político, deixaria de reconhecer o quanto nosso desgraçado país é carente de respeito cívico. O ridículo a que o expõem suas autoridades também ridículas, que deviam fazer dele um exemplo de bons costumes, dá causa a um rebaixamento moral tanto do país quanto de seu povo. Se como país está na miséria, como nação está desmoralizada. Um senador brasileiro apanhado com dinheiro roubado do povo escondido no bundão fartamente robustecido à custa do erário, quando o permitido é escondê-lo em pasta 007, como fazem os ladrões de fina categoria.

Não tem mais para onde expor seu ridículo esse belo país de triste sorte e juventude, se ambos são infensos ao fato dolorosamente triste de terem sido arrastados aos píncaros do ridículo de se abaixar até aparecer a bunda perante interesses estrangeiros por mais prejudiciais que lhes sejam.

Mesmo sendo o povo mais povo do mundo e uma juventude tão inútil quanto a do mundo inteiro, é inconcebível tamanha indiferença frente a tantas e variadas mazelas que ocorrem aqui com tamanha prodigalidade que foi legalizada a contravenção penal do proxenetismo se órgãos da imprensa ganham dinheiro fazendo apologia da prostituição, e se os maiores criminosos são as autoridades que recebem pagamento para coibir o crime.

Todos os órgãos de imprensa foram cooptadas pelo pão e circo, sobressaindo espetacularmente entre eles a Rádio Bandeirantes AM de São Paulo cujos papagaios de microfone não soltam um pum sem falar de esporte, não obstante a realidade mostrada nos vários livros existentes sobre a deslavada corrupção do mundo do futebola.

Faz parte desse quadro escabroso, entre muitos outros semelhantes, fatos como ministro do STF acumular função de empresário e um poder executivo cujo chefe que teve a moralização política como mote para sua campanha, depois de ter assumido a presidência alia-se aos estelionatários religiosos instituindo ensino religioso em pleno século 21 e é conivente com a corrupção que prometeu combater.

Até quando teremos tão triste destino?

sábado, 17 de outubro de 2020

ARENGA 456

 

Quando foi tratado aqui, neste cantinho de pensar, sobre a apologia que no livro Criação Imperfeita o brilhante físico brasileiro Marcelo Gleiser faz à religião, evitamos dizer tratar-se de opinião falsa, emitida em troca de dinheiro, por não dispormos de dados comprobatórios.

Mas eis que surge a prova do crime ideológico do cientista. Trata-se realmente de opinião paga pelos Reis Midas do mundo, prova que pode ser acessada invocando no Google o título MARCELO GLEISER RECEBE PRÊMIO TEMPLETON 2019.

Sendo a arte de enganar o meio pelo qual se fica rico, e sendo os americanos habilíssimos na arte de enriquecer, criaram uma instituição chamada Fundação Templeton que, a exemplo da Fundação Nobel, que paga cientistas em economia para que emitam opiniões favoráveis à agiotagem do sistema financeiro, a Fundação Templeton paga cientistas de qualquer área para emitirem opinião favorável a religiosidade para esconder a realidade inegável de ser a religiosidade fruto da ignorância. Como nenhum cientista desfila em carrinho peba escrito presente de deus, mas, como todo mundo, também o cientista precisa de dinheiro, a Fundação Templeton lhe dá dinheiro para defender a religiosidade da pecha de ser exclusividade da massa ignorante que conta com uma vidona no reino do céu enquanto os ricos a têm aqui, em vida.

É totalmente impossível alguém intelectualmente ilustre desconhecer a realidade de que a religiosidade é uma monstruosidade por meio da qual os Reis Midas do mundo que parasitam a sociedade humana gastam fortunas para sedar a humanidade e evitar que ela descubra sua condição de hospedeira da pior qualidade de parasitas, os agiotas do sistema financeiro, causadores de infelicidade maior do que as epidemias porque não deixando evidência da mortandade que causam, não despertam necessidade de combate.

Um pouco de reflexão basta para se perceber que a religiosidade é uma grande tramoia urdida com a política para que uma ajude a outra a incrementar a ignorância de que ambas se alimentam. Foi esta realidade que provocou a fúria do Grande Mestre do Saber Nietzsche quando disse que a religiosidade é a Circe da Humanidade.

Sendo um mal a religião, fica duvidosa a sinceridade de intelectuais que como Leandro Carnal dizem respeitar a religiosidade alheia porque corresponde a respeitar a ignorância da qual emanam todos os males do mundo, como observou Bertold Brecht.

 

 

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

ARENGA 455

 

O esbravejar rancoroso de comentaristas de politicagem e papagaios de microfone contra o esquerdismo, em contraposição às excelências que afirmam haver no capitalismo que trouxe o mundo à infelicidade em que se encontra, explica-se pelo dever de bajular os comensais do poder político do momento que sempre se fizeram acompanhar de renhidos quebra-facas. Chega a ser repugnante ouvir baba ovos desse sistema insustentável a toda prova fazer-lhe apologia. Estará a humanidade condenada a permitir ser manipulada? Poucas pessoas a escravizaram e fazem dela o que bem quer. A manipulação é tão absoluta que pessoas de idade se deixam levar pelas artimanhas do pão e circo enquanto bandidos criam leis se auto protegendo da ação das leis protetoras da sociedade. Impressiona o poder de convencimento que os lambe-botas do sistema exercem sobre o povo. Velhos que deviam ter aprendido alguma coisa na vida, emocionam com os coices que jovens disparam na bola em vez de se preocuparem com as perspectivas nefastas que prometem o futuro de seus descendentes.  

A cultura capitalista apodreceu até o cerne. Os seres humanos estarão condenados a vários tipos de sofrimento caso não despertam para a realidade de estar o seu mundo se tornando propriedade de um grupo de pessoas moralmente deformadas que parasitam a sociedade humana com tamanha voracidade que já acumularam uma riqueza tão grande que ainda que vivessem mil anos não precisariam de toda ela. Se esta realidade está aí prá todo mundo ver, por que, então, ouve-se com tranquilidade marionetes desse grupinho de mordaz avareza insinuar ser este o caminho correto?

E quanto à democracia, também ela não merece tanto louvor. Embora comentaristas de politicagem estejam constantemente afirmando haver necessidade de se respeitar a democracia, isto é falso porque sendo sua premissa maior ser o governo do povo, pelo povo e para o povo, mostra-se de visível falsidade visto que o povo só tem obrigação em vez de direitos e nunca mereceu cuidados por parte de nenhum governo. A maior falha da democracia é ficar a cargo da massa facilmente manipulável povo a escolha das autoridades. Jamais dará certo uma sociedade administrada por pessoas escolhidas pela massa repugnante de povo cujo cheiro é mais desagradável do que o cheiro de cavalo, como bem disse o general Figueiredo. Que capacidade tem para ser responsável pela escolha de autoridades governamentais pessoas tão medíocres que para elas brutamontes desprovidos de um mínimo de intelectualidade são famosos e celebridades?

Desponta também entre as inverdades da democracia a garantia de ser o povo que decide seu destino. Se assim fosse, o povo precisaria de um Dr. Simão Bacamarte para enfiá-lo num manicômio porque só loucura pode fazer alguém escolher o destino de burro-de-carroça que o povo tem. O destino do povo é determinado pelos grupos econômicos que apesar de não precisarem de voto, como lembra Ladislau Dowbor, escolhem os governos que escolhem o triste destino do povo.


terça-feira, 13 de outubro de 2020

ARENGA 454

O Jornal do Brasil de hoje, 11/10/2020, traz a imagem de uma garotinha dos olhos de gato, sueca e muitíssimo fofa aos dezessete anos, ilustrando reportagem na qual ela diz apoiar a candidatura do adversário do atual presidente americano, o brutamontes Donald Trump. Aí está como os ideais mumificados e bolorentos aos poucos vão sendo escorraçados por novos ideais. Não se deve deixar de mirar a afirmação de mestre Thomas Paine de que o tempo convence mais que a razão. Isto é de uma lucidem monumental. A democracia, como qualquer forma de governo, não cumprirá jamais o objetivo político de prover bem-estar social porque inexiste na humanidade elevação espiritual suficiente para que político algum deixe de avançar sobre o dinheiro público sob sua responsabilidade. Isto é uma realidade para a qual é preciso despertar. É também monumental a estupidez de quem entrega a riqueza de sua nação para ser administrada por um magnata do empresariado se estes monstros de cuja boca escorre baba de dragão só almejam aumentar sua já incontável riqueza.

Daí que aquela bela garotinha dá um banho de superioridade mental à velharia acomodada mostrando ter percebido a necessidade de defenestrar as ideias bolorentas dos Midas do mundo e substituí-las por novas ideias.

Simplesmente extraordinária a lição que esta menina esfrega na cara da juventude robotizada e completamente inútil para a luta que está retardando em acontecer em prol da transformação implorada pela perspectiva de um mundo civilizado onde o progresso em vez se manifestar como regresso em termos de qualidade de vida se manifeste como melhoria desta qualidade.

É por isto que a juventude, principalmente a Juventude Mundial Da Fé e a juventude paulista da Universidade Mackenzie que na década de oitenta, se juntou aos policiais que por ordem do governo americano torturavam e assassinavam outros jovens brasileiros que lutavam por justiça social devem se mirar no espelho de GRETA THUNBERG, que continuando a espetacular aula de alfabetização política reconhece a importância da eleição nos EUA, verdade esta que apesar de ser verdade deve ser questionada. Se a função do governo é promover bem-estar social, e se o povo dos Estados Unidos a qualquer momento pode ser vitimado por horrores como as Torres Gêmeas, em represália a atitudes de seus governos, é prova de que aquele povo apesar de rico não desfruta da paz indispensável ao bem-estar.

É alvissareira para quem almeja um mundo civilizado a notícia sobre a menininha que dá um banho de sabedoria na juventude babaca futucadora de telefone que nem de longe é capaz de perceber que o esforço de se preparar para ser empregado vai dar mais frutos aos parasitas do sistema financeiro do que a si mesmos. 

 

 

 

      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ARENGA 453

O convívio com a insensibilidade necessária à maldade de levar vantagem tornou os seres humanos infensos à sutileza de perceber que já não confiam mais nem em si mesmos. Daí o hábito de pedir ao acompanhante para confirmar o que acaba de dizer, (“não foi, fulano?”).

A recusa em evoluir espiritualmente eternizará no ser humano a sordidez de engendrar artimanhas que possibilitem parasitar outros seres humanos cuja passividade os habituou na condição de eternos hospedeiros.  Como disse mestre Rousseau, “Uma vez acostumados a ter senhores, os povos se tornam incapazes de dispensá-los. Se tentam se livrar do jugo, se afastam ainda mais da liberdade”.

Uma característica que marca o comportamento humano e que deve merecer atenção é a impossibilidade de superar as crendices que tanto mal fazem induzindo imaturidade mental. Mestre Rousseau, por exemplo, apesar da percepção aguçada o bastante para nos levar àquela sábia conclusão, num retrocesso mirabolante, sugere que o homem teria recebido preceitos provenientes de deus. Se nesta afirmação houvesse a mesma veracidade da primeira, deus seria uma entidade de suprema malignidade porque o comportamento do homem demonstra a maldade que justifica o “MATAI-VOS UNS AOS OUTROS” de Bernard Shaw, em Aventuras De Uma Negrinha Que Procurava Deus.

É preciso escrever em todos os muros do mundo (expressão do mestre Nietzsche) que jamais existiu o deus do qual se espera obter felicidade porque a humanidade nunca foi, não é, e não será feliz pedindo e esperando em vez de buscando por si própria. Se fazer morrer é o forte do homem, é porque ele está bem longe de poder ser feliz. O Livro do escritor Rodrigues Alvarez, JESUS, O HOMEM MAIS AMADO DA HISTÓRIA nos mostra que se alguém tão amado foi submetido por seus semelhantes a destino tão trágico, a lição que isto dá é de se encontrar o homem ainda na fase de bicho-fera, donde se conclui ter a mesma origem e índole das feras.

Ser indiferente ao sofrimento de Cristo e se achar beneficiado pelo seu flagelo é ser tão vil quanto os brutamontes que impingiram tamanho sofrimento àquela inocente criatura que se arvorou a desafiar o poder político que sempre existiu para privilegiar grupelhos de parasitas que rodopiam em torno dele. São vermes tão traiçoeiros quanto os vírus. Quem quer que represente algum tipo de ameaça ao parasitismo destas bestas humanas, como tem sido feito através dos tempos, haverá de se dar mal.

A semelhança entre a brutalidade dos humanos e a das feras evidencia que são os homens os únicos responsáveis por si mesmos, sendo imaturidade as afirmações contrárias a esta realidade. O tempo mostrará do mesmo modo como mostrou que eram infundadas as crenças hoje transformadas em mitologias.


domingo, 11 de outubro de 2020

ARENGA 452

 

O historiador marxista Eric Hobsbawn declara no livro Tempos Interessantes que sua causa era nobre por visar a emancipação da humanidade. Realmente, nobilíssima tal causa. Entretanto, um instante só de reflexão é quanto basta para se concluir estar a humanidade realmente necessitada de quem a resgate do pior dos males, a estupidez em que chafurda até à medula. Entretanto, outra reflexão leva a nova conclusão, a de ser aparentemente impossível resgatar do suicídio um suicida convicto.

O próprio doutor Hobsbawn reconhece que seu trabalho é prejudicado em função de suas ideias inovadoras. Aí está. O que é do chão não quer colchão. São incontáveis os que como o doutor Eric Hobsbawn dão prova da dura realidade descoberta por Bernard Shaw: “Os sábios são tão odiados que são envenenados com cicuta, crucificados ou queimados”.

O que apraz a turba espiritualmente repugnante humana é jogo no Maraca, escola de samba na avenida, romaria para Aparecida, desfile de gays e lésbicas na Paulista, missa na Praça de São Pedro, notícias de “famosos” e “celebridades”, criaturas tão insignificantes que têm vulgaridades por único mérito. Absolutamente nada é capaz de tirar o tapa-olho que o pão e circo colocou na massa bruta de povo que a impede de perceber a condição servil de carregar no lombo estúpido o peso da hospedagem para uma plêiade de parasitas que assopram com diversão enquanto lhe atocha impiedosamente o ferro.

Esta é a real situação humana: muitos explorados por poucos exploradores que apesar de poucos, sugam impiedosamente a vitalidade dos imbecis tão conformados com sua condição de servilidade que ao se sentirem sufocados pelo peso do fardo que os maltrata, voltam o olhar de cachorro pidão para cima e exclamam: SEJA FEITA A VONTADE DE DEUS.

Espíritos elevados não são bem-vindos à humanidade. Incapazes de elevar-se espiritualmente acima do solado do sapato, compraz-lhe a companhia de mentalidades torpes o bastante para se acharem merecedoras de fama e celebridade pelo mérito de serem portadores de baixeza moral suficiente para permutarem a dignidade por dinheiro e deturpar a sensualidade expondo vulgarmente em público suas genitálias. Foguetórios e festejamentos que pipocam por todo lado complementam a felicidade do mundo insignificante da laia humana.

Como rochas são desbastadas pelo vento e furadas pela água, não resta dúvida de que a teimosia dos eternos teimosos em levar luz à escuridão mental vai, aos poucos, abrindo brechas abertas pela inteligência com que a natureza brindou o ser humano, e algum dia a sabedoria prevalecerá sobre a burrice. Disto não há dúvida. Os exemplos são edificantes. Não se queimavam seres humanos em nome de deus? Já não se comprou passaporte para o reino divino? É, ou não é animador o fato de não se fazer mais isto? Pois é.

sábado, 10 de outubro de 2020

ARENGA 451

 

 

Por ser este o cantinho de pensar sobre como realizar o sonho por todos sonhado de viver bem é que não pode haver aqui trégua na luta contra a ignorância política porque ela é a fonte de todos os outros tipos de ignorâncias das quais decorre a impossibilidade de evitar ser infeliz. A pequenez do brasileiro é tão grande que uma papagaia de microfone disse ter feito história uma mulher por ter sido a primeira pessoa a ser vacinada no Brasil contra a pandemia. É por isto que “celebridades”, “famosos” e reis de pau oco são considerados celebres, famosos e reis.

A humanidade se encontra na condição de joguete nas mãos de falsos líderes para os quais, assim como para os médicos, as pessoas fora do círculo de amizade são vistas apenas como provedoras de recursos financeiros, o que descaracteriza tal liderança.

Se não faltam escritos sobre as coisas erradas que trouxeram ao mundo tantas infelicidades, faltam escritos voltados para abrir os olhos da humanidade mostrando-lhe serem propositais os erros que por falta de conhecimento e interesse em adquirir conhecimento são tidos como equívocos que prejudicam a sociedade, embora sejam propositais as ações da quais decorrem prejuízos para a sociedade. Daí ser bobagem questionar o porquê de coisas tais como não se cobrar imposto de rico, de não se fazer reforma agrária, de perseguir a Lava Jato, de vender empresas públicas e embolsar o dinheiro recebido, de questionar a prescrição, o foro privilegiado e tudo que vai de encontro aos interesses legítimos da população. São invenções engendradas com finalidade específica de beneficiar malandros travestidos de políticos.

Num filme, um amigo se dirigiu a outro dizendo ter sido contratado para trabalhar para um desses gigantes da indústria. Diante da brincadeira: – Ah, então vai trabalhar para bilionários? Ele respondeu: – E quem não trabalha? As pessoas geralmente não percebem as mensagens inteligentemente contidas nas entrelinhas. Mas nesse pequeno diálogo o autor deixa transparecer a servidão humana materializada na sábia criação da Mais Valia do pensador Carl Max. Sem a ação do emburrecimento malandramente implantado no populacho pelo pão e circo, em vez de censura, seria percebido só haver benefícios no ideal marxista para quem não parasita a sociedade. Para quem é hospedeiro só há vantagem no ideal socialista que exclui a possibilidade de ser permitido que alguém retenha imensa fortuna para uso privado, medida da qual decorreria vitória contra injustiça social.

Como justiça social deixa em polvorosa os ricos, patrões dos governantes, transformados em seus lacaios, estes, com dinheiro do povo, empregam outros lacaios, arma-os e os atiçam em perseguição do ideário de justiça social defendida pelo socialismo. A nobreza da política passou por tamanho desvirtuamento que não há agente político cuja preocupação maior não seja defender os interesses antissociais dos ricos, ficando o que resta de preocupação para ser gasta procurando enriquecer também.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

ARENGA 450

 

 

O título do livro JESUS, O HOMEM MAIS AMADO DA HISTÓRIA, de Rodrigo Alvarez, e o destino que a humanidade deu ao homem mais amado da história mostra o quanto distante da realidade está quem fala em civilização humana porque civilizar-se inclui evoluir espiritualmente além das diversas manifestações artísticas. Não há vislumbre de evolução espiritual em seres capazes de tamanha brutalidade prá cima de alguém por pregar paz e sensatez. Tal comportamento é declaração de prevalência do instinto animal sobre a sabedoria que justifica as guerras e a destruição do meio ambiente de que depende a vida.

O que é interessante nisso tudo é que os seres humanos procedem como procederam em relação a Cristo, não obstante o reconhecimento de sua importância demonstrado no fato de tê-lo transformado no divisor da história em antes e depois de seu suposto nascimento. A realidade de ter sido tratado com porrada em vez de pão de ló, sendo tão importante, é prova de inexplicável e inaceitável estupidez que também aparece em livros apologizando a riqueza, despontando entre estas imbecilidades o livreco Danem-se Os Normais, de João Estrela Bettencourt e Mariana Torres.

A exaltação da riqueza corresponde a desprezar os ensinamentos de Cristo. No entanto, nem é preciso perguntar aos autores de tais livros se há vantagem em seguir tais ensinamentos para saber que a resposta seria afirmativa. Se a grande riqueza dá origem à pobreza que é fonte de sofrimentos como sobreviver de tráfico de drogas, prostituição e disputar nos lixões com ratos e urubus restos de comida, evidente tratar-se de estupidez opor-se aos ensinamentos do mestre contrários a tudo isto.

Se já somos quase oito bilhões de pessoas no planeta e chegam mais oitocentos e cinquenta mil a cada ano, em vez de colocar em poucas mãos montanhas de riqueza, o procedimento certo estaria em distribuir corretamente a riqueza existente, se não de forma igualitária, jamais na desproporcionalidade absurda adotada pela perversa cultura capitalista.

Já existe estupidez em demasia no comportamento humano. A que existe já causa infelicidade bastante para motivar reflexões a respeito da necessidade de mudar desse rumo estúpido de se deixar levar pelas mentiras com as quais os viciados em ajuntar riqueza procuram justificar-se porque não pode haver justificativa para miséria existente se é possível um padrão de vida de três mil dólares mensais para cada família de quatro pessoas no mundo, conforme consta do livro O CAPITALISMO SE DESLOCA, de Ladislau Dowbor.